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Tuberculose 
Sp4 d 
Agente Etiológico 
• Mycobacterium tuberculosis 
• Bastonetes delgados 
• Aeróbicos 
• Parece celular cerácea (ácido micólico) 
• Ácido resistentes 
• Fracamente Gram-positivas 
Epidemiologia 
✓ Descrita em múmias anos A.C 
✓ Descrição morfológica: Laennec 1800 (associada a 
pobreza) 
✓ Ultimas décadas: Associação com AIDS 
✓ Doentes por TB no mundo (2018): ~10 milhões 
✓ Mortes por TB no mundo (2018): ~1,5 milhões 
✓ Predomínio: homens, jovens adultos de países de baixa 
renda 
*esta associada a países subdesenvolvidos devido baixo 
saneamento 
*predomínio em homens, jovens, adulto em pais 
subdesenvolvido 
Transmissão 
• Infecção → presença de M. tuberculosis 
1-Ausência de doença 
2-Doença 
TB primária → geralmente assintomática 
*geralmente no primeiro contato, e se tiver sintomas vai 
ser inespecífico 
*paciente infectado com sintomas, assim libera bactérias 
na secreção e ai vai entrar em contato com o paciente 
que esta suscetível a pegar a doença 
Sintomas que podem estar presentes: 
- Febre 
- Efusão pleural 
Evidencia da doença: 
- Nódulo pequeno e fibrocalcificado no local da infecção 
*como a gente ve? No exame de imagem se ve uma 
cicatriz que nódulo de ghon e vai ver nódulo nos linfonos 
 
*O que acontece quando o paciente entra em contato 
com as gotículas? 
1- ela vai ser inalada e vai alcançar o espaço alvelar e ai 
encontra o macrófago alvelar (faz fagocitose) 
2-a microbactéria manipula o macrófago e ai não deixa 
ele fazer fagocitose, e ainda fica com ele para proliferar 
3- ela fica assim por 3 semanas 
4-ai vai ver disseminação hematogênica ou linfática 
5-macrofago vai liberar IL12 para ter ativação da cel T 
para induzir O PERFIL Th1 para produzir IFNy para agir 
sobre o próprio macrófago pq ele não ta conseguindo 
destruir a bactéria, ai ele melhora o macrofago 
(transforma em super-herói) e assim ele fica resistente 
a bactéria e consegue destruir ela 
 
6-ossim vai recrutar mais macrófago para ter essa 
mudança e isso vai formar um granuloma 
7-ai essas os macrófagos lá vao se acumular e fazer 
uma cerquinha e essa cel vai se chamar epitelioide 
 
 
Do livro: 
INFECÇÃO E INVASÃO DE MACRÓFAGOS 
A interação do M. tuberculosis com o hospedeiro humano 
começa quando núcleos de gotículas que contêm 
microrganismos viáveis propagados no ar por pacientes 
infectantes são inalados por um observador próximo. 
Embora os bacilos inalados sejam, em sua maioria, retidos 
nas vias aéreas superiores e expelidos pelas células 
mucosas ciliadas, uma fração (normalmente < 10%) 
alcança os alvéolos, um ambiente imunorregulador 
exclusivo. Nesse local, macrófagos alveolares que ainda 
não foram ativados (macrófagos prototípicos 
alternativamente ativados) fagocitam os bacilos. A 
aderência de micobactérias aos macrófagos resulta, em 
grande parte, da ligação da parede celular bacteriana a 
uma variedade de moléculas de superfície celular do 
macrófago, como receptores do complemento, receptor 
de manose, receptor G Fcγ de imunoglobulina e 
receptores de varredura do tipo A. Os surfactantes 
também podem ser importantes na fase inicial de 
interação entre o hospedeiro e o patógeno, e a proteína 
D surfactante pode impedir a fagocitose. A fagocitose é 
aumentada por ativação do complemento que leva à 
opsonização de bacilos com ativação de derivados de C3 
como C3b e C3bi.
A RESPOSTA DO HOSPEDEIRO, FORMAÇÃO DE 
GRANULOMA E “LATÊNCIA” 
No estágio inicial da interação hospedeiro-bactéria, antes 
do início de uma resposta imune mediada por células (IMC) 
adquirida, o M. tuberculosis dissemina-se amplamente 
através dos vasos linfáticos, espalhando-se para outros 
locais nos pulmões e outros órgãos e passa por um 
período de crescimento extenso dentro de macrófagos 
não ativados imaturos; outros macrófagos imaturos são 
recrutados para o granuloma inicial. 
Cerca de 2 a 4 semanas após a infecção, surgem duas 
respostas do hospedeiro ao M. tuberculosis: uma 
resposta da IMC de ativação dos macrófagos e uma 
resposta de lesão tecidual. A resposta de ativação dos 
macrófagos é um fenômeno mediado por células T que 
leva à ativação de macrófagos capazes de matar e 
digerir os bacilos da TB. A resposta de lesão tecidual 
resulta de uma reação de hipersensibilidade do tipo tardio 
a vários antígenos bacilares; destrói os macrófagos 
inativados que contêm bacilos em multiplicação, mas 
também provoca necrose caseosa dos tecidos 
acometidos (ver adiante). Com o desenvolvimento da 
imunidade específica e o acúmulo de grandes números de 
macrófagos ativados no local da lesão primária, formam-
se lesões granulomatosas (tubérculos). Essas lesões 
consistem em acúmulos de linfócitos e macrófagos 
ativados que evoluem para morfologias de células 
epitelioides e células gigantes. A princípio, a resposta de 
lesão tecidual pode limitar o crescimento das 
micobactérias no interior dos macrófagos. Conforme 
assinalado anteriormente, essa resposta, mediada por 
diversos produtos bacterianos, não apenas destrói os 
macrófagos como também provoca necrose sólida 
precoce no centro do tubérculo. Embora o M. tuberculosis 
possa sobreviver, seu crescimento é inibido dentro desse 
ambiente necrótico pela baixa tensão de oxigênio e pelo 
pH baixo. Nesse estágio, algumas lesões podem cicatrizar 
por fibrose, com calcificação subsequente, enquanto 
ocorrem inflamação e necrose em outras lesões. 
Voltando para a aula. 
Aspectos Clínicos 
 
 
• Sintomas da Tuberculose Secundária: 
Localizada: assintomática 
Sintomas sistêmicos: 
- Mal-estar 
- Anorexia 
- Perda de peso 
- Febre (ao fim da tarde) 
- Suores noturnos 
Evolução: 
- Escarro (primeiro mucoide e depois purulento) 
- Hemoptose 
- Dor pleurítica 
- Manifestações extrapulmonares (dependem do órgão 
acometido) 
• Infecção → hipersensibilidade tardia ao M. tuberculosis 
 
 
• Diagnóstico da doença pulmonar: é baseado em parte 
na história e nos achados físicos e radiográficos. 
TB primária progressiva: consolidação 
TB secundária: cavitação 
• Confirmação do diagnóstico: identificação do bacilo da 
tuberculose. 
- Esfregaços e cultura de escarro 
- Amplificação do DNA de M. tuberculosis por PCR 
 
• HIV x Tuberculose 
Todos os estágios de infecção pelo HIV estão associados 
a um aumento do risco de tuberculose. 
Imunossupressão moderada (CD4 +>300 células/mm³): 
tuberculose secundária usual (doença apical com 
cavitação) 
Envolvimento extrapulmonar em 10% a 15% dos casos 
Imunossupressão severa (CD4 +<200 células/mm³): 
quadro clínico se assemelha à tuberculose primária 
progressiva 
Envolvimento extrapulmonar em mais de 50% dos casos 
Frequência elevada de esfregaços de escarro e testes 
de tuberculina falso-negativos! 
Morfologia 
• Tuberculose pulmonar primária 
Formação do complexo de Ghon 
Imunidade mediada por cels → controle da infecção → 
fibrose do complexo de Ghon 
Calcificação (complexo de Ranke) 
 
 
 
• Tuberculose Primária: Reação inflamatória 
granulomatosa característica, que forma tanto 
tubérculos caseosos quanto não caseosos 
 
 
• Tuberculose secundária Lesão inicial: pequeno foco de 
consolidação (diâmetro < 2 cm) 
 
*expansão da necrose, cavidade no parênquima, lesão no 
vaso sanguíneo 
Tuberculose Primária Progressiva 
 
*aumento da desindade, consolidação 
 
 
 
• Doença Pulmonar Miliar (aspecto de grãos de milho) 
 
 
*associar a historia clinica com o exame, miliar pq lembra 
grão de milho, múltiplas áreas de lesão 
 
*olhar os espaços alvelares no canto inferior direito e 
olhar os granulomas tentando se formar (bolas rochas 
grandes parecendo redemoinho)