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APS - Práticas de Enfermagem II

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Vanessa Silva de Brito I RA: 6927023 
Matéria: Práticas de Enfermagem II 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
ATIVIDADE: Desenvolver um roteiro acerca da propedêutica clinica com base 
no exame físico considerando a diversidade de perfis populacionais 
PROPOSTA: Uma das habilidades do enfermeiro no que se refere ao processo 
de trabalho assistir é a realização da coleta de dados, que inclui o exame físico. 
Nessa trajetória de aprendizado, é necessário o desenvolvimento contínuo das 
práticas que envolvem o exame físico, a anamnese e a propedêutica clínica, os 
quais subsidiam a propedêutica em enfermagem, que tem como objetivos: o 
respaldo à equipe de enfermagem diante da história clínica do paciente, o 
diagnóstico de enfermagem, a prescrição da assistência, a evolução e as 
anotações de enfermagem. Esse processo é sistemático e envolve a utilização 
de uma abordagem organizada para alcançar seu propósito maior – a 
qualidade dos serviços de enfermagem. Assim, a proposta consiste em 
construir um roteiro para anamnese e exame físico que considere aspectos 
inerentes do paciente com febre amarela. O aluno também deverá destacar os 
exames laboratoriais necessários para fins diagnósticos e as alterações 
esperadas para esse caso. Orientação: Após realizarem guardem esta reflexão 
para discussões em sala de aula. 
Resposta 
ANAMNESE 
Identificação do paciente: nome, sexo, raça, estado civil, religião, data e local 
de nascimento, procedência, escolaridade, profissão e tipo sanguíneo. 
Pacientes com suspeita de febre amarela, se atentar no local que o indivíduo 
mora (áreas rurais/silvestres e próximo a florestas) e no histórico de viagens 
recentes (para locais com epidemia de doenças e/ou áreas rurais. 
Motivo da procura do serviço e/ou queixa principal: expressão do paciente 
sobre o motivo que o levou a procurar auxílio e descrição dos sintomas que 
apresenta (quando surgiram, localização, intensidade, fatores que agravam e 
aliviam o sintoma). 
Presença de doenças e tratamentos anteriores; alergias: descrição 
resumida de doenças crônicas, motivos de hospitalizações e cirurgias 
anteriores, alergias a medicamentos, alimentos, esparadrapo, etc. Se há 
suspeita, se certificar do histórico de vacinas do paciente (se foi imunizado 
contra febre amarela nos últimos 10 anos). 
Antecedentes familiares: estado de saúde dos familiares diretos (presença de 
diabete, hipertensão arterial, doenças cardíacas, renais, autoimunes, 
tuberculose, etc) e causa de morte destes familiares, se for o caso. 
Uso de medicamentos: relação dos medicamentos que tomou ou toma 
(prescritos por médico ou não, e outras substâncias utilizadas para alívio dos 
sintomas). 
Existência de outros fatores de risco: relato de consumo de álcool, fumo ou 
drogas (quantidade, frequência, idade de inicio e, se for o caso, quando parou). 
Hábitos e costumes: relato das condições de moradia, hábitos de higiene, 
alimentação, sono e repouso, atividades físicas, atividade sexual, 
lazer/recreação e eliminações. 
 
EXAME FÍSICO 
Sinais Vitais: verificar temperatura corporal (atentar-se à febre em pacientes 
com suspeita de febre amarela), frequência cardíaca x pulso, frequência 
respiratória, pressão arterial e dor (observar se o paciente apresenta dor de 
cabeça intensa, nas costas e em todo o corpo é uma das características da 
doença). 
Inspeção: visão e olfato; inspecionar tamanho, forma, cor, simetria e posição. 
Realizar durante toda a hospitalização e complementa a palpação (essencial 
em casos graves de febre amarela, quando o paciente pode apresentar 
delírios, convulsões e até mesmo entrar em coma). 
Palpação: obtenção por meio do tato e da pressão, identificar modificações de 
textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza. Percepção de 
elasticidade, edema e flutuação (atentar-se se o paciente relata sentir dor, 
sintoma comum da febre amarela). 
Percussão: realizado por pequenos golpes realizados em determinada 
superfície do organismo. As vibrações obtidas sem tonalidade, intensidade e 
timbre próprios de acordo com a estrutura anatômica percutida (obtém-se, além 
das vibrações, impressões acerca da resistência da região golpeada). 
Ausculta: identificação dos ruídos corporais normais ou patológicos dos 
pulmões, coração, artérias e intestino. Utiliza-se o estetoscópio. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
Devem ser solicitados: hemograma, glicemia, TGO, TGP, fosfatase alcalina, ã 
GT, ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, albumina, EAS. Solicitar 
hemocultura nos casos em que se suspeita de infecção bacteriana associada. 
Em relação aos exames inespecíficos, algumas peculiaridades podem ser 
observadas: 
No início da doença, o hemograma pode evidenciar leucocitose discreta com 
neutrofilia e desvio à esquerda; a partir do quarto dia de evolução, observa-se 
leucopenia progressiva com linfocitose; há forte tendência à 
hemoconcentração, porém, na vigência de grandes sangramentos, este dado 
perde o valor; a contagem de plaquetas encontra-se geralmente diminuída. À 
bioquímica do sangue, a principal marca da febre amarela é o aumento 
expressivo das enzimas hepáticas, frequentemente ultrapassando valores 
superiores a 5.000 U/l, acompanhado de hiperbilirrubinemia com predomínio da 
fração direta. A agressão renal se traduz por níveis de ureia e creatinina 
bastante aumentados, acompanhada de proteinúria e hematúria. 
Nos casos mais graves pode-se observar aumento do TAP, TTPA e TC, bem 
como diminuição dos fatores de coagulação de síntese hepática (II, V, VII, IX e 
X). Nos casos de CIVD, observa-se ainda a diminuição do fator XII e 
fibrinogênio. Os métodos laboratoriais atualmente empregados para 
diagnóstico de febre amarela, na Gerência de Virologia (Núcleo de 
Arbovirologia), são o MAC-ELISA, o ELISA de inibição e a inibição da 
hemaglutinação. Em caso de óbito, amostras de fígado e tecido cerebral 
podem ser testadas por PCR e imunohistoquímica.