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Minerais e vitaminas na alimentação animal Profa. Ines Colvara UNIVERSIDADE DE CUIABÁ FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA NUTRIÇÃO ANIMAL Minerais e Vitaminas São componentes das dietas que desempenham diversas funções no organismo e atuam em várias rotas metabólicas, com isso, sua compreensão é extremamente importante, o que impactará sobre a saúde e produtividade dos animais. Importantes na nutrição animal Envolvidos em quase todas as vias metabólicas Funções: Desempenho reprodutivo; Manutenção do crescimento; Metabolismo energético; Função imune; Aumento da produtividade animal. Minerais e Vitaminas Minerais Classificação dos minerais Macrominerais: requeridos pelos animais em teores relativamente elevados (g/kg da dieta, usualmente expresso em porcentagem) Ca, P, Na, K, Cl, Mg, S Microminerais: requeridos em pequenas quantidades (expressos em mg/kg, e μg/kg da dieta, são usualmente descritos também em ppm (partes por milhão) e ppb (partes por bilhão), respectivamente). Mn, Cu, Zn, Fe, I, Se, Co Funções dos minerais 1. Estrutural: Compõem estruturas nos órgãos e tecidos do corpo. Ca, P, Mg, F nos ossos e dentes e P e S nas proteínas do músculo. Zn e P contribuem com a estabilidade estrutural de moléculas e membranas das quais fazem parte; 2. Fisiológica: Ocorrem nos fluidos e tecidos como eletrólitos Estão envolvidos com a manutenção da pressão osmótica, do balanço ácido-básico, da permeabilidade de membranas e irritabilidade dos tecidos. Na, K, Cl, Ca, e Mg no sangue, fluido cerebroespinal e suco gástrico; 6 3. Catalítica: Agem como catalisadores nos sistemas enzimáticos e hormonais; 4. Reguladora: Recentemente, tem-se verificado ação reguladora dos minerais na replicação e diferenciação celular. Ca, influencia o sinal de transdução e o Zn na transcrição durante o mecanismo de síntese proteica no organismo animal. Funções dos minerais 7 Considerar variação nos teores de macro e microminerais na forrageira. Deficiência mineral das pastagens. Minerais para ruminantes SOLO x PLANTA 8 Cálcio (Ca) Mineral mais abundante em mamíferos Funções: Formação de ossos e dentes (90%) Transmissão de impulsos nervosos Coagulação sanguínea Contração do músculo cardíaco Balanço ácido-básico Segundo mensageiro em reações intracelulares Permeabilidade de membrana Secreção de hormônios Essencial para produção e qualidade da casca dos ovos. Cálcio (Ca) Deficiência: Raquitismo Osteoporose Hipocalcemia (febre do leite) Má formação da casca do ovo Aves em postura (9 a 12 Ca: 1P) Cálcio (Ca) Requerimentos de cálcio e fósforo dependem da espécie e categoria animal Relação entre o cálcio e fósforo na dieta, em média deve estar entre 1:1 à 2:1 de cálcio e fósforo, respectivamente. Cães, principalmente os de raças grandes e gigantes, o excesso Ca – efeitos osteoarticulares deletérios cães de raças grandes em crescimento: 1% Ca (máximo de 1,8%) 0,9% de fósforo, com relação ideal de 1:1 (máximo 1,6:1). Controle da sua concentração no plasma (homeostase): Paratireóide – Paratormônio Tireoide – Calcitocina PTH aumenta absorção de Ca intestinal mobiliza Ca dos ossos reduz a excreção renal Calcitocina reduz absorção de Ca intestinal estimula a deposição de Ca nos ossos estimula a excreção renal Metabolismo do Ca e P relacionados à Vit. D, que tem funções tanto na absorção, manutenção dos teores sanguíneos, na reabsorção óssea e excreção desses minerais. Cálcio (Ca) Hipocalcemia ou febre do leite Acomete principalmente vacas de alta produção de leite, de 48 horas antes até 72 horas depois do parto, sendo mais comum imediatamente depois do mesmo (RIET-CORREA, et al., 2007). Razão dos baixos níveis de Cálcio: mudança abrupta de exigência de Ca durante o pós-parto e a demora na liberação de cálcio pelo organismo. Mecanismos de absorção intestinal de Ca e reabsorção óssea, demoram de 24 à 48 h para funcionar de forma eficiente (ORTOLANI, 1995). Hipocalcemia Fósforo (P) Funções: Formação de ossos e dentes (80%) Fosfolipídeos (membranas celulares) e fosfoproteínas ATP e NADPH: armazenadores de energia ácidos nucléicos Equilíbrio ácido-base Participação em sistemas enzimáticos P apresenta grande importância na nutrição dos microrganismos ruminais (reciclagem via saliva, tampão) Deficiência pode impactar negativamente na produção de proteína microbiana e degradação da fibra. Deficiências: raquitismo baixa fertilidade fraturas consumo de material estranho menor consumo e desempenho Fósforo (P) Não ruminantes: 1/3 do P está disponível para os animais ácido fítico – reduz absorção Fitase (enzima) Solos ácidos – Cerrado indisponibiliza P Fonte: fosfato bicálcico Fósforo (P) Dentre as deficiências minerais, a mais importante em todo o Brasil é, indiscutivelmente, a de fósforo 17 Potássio (K), Sódio (Na) e Cloro (Cl) Relacionados ao volume celular e pressão osmótica, permeabilidade da membrana, balanço hídrico e ácido-base, reações enzimáticas, contração muscular e transmissão de impulsos nervosos. Na e Cl: concentração mais elevada no meio extracelular e o potássio no meio intracelular (pressão osmótica). Antagonismo entre Na e K: redução da absorção Na quando há excesso de K. K e Na em condições de clima quente, exigências são maiores por causa do aumento de sua perda pela sudorese. 18 Potássio (K) Funções: regulação da pressão osmótica atua na transmissão dos impulsos nervosos Bomba Na/K: transporte de nutrientes atua na contração muscular co-fator enzimático componente do leite e da carne Deficiência: Perda do apetite, do peso, Redução da produção do leite Sódio (Na) e Cloro (Cl) Funções: regulação da pressão osmótica equilíbrio ácido-base Na: Bomba Na/K: transporte de nutrientes; Atividade do músculo cardíaco Cl: Digestão proteica: HCl no estômago Deficiência: Perda do apetite, do peso, desidratação NaCl (sal comum)– regula consumo de mistura mineral Magnésio (Mg) Funções: ossos e dentes (65%) cofator enzimático (glicólise e ciclo de Krebs) condução dos impulsos nervosos Deficiência: Perda do apetite e do peso, Redução da produção do leite Tetania hipomagnesiana (tetania da pastagem) Pastagens jovens de inverno adubadas em excesso com N e K( é antagonista do Mg na absorção pela planta). DEPENDE DE IONIZAÇÃO Ca, K, P e Fe 21 Enxofre (S) Funções: Formação de hormônios: Insulina, Prolactina e Ocitocina. Participa da formação dos aminoácidos: Metionina; Cistina e Cisteína. Participa da formação das vitaminas biotina e tiamina; Mucopolissacarídeos: Colágeno e tecido conjuntivo; Síntese de propionato a partir do lactato; Síntese de aminoácidos sulfurados pelos microrganismos do rúmen. Enxofre (S) Deficiência: Queda no consumo de alimentos e desempenho Perda de condição corporal Fraqueza Lã áspera e sem brilho Excesso de lacrimejamento e salivação Excesso: Poliencefalomalácia, distrofia da cartilagem nasal Enxofre Microminerais (elementos traços) Requeridos pelos animais em pequenas concentrações, mas nem por isso não são essenciais. Esses minerais são fundamentais para a saúde e produção animal e sua deficiência impactará negativamente no desempenho dos animais. Microminerais Mineral Funções Fe Transporte e armazenamento de O2, (hemoglobina e mioglobina), transporte de elétrons, componente de enzimas (catalase, triptofano 5-monoxigenase, fenilalanina 4-monoxigenase, aconitase). Zn Participam de diversas metaloenzimas, sendo citado por alguns autores que este mineral participa de mais de 300 enzimas (DNA polimerase, anidrase carbônica, carboxipeptidase, piruvato desidrogenase), expressão gênica, estabilidade das membranas. Cu Componente de enzimas (tirosinase, citocromo oxidase, superóxido dismutase), participa da hematopoiese por favorecer a absorção de Fe, conversão de tirosina em melanina, síntese de elastina e colágeno, participação em diversos sistemas enzimáticos. 27 Mineral Funções I Componentedos hormônios tireoidianos (T3 E T4) que regulam o metabolismos basal. Mn Atuação em diversos sistemas enzimáticos relacionados ao metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos, bem como ação sobre enzimas relacionadas à condrogênese. Co Extrema importância na síntese de vitamina B12 (cianocobalamina) pela microbiota presente no rúmen. Se Metabolismo antioxidante, através da enzima glutationa peroxidase. 28 Minerais Doenças por deficiência Fe, Cu Anemia; reduz consumo, peso e imunidade. Cu Sintomas cardíacos; Coloração dos pêlos; Formação de lã; Atraso no estro e baixa taxa de concepção; Aborto ou mumificação do feto. Zn Menor desempenho, paraqueratose (escamação), atrofia testicular. I Bócio, problemas reprodutivos (supressão do estro e problema na libido). Mn Cio silencioso; Estro irregular; Infertilidade; Abortos; Redução na motilidade dos SPTZ; Nascimento de animais deformados. Se Retenção de placenta; doença do músculo branco (distrofia muscular). Co Baixa taxa de concepção; peste do secar ou pela rabo ou marasmo enzoótico (perda do apetite, pelagem áspera, perda de peso, anemia, diarréia...) Fonte: Adaptado de Mendonça Jr. (2011). Cromo (Cr) Parece influenciar o metabolismo da glicose: Com elevação da sensibilidade à insulina, através da ligação a uma proteína intracelular (apocromodulina) que se torna ativa (cromodulina) e irá sinalizar aos transportadores de glicose (GLUT-4) com captação da glicose. Zinco (Zn) Deficiências: Paraqueratose Dermatose Despigmentação do pêlo Retardo do crescimento Problemas reprodutivos Excesso: Impacto negativo em diversos minerais Doença do músculo branco: Distrofia Muscular Nutricional (DMN)) - animais acometidos apresentam debilidade geral, se locomovem com dificuldade ou possuem andar rígido e desajeitado em passos lentos. Selênio (Se) Componente de uma enzima essencial para a destruição de peróxido de hidrogênio formado no organismo; Essa função é importante para integridade das membranas celulares; Relação entre Se e Vit. E; Em vacas: deficiência causa retenção de placenta Selênio (Se) Fonte de Minerais para os Ruminantes Alimento (suplementos minerais) Água Solo Absorção de minerais Presença de alguns fatores antinutricionais nas dietas - impacto negativo na sua absorção: Ex.: fitato – ação sobre o fósforo; e ácido oxálico, sobre o cálcio. Fitato: na dieta resulta em baixa absorção de fósforo, com queda do desempenho dos animais e também efeito negativo sobre o meio ambiente, pois ocorre excreção do mineral está relacionada ao processo de eutrofização. Fitato: para monogástricos há a necessidade de fornecimento de enzima exógena fitase. Em ruminantes: este pode ser hidrolisado (ácido fosfórico e inositol) eficientemente pelas bactérias do rúmen, através da enzima fitase dos microrganismos. Vitaminas Vitaminas Pequenas quantidades, mas indispensáveis para a vida (mg, μg ou UI/dia). Melhoram o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. Não fornecem energia, mas são essenciais para a obtenção da energia dos nutrientes. Algumas não precisam ser fornecidas para animais ruminantes, pois podem ser sintetizadas pelas bactérias no rúmen (Vit B12). Definições Hipervitaminose: excesso de vitaminas que também estão relacionadas aos distúrbios nutricionais. Hipovitaminose: deficiências vitamínicas relacionadas aos teores abaixo do mínimo recomendado para determinada espécie/categoria animal. Avitaminose: ausência de uma determinada vitamina na dieta dos animais. Vitaminose: transtornos patológicos ocasionados pela deficiência ou excesso de vitaminas. Paravitaminose: distrofia irreversível em decorrência da ausência prolongada de vitamina. Nomenclatura das Vitaminas: Vitamina A retinol; Vitamina D2 e D3 ergocalciferol e colecalciferol; Vitamina E alfa – tocoferol; Vitamina K vitamina da coagulação; Vitamina B1 tiamina; Vitamina B2 riblofavina; Vitamina B3 niacina; 40 Algumas vitaminas desviam da definição inicial, pois algumas delas não necessitam estar presentes nos alimentos. Nomenclatura das Vitaminas: Vitamina B4 colina; Vitamina B5 ácido pantotênico; Vitamina B6 piridoxina; Vitamina B7, B8 ou H biotina; Vitamina B9 ácido fólico; Vitamina B12 cobalamina; Vitamina C ácido ascórbico. 41 Algumas vitaminas desviam da definição inicial, pois algumas delas não necessitam estar presentes nos alimentos. Nomenclatura das Vitaminas: Vitamina B5 ácido pantotênico; Vitamina B6 piridoxina; Vitamina B7, B8 ou H biotina; Vitamina B9 ácido fólico; Vitamina B12 cobalamina; Vitamina H ou Bw biotina; Vitamina C ácido ascórbico. 42 Algumas vitaminas desviam da definição inicial, pois algumas delas não necessitam estar presentes nos alimentos. Classificação Lipossolúveis: Solúveis em lipídeos; Lipídeos auxiliam na absorção, transporte ao fígado via sistema linfático; armazenadas no organismo (E nos tecidos de gordura do corpo) Vitaminas: A, D, E e K Hidrossolúveis: Solúveis em água; Facilidade na absorção e são excretadas pela urina; Não são armazenadas (exceto vit. B12); Vitaminas: complexo B e vitamina C; Vitamina A 3 moléculas biologicamente ativas: retinol, retinal e ácido retinóico. Extrema importância para a visão: vitamina A combina-se opsina, resultando em um composto (rodopsina) que se rompe no processo fisiológico da visão (reação fotoquímica). Relacionada à proliferação e à diferenciação das células, como para a produção de mucoproteína pelas células epiteliais. Ocorre nas plantas na forma de um composto chamado caroteno/betacaroteno (transformado em Vit. A no organismo) – pró-vitamina A. Gatos: deficiência da enzima que transforma betacaroteno em vit A. Vitamina A Deficiência: Células normais são substituídas por células estratificadas, queratinizadas e não funcionais, o que gera lesões no epitélio e aumento da suscetibilidade às infecções. Queratinização do epitélio dos órgãos; Perda de apetite; Diminuição do crescimento; Cegueira noturna; Problemas reprodutivos. Vitamina D Metabolismo de cálcio e fósforo; Muitos animais são capazes de sintetizar a vitamina D através da radiação ultravioleta 7-dehidrocolesterol (presente na pele) sofre uma hidroxilação no fígado e uma segunda hidroxilação no rim, formando a forma ativa, o 1,25-diidroxicolecalciferol (forma ativa da vitamina D). Cães e gatos: síntese de vitamina D através da pele parece ser pouco efetiva por haver uma via metabólica competitiva bastante ativa. Vitamina D Aproximadamente 10 provitaminas, após irradiação formam compostos com atividade antirraquítica. Colecalciferol (vitamina D3 que ocorre em animais) e ergocalciferol, vitamina D2 que ocorre predominantemente em plantas (McDowell, 1992) (são as 2 principais fontes Vit D). Metabolismo da vitamina D com o cálcio e o fósforo está relacionada à absorção intestinal, à reabsorção renal destes minerais e na manutenção de seus níveis plasmáticos, bem como no metabolismo ósseo, com uma relação com o paratormônio (PTH). Funções: Crescimento; Reprodução; Ativa as proteases dependentes de cálcio. Deficiência: Raquitismo em animais jovens; Osteomalácia; Hiperparatireoidismo secundário; Animais fracos e com problemas para se levantarem; Febre do leite em vacas. Vitamina D Vitamina E Vários compostos com atividade biológica da vitamina E, denominadas tocóis, os tocoferóis e os tocotrienóis. Apresenta importante ação antioxidante. Estabiliza as membranas plasmáticas das células com redução das lesões decorrentes dos radicais livres: Efeito direto sobre o status inflamatório, dermatoses e neoplasias cutâneas, com efeitos benéficos ainda sobre o sistema imunológico dos animais. Deficiência: Redução da fertilidade; Alterações dermatológicas e do sistema imunológico; Degeneração muscular esquelética. Atenção aos teores de ácidos graxos poliinsaturados e de vitamina E nas dietas Ácidos graxos são pouco estáveis >>> sofrem maior ação dos radicais livrescom o processo de oxidação. Dietas com elevados teores de ácidos graxos poli-insaturados >>> ajuste na vitamina E dietética (ou antioxidante sintético). Vitamina E Função mais conhecida é seu papel no mecanismo de coagulação sanguínea, sendo importante para a síntese dos fatores de coagulação. Diretamente relacionada ao desenvolvimento precoce do esqueleto e à manutenção do osso maduro. A vitamina K está constituída por um grupo de compostos denominados de quinonas, sendo elas: K1 (filoquinina) de origem vegetal; K2 (metaquinona) sintetizada por microrganismos; K3 (metadiona), a forma sintética. Vitamina K Deficiência: Deficiência de vitamina K em ruminantes raramente ocorre Síntese de vitamina K pelos microrganismos ruminais; Retardo na coagulação sanguínea. Vitamina K Vitaminas Lipossolúveis Vitamina Sinônimo Algumas funções A Retinol Produção de rodopsina; Reprodução; Desenvolvimento ósseo D Calciferol Metabolismo de Ca e P; Crescimento; Reprodução E Tocoferol Antioxidante; Membranas fosfolipídica K Filoquinona, Menaquinona Cofator da coagulação sanguínea Vitaminas Hidrossolúveis Atuam principalmente como cofatores enzimáticos, catalisando processos metabólicos. Vitamina B1 (Tiamina) Vitamina B2 (Riboflavina) Vitamina B3 (Niacina) Vitamina B4 (Colina) Vitamina B5 (Ácido Pantotênico) Vitamina B6 (Piridoxina) Vitamina B7, B8 ou H (Biotina) Vitamina B9 (Ácido Fólico) Vitamina B12 (Cianocobalamina) Vitamina C (Ácido ascórbico) Vitamina Funções B1 (Tiamina) Metabolismo energético e de carboidratos, tecido neural. B2 (Riboflavina) Metabolismo energético, da glutationa, e de outras vitaminas (B3, B9, B6, D e K), transferência de elétrons. B3 (Niacina) Metabolismo energético (NAD e NADP); replicação e reparo do DNA. B4 (Colina) Doador de grupo metil para reação de metilação (ação em conjunto com ácido fólico e vitamina B12); Metabolismo de ácidos graxos. B5 (Ácido Pantotênico) Metabolismo energético. Precursor da Coenzima A. Vitaminas Hidrossolúveis Fonte: Nunes (1998), Saad e Saad (2004) e National Reserach Council (2006). Vitamina Funções B6 (Piridoxina) Metabolismo de aminoácidos, ácidos graxos essenciais e niacina; gliconeogênese. B9 (Ácido fólico) Metabolismo de aminoácidos e nucleotídeos; síntese de DNA; transferência de carbonos. B12 (Cianocobalamina)* Transferência de carbono; transferência de grupo metil (síntese de cisteína). H, B7 ou B8 (Biotina) Metabolismo de carboidratos, ácidos graxos, aminoácidos não essenciais e ácidos nucleicos. C (Ácido ascórbico)** Antioxidante; ressalta-se que a vitamina E possui ação sinérgica com a vitamina C, a última regenerando a vitamina E. Fonte: Nunes (1998), Saad e Saad (2004) e National Reserach Council (2006). *Vit. B12 apresenta funções únicas dentre as hidrossolúveis: necessidade de fator intrínseco (substância produzida no estômago) para absorção no intestino e capacidade de estocagem. **Vit. C: sintetizada a partir da glicose, maioria dos animais. Vitaminas Hidrossolúveis No homem, primatas, cobaia, morcegos frugívoros, alguns pássaros frugívoros, animais invertebrados, insetos e alguns peixes não apresentam capacidade de síntese de vitamina C. 56 Vitamina Deficiências A cegueira noturna; esterilidade; diminuição ou interrupção da produção de espermatozóides; reabsorção embrionária D Raquitismo; osteosporose; hipocalcemia; menor produção de leite E necrose hepática; distrofia muscular; retenção de placenta; metrite K hemorragias B1 beribéri (fraqueza extrema); distúrbios neurológicos; edema no coração B2 perda de pêlos; produção excessiva de saliva e de lágrimas B3 Redução do apetite e crescimento; enfraquecimento B5 Redução no crescimento; lesões na pele; alterações nervosas B6 dermatite severa; depressão; convulsões H, B7 ou B8 Alopecia; dermatite e óbito B9 anemia; fígado gorduroso C hemorragias cutâneas Fatores que afetam os requerimentos de vitaminas Estádio fisiológico e função produtiva; Disponibilidade de forragens; Estresse, sanidade ou condições ambientais; Antagonismo entre vitaminas; Alteração da microbiota – antimicrobianos; Nível de outros nutrientes na dieta; Estado nutricional e reservas corporais. Tabela. Fatores externos que afetam a estabilidade das vitaminas. Legenda: 0 = estável; X = de levemente sensível a sensível; XX = muito sensível. Fonte: adaptado de (GADIENT, 1986 apud DSM, 2016). Estabilidade das vitaminas Até a próxima aula!