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EDUCAÇÃO DIGITAL - GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE TECNOLÓGICA EDUCAÇÃO SUPERIOR

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EDUCAÇÃO
DIGITAL: 
GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA 
SOCIEDADE TECNOLÓGICA 
– EDUCAÇÃO SUPERIOR
Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra
Eliza Flora Muniz Araújo
Revisão de Português: Jusciele Oliveira
Projeto Gráfico: 
Maurício Freire
Elementos gráficos:
Freepik.com
Noun Project/achmad
Noun Project/Desainer Kanan
Noun Project/Gregor Cresnar
Noun Project/iconesia
s
Sumário
APRESENTAÇÃO 5
SOBRE AS AUTORAS 7
UNIDADE I 9
1.1 BREVE REFLEXÃO ACERCA DA SOCIEDADE DO 
SÉCULO XXI 9
1.2 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE 12
UNIDADE II 18
2.1 A TECNOLOGIA COMO PERSPECTIVA PARA O 
AUMENTO DA EFICIÊNCIA E DA AGILIDADE DA GESTÃO 
NA EDUCAÇÃO SUPERIOR 18
UNIDADE III 25
3.1 A TECNOLOGIA COMO INSTRUMENTO DE 
COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO NO CONTEXTO DA 
GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 25
3.2 A INSERÇÃO DE NOVOS RECURSOS TECNOLÓGICOS 
NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 30
REFERÊNCIAS 34
s
É possível navegar pelo arquivo clicando nos títulos 
do sumário e sempre que quiser pode retornar ao 
sumário através do botão no topo da tela e o botão 
 retoma sua leitura retornando para a última página 
exibida. 
No canto superior há a possibilidade de abrir um 
campo para suas anotações , lembre-se de salvar 
o arquivo para que suas notas não sejam perdidas e 
certifique-se que este menu e demais pop-ups estejam 
visíveis caso deseje que sejam impressos.
Este material foi produzido para ser visualizado em 
telas, podendo perder a fidelidade de cores quando 
impresso, portanto recomenda-se a impressão em 
escala de cinza.
Recomendamos também a sua utilização em 
algum leitor de PDF original para que todas as edições 
sejam preservadas.
Informações adicionais
5
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante,
Seja bem-vindo(a)!
É com grande satisfação que apresentamos a disciplina de 
Gestão da Educação na Sociedade Tecnológica – Educação 
Superior, ao mesmo tempo em que lhe desejamos muito sucesso 
nos estudos.
Temos a certeza de que a sua participação neste curso será 
de grande valor, pois, no mundo contemporâneo, notadamente, 
devido ao avanço das tecnologias digitais, as informações 
surgem a todo momento, e, consequentemente, exigem de cada 
um de nós a busca constante por atualizações.
O objetivo da disciplina é analisar os atuais desafios no 
que se refere à gestão da educação superior, em especial, 
nas universidades públicas, tendo em vista as possibilidades 
emergidas no cenário da sociedade tecnológica. O conteúdo 
encontra-se organizado em três Unidades autoinstrucionais, 
cujos temas estão pautados nos princípios das metodologias 
ativas de ensino e aprendizagem. Dessa forma, esperamos que 
você crie a sua autonomia de estudo, sua disciplina e, ademais, 
construa o seu próprio conhecimento.
A nossa caminhada nesta disciplina será de grande 
aprendizado, e, desse modo, gostaríamos de sugerir um 
modelo de construção de conhecimento colaborativo. Para 
tanto, você irá precisar de muita dedicação e organização para 
acompanhar o desenvolvimento da disciplina. Deverá participar 
efetivamente das atividades, ler todo o material e realizar as 
avaliações propostas. Além disso, é necessário desenvolver 
rotinas de estudo individual e coletiva, na perspectiva de garantir 
interação permanente com os seus pares, com os professores e 
orientadores acadêmicos.
A expectativa é de que, ao refletirmos sobre as temáticas que 
compõem cada Unidade deste e-book, alguns conceitos possam 
6
ser ampliados e/ou reconstruídos, uma vez que abordam assuntos 
atuais, vivenciados no cotidiano de nossas instituições de ensino, 
e, dessa forma, possamos contribuir para o aprimoramento das 
práticas educativas desenvolvidas em seus diferentes contextos.
Sucesso a você e bons estudos!
Fonte: Freepik
7
SOBRE AS AUTORAS
Ilka Serra
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual 
do Maranhão (2002), Mestrado em Fitossanidade (2002) 
(com transferência direta para o Doutorado) e Doutorado em 
Fitopatologia (2006), ambos pela Universidade Federal Rural de 
Pernambuco. Pós-doutoramento em Educação e Tecnologias, 
pela Universidade de Coimbra, Portugal (2022). Professora 
Adjunto IV DE MICROBIOLOGIA do Depto. de Biologia - CECEN/
UEMA. Atua na área de Agronomia e Biologia, com ênfase 
em Fitopatologia, além da área da Educação com ênfase em 
Tecnologias digitais na educação. É Pesquisadora produtividade 
da UEMA, atuando em dois Programas de mestrado da 
Universidade, o Programa de Pós-graduação em Ecologia e 
Conservação da Biodiversidade - PPGECB e do Programa de 
Pós-graduação em Educação Inclusiva - PROFEI. Nessa área, 
atua na pesquisa com enfoque em Gestão em EaD, TDICS e 
EaD e Formação de Professores em cursos intermediados por 
tecnologias e Inovação Tecnológica e Tecnologia Assistiva. Exerce, 
desde de 2013, a função de Coordenadora Geral do Núcleo de 
Tecnologias para Educação (UEMAnet) da Universidade Estadual 
do Maranhão. É também Editora chefe da Revista Científica TICs 
& EaD em Foco. Tem diversos artigos publicados em revistas 
científicas. Recentemente, organizou o livro intitulado Gestão 
do Ensino Superior em tempos fluidos.
8
SOBRE AS AUTORAS
Eliza Araújo
É Mestra em Ciências da Educação pela Universidade da 
Madeira - Funchal, Portugal (2010), Especialista em Metodologia 
do Ensino Superior pela Universidade Federal do Maranhão – 
UFMA (1995). Possui Licenciatura em História pela Universidade 
Federal do Maranhão – UFMA (1978). Atua, no presente 
momento, como Assessora do Núcleo de Tecnologias para 
Educação - UEMANET e como Articuladora Institucional do Plano 
de Ações Articuladas PAR/Maranhão - Universidade Estadual do 
Maranhão. Já atuou também como Articuladora Coordenadora 
Adjunta dos Cursos Técnicos da Rede e-Tec/Brasil, professora 
da Educação Básica (Ensino Médio e EJA) e no Ensino Superior 
como orientadora do Curso de Especialização em Educação 
do Campo na modalidade a distância. Na Secretaria de Estado 
de Educação do Maranhão, ocupou vários cargos de direção 
e de coordenação de programas e projetos especiais com 
financiamento externo. Coordenou a implantação dos Centros 
de Capacitação Tecnológica pela Fundação Getúlio Vargas/ISAE. 
Foi Editora chefe da Revista Científica TICs & EaD em Foco. Possui 
diversos artigos publicados em revistas científicas na área de 
Educação a Distância e Tecnologias Educacionais.
9
UNIDADE I
Após a leitura desta unidade, você será capaz de:
1.1 BREVE REFLEXÃO ACERCA DA 
SOCIEDADE DO SÉCULO XXI
É evidente que estamos vivendo em um mundo de muitos 
desafios, no qual as tecnologias digitais tornaram-se um espaço 
“sem fronteiras”, não é mesmo? Pois bem, neste contexto, a cada 
dia, fica mais aparente a importância da gestão tecnológica. No 
caso da educação superior, especialmente, no que diz respeito 
às universidades públicas, isso se tornou uma necessidade 
inadiável, uma vez que a gestão tecnológica se constitui um fator 
primordial na busca de resultados educacionais promissores.
Chegamos ao século XXI, na era do imperativo tecnológico, 
solidificada pelo avanço das Tecnologias Digitais da Informação 
e Comunicação (TDIC). Em nosso cotidiano, percebemos 
que muitas coisas foram deixando de existir; outras foram 
sendo modificadas, atualizadas, renovadas; e muitas outras 
estão surgindo de forma mais inovadora. Estamos situados 
em uma sociedade tecnológica, resultado do que a ciência já 
10
produziu durante todo esse tempo e vai continuar produzindo 
e progredindo constantemente. Assim, neste processo de 
evolução, novos conhecimentos vão surgindo, assim como as 
possibilidades de grandes inventos.
O transcurso dessa discussão nos remete ao pensamento 
de Alvin Toffler, que, em sua obra revolucionária e futurística, 
“A Terceira Onda”, escrita há mais de 35 anos, traz análises e 
reflexões valiosas para a compreensão do mundo atual. O autor 
descreve a velha civilização e apresenta tendências desta nova 
civilização, qual seja, a que estamos vivenciando, conforme 
adverte:
Fonte: Freepik
“Tão profundamente revolucionária é esta nova 
civilização,que desafia todas as nossas velhas 
pressuposições. Velhos modos de pensar, fórmulas 
antigas e antigas ideologias, por mais acalentadas 
e por mais úteis que tenham sido no passado, não 
mais se adaptam aos fatos. O mundo que está 
emergindo rapidamente do choque de valores e 
tecnologias, novas relações geopolíticas, novos 
estilos de vida e novos modos de comunicação, 
exige ideias e analogias novas, novas classificações 
e novos conceitos.” (TOFFLER, 2005, p.16).
11
Desse modo, o autor penetra nas transformações com as 
quais nos defrontamos no mundo hoje, lançando inquietações 
para todo esse movimento de mudanças que se reflete no século 
XXI. É fato que, a cada dia, estamos aprendendo a modificar 
nossos comportamentos para viver no contexto de uma nova 
realidade. E a própria ciência, no âmbito dessas reflexões, tem 
mostrado que a tendência dos avanços científicos e tecnológicos 
vem ganhando força, sendo um processo de evolução crescente 
e contínuo.
12
Vamos refletir juntos(as)!
• O que é transformação digital e o que está ocasionando essa 
transformação?
• Quais as etapas da transformação digital e a importância de 
cada uma delas?
• Quais os elementos-chave da transformação digital e como 
ocorre a interconexão entre esses elementos?
• Qual o futuro das tecnologias digitais, de onde estamos e para 
onde iremos?
• Quais as tendências da transformação digital na educação?
1.2 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E 
SOCIEDADE
Para entendermos a sociedade tecnológica, torna-se primordial 
diferenciarmos ciência de tecnologia, conforme demonstrado na 
figura abaixo:
Figura 1 – Diferença entre ciência e tecnologia
Fonte: Elaboração Própria, Wunsch e Fernandes Junior (2018).
Nesse sentido, os autores fazem uma síntese dos conceitos 
desses dois componentes:
13
“Ciência: conhecimento baseado em dados 
demonstráveis e validados por distinção, percepção, 
reconhecimento e identificação. Comprovação 
ou negação de teses levantadas sobre o mundo, 
as coisas e as pessoas. Tecnologia: conjunto de 
possibilidades ou recursos que visam à resolução 
de problemas e situações cotidianas. Pode e deve 
ser vista em nossas ações pessoais.” WUNSCH; 
FERNANDES JUNIOR, 2018, p. 22).
Desse modo, podemos dizer que existe um forte elo entre 
ciência e tecnologia, sendo que aquela abrange o papel das 
teorias científicas, que, por sua vez, abarcam um conjunto de 
elucidações que traduz a compreensão de mundo. Portanto, a 
ciência, por meio dos seus métodos e instrumentos, nos permite 
analisar o mundo e enxergar para além do que os nossos olhos 
simplesmente podem ver. Já a tecnologia tem se apresentado 
como fator-chave ao progresso da civilização.
No que diz respeito à tecnologia, esta é entendida como um 
modo de produção, que utiliza todos os instrumentos, invenções 
e artifícios e que, por isso, é, também, uma maneira de organizar 
e perpetuar as vinculações sociais no campo das forças 
produtivas. Ou seja, a tecnologia se traduz em tempo, espaço, 
custo e venda, uma vez que não é apenas fabricada no ambiente 
dos laboratórios e usinas, mas recriada pela maneira como é 
aplicada e metodologicamente organizada. (BASTOS,1998).
No âmbito desta reflexão, inclui-se o componente sociedade, 
que, embora muito complexo, faz parte desta discussão, na 
medida em que a ciência e a tecnologia afetam diretamente a 
qualidade de vida das pessoas. Logo, a relação entre ciência, 
tecnologia e sociedade perpassa pela reflexão de que o progresso 
científico e tecnológico interfere tanto no sentido de acelerar 
o desenvolvimento quanto no de agravar as desigualdades 
socioeconômicas da população.
14
Figura 2 - Relação entre ciência, tecnologia e sociedade
Fonte: Elaboração própria, 2022.
Nesse sentido, as tecnologias vêm adquirindo um papel 
relevante e, em muitos casos, sendo o fator principal. Alia-se a 
isso necessidades surgidas em todos os setores da sociedade, 
inclusive, naqueles que anteriormente não existiam. Agora, 
elas são somadas a grandes demandas que exigem atenção e 
geram grandes desafios. Nessa conjuntura, destaca-se o setor 
educacional.
Sem dúvida, as tecnologias têm um papel de grande relevância 
no processo educativo, sobretudo, no que concerne aos 
recursos digitais, haja vista possibilitarem a criação de redes 
de conhecimentos, as quais crescem vertiginosamente a cada 
minuto, criando espaços de comunicação e cooperação, aspectos 
capazes de conectar pessoas de diferentes lugares do mundo, 
o que propicia a ampliação e o enriquecimento das relações 
sociais.
Em vista disso, falar em sociedade tecnológica significa dizer 
que é esta que se consolida no século XXI, caracterizada pela 
transição do mundo analógico para o digital. Dessarte, conforme 
15
argumenta Santos (2016, p. 5), na era digital, estamos totalmente 
envolvidos em tecnologia. O autor acrescenta ainda que:
Posto isso, é importante destacar e compreender que a 
chamada sociedade tecnológica é a sociedade atual, na qual 
estamos vivendo, participando e aprendendo a conviver com as 
aceleradas mudanças, seus efeitos e seus reflexos em todos os 
setores.
Atualmente, as tecnologias digitais já estão presentes em 
nosso cotidiano. Desse modo, podemos afirmar que:
“Além disso, a taxa de mudança tecnológica 
não mostra nenhum sinal de abrandamento. A 
tecnologia está levando a grandes mudanças na 
economia, na nossa forma de nos comunicarmos e 
relacionarmos com os outros, e cada vez mais no 
modo como aprendemos.”
Figura 3 - Relação entre ciência, tecnologia e sociedade
16
“Para as novas gerações, o estranho é ficar sentado 
em uma sala, offline, sem os recursos digitais que 
já se tornaram extensões de seus corpos e mentes, 
sem interatividade. Portanto, será cada vez mais 
natural, para o aluno do século XXI, estudar a 
distância.” (TORI, 2017, p. 33).
“O desafio da universidade no momento atual é 
compreender a tríplice articulação entre ensino, 
pesquisa e sociedade, uma vez que a lógica entre 
esses componentes se encontra entrelaçada.”
Diante disso, compreendemos que se torna inevitável o 
não reconhecimento de que, no mundo contemporâneo, as 
possibilidades advindas das TDIC crescem a cada dia, dadas 
as novas formas de relações humanas, baseadas em modelos 
digitais que influenciam as maneiras de pensar e viver das 
pessoas.
Sabemos que as tecnologias proporcionam avanços e soluções, 
tanto no que diz respeito à agregação de valor e ao conhecimento 
pessoal quanto à alimentação de sistemas de informação, 
ferramentas essenciais para uma gestão dinâmica e eficaz. 
No entanto, não se trata somente de possibilitar educação na 
sociedade tecnológica, mas, notadamente, para essa sociedade.
Dessa forma, no contexto desta discussão, vamos refletir, 
também, acerca do papel da universidade neste processo de 
mudança.
Em palestra realizada no 1º Simpósio Internacional de Inovação 
em Educação Superior (UEMA/ABRUEM/2017), o professor 
Antônio Nóvoa trouxe abordagens bastante significativas quanto 
aos desafios da universidade no século XXI:
O professor Nóvoa, nessa citação, traduz a ideia de que é 
necessário, no século XXI, valorizar a ciência, fortalecendo 
mais a cultura científica, visto que universidade e ciência são 
17
importantes enquanto elementos de base da democracia e do 
desenvolvimento.
18
UNIDADE II
Após a leitura desta unidade, você será capaz de:
2.1 A TECNOLOGIA COMO 
PERSPECTIVA PARA O AUMENTO 
DA EFICIÊNCIA E DA AGILIDADE DA 
GESTÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Você, certamente, já percebeu que as Tecnologias da Informação 
e Comunicação (TIC) influenciam os mais variados domínios da 
vida em sociedade, assim como que o desenvolvimento científico 
e tecnológico garante ao mundo mais produção com menos 
trabalho. Assim, o que estamos presenciando, em nossos dias, é 
a incorporação rápida e abrangente das tecnologias na vida das 
pessoas, interferindo tanto nas atividades profissionais quanto 
nas particulares.
Vivemos em uma sociedade em que as informações circulam 
com grande agilidade,propiciadas por uma variedade de 
recursos, tais como: fibras ópticas, ciberespaço, realidade 
virtual, inteligência artificial, infovias, redes de comunicação, 
armazenamento em nuvem, entre outros. Todos eles, por sua 
19
vez, favorecem o desenvolvimento social e econômico por meio 
da aquisição, processamento e disseminação de informações. 
Logo, a escola não pode ficar à margem desses acontecimentos, 
necessitando, porém, estar preparada para implementar o que 
os novos tempos exigem.
É claro que, com o aumento das demandas sociais, as 
ferramentas tecnológicas passaram a se constituir um recurso 
imprescindível para a gestão pública, possibilitando maior 
eficiência e celeridade nos processos decisórios. É fato que 
estamos vivendo uma nova cultura, com muito mais aparatos 
para o planejamento e para a tomada de decisões.
Para os autores supracitados, a informação significa poder 
para quem a possui. Está presente em atividades que envolvem 
pessoas, recursos financeiros, tecnologia, entre outras. Dessa 
forma, a agilidade e o rigor com os quais os gestores recebem 
as informações geram, em grande parte, a eficiência do sistema 
de controle.
Para contribuir com essa reflexão, Santos (2008) acrescenta 
que a escola, agora, precisa estar preparada para viver este novo 
cenário.
“Uma nova cultura surge, trazendo consigo um 
novo modelo de vida, uma nova compreensão 
política e a consciência da necessidade de um novo 
sistema de valores acompanhado de uma nova 
forma de pensar. Hoje, aos tomadores de decisão, 
é dado o desafio de pensar globalmente e usar, 
em larga escala, os instrumentos de informação e 
comunicação que venham a colaborar no processo 
decisório.” (MORITZ; PEREIRA, 2006, p. 38).
“[...] organizada e gerida em bases totalmente 
diferentes, com mais dinamismo e criatividade 
para ser capaz de interpretar as solicitações de 
cada momento e criar condições mais propícias 
para um trabalho escolar mais eficaz.” (SANTOS, 
2008, p. 35).
20
Nessa direção, torna-se oportuno lembrar que, como toda 
e qualquer organização, as instituições de educação superior 
também estão em busca de aumentar a eficiência e agilidade 
da sua gestão. Nesse sentido, vale advertir sobre os princípios 
e fundamentos alicerçados na Constituição Federal de 1988, 
que tem, como um dos destaques fundamentais, o princípio 
da eficiência, expressado no art. 37. A Lei enfatiza, ainda, a 
necessidade de utilizar soluções mais adequadas ao oferecimento 
de serviços que proporcionem a todos mais condições para o 
exercício pleno da cidadania.
Por conseguinte, as instituições de ensino superior vêm se 
defrontando com uma realidade repleta de grandes desafios, tais 
como: a equidade de acesso ao ensino superior; o processo de 
avaliação institucional; a qualidade, tendo a gestão universitária 
como enfoque; o compromisso com o ensino, a pesquisa e a 
extensão; a formação profissional e a autonomia universitária. 
Por conseguinte, as instituições de ensino superior vêm se 
defrontando com uma realidade repleta de grandes desafios, 
tais como: a equidade de acesso ao ensino
superior; o processo de avaliação institucional; a qualidade, 
tendo a gestão universitária como enfoque; o compromisso com 
o ensino, a pesquisa e a extensão; a formação profissional e a 
autonomia universitária.
Convidamos você a aprofundar mais os seus conhecimentos 
por meio da leitura do artigo intitulado “O cuidado como 
princípio educacional”, de autoria do Prof. Dr. Luciano Sathler, 
cujo objetivo é abordar a ideia do conceito da Teoria da Distância 
Transacional. Clique no título do texto para ter acesso.
Destarte, a busca pela eficiência é um dos caminhos de 
transformação das instituições na perspectiva da melhoria de 
processos acadêmicos e administrativos. Entende-se, ademais, 
que uma gestão eficiente é aquela capaz de alcançar resultados 
positivos com esforço e custo reduzidos, ou seja, consegue 
aperfeiçoar os serviços e ampliá-los com o mínimo de gasto 
possível.
21
A respeito disso, vale lembrar que, para tornar a gestão da 
educação superior mais eficiente, esta deve estar acompanhada 
da aplicação de indicadores de desempenho, a qual pode ser 
feita com o suporte dos recursos tecnológicos. Esses dados 
contribuem de forma significativa para o gestor ter uma visão 
geral de como as tarefas estão sendo realizadas, e quais 
resultados estão sendo produzidos. Isso é crucial para identificar 
falhas e estabelecer prioridades, definir metas e ações de forma 
mais ágil e com maior precisão.
Outrossim, o uso dos recursos tecnológicos propicia a criação 
de uma gestão mais transparente, e isso é perceptível quando 
vemos que, hoje, a maioria das universidades conta com sites e 
outros dispositivos onde são divulgadas suas ações e, até mesmo, 
a prestação de contas da aplicação dos recursos públicos. Nessa 
perspectiva, a tecnologia se tornou um recurso imprescindível 
como ferramenta de automação de tarefas, integração de 
sistemas e controle de resultados.
Vamos entender como isso acontece acessando os links a 
seguir:
“[...] a escola não pode ignorar o que se passa no 
mundo. Ora, as novas tecnologias da informação 
e da comunicação (TIC ou NTIC) transformam 
espetacularmente não só nossas maneiras de 
comunicar, mas também de trabalhar, de decidir, 
de pensar.”
Seguindo esse ponto de vista, é fundamental ressaltarmos a 
importância da tecnologia como um fator que contribui para a 
otimização de recursos, de modo a tornar a gestão pública mais 
efetiva sem perder de vista as expectativas da sociedade. Para 
tanto, o gestor precisa ter uma visão estratégica e acompanhar as 
mudanças promovidas pelo avanço tecnológico para investir em 
soluções que proporcionem eficiência e agilidade nos processos 
organizacionais. Assim, Perrenoud (2000, p. 125) destaca que:
22
Decerto, estamos vivendo na época da gestão digitalizada e 
automatizada, e muitos processos podem ser realizados ou 
controlados por softwares com alto nível de eficiência e agilidade. 
Da mesma forma, grande parte das tarefas de rotina, geralmente 
repetitiva, pode ser feita por máquinas, sem exigir muito esforço 
humano, a exemplo da digitalização de documentos.
No âmbito dessa questão, é importante apresentar as 
contribuições de Sathler (2021) quando ressalta que as instituições 
de educação superior precisam estar atentas, de forma crítica e 
construtiva, às necessidades da sociedade da informação, tendo, 
como foco, o ensino, a pesquisa e a extensão. Portanto, caso 
essas instituições não procedam desse modo, estarão sujeitas a 
serem colocadas em um plano desprezível.
Ao mencionar a transformação digital nas instituições de 
educação superior, o autor esclarece ainda: 
“A digitalização é mais do que apenas a conversão 
de texto, imagem ou som em um formato digital 
que possa ser processado por um computador. 
A Internet e as redes digitais são meios que 
conectam diferentes tipos de informações, geram 
novos fluxos de dados e estruturam canais de 
informações, aumentando a interação entre 
pessoas e processos. [...] O desafio particular 
do Século 21 é buscar que todos os setores se 
beneficiem da crescente transformação digital da 
sociedade.” (SATHLER, 2021, p. 111).
23
É interessante refletir sobre as colocações de Sathler (2021), 
tendo em vista a preocupação que ele traz sobre a aplicação 
das novas tecnologias, cujo argumento perpassa pelo âmbito 
da gestão, numa perspectiva bem mais ampla. Ou seja, o autor 
concebe as possibilidades das tecnologias para além do uso, 
simplesmente. Ele aponta a sua importância para um outro 
patamar, para a capacidade de permitir interação com outras 
práticas estabelecidas, inclusive, rotinas individuais e coletivas.
Outro exemplo bem prático do uso das tecnologias para 
garantir eficiência e agilidade na gestão é o armazenamento 
em nuvem, uma tecnologia fantástica que consiste em permitir 
guardar dados na internet por um servidor on-line sempre 
disponível. Nele, podem ser salvos arquivos,documentos e 
outras informações sem precisar de um HD no computador.
Para compreendermos melhor essa ferramenta, é preciso 
entender que esse conceito vai além de “guardar documentos”. 
É, portanto, um serviço de transferência de informações que 
pode ocorrer pela internet ou por uma rede interna. Assim, elas 
são movidas a um sistema externo por meio de um provedor 
que oferece total segurança para esse processo, que, nas 
universidades e escolas, poderá otimizar tempo e maximizar a 
qualidade nas diversas ações dos gestores.
Muito pertinente será discutir questões contemporâneas 
para um processo de gestão inovadora e eficiente, porquanto o 
armazenamento em nuvem favorece uma série de possibilidades 
e oportunidades à gestão pública. Podemos destacar a 
entrega de serviços de computação pela internet, por meio da 
qual a universidade ou a escola passam a ter mais agilidade 
e produtividade na condução dos processos. Esse recurso 
tecnológico evita interrupções do sistema e melhora a qualidade 
das entregas aos alunos, professores e aos próprios gestores.
Para complementarmos esses estudos, convidamos você a 
experienciar a leitura da Unidade 3 e conhecer um pouco mais 
sobre os desafios da gestão no contexto tecnológico. Nesta nova 
leitura, podemos ratificar que as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) alavancam o aperfeiçoamento da gestão do 
24
conhecimento e da informação tanto na universidade quanto 
na escola pública, de um modo geral. Logo, é indispensável 
aprofundar as reflexões de como estas possibilitam a ampliação 
da eficiência nas suas atividades administrativas, atividades- 
meio, atividades-fim, no ensino, pesquisa e extensão, trazendo 
benefícios para toda a comunidade acadêmica, atingindo, 
também, em alguns serviços, a comunidade externa.
É importante, ainda, refletir sobre a gestão universitária e 
escolar, como bem destaca o padre Antônio Vieira (1718):
“O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um 
superior e visível, que é o passado, outro inferior 
e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro 
hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são 
estes instantes do presente que vamos vivendo, 
onde o passado se termina e o futuro começa.” 
(VIEIRA, 1718).
25
UNIDADE III
Após a leitura desta unidade, você será capaz de:
3.1 A TECNOLOGIA COMO 
INSTRUMENTO DE 
COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO 
NO CONTEXTO DA GESTÃO DA 
EDUCAÇÃO SUPERIOR
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como 
sabemos, já se encontram inseridas no cotidiano das pessoas e, 
aos poucos, vão sendo incorporadas ao processo educacional. 
Contudo, algumas têm sido mais expressivas que outras, 
notadamente, pela forma como estão conseguindo imprimir 
mudanças e provocar respostas potenciais em determinados 
setores da sociedade.
26
Fonte: Freepik
A adoção de novas tecnologias, enquanto instrumento de 
competitividade e inovação, tornou-se essencial na condução 
das instituições, no sentido de elevar, de forma mais assertiva, 
o nível de gerenciamento, de aperfeiçoamento da qualidade das 
informações, de agilidade nas decisões, de eficiência no processo 
comunicacional e, principalmente, de monitoramento das ações. 
No que tange ao discurso de inovação na educação superior, 
Sathler (2017, p. 45) faz a seguinte reflexão:
Para Sathler (2017) este é um momento único frente aos 
ecossistemas de inovação, que visa melhorar o desenvolvimento 
de vantagens competitivas ou, simplesmente, a manutenção da 
competitividade por meio da mudança da curva de demanda de 
seus produtos e serviços.
Logo, as instituições de educação superior podem construir 
ambientes que possibilitam o desenvolvimento da cultura de 
inovação, uma vez que o setor educacional é um ambiente 
bastante propício à competitividade. Nesse sentido, devem 
“A inovação visa melhorar o desempenho de uma 
organização com o desenvolvimento de vantagens 
competitivas ou, simplesmente, a manutenção da 
competitividade por meio da mudança da curva de 
demanda de seus produtos. Aumentar a qualidade 
dos serviços educacionais, oferecer novos cursos e 
metodologias, conquistar novos grupos de alunos 
ou reduzir a curva dos custos são exemplos dos 
efeitos da IES.”
27
estar sempre em busca de novas soluções para o aumento da 
produtividade das suas ações.
Convidamos você a complementar as informações a respeito 
do assunto em Sathler (2017), que discutiu o tema “Por uma 
cultura de inovação na Educação Superior” no Simpósio 
Internacional de Inovação em Educação Superior, realizado em 
29 de junho de 2017, em São Luís - Maranhão. O material está 
disponível por meio do link:
No âmbito desta discussão, há que se pensar na incorporação 
de novas tecnologias que avancem o processo de gestão da 
educação, numa perspectiva mais inovadora, mediante a adoção 
de modelos criativos, inclusivos e flexíveis que englobem as 
dimensões: ensino, pesquisa e extensão. Segundo Moran (2000, 
p. 64):
Sabemos que, no mundo contemporâneo, a busca pela 
criatividade e pelo aperfeiçoamento das ações já existentes 
é cada vez maior, a fim de que as instituições de ensino se 
tornem mais inovadoras. Portanto, competitividade, inovação 
e tecnologia se constituem elementos inter-relacionados, 
estabelecendo, assim, uma conexão entre o conhecimento 
produzido e o desenvolvimento científico.
Nesse sentido, vale pensar que o conhecimento gerado na 
universidade é imensurável, tendo em vista que, no contexto da 
sociedade tecnológica, o conhecimento é um dos recursos mais 
preciosos para os gestores, visto que os processos inovadores 
[...] vivemos um momento fascinante, em que 
precisamos reorganizar tudo o que conhecíamos 
em novos moldes, formatos, propostas, desafios, 
formas de gestão. Os que compreenderem e 
puserem em prática antes essas novas experiências, 
os inovadores, colherão rapidamente os seus frutos 
em realização afetiva, profissional e econômica.
28
são os elementos que mais interferem no componente da 
qualidade.
No que concerne às políticas públicas, o Ministério da Ciência, 
Tecnologia e Inovações (MCTI) instituiu a Política Nacional de 
Inovação, formalizada pelo Decreto nº 10.534, de 28 de outubro 
de 2020, e a Estratégia Nacional de Inovação, aprovada pela 
Resolução nº 1, de 23 de julho de 2021, que dá continuidade à 
Política Nacional de Inovação.
Fonte: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/estrategias-e-politicas-digitais/politica-
-nacional-de-inovacao
Quadro 1 - Política Nacional de Inovação
Quadro 2 - Estratégia Nacional de Inovação
29
Fonte: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/estrategias-e-politicas-digitais/estrate-
gia-nacional-de-inovacao
Esses dois instrumentos visam a um novo paradigma para a 
gestão governamental e buscam aumentar a coesão, a sinergia 
e a efetividade das políticas voltadas à inovação. Nesse sentido, 
torna-se de fundamental importância o conhecimento dessas 
legislações para o contexto da gestão pública, notadamente, da 
educação superior, pois, no cotidiano de uma instituição, existem 
diferentes situações de natureza estratégica.
Sander (2005) destaca que:
Diante disso, é mister o entendimento das políticas públicas 
para que se possa definir realmente o que é gestão estratégica, e 
como a tecnologia, enquanto instrumento de competitividade e 
inovação, pode contribuir para a melhoria da educação superior.
Vamos aprofundar essa reflexão sobre a competitividade e a 
inovação no contexto da gestão da educação superior. Como 
sugestão, leia o texto “Tecnologia, Inovação e Educação: 
chaves para a competitividade”, do autor Hélio Gomes de 
“A gestão da educação abarca desde a formulação 
de políticas, planos institucionais e a concepção de 
projetos pedagógicos aos sistemas educacionais 
e às instituições escolares até a execução, a 
supervisão e a avaliação institucional das atividades 
de ensino, pesquisa e extensão e a administração 
dos recursos financeiros, materiais e tecnológicos.” 
(SANDER, 2005, p. 127).
30
Carvalho, disponível por meio do link a seguir:3.2 A INSERÇÃO DE NOVOS 
RECURSOS TECNOLÓGICOS NA 
GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Como é de seu conhecimento, a tecnologia vem tomando força 
e possibilitando maior confiabilidade em todos os setores da 
sociedade. Ela tem ampliado as formas de as pessoas adquirirem 
informações, assim como de as divulgarem. É evidente que, 
hoje, as pessoas, para terem informações sobre o que ocorre no 
mundo, não precisam sair, necessariamente, para adquirir um 
jornal impresso ou uma revista; a internet está na sua casa, na 
sua mão e traz tudo com a maior celeridade, em tempo real.
Com efeito, temos muitas informações de forma rápida, no 
entanto é preciso ter muito cuidado, sendo essencial, a princípio, 
fazer um filtro das mesmas, haja vista que qualquer pessoa pode 
postar conteúdos na rede. Daí, a necessidade de averiguarmos a 
fonte da informação e ter a certeza de que o conteúdo é, de fato, 
confiável.
Não há dúvidas de que as ferramentas tecnológicas têm 
possibilitado celeridade e maior alcance das notícias. A 
informação nunca foi tão abundante e instantânea como agora: 
encontra-se tudo facilmente. As pessoas podem estar conectadas 
“O mundo do novo milênio está globalizado e 
embebecido em TIC, que são a sua estrutura 
nervosa. Nesse cenário, a Internet aparece como o 
“lugar-comum” do século XXI. E é aqui que se torna 
da máxima importância determo-nos na analítica 
da experiência da comunicação digital. Ou seja, 
atentar no lado sociocultural destas tecnologias.” 
(CARMO, 2018, p. 125).
31
ao mesmo tempo a um ou vários aparelhos tecnológicos: um 
smartphone, notebook, tablet, ou seja, todos se comunicando de 
vários lugares, e ao mesmo tempo. “Chegamos a casa e ligamos 
a televisão ou a música, entramos no carro e ligamos o som e o 
bluetooth, estamos a jantar com amigos e a verificar o telemóvel/
celular”. (CARMO, 2018, p. 129). Enfim, é a tecnologia mediando 
as relações do homem com a máquina.
O processo de evolução das TIC vem ocorrendo há bastante 
tempo. Todavia, na educação, foi no século XXI em que se deu o 
seu uso intensivo, causando, por conseguinte, esse gigantesco 
impacto. É óbvio que, nessa área, a tecnologia tem assumido 
um papel preponderante, enquanto ferramenta que possibilita 
melhorias tanto no processo de ensino e aprendizagem quanto 
no de gestão.
Não é nenhuma novidade que, com o advento das tecnologias 
digitais na escola, a realidade da sala de aula tem mudado 
muito, e para melhor. A escola vive um novo momento com a 
chegada da internet e dos dispositivos digitais, estimulando o 
aprender com mediação. Para Kenski (2013), as novas tecnologias 
caracterizadas como midiáticas são mais do que simples suportes 
para a educação.
Fonte: Freepik
32
“Elas interferem em nosso modo de pensar, 
sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente 
e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova 
cultura e um novo modelo de sociedade.” (KENSKI, 
2013, p. 23).
Neste contexto, novos desafios são impostos para a adaptação 
ao modelo atual de ensino, cujas mudanças implicam em 
diferentes aspectos: nas políticas educacionais, nas propostas 
curriculares e nas relações que, naturalmente, acontecem no 
cotidiano da escola. Dessarte, é evidente que um dos maiores 
desafios do mundo contemporâneo é incorporar a ideia de que é 
imprescindível saber lidar com as tecnologias e, para além disso, 
aprender a utilizá-las de forma adequada.
Por outro lado, sabemos que as soluções tecnológicas têm 
se mostrado eficientes, também, nos processos referentes à 
gestão escolar, dada a capacidade de agilizar rotinas; aumentar 
a velocidade das decisões; otimizar recursos humanos e 
financeiros; bem como gerar dados mais precisos e celeridade 
na troca de informações.
Vivemos, portanto, em um mundo cercado de muita 
informação e não podemos negar que as tecnologias têm 
auxiliado sobremaneira na tomada de decisão dos gestores 
tanto em nível de macroplanejamento quanto em rotinas mais 
imediatas. Atualmente, existem softwares e sistemas de gestão 
que possibilitam a integração da instituição, podendo concentrar 
dados e informações de seus diversos setores em uma única 
plataforma.
33
Figura 4 - Agilidade dos processos para viabilizar a produtividade da 
gestão
Fonte: Elaboração própria, 2022.
Enfim, com a evolução da tecnologia, a comunicação, no âmbito 
de qualquer instituição, pode ocorrer de maneira fluida, com 
base em informações mais concretas, criando, dessa maneira, 
um cenário de confiabilidade e, consequentemente, um maior 
nível de eficiência nos processos decisórios. Contudo, sabemos 
que ela por si só não opera milagres, o que requer, assim, que os 
gestores busquem constantemente capacitações e informações, 
que, por sua vez, possam gerar novos conhecimentos.
Chegamos ao final deste nosso diálogo com a certeza de 
que, durante a disciplina, construímos novos conhecimentos e 
contribuímos para a melhoria da prática profissional.
Professora Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra
Professora Eliza Flora Muniz Araújo
34
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