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Prática Gerencial em Saúde Coletiva ProfªEnfª Roberta Lima de Oliveira Prática Gerencial em Saúde Coletiva 2 Gestão de casos Passo 4 Auto recompensa Passo 3 Colocando a meta em prática e autoavaliação Passo 2 Estabelecimento de 1 meta Passo 1 Reconhecimento do problema Esforços Recursos Estratégia de formação Autoeficácia Barreiras Linha de Cuidado Gestão de caso é o processo desenvolvido entre profissional e pessoa em condição de saúde complexa. Objetiva propiciar atenção de qualidade, humanizada; diminuir a fragmentação do cuidado; aumentar capacidade funcional. Prática Gerencial em Saúde Coletiva 3 Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose 4 1 5 Doenças transmissíveis são definidas pela Organização Pan-americana de Saúde como sendo qualquer doença ocasionada por um agente infeccioso específico, bem como seus produtos tóxicos, manifestado pela transmissão deste agente, que pode ser transmitido de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível (OPAS, 2019). Nesta unidade abordaremos: • Tuberculose • Hanseníase Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose “ É uma das doenças infectocontagiosas que mais causam mortes no Brasil, principalmente, entre as pessoas que vivem com HIV. O Brasil ainda permanece entre os 22 países que albergam 80% dos casos mundiais de Tuberculose, apesar da tendência de queda da incidência dos casos nos últimos anos. 7 Tuberculose é determinada pela OMS como um problema em Saúde Pública, pois estima-se que 1/3 da população mundial esteja infectada pelo bacilo Mycobacterium tuberculose, embora nem todos desenvolvam a doença. Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) determina ações epidemiológicas para o controle desta infecção. A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos. 8 SINAIS E SINTOMAS 9 Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose ▸ Durante o acolhimento o enfermeiro questiona também sobre o local de trabalho, onde o usuário refere trabalhar em ambiente fechado, com pouca ventilação, área física pequena e com mais 10 colegas, e que semanas atrás um de seus colegas de trabalho apresentou sintomas parecidos e foi diagnosticado com Tuberculose, frente a estes novos relatos a enfermeira decide colher a baciloscopia. 10 Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose ▸ Analisando o caso, alguns conhecimentos tornam-se necessários para um bom acompanhamento e gerenciamento do cuidado como: 11 Conhecer a patologia envolvida. Levantar as evidências de enfermagem para uma adequada sistematização da assistência. Tratamento e intervenções de enfermagem. Controle e prevenção. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose Conhecimento da Patologia Envolvida 12 A tuberculose é uma doença infecciosa causada por bacilo álcool-ácido- resistente, que inicialmente atinge os alvéolos pulmonares e após englobado por macrófagos, é transportado para os linfonodos hilares e mediastinais. O agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis, onde o modo de infecção ocorre a partir da inalação de núcleos secos de partículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea) e atinge principalmente os pulmões. O período de incubação varia de 4 a 12 semanas após infecção, e há desenvolvimento de reação tuberculínica positiva. O período de transmissão acontece com doentes bacilíferos. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência 13 Durante a entrevista o enfermeiro deve questionar dados relacionados a alterações do aparelho respiratório: 14 Duração e aspecto da tosse. Perda de peso e do apetite. Aumento de temperatura, principalmente no período da tarde. Fraqueza e cansaço. Sudorese principalmente noturna. Durante a entrevista o enfermeiro deve questionar dados relacionados a alterações do aparelho respiratório: 15 E também atentar-se a questões psicossociais como: Preocupações e dúvidas sobre a doença. Preocupações familiares e sociais. Hábitos pessoais e o ambiente em que vive. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência No exame físico avaliar: ▸ SSVV ▸ Pulmonar ▸ Tegumentar 17 Inspeção • Observar tosse insidiosa e progressiva, aspecto da tosse mucoide ou mucopurulenta, hemoptise, dispneia, ortopneia. • Avaliar fraqueza, fadiga, umidade e turgor da pele devido sudorese e emagrecimento. No exame físico avaliar: 18 Palpação • Dor torácica durante palpação, diminuição do frêmito caso tenha derrame pleural. No exame físico avaliar: 19 Percussão • Atentar para macicez, principalmente em bases pulmonares devido a derrame pleural. No exame físico avaliar: 20 Ausculta • Murmúrios vesiculares reduzidos, ou crepitações devido muco. 21 Para o controle da doença e a detecção precoce, torna-se necessário a realização permanente da Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios – SR, onde se identifica precocemente as pessoas com tosse por tempo igual ou superior a três semanas, consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar, visando a identificação precoce dos casos bacilíferos com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão e reduzir a incidência da doença a longo prazo Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios E como medida preventiva a vacina BCG prioritariamente indicada para crianças de 0 a 4 anos, sendo obrigatória para menores de 1 ano.(BRASIL, 2019) BC G TRATAMENTO 22 23 O tratamento farmacológico consiste na quimioterapia antituberculosa com o uso de Rifampicina(R), Isoniazida(H), Pirazinamida(Z) e Etambutol(E), nas seguintes dosagens para adultos acima de 50 Kg: R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg, conforme OMS. (BRASIL, 2018). Intervenções Facilitar acesso aos serviços de saúde e realizar o Tratamento Diretamente Observado (TDO); Orientar sobre as razões e propósitos da monitorização da saúde; Atentar para a condição nutricional, avaliar o peso a cada consulta e investigar os recursos disponíveis e usuais de alimentação do doente e quando necessário, estabelecer parcerias para obtenção de recursos, tais como, cesta básica e vale-refeição. “ ▸ DIAGNOSTICO DE TUBERCULOSE 24 Baciloscopia 25 Para o diagnóstico solicita-se, pelo menos, duas amostras de escarro, sendo a primeira geralmente coletada no momento da consulta e a segunda amostra deve ser coletada no dia seguinte, preferencialmente ao despertar. Duas Amostras: Primeira amostra no momento da consulta (por ocasião) Segunda amostra no dia seguinte Orientações para coleta de baciloscopia 26 O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes que apresentem: tosse por três semanas ou mais (sintomático respiratório); suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse; suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais biológicos diversos). Orientações para coleta de baciloscopia 27 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir esta operação até obter três eliminações de escarro, evitando que ele escorra pela parede externa do pote. 1.Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a tampa do pote fecha bem e se já esta devidamente identificado (nome do paciente e a data da coleta no corpo do pote). Orientações para coleta de baciloscopia28 4.Orientar o paciente a lavar as mãos. 5. Na impossibilidade de envio imediato da amostra para o laboratório ou unidade de saúde, esta poderá ser conservada em geladeira comum até no máximo sete dias. 3.Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nesta posição. Orientações para coleta de baciloscopia 29 Exemplo de etiqueta de identificação Nome do Paciente: Joao da Silva Data da coleta: 23/12/2018 1ª ou 2ª amostra Orientações para coleta de baciloscopia 30 Encher o peito de ar (Inspirar profundamente) Orientações para coleta de baciloscopia 31 Uma boa amostra de escarro é a que provém da árvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem tampouco a que contém somente saliva. O volume ideal é de 5ml a 10ml. As amostras devem ser coletadas em local aberto, de preferência ao ar livre ou em condições adequadas de biossegurança. Prova Tuberculínica 32 Prova também conhecida como teste tuberculínico ou de Mantoux, que consiste na inoculação intradérmica da tuberculina em uma pessoa, a fim de conhecer se ela está ou não infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Nome Idade Local de realização Antecedente vacinal (BCG–ID) Cicatriz vacinal: Sim Não Duvidoso Em caso positivo, em que data foi realizada a vacina BCG? __/__/__ Aplicação e Leitura da prova Tuberculínica Aplicação: Data: __/__/__ Leitura: Data: __/__/__ Resultado da Prova Tuberculínica ______________mm Observação ____________________________________________ MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA TUBERCULOSE DESEP FICHA DE PROVA TUBERCULÍNICA “ ▸ Tratamento Diretamente Observado - TDO 33 Tratamento Diretamente Observado - TDO ▸ Tratamento Diretamente Observado (TDO), é uma modalidade de cuidado em que o usuário é orientado a comparecer na unidade para receber o medicamento, ingerindo-o na frente de um profissional de saúde. 34 Doente e serviço de saúde Doente e profissional de saúde Cria-se vínculo Tratamento Diretamente Observado - TDO 35 A escolha da modalidade de TDO deve ser decidida conjuntamente entre a equipe de saúde e o doente, considerando a realidade e a estrutura de atenção à saúde existente. É desejável que a tomada observada seja diária, de segunda a sexta-feira. Na impossibilidade de comparecer a unidades todos os dias e como opção ele só puder ir três vezes por semana deve-se exaustivamente explicar a necessidade da tomada diária, incluindo os dias em que o tratamento não será observado, ou o profissional pode ir ao domicílio para ter esta observação das doses medicamentosas. 36 No final do tratamento, para definir se foi observado, este doente deverá ter tido no mínimo 24 tomadas observadas na fase de ataque e 48 tomadas observadas na fase de manutenção. Tratamento Diretamente Observado - TDO 37 Objetivos do tratamento diretamente observado: Melhorar a atenção ao doente por meio do acolhimento humanizado. Possibilitar a adesão, garantindo a cura. Reduzir a taxa de abandono. Interromper a cadeia de transmissão da doença. Diminuir o surgimento de bacilos multirresistentes. Reduzir a mortalidade. Reduzir o sofrimento humano, uma vez que se trata de doença consumptiva, transmissível e de alto custo social. Realizar uma educação em saúde mais efetiva, de forma individualizada voltada para orientar e corresponsabilizar o indivíduo, a família e a comunidade nas ações de saúde. Tratamento Diretamente Observado - TDO 38 Os medicamentos deverão ser administrados preferencialmente em jejum (uma hora antes ou duas horas após o café da manhã), em uma única tomada, ou em caso de intolerância digestiva, com uma refeição. Orientar a mulher a utilizar outros métodos anticoncepcionais, pois a rifampicina interfere na ação dos contraceptivos orais. Atentar-se às reações adversas mais frequentes ao esquema básico, como a mudança da coloração da urina (avermelhada), intolerância gástrica (40%), alterações cutâneas (20%), icterícia (15%) e dores articulares (4%) Melhorar na promoção em saúde do paciente Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase 40 A hanseníase é classificada como uma doença de notificação compulsória tornando-se, portando, de investigação obrigatória. Deve-se considerar casos de hanseníase quando o indivíduo apresentar um ou mais dos sinais que chamamos de sinais cardinais, e que necessita de tratamento específico com o uso poliquimioterapia (PQT). Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase 41 Lesões ou áreas da pele que apresentam alterações da sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa; ou Espessamento de nervo periférico, em conjunto a alterações motoras sensitivas ou autonômicas; ou Presença de bacilos M. leprae, sendo confirmada no exame de baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biopsia de pele. (Brasil, 2019). Sinais Cardinais Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase 42 Sinais Cardinais Paucibacilar (PB) – casos com até cinco lesões de pele. Multibacilar (MB) – casos com mais de cinco lesões de pele. Lesões ou áreas da pele que apresentam alterações da sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. Presença de bacilos M. leprae, sendo confirmada no exame de baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biopsia de pele. Espessamento de nervo periférico, em conjunto a alterações motoras sensitivas ou autonômicas. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase 43 G.H.J. 60 anos, feminino, branca, viúva, aposentada e natural de São Paulo e residente no município de Cajati. Foi abordada pela Agente Comunitária de Saúde em uma ação de busca ativa durante uma visita domiciliar sobre possíveis alterações de pele. Quando foi questionada sobre alguma alteração dermatológica, comentou que tinha uma lesão esbranquiçada com diminuição da sensibilidade em região dorsal na área do pescoço, foi encaminhada à unidade para passar em consulta com a enfermeira da estratégia da saúde. Na consulta a enfermeira investigou mais detalhadamente as queixas, na avaliação foi questionada sobre o tempo da lesão, em que comentou que vem percebendo alterações na coloração e ausência da sensibilidade a uns 3 meses. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase 44 No exame físico corada, eupneica, afebril. Murmúrios vesiculares presentes, bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas. Abdome plano, timpânico, indolor a palpação, fígado e baço não palpáveis. No exame dermatoneurológico realizou o teste de sensibilidades com o uso de estesiômetro na lesão e em mãos e pés e com o uso de fio dental realizou o teste nos olhos. Na avaliação da força, não apresentou alterações. Relata morar em casa de 4 cômodos (sala, quarto, cozinha e banheiro) com 6 pessoas (filhos e netos) em um espaço pequeno e pouco ventilado e quando questionada quanto ao conhecimento sobre hanseníase, relata desconhecer o que significa. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Conhecimento da Patologia Envolvida 45 A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), e apresenta alta infectividade, com baixa patogenicidade e alta virulência. As vias aéreas superiores são a principal via de eliminação do bacilo e a mais provável porta de entrada. A única fonte de infecção é o homem, através de contato direto com doentes portadores de formas contagiantes não tratadas. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência 46 Atentar às lesões ou áreas de pele com alterações da sensibilidade estando diminuída ou ausente em um período superior a 3 meses. Tipo de lesão cutânea e duração. Presença ou ausência de sensibilidade. Preocupações e dúvidassobre a doença. Preocupações familiares e sociais. Hábitos pessoais e o ambiente em que vive. Deve-se questionar Obs: 47 Pontos Importantes a abordar na entrevista A doença acomete ambos os sexos, inclusive crianças e o maior risco é observado entre contatos intradomiciliares (indivíduos que moram juntos ou tenham residido com o doente nos últimos cinco anos). O ambiente fechado, a ausência de ventilação e de luz solar, também, favorecem a transmissão. 48 Exame Físico Avaliar sensibilidade das lesões de pele (térmica, dolorosa e tátil), Palpação de nódulos e troncos nervosos. Inspeção Exame Físico tegumentar Palpação Inspeção/ Palpação Inspeção/ palpação Observar aspecto e coloração das lesões. (manchas, pápulas, placas) Avaliar força motora, dor, espessamento de nervos, sensibilidade. Observar mal-estar, febre, dor e acometimento de órgãos – globo ocular, fígado, baço, linfonodos e testículos. Exame Neurológico Exame Global 49 Observar aspecto e coloração das lesões (manchas, pápulas, placas) Avaliar sensibilidade das lesões de pele (térmica, dolorosa e tátil) 50 Ações do Enfermeiro Facilitar acesso aos serviços de saúde; Orientar sobre as razões e propósitos da monitorização da saúde; Obter consentimento informado para os procedimentos e avaliações; Investigar efeitos colaterais ou reação hansênica e agendar retorno em 28 dias da dose supervisionada; Orientar sobre exames complementares como hemograma, TGO, TGP, bilirrubinas, glicemia de jejum e exames parasitológicos de fezes; Encaminhar para outras especialidades como fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, oftalmologia, serviço social. Avaliação da saúde Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Tratamento Medicamentoso 51 O tratamento é realizado principalmente nas unidades básicas de saúde e deve-se assegurar, obrigatoriamente, o tratamento adequado a todos os doentes. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Avaliação do grau de incapacidade física e da função neural 52 Realizar a avaliação da integridade da função neural e o grau de incapacidade física do paciente com Hanseníase é imprescindível para um acompanhamento de qualidade. Início do tratamento, e se não houver queixas reavaliar a cada três meses. Quando houver queixas como dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas. Em uso de corticoides por estados reacionais e neurites. Na alta do tratamento. No pós-operatório de descompressão neural deve ser avaliado com 15, 45, 90 e 180 dias. Sempre avaliar Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Avaliação do grau de incapacidade física e da função neural 53 Para verificar a integridade da função neural, recomenda-se a utilização do formulário de Avaliação Neurológica Simplificada. 54 55 Para ter mais acesso ao formulário de Avaliação Neurológica Simplificada para avaliação da função neural na hanseníase e conhecer o Formulário de Avaliação Neurológica Simplificada do Ministério da Saúde 56 Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Hanseníase Ações preventivas 57 Não há proteção específica para hanseníase, as ações devem ser de prevenção e amplas incluindo atividades como: Ações de educação em saúde que é essencial para a prevenção de incapacitantes, assegurando o conhecimento indispensável sobre a hanseníase; Investigação de dados epidemiológicos para diagnosticar novos casos; Manter tratamento adequado até a cura e fazer busca de faltosos; Prevenção e tratamento de incapacidades; Manter vigilância epidemiológica constante; Realizar exames nos contatos domiciliar e social, Aplicação de BCG. Ações Preventivas Hanseníase 58 Hanseníase – Atividades Desenvolvidas pelo enfermeiro Epidemiologia Gerenciamento Atenção Integral Comunicação Educação Monitoramento SINAN Análise informações Indicadores Planejamento Monitoramento Avaliação Diagnóstico Tratamento Vigilância contatos PI e Reabilitação Educação Permanente Mobilização Social 59 VAMOS EXERCITAR!! Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose 60 A.R.M., 32 anos, masculino, casado, natural da Bolívia e residente do bairro do Brás (São Paulo – SP) há 8 anos e trabalha com confecção de roupas, compareceu à Unidade Básica de Saúde com queixa de tosse persistente. No acolhimento o usuário relata que há 3 semanas iniciou quadro de tosse, inapetência e sudorese noturna, sem nenhum tratamento. Há 2 semanas, relata febre, porém não mensurou sempre no final da tarde e início da noite, fazendo uso de antitérmicos, com pequena melhora temporária. Também relata que perdeu de 3 a 4 kg sem mudança da dieta ou exercícios físicos e passou por atendimento médico no início do quadro, sendo realizado RX de tórax sem sinais de alteração. Possui antecedentes de dislipidemia e nega demais comorbidades. Pai e mãe hipertensos, mãe diabética, irmão com câncer de próstata. Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose 61 Comenta que mora em casa de 3 cômodos (quarto, cozinha e banheiro) de alvenaria com companheira e dois filhos, rua asfaltada e com saneamento básico. Etilista (mínimo de 1 lata de cerveja ao dia), nega tabagismo. Alimentação rica em açúcares e gorduras, não realiza atividade física. No exame físico apresenta fáceis sofríveis, tossindo bastante, lúcido e pouco comunicativo. Peso: 60Kg - IMC 20Kg/m2, FC: 100 bpm FR: 25ipm PA: 130x90mmHg T: 37oC Mucosas oculares hidratadas, decoradas, acianótico, anictérico, turgor de pele diminuído, bulhas rítmicas, normofonéticas, regular em 2 tempos sem sopros, murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. Abdome plano, ruídos hidroaéreos presentes, indolor, vísceras não palpáveis, extremidades sem edemas. 1- 62 A tuberculose continua sendo um preocupante problema de saúde no Brasil. Considerando que os casos bacilíferos são a principal fonte de disseminação da doença, para tentar interromper sua cadeia de transmissão, é fundamental: a) Realização de prova tuberculínica cutânea em todas as pessoas com casos suspeitos e em seus comunicantes. b) Percepção de que existem pessoas expostas aos bacilos que não desenvolvem a doença, mas a transmitem por meio de materiais de uso comum. Interatividade c) Busca ativa de sintomático respiratório, isto é, de indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a seis semanas. d) Compreensão de que o conceito de contato abrange os familiares que convivem no mesmo ambiente domiciliar com o caso índice no momento do diagnóstico da tuberculose. e) Descoberta precoce de caso novo por meio da busca ativa do sintomático respiratório na população com tosse há mais de três semanas. -2 63 O enfermeiro deve conduzir sua orientação para a coleta do exame de baciloscopia considerando os seguintes aspectos, exceto: a) Explicar a importância do exame para o paciente utilizando termos claros e de fácil entendimento. b) Fornecer a orientação e a simulação da técnica de coleta utilizando para isso o pote, aproveitando esse momento para indicar a quantidade a ser coletada. c) Orientar a inspirar profundamente, retendo por alguns instantes o ar dos pulmões e depois tossir e escarrar diretamente no pote. d) Orientar a repetir esse procedimento por três vezes, até atingir a quantidade necessária ao exame (5 ml a 10 ml), tendo cuidado para que o material não escorra por fora do pote. e) Oriente a tampar o pote rosqueando-o firmemente e identifique na tampa para melhor visualização. -3 64 Quando se diagnostica um caso de Hanseníase, deve-se utilizar a classificação operacional de caso de hanseníase, para definir o esquema de tratamento com poliquimioterapia que é baseado no número de lesões cutâneas, onde quando temos casos de até cinco lesões é classificado: a) Paucibacilar (PB). b) Multibacilar (MB). c) Leproso (L). d) Bibacilar (BB). e) Polibacilar (PoB). -4 65 O enfermeiro deve conduzirsua orientação para a coleta do exame de baciloscopia considerando os seguintes aspectos, exceto: a) Explicar a importância do exame para o paciente utilizando termos claros e de fácil entendimento. b) Fornecer a orientação e a simulação da técnica de coleta utilizando para isso o pote, aproveitando esse momento para indicar a quantidade a ser coletada. c) Orientar a inspirar profundamente, retendo por alguns instantes o ar dos pulmões e depois tossir e escarrar diretamente no pote. d) Orientar a repetir esse procedimento por três vezes, até atingir a quantidade necessária ao exame (5 ml a 10 ml), tendo cuidado para que o material não escorra por fora do pote. e) Oriente a tampar o pote rosqueando-o firmemente e identifique na tampa para melhor visualização. -5 66 Ao acompanhar a integridade da função neural e o grau de incapacidade física do paciente com Hanseníase é imprescindível que o profissional avalie exceto: a) Avaliar no início do tratamento e reavaliar a cada seis meses se não houver queixas. b) Avaliar sempre quando houver queixas como dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas. c) Acompanhar e avaliar em uso de corticoides por estados reacionais e neurites. d) Avaliar na alta do tratamento. e) Avaliar no pós-operatório de descompressão neural com intervalo de 15, 45, 90 e 180 dias. 67 ATÉ A PROXIMA AULA!