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3a Web_ATENÇÃO AO PÉ DIABÉTICO - Tradicional

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UNIDADE III
Profa. Ms. Flávia Berenguer
O PÉ DIABÉTICO DE CHARCOT ULCERADO, O 
INFECCIOSO E A NEUROARTROPATIA
ATENÇÃO AO PÉ DIABÉTICO
CURSO: PODOLOGIA
Úlceras
▪Úlceras → feridas profundas e abertas de difícil cicatrização,
provocadas por complexas reações bioquímicas intracelulares.
▪Entre 20% e 25% da população diabética
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
▪Em pacientes com pé diabético podem ser
causadas por isquemia secundárias à
neuropatia ou mistas
▪É causa de aproximadamente 85%
precedem das amputações
▪Tratamento representa um desafio para os pacientes acometidos com
diabetes mellitus tipo 1 e 2 → baixa capacidade imunológica, que
dificulta a cicatrização e acomete o surgimento de infecções
oportunistas.
▪Podem afetar os ossos, gerando vários níveis de deformidades
▪Na maioria dos casos, as ulcerações no pé diabético são precedidas
pela neuropatia diabética.
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
▪Nervos
▪Estruturas anatômicas com formato tubular, compostas de fibras
nervosas e tecido conjuntivo. Sua estrutura é disposta por feixes de
fibras formadas por neurônios
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
▪Em linhas gerais, são três os fatores que desencadeiam as
complicações neuropáticas:
▪Processo de glicação das proteínas
▪Alterações na via do poliol
▪Distúrbios hemodinâmicos
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
Neuropatia - Glicação das proteínas
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
Hiperglicemia 
prolongada
Advanced 
Glycation End 
Products 
(AGES).
Reação de 
Maillard
Reação não enzimática, 
alterando a estrutura e 
função das proteínas
▪AGES → produzir compostos altamente oxidantes e destrutivos para o
endotélio celular e tecidos.
Neuropatia - Glicação das proteínas
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
AGES
(produzir compostos 
altamente oxidantes) 
Acumulo de 
radicais livres
Destrutivos para o 
endotélio celular e 
tecidos
↓ da qualidade e velocidade de 
condução de impulsos nervosos
Risco de trombose
Neuropatia - Alterações na via do poliol
▪Estresse oxidativo → desmielinização
Neuropatia - Distúrbios hemodinâmicos
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
Hiperglicemia 
prolongada
Maior 
viscosidade
do sangue
Enurese
Risco de 
trombose
▪Em decorrência da neuropatia e da disfunção vascular → formação de
edemas e a fragilização dos tecidos epidérmicos → úlceras.
▪Neuropatia autonômica → diminuição e até mesmo ausência do
mecanismo de transpiração → leva ao ressecamento da pele,
rachaduras e fissuras no pé → úlceras
▪Atribui-se à glicação a diminuição da mobilidade nas articulações e
nos tecidos conjuntivos → deformidades → pressão plantar
descompensada → úlceras
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
O PÉ DIABÉTICO ULCERADO
▪ Infecções: 58% das complicações causadas pelas úlceras do pé
diabético
▪No caso de pacientes já hospitalizados, esse índice pode chegar até
os 82%.
▪90% de sucesso no tratamento quando é iniciado precocemente.
▪↓ fluxo sanguineo →↓ leucócitos que são fundamentais no combate às
infecções.
▪↓na atividade dos neutrófilos, ↓ produção de interleucinas e ↓ da
capacidade dos sistemas antioxidantes celulares
O PÉ DIABÉTICO INFECCIOSO
O PÉ DIABÉTICO INFECCIOSO
Deficiência 
do sistema 
imunológico 
Osteomielite
Amputações 
Infecção sistêmica
Facilita 
rapidamente a 
colonização e 
disseminação de 
organismos 
patogênicos para 
tecidos mais 
profundos
▪No paciente diabético, é mais comum infecções de origem fúngica do
que bacteriana → 2/3 dos casos, não há presença de febre ou
leucocitose.
▪Staphylococcus áureos e Streptococcus β-hemolíticoimpetigo
▪Complicações que mais ocorrem são:
▪Celulite
▪Miosite
▪Fasceíte necrotizante
▪Artrite séptica
▪Tendinite
▪Osteomielite.
O PÉ DIABÉTICO INFECCIOSO
▪As disfunções neurológicas, somada à resposta imunológica deficiente,
pode apresentar um quadro de sintomas desproporcional à gravidade
da infecção.
▪O tratamento, nesses casos, exige uma terapia antimicrobiana
agressiva e ampla, além de procedimentos cirúrgicos de limpeza local.
O PÉ DIABÉTICO INFECCIOSO
▪Deformidade óssea e articular que afeta a disposição anatômica e
funcional das estruturas do pé.
▪Apesar da formação de edemas, não é uma doença infecciosa.
▪Devido à desnervação muscular → desorganização nas articulações,
inflamação da membrana sinovial, instabilidade postural e fraturas
ósseas.
▪Essas lesões, por sua vez, tendem a se agravar por conta do sistema
imunológico já debilitado típico da diabetes.1
CHARCOT DE DIABÉTICO
▪Avaliação sensorial
▪Diapasão
CHARCOT DE DIABÉTICO
▪Avaliação sensorial
▪Monofilamento
CHARCOT DE DIABÉTICO
Lesão simpática
▪Redução da resistência vascular nos ocasionando o consequente
aumento do fluxo sanguíneo.
▪Vasodilatação dorsal
▪Hiperemia / eritema ("pé de lagosta")
▪Hipertermia
CHARCOT DE DIABÉTICO
A perda da inervação simpático
▪ Neuro-osteoartropatia
▪ Aumento da reabsorção óssea com
consequente fragilidade do tecido
(osteoporose) → múltiplas fraturas
▪ Sub-luxações e\ou luxações →
deformidades importantes
▪ Calosidades
CHARCOT DE DIABÉTICO
▪ Autoexame
▪ Visita regular ao profissional da saúde → podólogo
▪ Sintomas:
▪ Presença de sinais de inflamação (edema, hiperemia,
hipertermia, dor)
▪ Deformidades osteoarticulares: dedos em garra, perda da
concavidade da região plantar ou pé chato, calosidades
▪ Pele seca → fissuras
▪ Úlceras plantares.
PÉ DIABÉTICO
PÉ DIABÉTICO
▪ Confirmado a presença da neuropatia diabética
▪ Aliviar os pontos de pressão nos locais ulcerados, a fim de que
essa ulceração cicatrize de maneira mais rápida, sem provocar
lesões mais severas
PÉ DIABÉTICO
OBRIGADA
Profa. Ms. Flávia Berenguer
flavia.santana@sereduc.edu.br
@fisioflaviaberenguer
mailto:flavia.santana@sereduc.edu.br