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Lesões escuras da cavidade oral
Patologia II (Universidade da Região de Joinville)
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Lesões escuras da cavidade oral
Patologia II (Universidade da Região de Joinville)
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Lesões escuras da cavidade oral 
 
A mucosa oral humana não exibe coloração 
uniforme, apresentando diferentes tons de 
vermelho. Além disso, existem outros graus de 
variação cromática que podem ocorrer em 
condições fisiológicas ou patológicas, as últimas 
constituindo um grupo denominado lesões 
pigmentadas. Essas alterações podem aparecer 
por diferentes motivos, como o aumento 
localizado da produção de melanina, um 
aumento do número de melanócitos ou pela 
deposição de materiais exógenos na mucosa 
oral. 
 
As lesões pigmentadas da mucosa oral podem 
ser classificadas clinicamente como (1) 
pigmentações maculares difusas ou multifocais, 
incluindo entidades como pigmentação racial 
fisiológica, melanose associada a doenças 
sistêmicas, melanose do fumante, melanose 
causada por drogas e pigmentação por metais 
pesados e (2) pigmentação focal solitária, 
incluindo a mácula melanótica, tatuagem 
amalgâmica, nevo melanocítico, 
melanoacantoma e melanoma. 
 
Esse grupo de lesões se apresentam com 
coloração mais escura que a mucosa oral 
normal. Podem apresentar cores diversas, 
como: 
• lesões por depósito de melanina tendem 
a cor marrom ou negro. 
• lesões por aumento de visibilidade de 
vasos, as cores vermelhas, arroxeado ou 
azulado 
• lesões por pigmentação exógena, 
depende do material que pigmenta a 
mucosa, mas podem se apresentar 
acinzentado, esverdeado, enegrecido, 
etc 
 
A manobra semiotécnica utilizada para 
diferenciar lesões vasculares das pigmentadas 
chama-se vitropressão ou diascopia. Lesões 
vasculares apresentam vitropressão positiva, as 
pigmentadas negativa. 
 
TATUAGEM POR AMÁLGAMA 
Tatuagens por amálgama são lesões 
pigmentadas e exógenas que ocorrem na 
mucosa bucal, geralmente, por introdução 
iatrogênica. Assim, o amálgama pode ser 
incorporado ao tecido de diversas maneiras. 
Áreas com abrasão prévia da mucosa podem 
ser contaminadas por pó de amálgama no 
interior dos fluídos orais. Pedaços de amálgama 
quebrado podem cair nos sítios de extração 
dentária. Se o fio dental for contaminado por 
partículas de amálgama de uma restauração 
colocada recentemente, áreas lineares de 
pigmentação podem ser criadas nos tecidos 
gengivais como resultados de procedimentos de 
higiene. 
Em casos de retro-obturação endodôntica, o 
amálgama pode ser deixado no interior dos 
tecidos moles no sítio cirúrgico. Por último, 
partículas metálicas finas podem ser conduzidas 
através da mucosa oral por pressão das 
turbinas de ar e das brocas de alta rotação. 
 
 
 
Características clinicas 
• lesões podem ser únicas ou múltiplas 
• máculas de coloração azul, cinza ou 
negra 
• tamanho variando entre 0,1 a 2,0 cm 
• localizadas predominantemente na 
mucosa gengival e alveolar, mas 
também podem ser encontrados no 
palato duro, mucosa bucal e assoalho de 
boca 
 
O diagnóstico desta lesão é geralmente 
baseado em observações clínicas, associados à 
presença ou história de restaurações por 
amálgama. As radiografias periapicais podem 
ser úteis na detecção de material radiopaco 
correspondente ao amálgama, mas esta 
característica é observada em menos de 25 % 
dos casos, tendo em vista que as partículas de 
amálgama devem ser suficientemente grandes 
para tanto. 
 
 
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Características histológicas 
• Presença de fragmentos do metal 
dispersos no interior do tecido 
conjuntivo. 
• Podem ser vistos grandes fragmentos 
escuros dispersos ou numerosos 
grânulos finos marrom-escuros a 
enegrecidos. 
• Os fragmentos grandes costumam se 
apresentar cercados por tecido 
conjuntivo fibroso denso com um leve 
infiltrado inflamatório. 
• Já as partículas menores estão 
associadas tipicamente a uma resposta 
inflamatória mais significativa, que pode 
ser granulomatosa ou uma mistura de 
plasmócitos e linfócitos. Em 50 % dos 
casos, não há reação inflamatória; 
entretanto, em outros, granulomas de 
células gigantes podem ser vistos. 
• Os sais de prata do amálgama tingem 
preferencialmente as fibras reticulares, 
especialmente aquelas que cercam os 
nervos e canais vasculares. 
 
Caso os fragmentos de amálgama sejam 
detectados radiograficamente não há 
necessidade de tratamento, a não ser por 
motivos estéticos, porém não sendo 
encontrados fragmentos metálicos e a lesão não 
puder ser diagnosticada clinicamente, a biópsia 
torna-se necessária a fim de se excluir 
diagnóstico de lesões melanocíticas, 
principalmente, o melanoma. 
 
Diagnóstico Diferencial 
O diagnóstico diferencial é entre nevo 
pigmentado, nevo azul, angioma, melanose 
induzida pelo tabaco e mácula melanótica. 
 
Exame Complementar 
• As radiografias periapicais podem ser 
úteis na detecção de material radiopaco 
correspondente ao amálgama, mas esta 
característica é observada em menos de 
25 % dos casos, tendo em vista que as 
partículas de amálgama devem ser 
suficientemente grandes para tanto. 
• Biópsia excisional seguida de exame 
anatomopatológico. 
 
Tratamento 
Caso os fragmentos de amálgama sejam 
detectados radiograficamente não há 
necessidade de tratamento, a não ser por 
motivos estéticos, porém não sendo 
encontrados fragmentos metálicos e a lesão não 
puder ser diagnosticada clinicamente, a biópsia 
torna-se necessária a fim de se excluir 
diagnóstico de lesões melanocíticas, 
principalmente, o melanoma. 
 
MÁCULA MELANÓTICA ORAL 
A mácula melanótica oral é uma lesão 
pigmentada produzida pelo aumento local na 
deposição de melanina e, possivelmente, um 
concomitante aumento do número de 
melanócitos. A causa ainda não foi esclarecida. 
Diferentemente das efélides cutâneas (sardas), 
a mácula melanótica 
não depende de exposição ao sol. Essa lesão 
pode ocorrer em qualquer idade, tanto em 
homens quanto em mulheres, entretanto, 
amostras de biópsias indicam a predileção pelo 
sexo feminino com idade média de 43 anos. 
Acomete principalmente o lábio inferior, 
podendo também ocorrer em mucosa jugal, 
gengiva e palato. 
 
 
 
Características clínicas 
• Lesões únicas 
• Assintomático 
• mácula oval ou redonda 
• Coloração uniformemente amarelo-
acastanhada ou marrom, 
ocasionalmente, pode ser azul ou negra 
• bem circunscrita• Seu tamanho não ultrapassa 1 cm de 
diâmetro 
• Pode ocorrer na mucosa jugal, gengiva e 
palato. 
 
Características histológicas 
• Aumento na produção de melanina pelos 
melanócitos basais, que por sua vez, 
possuem características morfológicas de 
normalidade. 
• O pigmento de melanina também pode 
ser observado livre ou em melanófagos 
na porção superior da lâmina própria 
• Normalmente não são observadas 
cristas epiteliais alongadas. 
 
 
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Exames complementares 
Biopsia excisional seguida exame 
anatomopatológico 
 
Diagnóstico diferencial 
Varicosidades, hemorragia submucosa, 
tatuagem por amálgama, mucocele, cisto de 
erupção, cisto do ducto salivar, hemangioma, 
rânula, sarcoma de Kaposi, cisto do ducto 
nasopalatino, tumores de glândulas salivares, 
cisto gengival do adulto, nevo, melanoma inicial. 
(Observação: quando há muitas máculas, 
também se sugere as hipóteses diagnósticas de 
Síndrome de Peutz-Jegher, Doença de Addison, 
Síndrome de Laugier-Hunziker, Síndrome de 
McCune-Albright). 
 
Tratamento 
A mácula melanótica não necessita de nenhum 
tipo de tratamento, tendo em vista que essa 
lesão não apresenta potencial de transformação 
maligna, entretanto, uma biópsia excisional 
pode ser requerida com finalidade de 
diagnóstico diferencial, uma vez que, o 
melanoma em fase inicial apresenta 
características clínicas semelhantes, além disso 
ela pode ser confundida com os nevos azuis ou 
com a tatuagem por amálgama. 
 
MELANOSE MEDICAMENTOSA 
Um número crescente de medicamentos tem 
sido considerado como causa de pigmentações 
da mucosa oral. Embora muitos medicamentos 
estimulem a produção de melanina pelos 
melanócitos, para outros medicamentos a 
deposição de metabólitos das drogas é a 
responsável pela mudança de cor. 
 
Essas alterações pigmentares têm sido 
associadas ao uso de fenolftaleína, de 
minociclina, de tranquilizantes, de drogas 
antimaláricas, de estrogênio, de agentes 
quimioterápicos e de alguns medicamentos 
usados nos pacientes com AIDS. 
 
Os agentes antimaláricos mais frequentemente 
envolvidos são a cloroquina, a hidrocloroquina, 
a quinidina e a quinacrina; a clorpromazina 
representa o tranquilizante implicado com mais 
frequência. Além de tratar a malária, tais 
medicamentos são usados para muitas outras 
doenças, incluindo o lúpus eritematoso e a 
artrite reumatoide. A pigmentação da mucosa 
oral também tem sido relacionada ao uso de 
medicamentos quimioterápicos, como a 
doxorrubicina, o bussulfano, a ciclofosfamida, o 
5-fluorouracil ou o imatinib. Embora a 
hiperpigmentação idiopática também possa 
ocorrer, os pacientes com AIDS que usam 
zidovudina (AZT), clofazimina ou cetoconazol 
têm apresentado aumento da pigmentação 
melânica. 
 
 
 
Características Clínicas 
• As mulheres são mais sensíveis, muito 
provavelmente como resultado de uma 
interação com os hormônios sexuais. 
• O osso afetado é verde-escuro, mas cria 
uma pigmentação azul-acinzentada 
quando observado através da mucosa 
oral translúcida. 
• Acomete a gengiva vestibular inserida, 
palato duro e até mesmo a polpa do 
dente. 
• A coloração varia de azul a cinza ou de 
azul a preta. 
 
Tratamento 
Embora as pigmentações da mucosa oral 
possam ser esteticamente desagradáveis, elas 
não causam problemas em longo prazo. Na 
maioria dos casos, a interrupção do 
medicamento resulta no desaparecimento 
gradual das áreas de hiperpigmentação. 
 
NEVO MELANOCÍTICO 
O termo genérico nevo congênito ou de 
desenvolvimento refere-se a malformações da 
pele (e mucosa). Nevos podem surgir do epitélio 
de superfície ou tecido conjuntivo. O nevo mais 
prevalente é o nevo melanocítico adquirido ou 
comum – de tal forma que o termo nevo simples 
frequentemente é usado como sinônimo desta 
lesão pigmentada. 
O nevo melanocítico adquirido representa uma 
proliferação benigna de células névicas 
derivadas da crista neural. Não está claro se 
essas células representam melanócitos ou 
apenas “primos” dos melanócitos. As células 
migram para a epiderme durante o 
desenvolvimento, e as lesões podem aparecer 
logo após o nascimento. Lesões intraorais são 
incomuns. 
 
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O ciclo de vida e dos nevos melanocíticos 
adquiridos inclui quatro etapas: iniciação 
(desenvolvimento de mutações em uma célula 
progenitora, possivelmente uma célula-tronco 
melanocítica ou melanócito diferenciado), 
promoção (ativação e proliferação da célula 
progenitora mutada), senescência (parada do 
crescimento) e involução. 
 
 
 
Características Clínicas 
• A maioria das lesões cutâneas estão 
presentes antes dos 35 anos de idade. 
• A maioria das lesões está distribuída 
acima da cintura, e a região de cabeça e 
pescoço está comumente envolvida. 
• Os nevos melanocíticos adquiridos 
evoluem por meio de várias fases de 
desenvolvimento: juncional, composto e 
intradérmico. No entanto, nem todos os 
nevos passam por cada fase. O nevo 
juncional aparece clinicamente como 
uma mácula preta ou castanha bem 
demarcada, com menos de 6 mm de 
diâmetro. 
• pápula ligeiramente elevada, macia, com 
superfície relativamente lisa (nevo 
composto) 
• maioria das lesões aparecem marrons. 
• Conforme o tempo passa, o nevo perde 
gradualmente a pigmentação, a 
superfície se torna ligeiramente 
papilomatosa e os pelos podem ser 
vistos na área central 
• No entanto, os nevos continuam a ser 
inferiores a 6 mm de diâmetro. 
 
Intratoral 
• Lesão fundamental: mancha 
oumácula/pápula 
• Localização (o principal lugar é palato 
duro, fundo de sulco e gengiva) 
• Quantidade (geralmente são únicos) 
• Coloração (marrom, negra azulada) 
• Tamanho (variável, mas geralmente não 
passam de 6mm) 
• Limites (precisos) 
• Superfície (lisa) 
 
Características Histopatológicas 
• As células névicas têm uma capacidade 
variável de produzir melanina 
• Tendem a ser organizadas em tecas 
(pequenos e arredondados agregados) 
nas áreas superficiais. 
• São classificados histopatologicamente 
conforme o seu estágio de 
desenvolvimento 
• Presença nos 2/3 inferiores da derme, 
ocasionalmente se estendendo até o 
subcutâneo. 
• Células névicas individuais distribuídas 
entre as fibras colágenas. – 
• Associação com apêndices cutâneos, 
nervos e vasos localizados na derme 
reticular. 
 
Exames complementares 
Biopsia excisional seguida exame 
anatomopatológico 
 
Diagnóstico diferencial 
Efelídes (Sardas); Tatuagem por amálgama; 
Melanoma; Melanose do fumante 
 
Tratamento 
Nenhum tratamento é indicado para um nevo 
melanocítico cutâneo, a menos que seja 
esteticamente inaceitável, seja cronicamente 
irritado por roupas, ou ocorra mudanças no 
tamanho ou cor. Se a remoção for eleita, a 
excisão cirúrgica conservadora é o tratamento 
de escolha; a recorrência é improvável. 
 
Evidências atuais não sugerem que o nevo 
melanocítico bucal seja um marcador de risco 
aumentado para o desenvolvimento de 
melanoma. No entanto, os melanomas iniciais 
da mucosa oral podem aparecer clinicamente 
semelhantes a nevos melanocíticos ou outras 
lesões pigmentadas benignas. Portanto, é 
aconselhada a biópsia das lesões orais 
pigmentadas com diagnóstico inexplicável. 
 
MELANOSE DO FUMANTE 
As pigmentações orais são muito aumentadas 
em fumantes inveterados. Em um estudo com 
mais de 31.000 indivíduos da raça branca, 
21,5% dos tabagistas exibiram áreas de 
pigmentação melânica em comparação com 3% 
dos não tabagistas. Em uma outra pesquisa 
com uma população etnicamente pigmentada, 
os tabagistas apresentavam maior quantidade 
de superfícies orais exibindo pigmentação por 
melanina. 
 
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A pigmentação por melanina na pele exerce um 
efeitoprotetor bem conhecido contra o dano 
causado pela radiação ultravioleta (UV). 
Pesquisas sobre os melanócitos localizados em 
áreas distantes da exposição solar mostraram a 
habilidade da melanina de se unir a substâncias 
nocivas. Tem sido demonstrado que a 
exposição a aminas policíclicas (p.ex., nicotina e 
benzopirenos) estimula a produção de melanina 
pelos melanócitos, que também são conhecidos 
pela forte ligação à nicotina. Pesquisadores têm 
sugerido que a produção de melanina na 
mucosa oral de tabagistas atue como uma 
resposta protetora contra algumas das 
substâncias nocivas no fumo de tabaco. Tal 
conceito é confirmado por descobertas em 
usuários do “fumo invertido”, que fumam com a 
ponta acesa do cigarro voltada para o interior da 
boca e que mostram pigmentação abundante 
pela melanina no palato. Em alguns praticantes 
do “fumo invertido”, áreas de melanócitos são 
perdidas e podem se desenvolver zonas de 
pigmentação vermelha da mucosa. O câncer é 
encontrado em 12% dos pacientes com estas 
zonas vermelhas, delineando ainda mais os 
prováveis efeitos protetores dos melanócitos 
contra substâncias tóxicas. 
 
 
 
Características Clínicas 
• Mais comum na gengiva vestibular 
anterior (pode afetar também o palato e 
mucosa jugal) 
• Manchas ou máculas de coloração 
acastanhada (de leve a intensa) 
• Superfície lisa 
• Limites imprecisos 
• A intensidade da pigmentação está 
relacionada com o tempo e com a dose 
do consumo do tabaco (maior evolução 
no primeiro ano de uso do tabaco) 
• Os usuários de cachimbo 
frequentemente exibem pigmentações 
localizadas na comissura labial e na 
mucosa jugal. Os praticantes do fumo 
invertido exibem alterações no palato 
duro. 
• Uma frequência elevada é observada em 
mulheres, e pesquisadores têm sugerido 
que os hormônios femininos exerçam um 
efeito sinérgico quando combinados com 
o fumo. 
 
Características Histopatológicas 
• Melanina é encontrada em 
queratinócitos basais circundantes e em 
macrófagos no tecido conjuntivo 
subjacente. 
• Aumento da pigmentação por melanina 
da camada de células basais do epitélio, 
semelhante a uma mácula melanótica 
• Coleções de melanina por queda de 
pigmento são vistas livres no interior do 
tecido conjuntivo superficial e em 
melanófagos dispersos. 
 
Exames complementares 
Biopsia excisional seguida exame 
anatomopatológico 
 
Diagnóstico diferencial 
O cirurgião-dentista pode fazer o diagnóstico 
mediante correlação da história de tabagismo 
com a apresentação clínica e a história médica. 
Outras causas de pigmentação por melanina, 
como o trauma, a neurofibromatose, a síndrome 
de Peutz-Jeghers, a pigmentação relacionada 
às drogas, os distúrbios endócrinos, a 
hemocromatose, a doença pulmonar crônica e a 
pigmentação racial, devem ser excluídas. 
 
• Pigmentação fisiológica 
• Síndrome de Peutz-Jeghers 
• Doença de Addison 
• Melanoma 
• Pigmentação relacionada às drogas 
• Nevo melanótico 
• Tatuagem por amálgama 
• Mácula melanótica oral 
 
Tratamento e Prognóstico 
O abandono do tabagismo resulta em 
desaparecimento gradual das áreas 
relacionadas à pigmentação a longo de um 
período de três anos. A biópsia deve ser 
considerada quando a pigmentação se situa em 
locais inesperados, como o palato duro, ou 
quando há mudanças clínicas incomuns, como 
o aumento da densidade da melanina ou 
elevação da superfície. 
 
HEMANGIOMA 
O hemangioma é uma neoplasia benigna 
caracterizada principalmente pelo aumento na 
proliferação de vasos sanguíneos em variadas 
regiões do corpo. Caracterizado pela cor 
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vermelha, situada no plano do tecido ou acima 
dele, podendo ter superfície lisa ou levemente 
nodular, e tamanho variando de milímetros a 
muitos centímetros. Por serem assintomáticos, 
faz com que o portador da lesão, muitas vezes 
não se incomode em tê-la. A restrição mais 
acentuada é quando sua localização é visível, 
tendo consequentemente um comprometimento 
da estética. Esta situação valoriza o seu 
tratamento, onde são preconizados vários 
métodos, como crioterapia, embolização, 
radioterapia, excisão cirúrgica, cirurgia a laser e 
escleroterapia. 
 
Cavernoso: é uma neoformação vascular 
benigna de origem congênita, caracterizado 
pela formação de grandes canais e espaços 
vasculares preenchidos com sangue. 
 
Capilar: é um acúmulo anormal e benigno de 
vasos sanguíneos na pele ou em órgão 
internos, o que significa um acúmulo de sangue 
 
Dependendo do tamanho e da localização, 
podem causar assimetria facial ou interferir na 
função de órgãos associados a lesão. Além 
disso, pode ocorrer hemorragia intensa e grave, 
quando submetido a algum tipo de agressão 
mecânica no local como mordedura, acidentes 
que envolvam a face entre outros. 
 
 
 
Características clinicas 
• Hamartomas 
• Indolores 
• Língua, vermelhão do lábio, mucosa 
jugal 
• Nódulos elevados ou lesões 
multinodulares 
• Vermelho, roxo ou azulado 
• Clareamento da lesão na diascopia 
• superfície lisa ou levemente nodular 
• Tamanho variando de milímetros a 
muitos centímetros 
 
Características histológicas 
Microscopicamente, é caracterizado por, de 
moderado a acentuado aumento dos vasos 
sanguíneos, tendo suas células endoteliais 
dilatadas e lúmen vascular normalmente 
indistinto. 
 
Manobras semiotécnicas 
O diagnóstico da lesão é feito pelo exame 
clínico seguido de manobras semiotécnicas, 
como a compressão por lâmina de vidro sobre a 
lesão (diascopia), dando a mesma uma 
coloração pálida devido ao esvaziamento 
vascular. Neste caso não é indicado à biópsia 
excisional devido ao alto risco de hemorragia 
local. 
 
Diagnóstico diferencial 
Mucocele; cistos; granuloma periférico; sarcoma 
de kaposi e lesões de células gigantes. 
 
Exames complementares 
O exame complementar mais indicado é o 
ultrassom com doppler para verificação da 
natureza de irrigação da lesão (arterial e 
venosa). Para nenhum caso é indicado a 
realização de biópsias devido ao alto risco de 
hemorragia local. 
 
Tratamento 
Para as lesões menores e periféricas, pode-se 
optar por escleroterapia, excisão cirúrgica 
convencional, radioterapia eletrocoagulação e 
crioterapia. 
Nas lesões maiores e/ou intra ósseas, 
localizadas em áreas estética, o tratamento 
deve ser através de embolização ou o 
obliteração da lesão e dos vasos adjacentes; 
indica-se este tratamento objetivando involução 
da lesão para posterior procedimento cirúrgico. 
 
EFÉLIDES (SARDAS) 
Uma efélide é uma mácula comum, pequena e 
hiperpigmentada da pele, que representa uma 
região de produção aumentada de melanina na 
epiderme, com ou sem aumento do número de 
melanócitos. As efélides podem se tornar mais 
pronunciadas após exposição solar e estão 
associadas a queimaduras solares na infância. 
Existe predileção genética (autossômica 
dominante), e estudos têm demonstrado uma 
forte relação com certas variantes do gene 
receptor 1 da melanocortina (MC1R). 
 
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Características Clínicas 
As efélides surgem com mais frequência no 
rosto, nos braços e nas costas de indivíduos de 
pele clara, olhos, azuis ou louros. As máculas 
geralmente se desenvolvem durante a primeira 
década de vida e novas máculas raramente 
surgem na adolescência. Durante a vida adulta, 
as máculas ficam menos evidentes. 
Cada lesão aparece como uma mácula 
nitidamente demarcada, uniformemente 
redonda ou oval e ligeiramente marrom, 
medindo menos de 3 mm de diâmetro. Existe 
grande variabilidade no número de lesões 
presentes. A coloração marrom não é tão 
escura quanto a do lentigo simples, e não há 
elevação acima do nível da superfície da pele, 
como pode ocorrer no nevo melanocítico. 
 
Características Histopatológicas 
A efélide exibe epitélio pavimentosoestratificado com abundante deposição de 
melanina na camada basal. Apesar da 
quantidade aumentada de melanina, o número 
de melanócitos é normal ou pode estar 
reduzido. Diferentemente do lentigo simples, 
não há alongamento das cristas epiteliais. 
 
Diagnóstico diferencial 
Lentigo simples; manchas café com leite; nevo 
de Becker. 
 
Exames complementares 
Biopsia incisional seguido por 
anatomopatológico 
 
Tratamento e Prognóstico 
Nenhum tratamento é necessário para as 
efélides. Esteticamente, algumas lesões podem 
ser tratadas por crioterapia, hidroquinona, 
peeling químico ou laserterapia. O uso de 
bloqueadores solares pode prevenir o 
aparecimento de novas sardas e auxiliar na 
prevenção do escurecimento das lesões 
existentes. 
 
 
 
MELANOMA (MELANOCARCINOMA) 
O melanoma é uma neoplasia maligna de 
origem melanocítica; que pode surgir de novo 
ou a partir de uma lesão melanocítica benigna 
preexistente. A maioria dos casos ocorrem na 
pele, mucosa, embora as lesões mucosas 
também sejam possíveis. A exposição à 
radiação UV da luz solar é um importante fator 
etiológico, com aumento da incidência de 
melanoma entre populações leucodermas 
próximas ao equador. Os danos agudos do sol 
podem ser de maior importância do que a 
exposição crônica. Lesões na mucosa oral, 
naturalmente, não estão relacionados com a 
exposição ao sol. 
 
Fatores de risco para melanoma incluem uma 
tez clara, cabelos e olhos de cor clara, 
tendência a queimaduras solares ou sardas, 
uma história de queimaduras solares dolorosas 
ou bolhas na infância, ocupação em ambiente 
interno com hábitos recreacionais ao ar livre, 
história pessoal ou familiar de melanoma, 
história pessoal do nevo congênito ou displásico 
e de número excessivo (> 100) de nevos. 
Associações potenciais com o uso de materiais 
de bronzeamento, terapia imunossupressora 
para o transplante de órgãos, e diversas 
doenças malignas infância também tem sido 
propostos. 
 
Melanoma representa o terceiro câncer mais 
comum da pele. É responsável por menos de 
5% do total de casos de câncer de pele, mas 
por 75% das mortes por câncer de pele. Ao 
longo das últimas décadas, um aumento 
dramático na incidência de melanoma tem sido 
relatado em todo o mundo. Alguns 
pesquisadores afirmam que esta tendência 
reflete o aumento do número de biópsias da 
pele e melhora no diagnóstico em estágios 
iniciais da doença. No entanto, outros têm 
demonstrado aumento na frequência da doença 
em estágio inicial e avançado e, assim, 
propõem que exista um verdadeiro aumento na 
taxa de doença. Apesar do aumento da 
incidência, a taxa de mortalidade por melanoma 
cutâneo tem se mantido relativamente constante 
desde o final dos anos 1980, aparentemente por 
uma grande proporção de casos diagnosticados 
numa fase inicial. 
 
Mais da metade dos melanomas de mucosa 
ocorrem na cabeça e pescoço (incluindo a fase 
oral e regiões sinonasais), com o restante 
principalmente envolvendo as mucosas 
urogenital e anorretal. O melanoma em 
mucosa é muito mais agressivo do que sua 
contraparte cutânea. 
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Características Clínicas 
 
• Castanhos, azulados, pouco corados 
• Localizado em qualquer região da 
cavidade bucal 
• Maior frequência em palato 
• Crescimento rápido e progressivo 
• Pigmentação heterogênea 
• Bordas periféricas mal delimitadas 
• Presença de lesões satélites 
• Ulceração 
• Lesão palpável ou linfonodos palpáveis 
 
 
 
Melanomas cutâneos mais frequentemente se 
desenvolvem em adultos leucodermas. Embora 
a lesão ocorra numa variada faixa etária, a 
maioria dos casos surgem em indivíduos de 45 
até 84 anos de idade, com idade média no 
momento do diagnóstico de 61 anos. Há uma 
predileção por mulheres entre pacientes com 
menos de 40 anos (possivelmente relacionadas 
ao uso de bronzeamento artificial). Em 
contraste, uma predileção pelo sexo masculino 
é vista em pacientes mais velhos. O sítio 
primário mais frequente nos homens é nas 
costas, enquanto nas mulheres as extremidades 
inferiores são afetadas mais usualmente. 
Devido a diversas semelhanças clínicas entre 
melanoma cutâneo e sua contraparte benigna, o 
nevo melanocítico, um sistema de avaliação 
clínica “ABCDE” foi desenvolvido para ajudar a 
diferenciar entre estas duas entidades 
 
Melanoma lentiginoso acral 
Os melanomas tendem a exibir dois padrões 
direcionais de crescimento: (1) a fase de 
crescimento radial e (2) a fase de crescimento 
vertical. Nos estágios iniciais de 
desenvolvimento do melanoma, a fase de 
crescimento radial tende a predominar no 
melanoma lentigo maligno, no melanoma de 
disseminação superficial e no melanoma 
lentiginoso acral. Nessas lesões, os melanócitos 
malignos apresentam propensão a se 
disseminar horizontalmente através da camada 
basal da epiderme. Ao final do processo, 
contudo, as células malignas começam a invadir 
o tecido conjuntivo subjacente, dessa forma 
iniciando a fase de crescimento vertical. No 
melanoma nodular, a fase de crescimento radial 
é muito curta ou inexistente e a fase de 
crescimento vertical predomina. 
 
Melanoma de Disseminação Superficial 
O melanoma de disseminação superficial é a 
forma mais comum de melanoma, 
representando 70% das lesões cutâneas (Fig. 
10-137). Os sítios mais comuns de origem são a 
área interescapular nos homens e a parte de 
trás das pernas e coxas nas mulheres. Essa 
forma de melanoma surge como uma mácula 
com uma variedade de cores em potencial (i.e, 
amarelo-amarronzada, marrom, cinza, negra, 
azul, branca e rosa). Tipicamente, a lesão é 
menor do que 3cm em seu maior diâmetro no 
momento do diagnóstico, porém pode ser bem 
maior. Muitas lesões são levemente elevadas. 
Clinicamente, a invasão é indicada pelo 
surgimento de nódulos na superfície ou 
enduração e em geral ocorre dentro do período 
de um ano após a descoberta da mácula 
precursora. As máculas satélites ou nódulos de 
células malignas podem se desenvolver ao 
redor da lesão primária. 
 
Melanoma Nodular 
O melanoma nodular representa 15% dos 
melanomas cutâneos e um terço de tais lesões 
se desenvolve na região da cabeça e pescoço. 
Acredita-se que o melanoma nodular inicie 
quase imediatamente a sua fase de crescimento 
vertical; desse modo, surge como uma elevação 
nodular que rapidamente invade o tecido 
conjuntivo. O melanoma nodular é geralmente 
uma lesão exofítica intensamente pigmentada, 
embora algumas vezes as células do melanoma 
sejam tão pobremente diferenciadas que não 
produzam mais melanina, resultando em um 
não pigmentado melanoma amelanótico. 
 
Melanoma Lentigo Maligno 
O melanoma lentigo maligno, que corresponde 
a 5% a 10% dos melanomas cutâneos, 
desenvolve-se a partir de uma lesão precursora 
denominada lentigo maligno (sarda de 
Hutchinson). O lentigo maligno ocorre quase 
exclusivamente na pele exposta ao sol de 
adultos idosos de pele clara, em particular na 
região do terço médio da face, e representa um 
melanoma in situ puramente em sua fase de 
crescimento radial. 
A lesão surge como uma mácula, que se 
expande de forma lenta, com bordas irregulares 
e uma variedade de cores, incluindo a amarelo-
amarronzada, marrom, negra e até mesmo a 
branca (Fig. 10-138). Os pacientes em geral 
afirmam que a lesão tem estado presente e se 
expandido de forma lenta e lateralmente durante 
anos. A duração média da fase de crescimento 
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radial é de 15 anos. O surgimento de um nódulo 
dentro do lentigo maligno sinaliza o início da 
fase invasiva ou de crescimento vertical e é a 
transição de um lentigo maligno para um 
melanoma. 
 
Melanoma Lentiginoso (Melanoma 
Lentiginoso Mucoso) 
O melanoma lentiginoso acral é a forma mais 
comum de melanoma em melanodermas e 
também é a forma mais comum demelanoma 
oral. Essa lesão se desenvolve tipicamente nas 
palmas das mãos, solas dos pés, área 
subungueal e mucosas. Inicia-se como uma 
mácula com margens irregulares, pigmentada, 
que posteriormente desenvolve uma fase 
invasiva de crescimento nodular. 
Recentemente, alguns especialistas têm 
separado essa lesão em duas entidades: (1) 
melanoma lentiginoso acral e (2) melanoma 
lentiginoso da mucosa. 
 
O melanoma oral é nodular no momento do 
diagnóstico, porém as lesões iniciais podem ser 
planas. Há predileção pelo sexo masculino e os 
indivíduos afetados se encontram em sua quinta 
até sétima décadas de vida. 
 
Aproximadamente 70% a 80% dos melanomas 
orais são encontrados no palato duro ou alvéolo 
maxilar. Pelo menos um em cada três pacientes 
com melanoma oral tem histórico de diagnóstico 
prévio de melanoma. A lesão oral aparece como 
uma mácula de coloração marrom a negra com 
bordas irregulares (Figs. 10-139 e 10-140). No 
entanto, algumas lesões contêm pouco 
pigmento e mostram coloração normal da 
mucosa ou aparência vascular. A mácula se 
estende lateralmente e um aumento de volume 
exofítico, lobulado, desenvolve-se uma vez que 
se tenha iniciado o crescimento vertical (Fig. 10-
141). A ulceração pode se desenvolver 
precocemente, porém várias lesões são 
aumentos de volume enegrecidos, lobulados e 
exofíticos sem ulceração no momento do 
diagnóstico. A dor não é uma característica 
comum, exceto nas lesões ulceradas, e a 
maioria das lesões permanece relativamente 
macia à palpação. O osso subjacente ou 
adjacente pode mostrar evidência radiográfica 
de destruição irregular ou em “roído de traça”. 
Linfonodos cervicais metastáticos com 
frequência são evidentes na apresentação 
inicial. Além disso, ocasionalmente, o melanoma 
afeta a glândula parótida, em geral como um 
depósito metastático a partir do couro cabeludo, 
conjuntiva ou paranasal. 
 
Características Histopatológicas 
Nos melanomas cutâneos e orais, os 
melanócitos atípicos são inicialmente 
observados na junção entre o tecido epitelial e o 
tecido conjuntivo. A partir desse local, eles têm 
o potencial para proliferar por todo o epitélio, 
lateralmente ao longo da camada basal e em 
profundidade para o interior do tecido 
conjuntivo. Nos estágios iniciais, os melanócitos 
atípicos são observados dispersos entre as 
células epiteliais basais ou em tecas no interior 
da camada basal. Os melanócitos atípicos 
geralmente são maiores do que os melanócitos 
normais e têm graus variados de pleomorfismo 
nuclear e Hipercromatismo. No melanoma de 
disseminação superficial, a disseminação 
pagetoide é frequentemente observada. 
Grandes células neoplásicas infiltram o epitélio 
de superfície de forma isolada ou em tecas (Fig. 
10-142). O padrão microscópico resultante é 
denominado pagetoide, pois lembra o 
adenocarcinoma intraepitelial conhecido como 
doença de Paget da pele. 
 
A disseminação das células neoplásicas ao 
longo da camada basal constitui a fase de 
crescimento radial dessa neoplasia. Tal 
disseminação lateral das células no interior do 
epitélio, que ocorre antes da invasão para o 
interior do tecido conjuntivo subjacente, é 
caracteristicamente observada no melanoma de 
disseminação superficial, no melanoma lentigo 
maligno e no melanoma lentiginoso acral. No 
melanoma lentiginoso acral, vários dos 
melanócitos apresentam prolongamentos 
dendríticos proeminentes (Fig. 10-143). 
 
Quando os melanócitos malignos são 
observados invadindo o tecido conjuntivo, a fase 
de crescimento vertical inicia-se. No melanoma 
nodular, essa fase de crescimento vertical 
ocorre precocemente no curso da lesão. 
Nenhum crescimento radial de células pode ser 
observado no epitélio suprajacente além das 
margens da invasão tumoral (Fig. 10 -144). As 
células invasivas do melanoma geralmente são 
fusiformes ou epitelioides e infiltram o tecido 
conjuntivo como cordões e feixes pobremente 
agregados de células pleomórficas. As lesões 
orais tendem a mostrar mais prontamente a 
invasão de vasos sanguíneos e linfáticos do que 
as lesões de pele. Vários melanomas da 
mucosa têm sido relatados contendo 
inequivocamente osso e cartilagem, uma 
característica que pode causar confusão 
diagnóstica com o adenoma pleomórfico, 
carcinoma sarcomatoide, osteossarcoma e 
condrossarcoma mesenquimal. 
 
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Aproximadamente 10% dos melanomas orais 
são amelanóticos. A falta de produção de 
melanina pode causar confusão diagnóstica na 
microscopia óptica, uma vez que o melanoma 
pode simular uma variedade de neoplasias 
indiferenciadas. Os estudos imuno-
histoquímicos mostram reatividade para as 
proteínas S-100, HMB-45, MART-1 (Melan-A) e 
o fator de transcrição associado à microftalmia 
(Mitf) podem ajudar no diagnóstico. 
 
Tratamento e Prognóstico 
A mensuração microscópica da profundidade da 
invasão é um importante componente da 
avaliação histopatológica do melanoma 
cutâneo, uma vez que se correlaciona com o 
prognóstico. O sistema de mensuração de Clark 
confere um “nível” à lesão que depende da 
região anatômica cutânea mais profunda 
invadida por células neoplásicas (Tabela 10-6). 
 
A classificação mais recente de Breslow, 
contudo, parece mostrar uma correlação mais 
precisa com o prognóstico e é baseada na 
mensuração real da distância da porção mais 
alta da camada de células granulares até o 
ponto de invasão mais profundo das células 
neoplásicas identificável. 
 
O estadiamento clínico para o melanoma 
cutâneo é realizado utilizando-se um sistema de 
classificação TNM que leva em consideração a 
espessura do tumor pela classificação de 
Breslow, ulceração, metástase para linfonodos 
regionais e metástase à distância (Tabela 10-7). 
Além disso, a atividade mitótica é considerada 
na subclassificação de melanomas T1 (ou 
“delgados”), bem como o nível sérico de lactato 
desidrogenase (LDH), que é considerado nos 
casos de subclassificação com metástase à 
distância. 
 
A excisão cirúrgica é a base do tratamento. 
Evidência atual indica que uma margem de 1 
cm é adequada para os tumores cutâneos com 
espessura de 1 mm ou menos. Para tumores de 
invasão mais profunda, recomenda-se a ampla 
excisão cirúrgica com margens cirúrgicas de 
pelo menos 2 cm. 
 
A dissecção dos linfonodos é em geral realizada 
nos pacientes com metástase regional 
clinicamente evidente na ausência de 
metástases à distância. É um tanto controversa 
a dissecção eletiva dos linfonodos para 
pacientes com lesões de espessura 
intermediária (1 a 4 mm) na ausência de 
linfonodos clinicamente palpáveis. A razão para 
esse procedimento é que esses pacientes têm 
uma alta probabilidade de apresentar doença 
regional nodal oculta e baixa probabilidade de 
metástase à distância. Contudo, o benefício 
relatado dessa estratégia de tratamento na 
sobrevida é variável e a significativa morbidade 
pode estar associada à dissecção dos 
linfonodos. Diante desse problema, a biopsia do 
linfonodo sentinela (biopsia do primeiro 
linfonodo na região a receber a drenagem do 
tumor) frequentemente é utilizada como uma 
alternatva para a dissecção eletiva dos demais 
linfonodos, a fim de identificar os pacientes com 
metástases nodais ocultas que poderiam se 
beneficiar da linfoadenectomia total 
(esvaziamento ganglionar). 
 
A maioria dos pacientes com lesões em estágio 
inicial são curados apenas com cirurgia. No 
entanto, a radioterapia adjuvante ou a 
imunoterapia (geralmente com interferon alfa) 
pode ser considerada para certos subgrupos de 
pacientes em alto risco de recorrência. Para 
pacientes com metástase distante, vários 
agentes (p.ex., interleucina-2 [IL-2] em alta 
dose, dacarbazina, imatinibe e paclitaxel) têm 
sido tentados com limitado sucesso. 
Notavelmente, em 2011, a FDA aprovou dois 
novos tratamentos para melanoma metastático:vemurafenib (um inibidor de BRAF) e ipilimumab 
(um anticorpo monoclonal que promove 
atividade antitumoral da célula T por meio de 
bloqueio do antígeno 4 associado ao linfócito T 
citotóxico [CTLA-4]). Esses recentes progressos 
na imunoterapia direcionada ao genótipo 
levaram à sobrevida prolongada para pacientes 
com doença avançada e provavelmente 
formarão a base para a próxima geração de 
terapias para melanoma metastático. 
 
As taxas de sobrevida em cinco anos para 
pacientes com melanomas cutâneos que são 
finos e confinados à pele ultrapassam os 90%, 
enquanto os pacientes com metástase regional 
ou distante exibem taxas de sobrevida em cinco 
anos de aproximadamente 40% a 70% e de 
15% a 20%, respectivamente (Tabela 10-7). 
Primariamente como resultado de esforços de 
educação público, as características clínicas do 
melanoma cutâneo são conhecidos de forma 
tão ampla que a maioria das lesões são 
descobertas e tratadas em estágio inicial. 
 
Outros fatores podem influenciar o resultado 
além da profundidade da invasão. Por razões 
que não são claras, os melanomas cutâneos no 
tronco, cabeça e pescoço acarretam pior 
prognóstico do que aqueles nas extremidades. 
Em particular, entre as lesões de cabeça e 
pescoço, os que surgem no couro cabeludo e 
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pescoço estão associados a diminuições nas 
taxas de sobrevida. Em contrapartida, fatores 
prognósticos positivos incluem idade inferior a 
50 anos e sexo feminino. O acompanhamento 
após o tratamento é importante não apenas 
para monitorar a doença metastática, mas 
também porque, em 3% a 5% desses pacientes, 
um segundo melanoma primário eventualmente 
se desenvolverá. 
 
No caso de melanomas da mucosa da cabeça e 
pescoço, a classificação TNM leva em 
consideração a extensão anatômica do tumor 
primário (i.e., confinados à mucosa ou invadindo 
as estruturas adjacentes), metástase para 
linfonodo regional e metástase à distância 
(Tabela 10-8). Como as lesões mucosas de 
cabeça e pescoço geralmente mostram 
comportamento agressivo, elas são 
classificadas no mínimo como estágio III. Para 
pacientes com doença em estágio III ou IVb, a 
cirurgia radical é indicada e, muitas vezes, é 
combinada com radioterapia adjuvante. Os 
pacientes com doença em estágio IVb ou IVc 
devem considerar fortemente a participação em 
estudo clínico. Como as mutações KIT 
geralmente estão presentes nos melanomas 
mucosos, estudos clínicos avaliando inibidores 
de tirosina quinase (como imatinibe) são de 
particular interesse. 
 
O prognóstico para o melanoma oral é 
extremamente reservado. A maioria dos autores 
relata taxas de sobrevida em cinco anos na 
faixa de apenas 10% a 25%. Em geral, a morte 
resulta de metástase distante em vez de falta de 
controle local. O mau prognóstico para o 
melanoma oral parece se relacionar à 
dificuldade em se conseguir uma ressecção 
ampla e à tendência de metástase precoce. 
Pacientes jovens mostram melhor sobrevida 
que os mais velhos, e aqueles com lesões 
amelanóticas parecem ter um prognóstico 
particularmente mau. Geralmente, ocorre 
acentuada deterioração do prognóstico em 
pacientes com melanomas de mucosa oral 
ultrapassando a profundidade de 0,5 mm, 
embora a profundidade da invasão e a presença 
de ulcerações não estejam estreitamente 
correlacionadas ao prognóstico dessas lesões, 
em comparação com os melanomas cutâneos. 
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