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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR Ministério da Educação – Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química de Biologia – DAQBI PRÁTICA No 06 - Cinética das Reações Homogêneas Assuntos envolvidos: Lei de Velocidade e Energia de Ativação ROTEIRO PARA DUAS SEMANAS, COM RELATÓRIO NO FINAL DA SEGUNDA SEMANA. MATERIAIS E REAGENTES - 1 suporte para tubos - 1 tripé - 1 tela de amianto - 1 termômetro - 1 bastão de vidro - 12 tubos de ensaio - 1 escova para tubos - 3 pipetas graduadas de 10ml - 1 béquer de 50ml - 1 béquer de 400ml - frasco lavador - fósforo - cronômetro - Solução de KIO3 (A) 0,023mol/l - Solução de NaHSO3 (B) 0,0075mol/l INTRODUÇÃO O estudo cinético e mecanístico de uma reação química consiste inicialmente em determinar a lei de velocidade (eq. de velocidade) e a constante de velocidade, freqüentemente em diferentes temperaturas. A determinação da lei de velocidade só é possível experimentalmente. Assim sendo, vários métodos experimentais têm sido desenvolvidos. Entre eles temos o método de Isolamento, que consiste em ter a concentração de todos os reagentes, exceto a de um, em grande excesso. Isto é, se temos a reação: A + B Produtos, e se a concentração de B está em grande excesso, uma boa aproximação é considerar sua concentração constante. Assim, supondo uma reação de 2a ordem global, ou seja: v = kCACB, nós podemos assumir que CB é constante, então CB = b. Logo: v = k’CA, onde k’= kb que é uma lei de velocidade de 1a ordem. É uma lei que foi forçada a ir para a 1a ordem, por assumir que CB é constante. Esta é a chamada lei de velocidade de Pseudo-primeira Ordem. Desta forma podemos determinar a lei completa de velocidade. Um outro método normalmente utilizado é o método da velocidade inicial, freqüentemente usado em conjunto com o método de isolamento. Ele consiste em medir a velocidade no início da reação para vários valores de concentração inicial dos reagentes. Assim sendo para a reação acima podemos supor que: v = k’CA, mas no início CA = a. Portanto: vo = k’a (Velocidade inicial). Rearranjando esta equação temos: Esta equação está nos dizendo que lnvo varia linearmente com o lna, ou seja, um gráfico de lnvo vs lna é uma reta cuja a inclinação é a ordem da reação. A reação que nós vamos estudar é a seguinte: 3HSO3 - (aq) + IO3 - (aq) → I - (aq) + 3SO4 -- (aq) + 3H + (aq) Temos que a ordem da reação com relação ao íon bissulfito (HSO3 -) é de 1a ordem. Consequentemente a lei de velocidade será: α 3 1 3 3 ][IO]k[HSO dt ]d[HSO v −− − =−= lnvo = lnk’ + lna Para que nós tenhamos a expressão de velocidade completa é necessário determinar a ordem da reação com relação ao íon iodato (IO3 -) e a constante de velocidade a uma dada temperatura. Para isto iremos utilizar o método da velocidade inicial. Temos também que a grande maioria das reações a velocidade aumenta com o aumento da temperatura. Arrhenius foi quem propôs inicialmente uma relação entre a constante de velocidade k e a temperatura (de forma empírica), como sendo: k A e E RTa= − / . Onde A é uma constante chamada fator de freqüência ou fator pré-exponencial, Ea é a energia de ativação, R a constante universal dos gases e T a temperatura termodinâmica(em Kelvin). Sendo que A está relacionado com o número de colisões entre as moléculas reagentes e Ea é a energia mínima que os reagentes devem ter para transformar em produtos. Ou seja somente as moléculas que possuírem uma energia superior a um certo valor crítico, denominado energia de ativação, são capazes de reagir. Rearranjando a equação de Arrhenius temos: ln lnk A E R T a= − 1 . Assim conhecendo a lei de velocidade de uma reação podemos determinar a constante de velocidade em diferentes temperatura. Com estes dados podemos obter um gráfico de lnk vs 1/T que, de acordo com a equação de Arrhenius deve ser linear. Onde do coeficiente angular determinamos a energia de ativação (Ea) e do coeficiente linear o fator pré-exponencial (A). Como nesta prática encontraremos a lei de velocidade para reação do bissulfito com o iodato e assim determinando a velocidade desta reação em diferentes temperaturas teremos condições de encontrar a energia de ativação e o fator pré-exponencial. Esta prática tem como objetivo a determinação da lei de velocidade para a reação do bissulfito- iodato, a constante de velocidade e a energia de ativação. PARTE EXPERIMENTAL Determinação da ordem de reação com relação ao iodato. O que iremos fazer é determinar o tempo necessário para que certa quantidade fixa de íons bissulfatos seja consumida. Para que possamos saber o término da reação iremos usar como indicador as seguintes reações: 5I-(aq) + 6H+(aq) + IO3-(aq) → 3I2(aq) + 3H2O. I2(aq) + Amido → [I2-Amido](aq) (Azul) Isto é, quando os íons bissulfito são totalmente consumidos pela reação: 3HSO3-(aq) + IO3-(aq) → I-(aq) + 3SO4--(aq) + 3H+(aq) os íons iodetos reagem com os íons iodatos (a quantidade inicial é sempre superior a quantidade estequiométrica) remanescentes para produzir iodo livre que reagiram com a amido resultando em uma solução azul. Esta mudança de cor indica o término da reação. Experimentos realizados em baixas concentrações tem demonstrado que a velocidade desta reação é praticamente constante, isto é, a concentração decresce quase que linearmente durante o consumo de uma quantidade fixa de bissulfito. Desse modo a velocidade média: Δt ]Δ[HSO v 3 − −= é uma boa aproximação para a velocidade inicial: α o3o3 33 o ][IO]k[HSO Δt ]Δ[HSO dt ]d[HSO v −− −− =−−= Procedimento - a) Em um tubo de ensaio, adicionar 4ml de solução de KIO3 e juntar 1ml de água. b) Num outro tubo de ensaio, colocar 5ml de solução de NaHSO3. c) Misturar as duas soluções num tubo de ensaio e agitar vigorosamente durante 5 segundos, marcando o tempo em segundos a partir do instante em que as soluções entram em contato. d) Observar atentamente, e no momento em que perceber o primeiro sinal de mudança de cor, anotar o tempo gasto. e) Em 5 tubos de ensaio adicionar 5 mL de solução de NaHSO3. f) Em outros 5 tubos de ensaio, preparar diferentes concentrações de KIO3 diluindo-a conforme o quadro abaixo. Tubos de ensaio Prévia 1 2 3 4 5 ml de solução KIO3 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 ml de água 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 g) Repetir os mesmo procedimentos dos itens c e d para cada experimento do item e. h) Completar a tabela 1 com os valores obtidos nos itens anteriores com os tempos gastos (em segundos) para a reação ocorrer e as devidas concentrações. Tabela 1 - Dados necessários para obtenção da ordem de reação em relação o íon IO3 - e a lei de velocidade. Exp. [HSO3 -](mol/l) [IO3-] (mol/l) t (s) vo= [HSO3-]/t ln([HSO3-]/t) ln([IO3 -]) 1 0,00375 2 0,00375 3 0,00375 4 0,00375 5 0,00375 Relatório De acordo com os dados obtidos no experimento (tabela 1), construir os gráficos necessários para determinar: a) a ordem da reação em relação ao íon iodato. b) a lei de velocidade completa para a reação bissulfito iodato.