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Martín-Baró e a Psicologia da Libertação

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TEMAS EMERENTES EM PSICOLOGIA
Ignacio Martín-Baró e a Psicologia da Libertação
Biografia de Martín-Baró
Ignácio Martín-Baro (07 de novembro de 1942 em Valladolid, Espanha – 16 de novembro de 1989) em San Salvador, El Salvador) foi um estudioso, psicólogo, social, filósofo e padre jesuíta. Foi uma das vítimas dos assassinatos de jesuítas em El Salvador, em 1989. 
Formação numa escola jesuíta, onde descobriu sua vocação, com 17 anos ingressa na Companhia de Jesus.
Passou pela Colômbia, nos anos 60, em Bogotá, onde cursou filosofia e, depois, teologia em El Salvador nos anos 70.
Cursou Psicologia na UCA (Universidade Centro Americana) em 1975
Pós Graduação em Ciências Sociais 91977) e Psicologia Social (19790 na Universidade de CHICAGO (EUA) 
Voltou para El Salvador para ser vice reitor da UCA, fundou uma Revista e um Instituto de Opinião Pública
TEMAS DE BARÓ 
Deus e o materialismo histórico dialético
Os cristãos e a violência
A força dos rebeldes
A morte como problema filosófico
O machismo
Propaganda e a deseducação popular
O pulso do tempo, os guerrilheiros e os hippies
O papel do psicólogo – compromisso social e ético
Guerra e Saúde Mental
Do ópio religioso a liberdade religiosa 
A ideologia familiar
Desafios e perspectiva da Psicologia Latino Americana
Fundamentos Epistémicos
Teologia da Libertação: afirmação de que Deus é vida, a verdade tem supremacia sobre a teórica, importância das realizações histórica, assume um compromisso prioritário com os pobres, como o lugar teológico por vocação cristã. Propõe um momento de conflito e ruptura, de natureza grupal/coletiva; constituindo uma identidade social
Conscientização Freiriana: comunitária e se apropriação das condições de vida (fazer para ser e ser para fazer)
Crítica a uma psicologia positivista e a-histórica (neutra)
Busca por uma memória histórica (raízes histórica para compor a identidade psicossocial de um povo.
Desideologização do cotidiano comunitário+ potencializar as virtudes populares
Fundamentos Epistêmicos
1963 – Psicanálise – HEDONISMO FREUDINANO – uma crítica antropológica da obra Totem e Tabu (pelo viés da antropologia cultural de Malinowsi)
Existencialismo – TESE LICENCIATURA – Sufrir y ser, comparação entre Nietzsche e Freud.
Visão Sociológica da PSO – relação com o interacionismo simbólico de Mead
Papel da linguagem como constituidora do Self (eu e do outro)
Fundamentos Epistêmicos
Noção de sujeito – 3 influências 
	Vygotski, Lewin e Mead
Sujeito ativo frente ao meio, dotado de uma infinita possibilidade para usar ferramentas de natureza materiais e sobretudo simbólica para relacionar-se com o meio que o rodeia, especialmente com os congêneres de sua mesma espécie, que constrói sua subjetividade a partir e dentro de um meio material e sobretudo, sociocultural, que vai sofrendo modificações no transcurso do devir histórico, graças, entre outras razões, a sua capacidade de modifica-lo e que é capaz de buscar uma solução racional aos problemas que o afligem. (PIZZATO, 2013, p. 131
Contexto Social e Histórico
Realidade da América Latina – dominação imperialista
Libertação das estruturas opressoras ----- libertação pessoal
Compromisso e posicionamento ético e político
Grupo de Estudos Subalternos (AL) – crítica ao eurocentrismo
Grupo Modernidade e Colonialidade (1999) Walter Mignolo
Situação do TERRORISMO e das marginalizações
Atmosfera do Terrorismo
“Tanto no caso específico do assassinato anônimo de trabalhadores rurais, menores em minorias éticas, o terrorismo de Estado pode configurar-se como uma das partes centrais de um projeto socio político imposto pelos governos com o objetivo de satisfazer as necessidades de grupos privilegiados.” (CHOMSKY, 1998, p. 45).
Decolonização 
Expressão “colonialidade do poder” designa um processo fundamental de estruturação do sistema-mundo moderno/colonial, que articula os lugares periféricos da divisão internacional do trabalho com a hierarquia étnico-racial global e com a inscrição de migrantes do Terceiro Mundo na hierarquia na hierarquia étnico-racial das cidades metropolitanas lobais. Os Estados-nação periféricos e os povos não não-europeus vivem hoje sob o regime da “colonialidade global” imposto pelos Estados Unidos, através do Fundo Monetário internacional, Baco Mundial, do Pentágono e da OTAN. As zonas periféricas mantêm-se numa situação colonial, ainda que já não estejam sujeitas a uma administração colonial.
Balestrin, 2013, p. 44
Psicologia do Croquí
Croquí – anfíbio popular em Porto Rico – autócne 
Uma psicologia nacional que a partir de um patriotismo genuíno destinava-se aos problemas da sua realidade.
Pertinência da Teoria a partir dos problemas da sua realidade.
Nova perspectiva da psicologia, não de temas, ou teorias.
Valorização do saber popular
Recuperação crítica da história
Uso de pesquisas participativas
Realismo Crítico de Baró 
Abandono do paradigma positivista e acrítica
Crítica à universalização do fenômeno psicológico
Desnaturalização dos fenômenos
Posicionamento do pensador na realidade que se envolve
Perspectiva dialética X reducionismo psis
Compreensão da ação 9Weber) – conduta adotada de sentido e significação social
O significado como ideologia – as ideias conduzindo e ordenando a vida social no sentido funcional, daí preciso desmascará-las
PARTICIPAÇÃO crítica na vida dos setores públicos e populares
Relevância social da psicologia (superar incapacidade paradigmática da PSO)
Acolhimento dos marginalizados e excluídos – humanizar a passagem à nova sociedade.
Psicologia da Libertação
“A liberdade começa desde uma concepção que reconhece a liberdade do outro, deixando de ser um sujeito “assujeitado” para ocupar um lugar de igualdade, ativo, enquanto ator social fundamental, proprietário de habilidades e conhecimentos específicos de uma índole particular.
(Montero, 200, p. 45
Realismo crítico de Baró
Crítica ao predomínio do setor econômico sobre os sociais (educação, saúde e cultura)
Ideologia Social – incorporação e constituição de uma identidade social alienada (3 instituições)
1) Família – corte patriarcal, disseminação do machismo, dificultam a maturidade emocional dos filhos, produzindo uma insegurança psíquica.
2) Escola – estrutura bancária, vertical e seletiva, na qual se destacam traços como competitividade e a verticalidade autoritária. (Paulo Freire) incultam uma passividade e um fatalismo.
3) Moral – normal que rege o comportamento, moral pautada no autoritarismo, individualismo e formalismo.
O Fatalismo Arquetípico
FATALISMO 
Compreensão fatalista da Existência – matriz de atitudes
Comportamentos de conformismo e resignação frente ao mundo
Destino da existência já está predestinado (Deus, cosmo ou sociedade)
Não modificado
Interiorização da dominação social e suporte ideológico em manutenção da ordem social, com esquema comportamental de docilidade, conformismo e submissão.
Tipos estereotipados
O oligarca (cosmopolita)
O filho o papai
O militar golpista 
O indígena descuidado e preguiçoso
Realismo Crítico de Baró
Busca pela conscientização – Desideologização
Processo dialético – fazer consciente a práxis humana
Novo saber da realidade circundante
Recuperação da memória histórica
Desmascarar o universo simbólico
Breve Histórico da Psicologia Social no Brasil: as contribuições de Silvia Lane
Como ponto de partida, tomamos assento ao lado de Lane (1994), quando a autora assinala que toda a psicologia é social, no entanto, isso não significa dizer que as áreas específicas da psicologia sejam engolfadas, ou seja, reduzidas à psicologia social, mas temos a clareza de que “[...] não se pode conhecer qualquer comportamento humano isolando-o ou fragmentando-o, como se este existisse em si e por si.” (Lane, 1994:19).
Durante a década de 1950, os estudos vinculavam-se a duas tendências principais: uma com o viés pragmático dos Estados Unidos, que alcançou seu auge a partir da Segunda Guerra Mundial. Por meio de pesquisas experimentais, buscavam consolidar procedimentos e técnicasde intervenção nas relações sociais, visando garantir uma boa qualidade de vida aos homens, permeada pela produtividade do grupo. Para tanto, tomavam como referência os temas pesquisados no período anteriormente destacado.
A outra tendência possuía influências da tradição filosófica europeia, com inclinações fenomenológicas e buscava modelos científicos totalizantes na tentativa de impedir novos desastres mundiais.
De acordo com Lane (1994), a intenção da psicologia social norte-americana, naquele período, era procurar fórmulas de ajustamento e adequação de comportamentos individuais ao contexto social. Entretanto, a partir da década de 1960, na Europa – principalmente na França –, surgiram críticas mais incisivas a esse modelo de conhecimento psicossocial, denunciando uma ciência ideológica afastada dos problemas sociais, cujas teorias não eram capazes de explicar as novas demandas postas pela sociedade.
Apoiados em Lane (1994), evidenciamos que o Brasil, assim como praticamente toda a América Latina, importava metodologias e teorias da psicologia social norte-americana (Ferreira, 2010), aplicando e adaptando seu corpus teórico-prático, em maior ou menor grau, às condições próprias de cada país. 
Segundo Bernardes (1998), a influência norte-americana se concretizava principalmente através dos cursos de formação em psicologia social no Brasil, ministrados por professores e cientistas que iam fazer especializações nos centros de estudos norte-americanos ou que convidavam professores universitários, oriundos desses centros de formação, para atividades científicas no Brasil.
Por volta do final da década de 1970, alguns psicólogos sociais latino-americanos desencadearam o período que ficou conhecido como “a crise da psicologia social” ou “a crise da referência”, em que se procurava um campo de ação próprio à realidade de cada país, além de se buscar novos caminhos metodológicos para pesquisas que refletissem relevância ou aplicabilidade em seus respectivos contextos sociais. Vale ressaltar que as ditaduras militares e a exploração vivida pelo povo latino americano impulsionaram questionamentos sobre a práxis da psicologia social.
A “crise da psicologia social” foi denunciada no Congresso Interamericano de Psicologia, realizado em Miami, EUA, em 1976, com psicólogos sociais de vários países latinoamericanos, formulando críticas mais sistematizadas e algumas propostas. No congresso seguinte, realizado em 1979, em Lima, Peru, configura-se um novo quadro com propostas concretas de uma psicologia social com bases materialista-históricas e voltadas para as condições próprias de cada país.
Na década de 1960, foi fundada a Associação Latino-Americana de Psicologia Social (ALAPSO) (Bernardes, 1998). Muitos psicólogos sociais experimentais, como Aroldo Rodrigues, buscaram consolidar as atividades da ALAPSO, tomando a psicologia social norte-americana como referencial primeiro. Por outro lado, em toda a América Latina, iniciava-se um movimento antagônico à ALAPSO e várias associações começaram a surgir, identificadas com a nova proposta de psicologia social, como na Venezuela, onde foi criada a Associação Venezuelana de Psicologia Social (AVEPSO), e no Brasil, com a ABRAPSO.

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