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Faculdade de Direito da 
 Fundação Escola Superior do Ministério Público 
Recredenciada pela Portaria MEC n.° 130, de 27/02/2013 – DOU de 28/02/2013. 
 
Curso de Graduação em Direito 
Renovação de reconhecimento pela Portaria MEC n.° 268, de 3 de abril de 2017 – DOU de 4/4/2017. 
 
 
 
 Rua Cel. Genuíno, 421 – 9° andar – Porto Alegre/RS – CEP 90010-350 
Telefone: (51) 3027.6565 | Fax: (51) 3027.6568 | fmp.edu.br | fmp@fmp.com.br 
Nome: Paola Brambatti da Rosa e Valentina Refosco Bottezini 
Nº de Matrícula: 17100197 Data: 05/05/2022 
Disciplina: Direito Previdenciário Turno: 
Professora: Fabrícia Dreyer Nota: 
G1 (X) G2 ( ) G3 ( ) 
 
VAMOS FIXAR O APRENDIZADO? 
 
FAMÍLIA A: Joana, 45 anos, é casada com João, 46 anos, desde 2001. Ambos são 
empregados públicos do Banco do Brasil, foram aprovados no concurso público de 2007 e 
hoje recebem o valor de R$ 12.500,00 a título de remuneração. Da União nasceram dois 
filhos, Joaninha, 18 anos, e Joaozinho, 15 anos. 
Joaninha exerce a atividade de manicure e com o valor que recebe, cerca de R$ 2.000,00 
mensais, ajuda seus pais a pagar o curso de Moda, que frequenta desde Janeiro de 2022. 
Joaninha está em um relacionamento sério com Betinho, que é jogador profissional de um 
grande clube de futebol. Seus pais, Belizia e Bento, aposentados, moram com Betinho que 
recebe R$ 350.000,00 mensais. 
 
 
FAMÍLIA B: Mário é casado com Mariano desde 2010, com quem tem 4 filhos. Ana, Aline, 
Alina e Alison, de 5, 8, 18 e 22 anos de idade. Mário é Dentista, exerce sua profissão em seu 
consultório, com renda mensal aproximada de R$ 8.000,00. Mariano é Juiz do Trabalho, com 
remuneração aproximada de R$ 27.000,00. Alison trabalha como secretário no consultório do 
pai Mário e recebe remuneração mensal de R$ 1.500,00. Jeruza trabalha dois dias na semana, 
no serviço de limpeza, no consultório de Mário. Renda mensal de 1 salário mínimo. Jermana, 
irmã de Jeruza, trabalha três vezes por semana nos serviços de limpeza, na residência da 
família. Renda mensal de 2 salários mínimos. A mãe de Mário, Dona Mariana, de 80 anos de 
idade, é aposentada, recebe R$ 2.000,00 do INSS. Jeruza e Jermana, todos os sábados, vão à 
Igreja. O pastor, Edir Lacedo, muito respeitado pelos fiéis, aufere renda mensal de R$ 
7.500,00; ele é casado com Edila, do lar. Sua filha, Edilar, estudante de direito, exerce cargo 
em comissão no TJ/RS, e recebe R$ 8.500,00 mensais. Edir Lacedo sempre comenta com os 
fiéis que sua mãe, Edília, tem 90 anos e jamais trabalhou. Ela mora sozinha e depende 
economicamente de Edir, seu único e amado filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pergunta-se: 
 
1. Em cada uma das famílias há segurados da Previdência Social? Caso positivo, 
para qual/quais regimes contribuirão? Qual a espécie e modalidade de 
segurados? Qual o salário de contribuição e qual a alíquota deve ser aplicada aos 
segurados do RGPS? Todos os membros da família, adultos, que trabalham, 
devem se filiar ao Regime Complementar de Previdência Social? (5,0 pontos) 
 
Sim, há. Na família de Joana e João, ambos são segurados obrigatórios da Previdência 
Social, no Regime Geral, em razão de serem empregados públicos do Banco do Brasil. 
Já sua filha, Joaninha, também é segurada obrigatória, porém, do Regime Geral de 
Previdência. Caso ela seja empregada de algum estabelecimento específico, 
contribuirá nesta modalidade. No entanto, se for autônoma, contribuirá como 
contribuinte individual. 
Na família de Belizia e Bento, Betinho é empregado do time de futebol, logo será 
segurado obrigatório do Regime Geral, contribuindo na modalidade de empregado. 
Belizia e Bento, como já são aposentados, não são mais segurados obrigatórios, nem 
podem contribuir, pois possuem renda própria. 
Na família de Mário e Mariano, Mário é segurado obrigatório do Regime Geral, visto 
que é dentista, contribuindo como contribuinte individual. Já Mariano, por ser servidor 
público, é segurado obrigatório do Regime Próprio. Seu filho Alison, por ser 
empregado do consultório de seu pai, será segurado obrigatório do Regime Geral, 
contribuindo na modalidade de empregado. Além disso, Alina, como já tem 18 anos, 
poderá contribuir para o Regime Geral, como contribuinte facultativo. 
Jeruza, por trabalhar apenas duas vezes na semana, é diarista, logo, será segurada 
obrigatória do Regime Geral, contribuindo na modalidade de contribuinte individual. 
Porém, sua irmã, Jermana, trabalha três vezes na semana, na residência da família de 
Mário e Mariano. Então, é empregada doméstica e será segurada obrigatória, 
contribuindo nessa modalidade para o Regime Geral. 
Na família de Edir e Edila, Edir será segurado obrigatório do Regime Geral, pois, 
mesmo sendo pastor, aufere renda. Então, contribuirá na modalidade de contribuinte 
individual. Já Edila, por ser do lar, poderá contribuir para o Regime Geral, na 
modalidade de contribuinte facultativo. Sua filha, Edilar, por exercer cargo em 
comissão em órgão público, será segurada obrigatória do Regime Geral, contribuindo 
na modalidade de empregada. 
 
Quanto aos salários de contribuição: 
Joana e João tem o salário de contribuição de R$12.500,00, que é o valor de sua 
remuneração mensal como empregados públicos. Joaninha, se for empregada, terá o 
salário de contribuição de R$ 2.000,00. Mas, se for autônoma, seu salário de 
contribuição será o valor que receber por mês, em razão da atividade exercida por 
conta própria. 
Betinho, por ser também empregado, terá o salário-contribuição de R$ 350.000,00. 
Mário terá como salário-contribuição o valor que receber por mês, tendo em vista que 
a sua atividade é exercida por conta própria. Já Alison terá o salário-contribuição de 
R$1.500,00, por ser empregado. Já Alina, como contribuinte facultativa, terá o salário-
contribuição correspondente ao valor que declarar. 
 
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Jeruza, por ser contribuinte individual, também terá como salário-contribuição o valor 
que receber a cada mês. Já Jermana, por ser empregada doméstica e contribuir nesta 
modalidade, terá o salário-contribuição de dois salários mínimos. 
O pastor Edir, como contribuinte individual, terá o salário-contribuição referente ao 
que receber a cada mês. Sua esposa, Edila, como contribuinte facultativa, terá o 
salário-contribuição correspondente ao valor que decidir declarar. 
 
Quanto às alíquotas a serem aplicadas aos segurados do Regime Geral, serão 
progressivas, partindo de 7,5% sobre o salário de contribuição, podendo chegar até 
14%. 
João, Joana, Betinho, Mário, Edir e Edilar terão aplicadas as alíquotas de 7,5%, 9%, 
12% e 14% progressivamente, pois recebem mais do que o teto previdenciário (R$ 
7.087,22). Joaninha, por receber usualmente em torno de R$ 2.000,00, terá aplicada 
até a alíquota de 9%. Alison também terá aplicadas as alíquotas de 7,5% e 9% 
progressivamente. A alíquota de Alina e de Edila dependerá de qual for o valor que 
declararem. Jeruza, se recebe um salário mínimo, terá aplicada somente a menor 
alíquota. Já Jermana, como recebe dois salários mínimos, terá aplicadas as alíquotas de 
7,5% e 9% progressivamente. 
 
Quanto ao Regime Complementar da Previdência Social, este é facultativo. Como diz 
o próprio nome, ele será apenas uma complementação ao regime que o segurado já 
está vinculado. Sendo assim, ninguém é obrigado (deve) contribuir com o Regime 
Complementar. 
 
 
2. Edir Lacebo faleceu no dia 20/04/2022. Quem são seus dependentes para fins 
previdenciários? Quem receberá benefício previdenciário?? Há benefício 
Assistencial a ser concedido? A quem? (3,0 pontos) 
 
Para fins previdenciários, são dependentes de Edir Lacebo:Edilar (caso tenha idade 
menor ou igual a 21 anos), Edila e Edília. 
Quem receberá benefício previdenciário será Edilar, conforme artigo 16 da Lei 
8213/1991, caso tenha idade menor ou igual a 21 anos, e Edila (dependentes de 
primeiro grau). Do contrário, somente Edila receberá. Edília não receberá benefício 
previdenciário, pois é dependente de segundo grau. 
Há benefício assistencial a ser concedido à Edília, de acordo com a Lei 8742/1993, 
uma vez que possui mais de 65 anos de idade e sempre dependeu economicamente de 
Edir, já que nunca trabalhou. 
 
 
3. Mariano quer contribuir para o RGPS na qualidade de Segurado Facultativo. É 
possível? Fundamente. (1,0 ponto) 
 
Mariano não pode contribuir para o Regime Geral na qualidade de segurado 
facultativo, isso porque Mariano é Juiz do Trabalho, logo, já é contribuinte obrigatório 
do Regime Próprio. Mariano poderia, no entanto, contribuir para o Regime 
Complementar. 
 
 
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4. Jeruza não quer contribuir para o RGPS. É possível tal opção? (1,0 ponto) 
 
Não é possível tal opção, uma vez que Jeruza exerce atividade remunerada, de forma 
regular, mesmo que sem vínculo empregatício e/ou carteira assinada. Logo, é contribuinte 
obrigatório do Regime Geral, não podendo não contribuir, conforme dispõe o artigo 12 da 
Lei 8212/1991, artigo 11 da Lei 8213/1991 e artigo 9º do Decreto 3048/1999.

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