Buscar

SAUDE COLETIVA TUBERCULOSE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prática Gerencial em
Saúde Coletiva
ProfªEnfª Roberta Lima de
Oliveira
Prática Gerencial em Saúde
Coletiva
2
Gestão
de casos
Passo 4 Auto
recompensa
Passo 3
Colocando a
meta em prática
e autoavaliação
Passo 2
Estabelecimento
de 1 meta
Passo 1
Reconhecimento
do problema
Esforços Recursos
Estratégia de
formação
Autoeficácia Barreiras
Linha de
Cuidado
Gestão de caso é o processo
desenvolvido entre profissional e pessoa
em condição de saúde complexa.
Objetiva propiciar atenção de qualidade,
humanizada; diminuir a fragmentação
do cuidado; aumentar capacidade
funcional.
Prática Gerencial em Saúde
Coletiva
3
Caso gerencial abordando Doenças
Transmissíveis: Tuberculose
4
1
5
Doenças transmissíveis são definidas pela
Organização Pan-americana de Saúde como sendo
qualquer doença ocasionada por um agente infeccioso
específico, bem como seus produtos tóxicos,
manifestado pela transmissão deste agente, que pode
ser transmitido de uma pessoa ou animal infectado ou
de um reservatório a um hospedeiro suscetível (OPAS,
2019).
Nesta unidade abordaremos:
• Tuberculose
• Hanseníase
Caso gerencial abordando Doenças
Transmissíveis: Tuberculose
“
É uma das doenças infectocontagiosas que mais
causam mortes no Brasil, principalmente, entre as
pessoas que vivem com HIV. O Brasil ainda
permanece entre os 22 países que albergam 80%
dos casos mundiais de Tuberculose, apesar da
tendência de queda da incidência dos casos nos
últimos anos.
7
Tuberculose é determinada pela OMS como um
problema em Saúde Pública, pois estima-se
que 1/3 da população mundial esteja infectada
pelo bacilo Mycobacterium tuberculose,
embora nem todos desenvolvam a doença.
Programa Nacional de Controle
da Tuberculose (PNCT)
determina ações epidemiológicas
para o controle desta infecção.
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos
das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou
laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos.
8
SINAIS E SINTOMAS
9
Caso gerencial abordando Doenças
Transmissíveis: Tuberculose
▸ Durante o acolhimento o enfermeiro questiona também sobre o local de trabalho, onde
o usuário refere trabalhar em ambiente fechado, com pouca ventilação, área física
pequena e com mais 10 colegas, e que semanas atrás um de seus colegas de trabalho
apresentou sintomas parecidos e foi diagnosticado com Tuberculose, frente a estes
novos relatos a enfermeira decide colher a baciloscopia.
10
Caso gerencial abordando Doenças
Transmissíveis: Tuberculose
▸ Analisando o caso, alguns conhecimentos tornam-se necessários para um bom
acompanhamento e gerenciamento do cuidado como:
11
Conhecer a patologia envolvida.
 Levantar as evidências de enfermagem para
uma adequada sistematização da assistência.
 Tratamento e intervenções de enfermagem.
 Controle e prevenção.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Tuberculose Conhecimento da Patologia Envolvida
12
A tuberculose é uma doença infecciosa
causada por bacilo álcool-ácido-
resistente, que inicialmente atinge os
alvéolos pulmonares e após englobado
por macrófagos, é transportado para os
linfonodos hilares e mediastinais.
O agente etiológico é o Mycobacterium
tuberculosis, onde o modo de infecção ocorre a
partir da inalação de núcleos secos de partículas
contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou
espirro do doente com tuberculose ativa de vias
respiratórias (pulmonar ou laríngea) e atinge
principalmente os pulmões.
O período de incubação varia de 4 a 12
semanas após infecção, e há
desenvolvimento de reação tuberculínica
positiva. O período de transmissão
acontece com doentes bacilíferos.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis: Tuberculose Abordagem
do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência
13
Durante a entrevista o enfermeiro deve questionar dados relacionados a
alterações do aparelho respiratório:
14
Duração e aspecto da tosse.
 Perda de peso e do apetite.
 Aumento de temperatura,
principalmente no período da tarde.
 Fraqueza e cansaço.
 Sudorese principalmente
noturna.
Durante a entrevista o enfermeiro deve questionar dados relacionados a
alterações do aparelho respiratório:
15
E também atentar-se a questões
psicossociais como:
Preocupações e dúvidas sobre a
doença.
 Preocupações familiares e
sociais.
 Hábitos pessoais e o ambiente
em que vive.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Tuberculose Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e
a sistematização da assistência
No exame físico avaliar:
▸ SSVV
▸ Pulmonar
▸ Tegumentar
17
Inspeção
• Observar tosse insidiosa e progressiva, aspecto da
tosse mucoide ou mucopurulenta, hemoptise, dispneia,
ortopneia.
• Avaliar fraqueza, fadiga, umidade e turgor da pele
devido sudorese e emagrecimento.
No exame físico avaliar:
18
Palpação
• Dor torácica durante palpação, diminuição do frêmito
caso tenha derrame pleural.
No exame físico avaliar:
19
Percussão
• Atentar para macicez, principalmente em bases
pulmonares devido a derrame pleural.
No exame físico avaliar:
20
Ausculta
• Murmúrios vesiculares reduzidos, ou crepitações
devido muco.
21
Para o controle da doença e a detecção precoce, torna-se necessário a
realização permanente da Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios – SR,
onde se identifica precocemente as pessoas com tosse por tempo igual ou
superior a três semanas, consideradas com suspeita de tuberculose
pulmonar, visando a identificação precoce dos casos bacilíferos com o
objetivo de interromper a cadeia de
transmissão e reduzir a incidência da doença a longo prazo
Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios
E como medida preventiva a
vacina BCG prioritariamente
indicada para crianças de 0 a 4
anos, sendo obrigatória para
menores de 1 ano.(BRASIL, 2019)
BC
G
TRATAMENTO
22
23
O tratamento farmacológico consiste na quimioterapia antituberculosa com
o uso de Rifampicina(R), Isoniazida(H), Pirazinamida(Z) e Etambutol(E), nas
seguintes dosagens para adultos acima de 50 Kg: R 150mg, H 75mg, Z
400mg e E 275mg, conforme OMS. (BRASIL, 2018).
Intervenções
Facilitar acesso aos serviços de saúde e realizar o
Tratamento Diretamente Observado (TDO);
 Orientar sobre as razões e propósitos da
monitorização da saúde;
 Atentar para a condição nutricional, avaliar o peso
a cada consulta e investigar os recursos disponíveis e
usuais de alimentação do doente e quando necessário,
estabelecer parcerias para obtenção de recursos, tais
como, cesta básica e vale-refeição.
“
▸ DIAGNOSTICO DE TUBERCULOSE
24
Baciloscopia
25
Para o diagnóstico solicita-se, pelo menos, duas amostras de escarro,
sendo a primeira geralmente coletada no momento da consulta e a
segunda amostra deve ser coletada no dia seguinte,
preferencialmente ao despertar.
Duas Amostras:
 Primeira amostra no momento da
consulta (por ocasião)
 Segunda amostra no dia seguinte
Orientações para coleta de baciloscopia
26
O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes
que apresentem:
 tosse por três semanas ou mais (sintomático respiratório);
 suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,
independentemente do tempo de tosse;
 suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais
biológicos diversos).
Orientações para coleta de baciloscopia
27
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento de
coleta: ao despertar pela manhã, lavar bem a boca,
inspirar profundamente, prender a respiração por um
instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir esta
operação até obter três eliminações de escarro,
evitando que ele escorra pela parede externa do pote.
1.Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a
tampa do pote fecha bem e se já esta devidamente
identificado (nome do paciente e a data da coleta no
corpo do pote).
Orientações para coleta de baciloscopia28
4.Orientar o paciente a lavar as mãos.
5. Na impossibilidade de envio imediato da amostra
para o laboratório ou unidade de saúde, esta poderá
ser conservada em geladeira comum até no máximo
sete dias.
3.Informar que o pote deve ser tampado e colocado
em um saco plástico com a tampa para cima,
cuidando para que permaneça nesta posição.
Orientações para coleta de baciloscopia
29
Exemplo de etiqueta de identificação
Nome do Paciente: Joao da Silva
Data da coleta: 23/12/2018
1ª ou 2ª amostra
Orientações para coleta de
baciloscopia
30
Encher o peito de
ar (Inspirar
profundamente)
Orientações para coleta de baciloscopia
31
Uma boa amostra de escarro é a que provém da
árvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e não
a que se obtém da faringe ou por aspiração de
secreções nasais, nem tampouco a que contém
somente saliva.
 O volume ideal é de 5ml a 10ml.
As amostras devem ser coletadas em
local aberto, de preferência ao ar livre ou
em condições adequadas de
biossegurança.
Prova Tuberculínica
32
Prova também conhecida
como teste tuberculínico
ou de Mantoux, que
consiste na inoculação
intradérmica da
tuberculina em uma
pessoa, a fim de
conhecer se ela está ou
não infectada pelo
Mycobacterium
tuberculosis.
Nome
Idade
Local de realização
Antecedente vacinal (BCG–ID)
Cicatriz vacinal:
Sim Não Duvidoso
Em caso positivo, em que data foi realizada a vacina
BCG? __/__/__
Aplicação e Leitura da prova Tuberculínica
Aplicação: Data: __/__/__
Leitura: Data: __/__/__
Resultado da Prova Tuberculínica
______________mm
Observação
____________________________________________
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA TUBERCULOSE
DESEP
FICHA DE PROVA TUBERCULÍNICA
“
▸ Tratamento Diretamente Observado
- TDO
33
Tratamento Diretamente Observado - TDO
▸ Tratamento Diretamente Observado (TDO), é uma modalidade de cuidado em
que o usuário é orientado a comparecer na unidade para receber o
medicamento, ingerindo-o na frente de um profissional de saúde.
34
Doente e
serviço de
saúde
Doente e
profissional
de saúde
Cria-se vínculo
Tratamento Diretamente Observado - TDO
35
A escolha da modalidade de TDO deve
ser decidida conjuntamente entre a
equipe de saúde e o doente,
considerando a realidade e a estrutura
de atenção
à saúde existente.
É desejável que a tomada observada seja diária,
de segunda a sexta-feira.
Na impossibilidade de comparecer a unidades
todos os dias e como opção ele só puder ir três
vezes por semana deve-se exaustivamente
explicar a necessidade da tomada diária,
incluindo os dias em que o tratamento não será
observado,
ou o profissional pode ir ao domicílio para ter
esta observação das doses medicamentosas.
36
No final do tratamento, para definir se foi observado, este
doente deverá ter tido no mínimo 24 tomadas
observadas na fase de ataque e 48 tomadas observadas
na fase de manutenção.
Tratamento Diretamente Observado - TDO
37
Objetivos do tratamento diretamente observado:
 Melhorar a atenção ao doente por meio do
acolhimento humanizado.
 Possibilitar a adesão, garantindo a cura.
 Reduzir a taxa de abandono.
 Interromper a cadeia de transmissão da doença.
 Diminuir o surgimento de bacilos multirresistentes.
 Reduzir a mortalidade.
Reduzir o sofrimento humano, uma vez
que se trata de doença consumptiva,
transmissível e de alto custo social.
 Realizar uma educação em saúde
mais efetiva, de forma individualizada
voltada para orientar e
corresponsabilizar o indivíduo, a família
e a comunidade nas ações
de saúde.
Tratamento Diretamente Observado
- TDO
38
Os medicamentos deverão ser
administrados preferencialmente em
jejum (uma hora antes ou duas horas
após o café da manhã), em uma única
tomada, ou em caso de intolerância
digestiva, com uma refeição.
Orientar a mulher a utilizar
outros métodos
anticoncepcionais, pois a
rifampicina interfere na ação dos
contraceptivos orais.
Atentar-se às reações adversas
mais frequentes ao esquema básico,
como a mudança da coloração da
urina (avermelhada), intolerância
gástrica (40%), alterações cutâneas
(20%), icterícia (15%) e dores
articulares (4%)
Melhorar na promoção em saúde
do paciente
Caso gerencial abordando
Doenças Transmissíveis:
Hanseníase
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase
40
A hanseníase é classificada como uma doença de
notificação compulsória tornando-se, portando, de
investigação obrigatória.
 Deve-se considerar casos de hanseníase quando
o indivíduo apresentar um ou mais dos sinais que
chamamos de sinais cardinais, e que necessita de
tratamento específico com o uso poliquimioterapia
(PQT).
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase
41
Lesões ou áreas da pele que apresentam alterações
da sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa; ou
 Espessamento de nervo periférico, em conjunto a
alterações motoras sensitivas ou autonômicas; ou
 Presença de bacilos M. leprae, sendo confirmada
no exame de baciloscopia de esfregaço intradérmico
ou na biopsia de pele. (Brasil, 2019).
Sinais Cardinais
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase
42
Sinais Cardinais
Paucibacilar (PB) –
casos com até
cinco lesões de
pele. Multibacilar
(MB) – casos com
mais de cinco
lesões de pele.
Lesões ou áreas da pele que apresentam
alterações da sensibilidade tátil, térmica ou
dolorosa.
Presença de bacilos M. leprae,
sendo confirmada no exame de
baciloscopia de esfregaço
intradérmico ou na biopsia de pele.
Espessamento de nervo periférico,
em conjunto a alterações motoras
sensitivas ou autonômicas.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase
43
G.H.J. 60 anos, feminino, branca, viúva, aposentada e natural de São Paulo e residente
no município de Cajati. Foi abordada pela Agente Comunitária de Saúde em uma ação
de busca ativa durante uma visita domiciliar sobre possíveis alterações de pele.
Quando foi questionada sobre alguma alteração dermatológica, comentou que tinha
uma lesão esbranquiçada com diminuição da sensibilidade em região dorsal na área do
pescoço, foi encaminhada à unidade para passar em consulta com a enfermeira da
estratégia da saúde.
 Na consulta a enfermeira investigou mais detalhadamente as queixas, na avaliação
foi questionada sobre o tempo da lesão, em que comentou que vem percebendo
alterações na coloração e ausência da sensibilidade a uns 3 meses.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase
44
No exame físico corada,
eupneica, afebril. Murmúrios
vesiculares presentes, bulhas
cardíacas rítmicas,
normofonéticas. Abdome
plano, timpânico, indolor a
palpação, fígado e baço não
palpáveis.
No exame dermatoneurológico realizou
o teste de sensibilidades com o uso de
estesiômetro na lesão e em mãos e pés
e com o uso de fio dental realizou o
teste nos olhos. Na avaliação da força,
não apresentou alterações.
Relata morar em casa de 4 cômodos
(sala, quarto, cozinha e banheiro)
com 6 pessoas (filhos e netos) em
um espaço pequeno e pouco
ventilado e quando questionada
quanto ao conhecimento sobre
hanseníase, relata desconhecer o
que significa.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase Conhecimento da Patologia Envolvida
45
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium
leprae (bacilo de Hansen), e apresenta alta
infectividade, com baixa patogenicidade e alta
virulência.
 As vias aéreas superiores são a principal
via de eliminação do bacilo e a mais provável
porta de entrada.
 A única fonte de infecção é o homem,
através de contato direto com doentes
portadores de formas contagiantes não tratadas.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase Abordagem do usuário na consulta de
enfermagem e a sistematização da assistência
46
Atentar às lesões
ou áreas de pele
com alterações da
sensibilidade
estando diminuída
ou ausente em um
período superior
a 3 meses.
Tipo de lesão cutânea e duração.
Presença ou ausência de sensibilidade.
Preocupações e dúvidassobre a doença.
Preocupações familiares e sociais. Hábitos pessoais e
o ambiente em que vive.
Deve-se
questionar
Obs:
47
Pontos Importantes a abordar na entrevista
 A doença acomete ambos os sexos, inclusive crianças e o
maior risco é observado entre contatos intradomiciliares
(indivíduos que moram juntos ou tenham residido com o doente
nos últimos cinco anos).
 O ambiente fechado, a ausência de ventilação e de luz solar,
também, favorecem a transmissão.
48
Exame Físico
Avaliar sensibilidade das
lesões de pele (térmica,
dolorosa e tátil),
Palpação de nódulos e
troncos nervosos.
Inspeção
Exame Físico
tegumentar
Palpação
Inspeção/
Palpação
Inspeção/
palpação
Observar aspecto e
coloração das lesões.
(manchas, pápulas,
placas)
Avaliar força motora, dor,
espessamento de nervos,
sensibilidade.
Observar mal-estar, febre,
dor e acometimento de
órgãos – globo ocular,
fígado, baço, linfonodos e
testículos.
Exame Neurológico
Exame Global
49
Observar aspecto e coloração das lesões
(manchas, pápulas, placas)
Avaliar sensibilidade das lesões de pele
(térmica,
dolorosa e tátil)
50
Ações do
Enfermeiro
Facilitar acesso aos serviços de saúde;
 Orientar sobre as razões e propósitos da
monitorização da saúde;
 Obter consentimento informado para os
procedimentos e avaliações;
 Investigar efeitos colaterais ou reação hansênica e
agendar retorno em 28 dias da dose supervisionada;
 Orientar sobre exames complementares como
hemograma, TGO, TGP, bilirrubinas, glicemia de jejum e
exames parasitológicos de fezes;
 Encaminhar para outras especialidades como
fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, oftalmologia,
serviço social.
Avaliação da saúde
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase Tratamento Medicamentoso
51
O tratamento é
realizado
principalmente
nas unidades
básicas de saúde
e deve-se
assegurar,
obrigatoriamente,
o tratamento
adequado a todos
os doentes.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase Avaliação do grau de incapacidade física
e da função neural
52
Realizar a avaliação da integridade da função neural e o grau de
incapacidade física do paciente com Hanseníase é imprescindível
para um acompanhamento de qualidade.
Início do tratamento, e se não houver queixas reavaliar a cada três meses.
 Quando houver queixas como dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular,
início ou piora de queixas parestésicas.
 Em uso de corticoides por estados reacionais e neurites.
 Na alta do tratamento.
 No pós-operatório de descompressão neural deve ser avaliado com 15, 45,
90 e 180 dias.
Sempre avaliar
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase Avaliação do grau de incapacidade física
e da função neural
53
Para verificar a integridade da função neural,
recomenda-se a utilização do
formulário de Avaliação Neurológica Simplificada.
54
55
Para ter mais acesso ao formulário de Avaliação
Neurológica Simplificada para avaliação da função
neural na hanseníase e conhecer o Formulário de
Avaliação Neurológica Simplificada do Ministério da
Saúde
56
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Hanseníase Ações preventivas
57
Não há proteção específica para hanseníase, as ações devem ser de
prevenção e amplas incluindo atividades como:
 Ações de educação em saúde que é essencial para a prevenção
de incapacitantes, assegurando o conhecimento indispensável sobre
a hanseníase;
 Investigação de dados epidemiológicos para diagnosticar novos
casos;
 Manter tratamento adequado até a cura e fazer busca de faltosos;
 Prevenção e tratamento de incapacidades;
 Manter vigilância epidemiológica constante;
 Realizar exames nos contatos domiciliar e social,
 Aplicação de BCG.
Ações
Preventivas
Hanseníase
58
Hanseníase – Atividades Desenvolvidas pelo enfermeiro
Epidemiologia Gerenciamento
Atenção
Integral
Comunicação
Educação
Monitoramento
 SINAN
Análise
informações
Indicadores
Planejamento
Monitoramento
Avaliação
Diagnóstico
Tratamento
Vigilância
contatos PI e
Reabilitação
Educação
Permanente
Mobilização
Social
59
VAMOS EXERCITAR!!
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Tuberculose
60
A.R.M., 32 anos, masculino, casado, natural da Bolívia e residente do bairro do
Brás (São Paulo – SP) há 8 anos e trabalha com confecção de roupas,
compareceu à Unidade Básica de Saúde com queixa de tosse persistente.
No acolhimento o usuário relata que há 3 semanas iniciou quadro de tosse,
inapetência e sudorese noturna, sem nenhum tratamento. Há 2 semanas, relata
febre, porém não mensurou sempre no final da tarde e início da noite, fazendo uso
de antitérmicos, com pequena melhora temporária. Também relata que perdeu de
3 a 4 kg sem mudança da dieta ou exercícios físicos e passou por atendimento
médico no início do quadro, sendo realizado RX de tórax sem sinais de alteração.
Possui antecedentes de dislipidemia e nega demais comorbidades. Pai e mãe
hipertensos, mãe diabética, irmão com câncer de próstata.
Caso gerencial abordando Doenças Transmissíveis:
Tuberculose
61
Comenta que mora em casa de 3 cômodos (quarto, cozinha e banheiro) de
alvenaria com companheira e dois filhos, rua asfaltada e com saneamento básico.
Etilista (mínimo de 1 lata de cerveja ao dia), nega tabagismo. Alimentação rica
em açúcares e gorduras, não realiza atividade física.
No exame físico apresenta fáceis sofríveis, tossindo bastante, lúcido e pouco
comunicativo.
 Peso: 60Kg - IMC 20Kg/m2, FC: 100 bpm FR: 25ipm PA: 130x90mmHg T: 37oC
Mucosas oculares hidratadas, decoradas, acianótico, anictérico, turgor de pele
diminuído, bulhas rítmicas, normofonéticas, regular em 2 tempos sem sopros,
murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. Abdome plano, ruídos
hidroaéreos presentes, indolor, vísceras não palpáveis, extremidades sem edemas.
1-
62
A tuberculose continua sendo um preocupante problema de saúde no Brasil. Considerando que
os casos bacilíferos são a principal fonte de disseminação da doença, para tentar interromper
sua cadeia de transmissão, é fundamental:
a) Realização de prova tuberculínica cutânea em todas as pessoas com casos suspeitos e em
seus comunicantes.
b) Percepção de que existem pessoas expostas aos bacilos que não desenvolvem a doença,
mas a transmitem por meio de materiais de uso comum.
Interatividade
c) Busca ativa de sintomático respiratório, isto é, de indivíduos com tosse por tempo igual ou
superior a seis semanas.
d) Compreensão de que o conceito de contato abrange os familiares que convivem no mesmo
ambiente domiciliar com o caso índice no momento do diagnóstico da tuberculose.
e) Descoberta precoce de caso novo por meio da busca ativa do sintomático respiratório na
população com tosse há mais de três semanas.
-2
63
O enfermeiro deve conduzir sua orientação para a coleta do exame de baciloscopia
considerando os seguintes aspectos, exceto:
a) Explicar a importância do exame para o paciente utilizando termos claros e de fácil
entendimento.
b) Fornecer a orientação e a simulação da técnica de coleta utilizando para isso o
pote, aproveitando esse momento para indicar a quantidade a ser coletada.
c) Orientar a inspirar profundamente, retendo por alguns instantes o ar dos pulmões e
depois tossir e escarrar diretamente no pote.
d) Orientar a repetir esse procedimento por três vezes, até atingir a quantidade
necessária ao exame (5 ml a 10 ml), tendo cuidado para que o material não escorra
por fora do pote.
e) Oriente a tampar o pote rosqueando-o firmemente e identifique na tampa para
melhor visualização.
-3
64
Quando se diagnostica um caso de Hanseníase, deve-se utilizar a classificação
operacional de caso de hanseníase, para definir o esquema de tratamento com
poliquimioterapia que é baseado no número de lesões cutâneas, onde quando temos
casos de até cinco lesões é classificado:
a) Paucibacilar (PB).
b) Multibacilar (MB).
c) Leproso (L).
d) Bibacilar (BB).
e) Polibacilar (PoB).
-4
65
O enfermeiro deve conduzirsua orientação para a coleta do exame de baciloscopia
considerando os seguintes aspectos, exceto:
a) Explicar a importância do exame para o paciente utilizando termos claros e de fácil
entendimento.
b) Fornecer a orientação e a simulação da técnica de coleta utilizando para isso o
pote, aproveitando esse momento para indicar a quantidade a ser coletada.
c) Orientar a inspirar profundamente, retendo por alguns instantes o ar dos pulmões e
depois tossir e escarrar diretamente no pote.
d) Orientar a repetir esse procedimento por três vezes, até atingir a quantidade
necessária ao exame (5 ml a 10 ml), tendo cuidado para que o material não escorra
por fora do pote.
e) Oriente a tampar o pote rosqueando-o firmemente e identifique na tampa para
melhor visualização.
-5
66
Ao acompanhar a integridade da função neural e o grau de incapacidade física do
paciente com Hanseníase é imprescindível que o profissional avalie exceto:
a) Avaliar no início do tratamento e reavaliar a cada seis meses se não houver
queixas.
b) Avaliar sempre quando houver queixas como dor em trajeto de nervos, fraqueza
muscular, início ou piora de queixas parestésicas.
c) Acompanhar e avaliar em uso de corticoides por estados reacionais e neurites.
d) Avaliar na alta do tratamento.
e) Avaliar no pós-operatório de descompressão neural com intervalo de 15, 45, 90 e
180 dias.
67
ATÉ A PROXIMA AULA!

Mais conteúdos dessa disciplina