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Educação infantil: teorias pedagógicas 
contemporâneas
APRESENTAÇÃO
As teorias pedagógicas contemporâneas podem ser compreendidas como uma evolução dos 
princípios presentes nas tendências pedagógicas liberais e progressistas, uma vez que muitas 
dessas ideias darão lastro para que as escolas de Educação Infantil hoje venham a se constituir. 
As pedagogias progressistas, associadas com as ideologias que derivam do socialismo, como o 
anarquismo, irão propor que a escola sirva também para desenvolver o ser humano criticamente, 
contextualizando sua realidade social, em vez de simplesmente prepará-lo para o mundo do 
trabalho e para a vida.
Assim, as liberdades de escolha e os sujeitos ativos em busca de seus direitos e deveres também 
passam a compor os projetos educacionais contemporâneos, principalmente por se tratar de 
manter os regimes democráticos existentes. As pedagogias progressistas compreendem a 
libertadora, a crítico-social dos conteúdos e a libertária, sendo que esta última teve ampla 
importância para a Educação Infantil, por seus princípios e pelas ideias de Freinet. Muitas 
iniciativas de escolas de Educação Infantil nacionais e internacionais consideradas de 
vanguarda, pela sua criatividade e inovação, irão se fundamentar, filosófica e pedagogicamente, 
nas correntes progressistas e em alguns traços das pedagogias liberais, sobretudo das 
escolanovistas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer as teorias pedagógicas contemporâneas, 
identificando suas particularidades e seus efeitos na Educação Infantil. Também irá 
acompanhar alguns casos de inovação em redes e escolas infantis, nacionais e internacionais.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os aspetos fundamentais das teorias contemporâneas.•
Reconhecer a influência da pedagogia libertária na Educação Infantil.•
Discutir as práticas pedagógicas e de aprendizagem mais inovadoras da Educação Infantil 
na contemporaneidade.
•
DESAFIO
As teorias pedagógicas contemporâneas procuram desenvolver as crianças de forma integral na 
escola, a fim de prepará-las nas áreas motoras, intelectuais, sociais e emocionais, formando 
sujeitos críticos e capazes de transformar a sociedade em que vivem.
Acompanhe o Desafio a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Converse com sua auxiliar de turma, explique para ela como sua postura se alicerça nos 
princípios das teorias pedagógicas contemporâneas e aponte quais seriam as finalidades 
principais dessas mudanças implementadas.
INFOGRÁFICO
As escolas de Educação Infantil contemporâneas, sobretudo aquelas que são consideradas 
referências e modelos em sua forma de atuação nessa etapa educacional, costumam apresentar 
alguns traços em comum que as caracterizam, mesclando características das teorias pedagógicas, 
liberais e progressistas.
Neste Infográfico, conheça cinco características das escolas de Educação Infantil 
contemporâneas.
CONTEÚDO DO LIVRO
As tendências pedagógicas contemporâneas estão associadas ao desenvolvimento dos sistemas 
político-econômicos das nações nas últimas décadas do século XX. Assim, muitas delas se 
voltam para a promoção da paticipação e da colaboração de todos na construção e na 
transformação da sociedade. Esses pontos fizeram parte muito significativa das tendências 
pedagógicas progressistas libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos, sendo reforçadas 
pelas ideias liberais atreladas ao modelo de governo democrático.
Assim, a escola expande suas finalidades perseguindo uma formação integral dos estudantes e 
envolvendo na Educação Infantil a emoção e o convívio social. As escolas de Educação Infantil 
que hoje despontam no Brasil e no mundo como referências inovadoras em suas práticas e seus 
processos de ensino-aprendizagem acabam revelando sua fundamentação nos princípios dos 
autores das teorias progressistas, bem como em alguns traços das pedagogias liberais que 
fizeram parte do movimento da Escola Nova.
No capítulo Educação Infantil: teorias pedagógicas contemporâneas, da obra Fundamentos da 
Educação Infantil, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, conheça as teorias pedagógicas 
progressistas e suas contribuições para a Educação Infantil contemporânea. Também 
acompanhe algumas iniciativas da Educação Infantil atual consideradas referências para que se 
possa identificar as bases que fundamentam suas práticas cotidianas.
Boa leitura.
FUNDAMENTOS 
DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL
Pablo Rodrigo Bes
Educação infantil: 
teorias pedagógicas 
contemporâneas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os aspectos fundamentais das teorias contemporâneas.
 � Reconhecer a influência da pedagogia libertária na educação infantil.
 � Discutir as práticas pedagógicas e de aprendizagem mais inovadoras 
da educação infantil na contemporaneidade.
Introdução
As teorias pedagógicas clássicas liberais e progressistas reconfiguraram 
a forma como a escola atua na sociedade, ampliando suas finalidades e 
entendendo a formação das crianças e seu desenvolvimento de forma 
mais abrangente. Assim, rompeu-se com as ideias reducionistas de que 
a escola seria a instituição social que somente reproduziria o sistema 
posto pelas elites para buscar uma educação integral, sistêmica e holística 
dos indivíduos. A educação infantil contemporânea apresenta-se de 
várias maneiras, há escolas e redes que ainda conservam os ideais das 
pedagogias clássicas de seus fundadores, como aquelas mais inovadoras 
que associam elementos progressistas com ideias de algumas tendências 
liberais. As escolas de educação infantil inovadoras, porém, têm em 
comum algumas características, como o fato de colocar a criança como 
centro dos processos de ensino e aprendizagem, buscar seu desenvolvi-
mento integral (cognitivo, motor, emocional e social), valer-se do uso de 
metodologias ativas, da ludicidade e do afeto em suas práticas cotidianas.
Neste capítulo, você vai conhecer as teorias pedagógicas progressistas 
e suas principais características. Também aprenderá sobre os efeitos da 
pedagogia libertária na educação infantil contemporânea e analisará 
algumas escolas e redes internacionais e nacionais que são consideradas 
referência em termos de inovação em suas práticas pedagógicas na 
educação infantil.
1 Aspectos fundamentais das teorias 
pedagógicas contemporâneas
Ao longo do século XX, emergiram várias tendências pedagógicas que procu-
raram ressignificar o papel da escola na sociedade e as formas como procurava 
desenvolver os processos de ensino e aprendizagem, alterando a relação entre 
professor e aluno, as avaliações e as metodologias aplicadas. Algumas das 
teorias pedagógicas tinham sua base ideológica no capitalismo, sendo deno-
minadas liberais, constituindo boa parte das tendências que fizeram parte do 
movimento da Escola Nova, que surgiu no início do século XX na Europa e 
nos Estados Unidos. Outras teorias pedagógicas, porém, emergiram associadas 
ao pensamento socialista, sobretudo fundamentadas nas ideias do marxismo, 
sendo chamadas de progressistas. As escolas na contemporaneidade podem 
apresentar traços característicos dessas duas correntes amplas de pensamento, 
uma vez que, muitas vezes, elas ocorrem de forma paralela ou simultânea. 
Vamos conhecer, neste primeiro momento, as tendências pedagógicas pro-
gressistas, pois suas ideias estão aliadas ao paradigma educacional emergente 
na educação escolar, tanto na educação infantil quanto nas demais etapas da 
educação básica.
Convém destacar que tanto o pensamento pedagógico tradicional quanto o 
liberal consideravam que a escola e a educação realizariam por si só a redenção 
dos homens e a sua projeção para uma melhor condição na sociedade, não 
julgando necessária a devida crítica às realidades sociais existentes. Sobre o 
contexto da época, Silva (2010, p. 29) acrescentaque:
[...] a década de 60 foi uma década de grandes agitações e transformações. 
Os movimentos de independência das antigas colônias europeias; os protestos 
estudantis na França e em vários outros países; a continuação do movimento 
dos direitos civis nos Estados Unidos; os protestos contra a guerra do Vietnã; 
os movimentos de contracultura; o movimento feminista; a liberação sexual; 
as lutas contra a ditadura militar no Brasil: são apenas alguns dos importantes 
movimentos sociais e culturais que caracterizam os anos 60.
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas2
Foi nesse cenário, onde se buscava a transformação social, por meio da 
afirmação de direitos sociais e da resistência de grupos étnicos e culturais 
excluídos e marginalizados, que também foram contestadas as finalidades e 
o papel da escola como instituição social. 
Ao analisar as tendências pedagógicas progressistas, Queiroz e Moita 
(2007) destacam três autores que, em nível internacional, procuraram evi-
denciar como eram ingênuas e insuficientes as concepções de uma escola 
dissociada do contexto econômico, social e político da época: “[...] Bourdieu 
e Passeron (1970) com a teoria do Sistema enquanto Violência Simbólica; 
Louis Althusser (1968) com a teoria da escola enquanto Aparelho Ideológico 
do Estado; e Baudelot e Establet (1971) com a teoria da Escola Dualista” 
(QUEIROZ;MOITA, 2007, p. 12). Podemos acrescentar nesta lista o pensador 
inglês Michael Young (1971) e o norte-americano Michael Apple (1979), bem 
como, no Brasil, o pensador Paulo Freire (1970), com a obra Pedagogia do 
oprimido, conhecida internacionalmente.
Para Libâneo (2002, p. 32), “[...] evidentemente a pedagogia progressista 
não tem como institucionalizar-se numa sociedade capitalista; daí ser ela um 
instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais”. Assim, 
os intelectuais progressistas entendem que a educação deve ocorrer também fora 
da escola, em ações típicas da educação não formal. Tais ideias progressistas 
na área da educação podem ser divididas entre autores que aderem, em maior 
ou menor grau, aos fundamentos do marxismo, produzindo três principais 
manifestações destes pensamentos:
 � libertadora;
 � crítico-social dos conteúdos;
 � libertária.
Vamos aprender sobre a pedagogia progressista libertadora e crítico-
-social dos conteúdos neste primeiro momento e, pela sua relevância para a 
educação infantil, abordaremos a pedagogia libertária no próximo tópico de 
aprendizagem.
A tendência progressista libertadora tem como principal expoente o pensa-
dor brasileiro Paulo Freire, que, na década de 1970, escreveu a obra Pedagogia 
do oprimido, na qual manifesta seu posicionamento político fundamentado 
na teorização marxista. Nas palavras de Freire (2001, p. 31), “[...] enquanto 
educador progressista não posso reduzir minha prática docente ao ensino de 
puras técnicas ou conteúdos, deixando intocado o exercício da compreensão 
crítica da realidade”. Dessa forma, ser capaz de compreender a realidade 
3Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
social em que vivem poderia fazer os indivíduos se libertarem da condição de 
oprimidos estabelecida pelo sistema capitalista. Para atingir esse propósito, 
Freire destacou-se nas décadas de 1950 e 1960 na educação não formal de 
adultos analfabetos, que veio a ser conhecida como educação popular, sendo 
hoje vista como a precursora da educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil.
Entendendo que, como educador “[...] nosso papel não é falar ao povo 
sobre a nossa visão do mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele 
sobre a sua e a nossa” (FREIRE, 2003, p. 87), Freire procurou utilizar como 
principal método de ensino o diálogo, e propôs duas ideias opositoras de 
educação: a educação bancária e a educação libertadora, também conhecida 
como problematizadora. 
A educação bancária é aquela associada com a pedagogia tradicional, 
na qual o professor, detentor de todo o conhecimento, é central no processo 
de ensino, “[...] cuja tarefa indeclinável é ‘encher’ os educandos de conteúdos 
de sua narração” (FREIRE, 2003, p. 57). Assim, o professor irá transmitir, 
“depositar” o seu conhecimento no seu aluno, o qual, por sua vez, receberá 
esses conhecimentos de forma passiva.
Na educação problematizadora, há análise da realidade social em que o 
aluno se encontra e, a partir de problematizações dela, por meio de um processo 
dialógico entre professor e aluno, ocorre a aprendizagem crítica dos conteúdos 
que necessitam ser desenvolvidos. Conforme Paulo Freire (2005, p. 47), “[...] 
ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a 
sua própria produção ou sua construção”. Na educação libertadora, alunos 
e professores são sujeitos dos processos de ensino e aprendizagem e ambos 
aprendem a partir de suas experiências em sala de aula, quebrando a ideia de 
verticalidade e imposição do ensino liberal tradicional. 
A tendência pedagógica progressista crítico-social dos conteúdos, 
segundo Libâneo (2002), é pautada na ideia de que os conteúdos ensinados na 
escola podem ser considerados concretos, reais e vinculados com as realidades 
sociais existentes, uma vez que são “[...] conteúdos culturais universais que 
se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos, 
incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face as 
realidades sociais” (LIBÂNEO, 2002, p. 39). Assim, admite-se a ideia de que 
os conteúdos que compõem as matrizes curriculares seriam reconfigurados e 
atualizados de acordo com cada momento histórico vivenciado pela sociedade.
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas4
Ao se referirem às ideias dessa tendência pedagógica, Queiroz e Moita 
(2007, p. 14) reforçam que a “[...] pedagogia crítico-social dos conteúdos defende 
que a função social e política da escola deve se assegurar, através do trabalho 
com conhecimentos sistematizados, a inserção nas escolas, com qualidade, 
das classes populares, garantindo as condições para uma efetiva participação 
nas lutas sociais”. Assim, a tendência crítico-social dos conteúdos retoma a 
centralidade e a importância dos conteúdos escolares, entendendo que estes 
seriam capazes de fornecer aos indivíduos de classes sociais inferiores as con-
dições de participar de movimentos pela mudança de sua realidade. Segundo 
Saviani (2013, p. 420), “[...] no que se refere às manifestações da prática escolar, 
o esforço se concentrará na proposição de modelos que permitam estabelecer 
a relação conteúdo-realidades sociais”. Assim, a educação teria uma função 
política e social que poderia promover a transformação da sociedade.
Cabe destacar que, para que a aprendizagem ocorra nessa tendência peda-
gógica, o professor deve vincular os conteúdos de suas aulas com a realidade 
e as experiências dos alunos. Tanto o professor deve compreender como o 
aluno se expressa e age quanto o aluno deve entender o que o professor está 
dizendo. Dessa forma, os estudantes podem ter uma visão ampliada, mais 
nítida das realidades analisadas e estudadas. 
Podemos aprender que as tendências pedagógicas progressistas modificaram 
a forma de entender a função da escola, rompendo com a ideia de reprodução 
do sistema social existente e suas desigualdades, permitindo que o diálogo se 
estabelecesse como ferramenta pedagógica e que os estudantes ampliassem 
sua capacidade crítica e reflexiva acerca da realidade. No próximo tópico, 
vamos analisar a tendência pedagógica progressista libertária, que influencia 
diretamente a educação infantil brasileira, principalmente pelas contribuições 
de Celestin Freinet.
2 A pedagogia libertária e a educação infantil
A tendência progressista libertária propõe a ideia de que deve haver a au-
togestão na educação, ou seja, ao aluno cabe escolher entre os conteúdos a 
serem estudados e a base da aprendizagem se dá pelo movimento político 
promovido pelas atividades realizadas em grupo, o que proporcionaria maiorliberdade aos estudantes. Assim, um dos aspectos mais significativos para 
a educação escolar seria proporcionar vivência e participação crítica nas 
ações em grupo, mais do que os conteúdos que as escolas pretendem ensinar. 
5Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
Com base no que propõe o educador Michel Lobrot (1971), criador da expressão 
pedagogia institucional, Libâneo (2002, p. 27) esclarece que:
Há, portanto, um sentido expressamente político, à medida que se afirma o 
indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento individual somente 
se realiza no coletivo. A autogestão é, assim, o conteúdo e o método; resume 
tanto o objetivo pedagógico quanto o político. A pedagogia libertária, na sua 
modalidade mais conhecida entre nós, a ‘pedagogia institucional’, pretende 
ser uma forma de resistência contra a burocracia como instrumento da ação; 
dominadora do Estado, que tudo controla (professores, programas, provas 
etc.), retirando a autonomia. 
Na visão de Lobrot (1971), caberia aos professores perceberem que a bu-
rocracia e as normas reguladoras impostas pelos sistemas de ensino também 
serviriam para que o domínio e controle do Estado e sua ideologia fossem 
assumidos como as verdades institucionalizadas nas escolas, o que faria com 
que estas não viessem a ter autonomia alguma. Lobrot (1971, p. 5) destaca que:
A pedagogia institucional define-se como uma pedagogia que permite aos 
alunos que tomem ao seu cargo, total ou parcialmente, a sua própria forma-
ção. É uma pedagogia na qual os alunos não são considerados como objetos 
sobre os quais vertem-se os conhecimentos e que são obrigados a estudar, 
mas como sujeitos que assumem a responsabilidade de aprender e se formar.
Cabe ressaltar que a tendência progressista libertária emergiu junto com 
o momento histórico democrático brasileiro e, por esse motivo, “[...] defende, 
apoia e estimula a participação em grupos e movimentos sociais: sindicatos, 
grupos de mães, comunitários, associações de moradores, etc., para além dos 
muros escolares e, ao mesmo tempo, trazendo para dentro dela essa realidade 
pulsante da sociedade” (QUEIROZ; MOITA, 2007, p. 13). Essa tendência foi 
responsável por propor o início da criação de espaços de participação demo-
crática da sociedade na escola, como conselhos escolares, grêmios estudantis 
e eleição de diretores.
Também merece destaque o fato de que “[...] o professor é um catalisador, 
ele se mistura ao grupo, para uma reflexão em comum” (LIBÂNEO, 2002, 
p. 37). Ao colocar-se junto ao aluno, o professor procura criar condições para 
que ele não se sinta coagido ou oprimido e possa, assim, exercer seus estudos 
críticos de forma livre. 
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas6
Os processos de ensino e aprendizagem na tendência pedagógica progres-
sista libertária têm como características principais:
 � antiautoritarismo;
 � experiência;
 � coletividade;
 � autogestão;
 � educação integral.
Os autores dessa tendência pedagógica, entre eles Freinet, se opunham 
ao caráter autoritário e centralizador do professor na pedagogia tradicional, 
entendendo que, para que possa ocorrer a autogestão por parte do aluno, deve 
haver uma relação não diretiva, que promova a autonomia dos estudantes. 
Outra característica fundamental dessa abordagem consiste em valorizar a 
experiência dos estudantes como método principal de produção da sua apren-
dizagem. Freinet (1977, p. 28) exemplifica como deveria ocorrer esse processo:
O processo é realmente infalível, mas pressupõe uma reviravolta total da 
técnica educativa; em vez de situarmos no início da aprendizagem o estudo 
sistemático das leis e das regras, inserimos a tentativa experimental da crian-
ça num meio rico, acolhedor e propício, que lhe oferece flores perfumadas 
com que fabricar o seu mel. O estudo das regras e das leis só virá mais tarde, 
quando o indivíduo tiver transformado as suas experiências em indeléveis 
técnicas de vida. 
Desse modo, podemos perceber o quanto o caráter experiencial e um 
ambiente educacional acolhedor e estimulante são decisivos para os processos 
de ensino e aprendizagem nessa perspectiva. Tais aspectos fazem muitas 
iniciativas da educação infantil até os dias atuais serem embasadas nas ideias 
freinetianas, afinal, em escolas e salas desse nível de ensino costumamos 
encontrar ambientes ricos, acolhedores e altamente estimulantes para o de-
senvolvimento das crianças.
Outra ideia potente do pensamento de Freinet, que ainda hoje está em 
evidência nas escolas de educação infantil, é a consideração de que a escola 
deve ser uma extensão da família, da comunidade. Dessa forma, busca-se o 
envolvimento direto da comunidade com os afazeres cotidianos escolares, 
com os seus projetos e com a sua estrutura. Algumas técnicas amplamente 
utilizadas na educação escolar — como as aulas passeio, em que o professor 
conduz suas turmas para explorar ambientes externos à escola e aprender a 
partir deles, bem como a utilização da escrita de cartas/correspondência entre 
7Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
alunos e escolas, e a construção de murais de comunicação na escola e jornais 
a circularem no âmbito da comunidade escolar —, são originárias do educador.
 Freinet entendia que as crianças aprendem pelo que denominava de tatea-
mento experimental, ou seja, elas formulam hipóteses sobre as coisas (fatos e 
fenômenos) com as quais se deparam e, assim, procuram testar a sua validade. 
Logo, a escola deveria oferecer condições para que isso ocorra, sendo que a 
biblioteca deveria existir para dar esse tipo de suporte aos estudantes.
O educador preocupa-se também com as avaliações escolares, enten-
dendo que elas deveriam superar o caráter meritocrático e classificatório das 
pedagogias liberais tradicionais, envolvendo um processo de autoavaliação. 
De acordo com Imbernón (2012, p. 84), Freinet propunha uma alternativa 
avaliativa composta pelos elementos apresentados na Figura 1.
Figura 1. O percurso avaliativo para Freinet. 
Fonte: Adaptado de Imbernón (2012).
É preciso dar a criança o gosto e a necessidade de trabalhar.
É preciso criar uma emução sã mediante a cooperação.
Implantar grá�cos e certi�cados que substituem as notas.
Valendo-se do uso de atividades práticas, cooperativas e processuais, Frei-
net, assim como a maioria dos educadores progressistas libertários, substitui 
a execução de provas pontuais pelo uso de representações gráficas elaboradas 
pelos estudantes como forma de autoavaliarem e acompanharem os seus 
respectivos níveis de aprendizagem ao longo do processo. 
Muitas são as contribuições de Freinet para a educação infantil e que têm 
sido aplicadas pelos professores no cotidiano. Entre elas podemos citar a própria 
organização das salas de aula, com a proposta de materiais ricos e acolhedores: 
Para se preparar de maneira adequada, as crianças precisam estar, pois, num 
ambiente rico e ‘auxiliante’, em que possam entregar-se a essas experiências 
tateadas (quando dizemos ricos, não consideramos em absoluto a situação 
pecuniária dos pais – que não é uma condição suficiente), mas a quantidade, 
a variedade e o interesse das atividades funcionais que esse meio possibilita 
à criança para a construção de sua personalidade. (FREINET, 1965, p. 19).
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas8
Um ambiente rico em estímulos, associado aos interesses e possibilidades de 
escolha (autogestão) das crianças, com foco em seu desenvolvimento integral 
e relacional, para além das questões cognitivas, era a proposta de Freinet. 
Tais ideias ainda hoje costumam estar presentes nos projetos pedagógicos das 
escolas infantis e na práxis dos educadores. 
Além disso, podemos incluir nas contribuições os fundamentos da au-
toavaliação e da avaliação processual, que permitem às crianças expressar 
e elaborar seus pensamentos e, aos professores, registrarem os percursos e 
avanços. Conforme afirma Freinet (1965, p. 34): 
Depois de ter colocadoa criança em seu espaço e situação de criação e de 
trabalho, a educadora deve ouvi-la falar, estimulá-la nas direções que lhe 
parecem favoráveis; ela anotará o essencial de suas palavras e realizará, 
assim, um texto que será como que a emanação superior, a sintetização e a 
fixação mágica de um pedaço de vida. As crianças são extraordinariamente 
sensíveis a isso e a emoção que daí resultará será a primeira manifestação 
verdadeiramente intelectual.
Oportunizar às crianças que se comuniquem junto ao grupo, que elaborem 
seu pensamento e hipóteses acerca do mundo, por meio do registro de seus 
comentários e expressões por parte do professor, costuma fazer parte de 
muitas rotinas em turmas de educação infantil no Brasil e no mundo. Como 
exemplo, podemos destacar as rodas de conversa, bom como a construção de 
documentos avaliativos com a participação dos alunos, em composições de 
livros da vida ou portfólios. 
Hoje, uma das práticas avaliativas utilizadas nas escolas de vanguarda da educação 
infantil e que pode ser considerada inspirada na visão avaliativa de Freinet é o uso de 
portfólios. Trata-se de uma coleção de produções dos alunos, que pode ser acrescida 
de registros escritos dos alunos, dos professores, dos colegas e dos pais, procurando 
sintetizar em forma de documento a trajetória das crianças na educação infantil. 
9Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
Warschauer (1993, p. 56), ao referir-se à importância dos documentos 
produzidos pelos professores acerca das atividades e avanços realizados pelos 
alunos das turmas de educação infantil, acrescenta que “além de favorecer a 
reflexão, o registro possibilita a construção da memória e da história, enfati-
zando o papel do diálogo e da experiência grupal na formação”. Assim, por 
meio da construção de portfólios ou dos chamados livros da vida freinetianos, 
cada criança constrói sua história, com o uso do diálogo, da participação e 
da colaboração coletiva. A autora ressalta, ainda, que esse registro pode ser 
visto como: 
[...] possibilidade de formação, de reflexão, de introversão, tendo em vis-
ta a compreensão, busca de sentido para a ação cotidiana em sala de aula. 
O registro é um grande instrumento para a sistematização e organização dos 
conhecimentos. É também uma possibilidade de que a roda não se feche em 
si mesma, mas se abra para o mundo. Através de textos, os conhecimentos 
ali gestados podem, por exemplo, atingir outros grupos. (WARSCHAUER, 
1993, p. 56).
Freinet entendia que as rodas de conversa, por possibilitarem a expres-
são e a elaboração de ideias junto ao coletivo, permitiam que as crianças 
expandissem suas possibilidades de análise e interpretação das experiências 
que vivenciavam. Enquanto o professor preparava condições para que isso 
ocorresse, cabia a ele observar, registrar e documentar tais acontecimentos. 
Barbosa e Horn (2008, p. 114) alertam, porém, que “[...] não basta agrupar-
mos e organizarmos materiais produzidos na sala de aula. [...] eles só têm sentido 
se o educador puder apreciá-los, analisá-los, interpretá-los, contextualizá-los, 
construindo um sentido para essas produções”. É a partir da análise de tais 
registros, documentados no portfólio, que tanto as crianças quanto os educado-
res têm acesso à aprendizagem que ocorreu. Assim, o portfólio também pode 
servir de base para ajustes, ou mesmo correções que se fizerem necessárias, nas 
metodologias aplicadas em sala de aula, podendo contemplar as necessidades 
específicas de cada aluno, e não mais buscando uma aprendizagem universal 
e que ocorra no mesmo ritmo para todos.
No próximo tópico, vamos aprender sobre algumas escolas de educação 
infantil consideradas inovadoras na contemporaneidade, onde você poderá 
perceber o quanto essas ideias propostas pela pedagogia libertária e seus 
autores progressistas ainda se apresentam de forma potente, compondo o 
paradigma educacional emergente da educação infantil.
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas10
3 Práticas pedagógicas inovadoras 
na educação infantil contemporânea
O paradigma educacional da educação infantil contemporânea foi sendo 
construído a partir da emergência de novas tendências pedagógicas ao longo 
do século XX, que possibilitaram uma reconfiguração nas escolas de edu-
cação infantil, sobretudo nas formas como a criança e seu desenvolvimento 
são compreendidos, na relação entre professor e aluno e nas metodologias 
aplicadas em sala de aula. Behrens (2011) reforça a importância das ideias 
progressistas que hoje se fazem presentes no paradigma educacional. Embora 
as ideias progressistas, de base socialista, não tenham se efetivado como 
modelo político na maioria das nações contemporâneas, os ideais de seus 
pensadores continuam fazendo parte dos projetos educacionais que visam 
uma formação integral dos sujeitos e a busca pela transformação social a 
partir das percepções das realidades que estes experienciam. No Quadro 1, 
apontamos alguns dos elementos da educação progressista que compõem esse 
paradigma educacional e que estão em vigor em várias escolas de vanguarda 
da educação infantil contemporânea.
A utilização de metodologias ativas, em que o aluno passa a ser o centro dos 
processos de ensino e aprendizagem.
O fato de a aprendizagem e o processo de socialização serem considerados 
mais importantes do que o ensino propriamente dito.
O entendimento de que a criança já traz consigo saberes adquiridos em seu 
convívio social e cultural.
A necessidade de envolvimento da realidade em que a criança se insere ao 
longo das aulas.
A importância do desenvolvimento do pensamento crítico.
A busca por uma formação mais plena para o convívio social e para o trabalho.
A compreensão da criança como um ser em potencial que pode alcançar 
patamares cognitivos maiores a partir da mediação do professor e dos colegas.
Quadro 1. Características da tendência progressista da educação que fazem parte do 
paradigma educacional emergente
11Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
Cases de inovação na educação infantil contemporânea
Ao apontarmos algumas experiências contemporâneas que podem ser consi-
deradas de vanguarda na educação infantil mundial, não podemos deixar de 
citar as escolas públicas de Reggio Emilia e a atuação de Loris Malaguzzi, 
seu fundador, que procurou unir o que havia de mais adequado das ideias 
pedagógicas liberais e progressistas em seu projeto educacional. Assim, con-
forme declara Malaguzzi (1999) em entrevista concedida a Lella Gandini, 
que veio a compor a obra As cem linguagens da criança, fundamentaram as 
escolas infantis daquela região italiana as ideias de Dewey, Pestalozzi, Froebel, 
Piaget e Vigotsky, Gardner, entre outros. Ao procurar definir essa iniciativa 
educacional voltada para a primeira infância, Gardner (1999, p. X) comenta:
O sistema de Reggio pode ser descrito sucintamente da seguinte maneira: ele 
é uma coleção de escolas para crianças pequenas, nas quais o potencial inte-
lectual, emocional, social e moral de cada criança é cuidadosamente cultivado 
e orientado. O principal veículo didático envolve a presença dos pequenos 
em projetos envolventes, de longa duração, realizados em um contexto belo, 
saudável e pleno de amor.
Aqui podemos perceber traços que irão compor o paradigma educacional 
emergente da educação infantil: a busca pelo desenvolvimento pleno, que 
envolva os aspectos subjetivos, sensoriais das crianças, possibilitando que, 
a partir das atividades práticas e colaborativas presentes nos projetos das esco-
las, possam desenvolver seu potencial em diferentes áreas. Malaguzzi (1999, 
p. 75) acrescenta que o “[...] objetivo é construir uma escola confortável, onde 
crianças, professores e famílias sintam-se em casa”. Para que isso seja possível, 
as escolas adotam “um estilo aberto e democrático” (MALAGUZZI, 1999, 
p. 75). Compõem as ações democráticas da escola uma rede de comunicação 
ativa com a comunidade, em que todos podem participar e colaborarnas 
aprendizagens desenvolvidas interna e externamente, por meio de excursões 
e visitas. Os pais, inclusive, podem participar da construção de móveis e 
brinquedos para uso nas escolas. 
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas12
Malaguzzi (1999, p. 75) revela que a filosofia e os valores básicos das 
escolas de Reggio Emilia “[...] incluem aspectos interativos e construtivistas, 
a intensidade dos relacionamentos, o espírito de cooperação e o esforço indi-
vidual e coletivo na realização de pesquisas. Apreciamos diferentes contex-
tos, damos uma grande atenção à atividade cognitiva individual dentro das 
interações sociais e estabelecemos vínculos afetivos”. Assim, as crianças têm 
liberdade para explorar e experienciar os ambientes da escola e o professor 
passa a ser muito mais um observador e mediador, registrando e documentando 
seus avanços ao longo dos projetos. Além disso, as escolas de Reggio Emilia 
costumam ter um ateliê, definido como “[...] um espaço rico em materiais, 
ferramentas e pessoas com competências profissional” (MALAGUZZI, 1999, 
p. 85), onde as crianças podem manifestar suas diferentes linguagens, expan-
dindo seus processos criativos.
Outra experiência internacional que merece destaque é a da Escola da Ponte, 
localizada em Portugal, idealizada pelo educador José Pacheco, inspirado em 
Freinet, Bruner e Vigotsky. A Escola da Ponte tem como foco as pessoas e 
suas relações, que podem vir a produzir a autonomia dos estudantes. Segundo 
Pacheco (2012, p. 11), “[...] é, essencialmente, com os pais e os professores que 
a criança encontra os limites de um controle que lhe permite progredir numa 
autonomia, que é liberdade de experiência e de expressão dentro de um sistema 
de relações e de trocas sociais”. Assim, por meio da participação de várias 
práticas democráticas coletivas e comunitárias, com as quais as crianças se 
familiarizam (como os Grupos de responsabilidade, Plano quinzenal e Plano 
do dia, Eu já sei, Preciso de ajuda/posso ajudar, Assembleia, Acho bem/Acho 
mal, Comissão de ajuda e Caixinha de segredos), elas podem se desenvolver. 
No Quadro 2, a seguir, vamos conhecer essas práticas.
Podemos perceber nos dispositivos pedagógicos adotados na Escola da 
Ponte que existe uma ação de planejamento organizada, porém, sempre trans-
ferindo responsabilidades aos estudantes, que atuam como sujeitos de direitos 
no funcionamento democrático da escola. O fato de as crianças terem maior 
liberdade de escolha, possibilidades de agir individual e coletivamente em 
busca do desenvolvimento de sua autonomia, reconfigura o papel do professor. 
Pacheco (2011) reforça que o papel do professor, porém, continua focado nos 
processos de ensino e aprendizagem, não mais na forma de protagonista, 
mas como um ator voltado para auxiliar os estudantes na construção de seus 
conhecimentos, orientando as atividades.
13Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
Fonte: Adapatado de Pacheco (2011).
Nome da prática Descrição
Grupos de 
responsabilidade
É um dispositivo pedagógico que divide responsabilidades 
relativas ao funcionamento dos espaços da escola entre 
alunos e professores. Por meio de reuniões semanais, 
organizam recepções aos visitantes da Escola da Ponte, uso 
da biblioteca, jornal e murais da escola, planejamento de 
datas e organizações dos eventos existentes, arrumação 
das salas e dos materiais utilizados, entre outros.
Plano quinzenal 
e Plano do dia
Os estudantes e seus orientadores educacionais planejam 
quinzenalmente o que irão aprender, de acordo com suas 
escolhas e interesses. Após, divide-se o plano maior e seus 
objetivos em planos diários a serem postos em prática.
Eu já sei Quando os alunos já se sentem preparados sobre algum 
dos conteúdos que compõem o plano quinzenal, podem 
informar ao orientador e, assim, serem avaliados.
Preciso de ajuda/
posso ajudar
Por meio do uso de cartazes nas salas de aula, as crianças 
expressam aos seus colegas aquelas habilidades que já 
dominam (posso ajudar) e as que ainda sentem dificulda-
des (preciso de ajuda), permitindo que se organize a troca 
de conhecimentos e o desenvolvimento do grupo.
Assembleia É uma reunião maior, formal, onde, na forma de conselho, 
todas as turmas de crianças e os profissionais da escola 
podem deliberar sobre assuntos diversos de seu 
funcionamento cotidiano. Também são realizadas com 
todos os membros da comunidade escolar semanalmente. 
Acho bem/
Acho mal
São cartazes distribuídos ao longo da escola que 
permitem que as crianças registrem pontos que lhe 
agradam (acho bem) e que deveriam ser corrigidos (acho 
mal). Os itens do Acho mal são discutidos nas assembleias 
em busca de soluções. 
Comissão de ajuda Quando existem problemas graves a serem resolvidos 
com urgência, provenientes de um Acho mal e 
deliberados nas assembleias, são criadas Comissões de 
ajuda para implementar as soluções.
Caixinha de 
segredos
Uma caixa de papelão que permite aos alunos se expressa-
rem, de forma anônima ou não, quando estão passando por 
algum conflito maior, dentro e fora do ambiente escolar.
Quadro 2. Algumas das práticas pedagógicas presentes na Escola da Ponte
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas14
Em entrevista à revista eletrônica Ensino superior (2020), José Pacheco, 
defende que “[...] a aprendizagem precisa ser significativa, integradora, 
diversificada, ativa e socializadora” (KUZUYABU, 2020, documento on-line). 
Essas ideias sintetizam muito bem os preceitos que costumam fazer parte dos 
paradigmas emergentes da educação infantil — o envolvimento dos sentidos, a 
integração dos estudantes em atividades ativas e a busca por espaços e práticas 
de socialização que os preparem para o convívio social.
Uma das iniciativas brasileiras considerada referência na educação infantil contem-
porânea é conhecida como Projeto Âncora, existente na cidade de Cotia, São Paulo. 
Nessa escola, com inspiração na Escola da Ponte, unem-se a organização social com a 
instituição e com a criação de comunidades de aprendizagem que buscam a transfor-
mação social daquela realidade regional. Pesquise na internet sobre o Projeto Âncora 
e perceba como ele tem contribuído para a educação de muitas crianças por meio 
de sua metodologia inovadora.
A Finlândia atualmente também tem sido considerada referência no âmbito 
educacional, servindo de modelo para outros países. De acordo com Muuri 
(2020, documento on-line), existem seis princípios que justificam o êxito da 
educação finlandesa: 
 � o foco em habilidades transversais ao currículo; 
 � o apoio governamental em relação ao uso das tecnologias digitais na 
aprendizagem; 
 � a busca pela aprendizagem multidisciplinar; 
 � a busca pela diferenciação das atividades em sala de aula; 
 � a aplicação de várias práticas avaliativas com os estudantes; 
 � o papel ativo que as crianças desempenham nos processos de ensino 
e aprendizagem. 
15Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
Assim, a educação infantil adota a aprendizagem baseada em fenômenos, 
que, a partir da consulta aos alunos pelo professor acerca de seus interesses, 
irá proporcionar o contato com os objetos e materiais em suas atividades de 
sala de aula, agregando as tecnologias atuais, de forma globalizada, podendo 
escolher entre o rol de atividades planejadas pelo professor em quais delas se 
engajarão durante as aulas.
Uma iniciativa muito interessante na educação infantil brasileira é o pro-
jeto da Escola Inkiri, proposto pela organização social Instituto Inkiri, em 
Piracanga, na Bahia. De acordo com o portal eletrônico da escola, 
Foi do desejo de criar nossas crianças de uma forma livre, divertida e amorosa 
que nasceu a Escola Inkiri. No início nossas inspirações foram: a Escola 
da Ponte, de Portugal – que tem como principais valores a autonomia e a 
liberdade, e a Fundação Pestalozzi, do Equador – que relaciona afeto com 
autodesenvolvimento. (INKIRI, 2020, documento on-line). 
Reconhecida como um centrode inovação e criatividade, a Escola Inkiri 
também evidencia em seu projeto pedagógico a necessária liberdade e o de-
senvolvimento pleno, o que envolve as emoções e os sentimentos das crianças. 
Na Escola Inkiri existem três pilares que fundamentam suas práticas:
SER: esse pilar representa o autoconhecimento, o ‘eu comigo’ de cada criança.
SOCIAL: também é importante trabalhar o ‘eu com o outro’, por isso, temos 
um pilar focado no senso de comunidade.
PLANETÁRIO: por fim, acreditamos na importância do ‘eu com o mundo’, que 
pode ser traduzida no pilar da ecologia. (INKIRI, 2020, documento on-line).
Assim, com base nesses fundamentos, a escola tem se destacado como 
uma comunidade de aprendizagem que busca preparar para a vida, tendo 
como objetivo a alegria, a busca pela paz, o holismo e a felicidade de seus 
estudantes e da comunidade em que se insere.
Como podemos perceber, as escolas de educação infantil consideradas 
referências na contemporaneidade procuram se inspirar em algumas das 
ideias que compuseram os paradigmas pedagógicos liberais e progressistas, 
enfatizando traços em comum. Entre eles, podemos citar: a aprendizagem 
ativa, o desenvolvimento pleno, integral (cognitivo, motor, social e emocio-
nal), a busca pelo lúdico, pelo afeto e pela felicidade, a liberdade de escolha 
dos alunos — que protagonizam os processos de ensino e aprendizagem —, 
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas16
a mistura de atividades individuais e coletivas, em que a participação e a 
colaboração podem ser base para que o convívio e a socialização se efetivem. 
Além disso, agregam-se a essas características as preocupações com os 
aspectos culturais, regionais e o emprego de tecnologias em favor da apren-
dizagem, bem como o devido senso de compromisso com o planeta e seus 
cuidados. Que possamos, como professores ou gestores da educação infantil, 
pesquisar acerca dessas práticas pedagógicas inovadoras e nos desafiarmos 
a colocá-las em funcionamento com os nossos alunos.
BARBOSA, M. C.; HORN, M. da G. S. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto 
Alegre: Artmed, 2008.
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 5. ed. Petrópolis, RJ: 
Vozes, 2011. 
FREINET, C. Para uma escola do povo. Lisboa: Estampa, 1965.
FREINET, C. O método natural II: a aprendizagem do desenho. Lisboa: Editorial Estampa, 
1977.
FREIRE, P. À sombra desta mangueira. 5. ed. São Paulo: Olho d’água, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 37. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São 
Paulo: Paz e Terra, 2005.
GARDNER, H. Prefácio: perspectivas complementares sobre Reggio Emilia. In: EDWARDS; 
C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia 
na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1999. p. IX-XII.
IMBERNÓN, F. Pedagogia Freinet: a atualidade das invariantes pedagógicas. Porto 
Alegre: Penso, 2012.
INKIRI. Escola Inkiri. Rio de Janeiro: Inkiri, 2020. Disponível em: https://piracanga.com/
projetos/escola-inkiri/. Acesso em: 24 set. 2020.
KUZUYABU, M. José Pacheco: aula não ensina, prova não avalia. In: ENSINO SUPERIOR. 
[S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://revistaensinosuperior.com.br/jose-pacheco-
-aula-nao-ensina/. Acesso em: 24 set. 2020 
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia-crítico social dos conte-
údos. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2002.
17Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas
LOBROT, M. Une expérience. In: LAPASSADE, G. La auto-gestión pedagógique. Paris: 
Gauthier Villars, 1971.
MALAGUZZI, L. História, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS; C.; GANDINI, L.; FORMAN, 
G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira 
infância. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1999. p. 59–104.
MUURI, M. 6 key principles that make finnish education a success. In: EDSURGE. [S. l.: s. n.], 
2020. Disponível em: https://www.edsurge.com/news/2018-07-31-6-key-principles-
-that-make-finnish-education-a-success. Acesso em: 24 set. 2020.
PACHECO, J. Escola da ponte: formação e transformação da educação. 3. ed. Petrópolis, 
RJ: Vozes, 2011.
PACHECO, J. Dicionário de valores. São Paulo: SM, 2012.
QUEIROZ, C. T. A. P. de; MOITA, F. M. G. da S. C. Fundamentos sócio-filosóficos da edu-
cação. Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007. Disciplina do Curso de Licenciatura 
em Geografia EAD. Disponível em: http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/
geografia/fundamentos_socio_filosoficos_da_educacao/Fasciculo_09.pdf. Acesso 
em: 24 set. 2020.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 4. ed. Campinas: Autores Associa-
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SILVA, T. T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias de currículo. 3. ed. 
São Paulo: Autêntica, 2010.
WARSCHAUER, C. A roda e o registro: uma parceria entre professor, alunos e conheci-
mento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Educação infantil: teorias pedagógicas contemporâneas18
DICA DO PROFESSOR
As escolas de Educação Infantil da rede pública italiana de Reggio Emilia têm inspirado 
inúmeros educadores ao redor do mundo com sua metodologia e suas concepções acerca da 
criança e seu desenvolvimento. Dentro de sua estrutura, destaca-se o papel do ateliê, local onde 
as crianças podem se expressar com as linguagens artísticas.
Nesta Dica do Professor, veja mais detalhadamente a organização, suas finalidades e as 
características do ateliê das escolas de Reggio Emilia.
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EXERCÍCIOS
1) "Depois de ter colocado a criança em seu espaço e situação de criação e de trabalho, a 
educadora deve ouvi-la falar, estimulá-la nas direções que lhe parecem 
favoráveis. Ela anotará o essencial de suas palavras e realizará, assim, um texto que 
será como que a emanação superior, a sintetização e a fixação mágica de um pedaço 
de vida. As crianças são extraordinariamente sensíveis a isso e a emoção que daí 
resultará será a primeira manifestação verdadeiramente intelectual" (FREINET, 
1965, p. 34).
A partir da citação desse representante da pedagogia libertária, é possível entender 
que:
A) cabe ao professor impor sua vontade e obrigar seus alunos a verbalizarem dentro do que 
planejou.
B) o professor deve promover situações em que os alunos se expressem, registrando e 
construindo um texto coletivo.
na Educação Infantil, as atividades devem ser individuais, estimulando a fala e corrigindo C) 
os aspectos divergentes.
D) não existe espaço para escolhas e expressão das linguagens infantis, pois busca-se a 
disciplina e a moral.
E) como as crianças são muito sensíveis, o professor deve se abster de fazer com que se 
expressem, para evitar mágoas.
2) As tendências pedagógicas progressistas, que tiveram suas bases no pensamento 
socialista, contribuíram significativamente para a reconfiguração da escola 
contemporânea. Analise as tendências a seguir e associe a primeira e a segunda 
coluna, de forma a estabelecer a correta relação entre elas.
1. Tendência pedagógica progressista libertadora. 
2. Tendência pedagógica progressista libertária. 
3. Tendência pedagógica progressista crítico-social dos conteúdos.
( ) Desenvolve o conceito de autogestão dos alunos, estimulando escolhas. 
( ) Ficou conhecida no Brasil pela teorização de Paulo Freire. 
( ) Entende que os conteúdos já trazem consigo as questões sociais implícitas. 
( ) Busca a emancipação pela conscientização das realidades sociais. 
( ) Os professores devem observar,registrar e documentar os avanços das crianças.
A alternativa com a ordem correta é: 
A) 2, 1, 3, 1, 2.
B) 1, 2, 3, 3, 1.
C) 3, 2, 1, 2, 3.
D) 1, 2, 2, 2, 3.
E) 2, 2, 1, 3, 3.
3) O ensino e a aprendizagem se reconfiguraram a partir da tendência pedagógica 
progressista libertária, ainda mantendo traços importantes nas escolas de Educação 
Infantil inovadoras da atualidade. Sobre as principais características da pedagogia 
libertária, analise as afirmativas a seguir e marque aquelas que podem ser 
consideradas como verdadeiras (V) e falsas (F).
( ) O professor deve ter uma postura antiautoritária com seus alunos, pois deve 
catalisar seu potencial.
( ) Um ambiente acolhedor e estimulante é essencial para que os alunos possam 
vivenciar suas experiências.
( ) Existe uma prioridade nas atividades individuais que servem de preparação para 
a vida em sociedade.
( ) Aos estudantes deve existir a possibilidade de realizar escolhas ao longo do 
processo de ensino-aprendizagem.
( ) Busca-se, nessa tendência, focalizar o desenvolvimento intelectual dos alunos, 
aprimorando sua cognição.
A alternativa com a ordem correta é: 
A) F, F, V, F, V.
B) V, F, F, V, V.
C) V, V, V, V, F.
D) V, V, F, V, F.
E) F, F, F, F, V.
4) Existem, atualmente, algumas redes e escolas de Educação Infantil que são 
consideradas referências no âmbito de inovação e metodologias pedagógicas 
aplicadas com seus alunos, como as escolas de Reggio Emilio, na Itália, e a Escola da 
Ponte, em Portugal. Sobre essas escolas de Educação Infantil inovadoras da 
atualidade, analise as asserções a seguir e marque a alternativa que melhor 
representa sua relação. 
I. As escolas de Educação Infantil inovadoras da atualidade apresentam 
exclusivamente traços das tendências pedagógicas progressistas em funcionamento.
PORQUE 
II. Na forma como são organizadas suas práticas cotidianas, as escolas inovadoras da 
Educação Infantil valorizam as metodologias ativas, o envolvimento comunitário, a 
liberdade de escolhas, a promoção da autonomia dos alunos e a importância dos 
vínculos afetivos.
A) As asserções I e II são proposições falsas e sem complementação.
B) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é verdadeira.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é falsa.
D) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
E) A asserção I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
5) Joana é um pedagoga que atua em uma escola de Educação Infantil freinetiana, com 
sua turma de pré-escola. Todos os dias procura seguir uma rotina diferenciada, 
porém com alguns traços em comum, como: espaços de rodas de conversa, ampla 
utilização dos espaços da escola e aplicação da atividade pedagógica principal, a 
qual faz parte de seu planejamento de aula com todos os alunos. Tem um vínculo 
emocional muito próximo aos alunos, acolhendo-os e registrando suas conquistas 
diárias.
A partir dessa narrativa da postura docente de Joana, é possível afirmar que:
A) ela segue à risca os princípios de Freinet, oportunizando aos alunos experiências ricas na 
sua rotina.
B) embora adote estratégias que oportunizam experiências ativas e afeto, ao fazer registros, 
Joana deixa de dar aulas.
C) ela adota uma postura mais voltada para a pedagogia tradicional do que propriamente para 
a pedagogia libertária.
D) a professora desconhece os princípios da educação libertária de Freinet, pois sua postura é 
autoritária.
E) Joana está desconsiderando, ao planejar uma única atividade, que os alunos precisariam 
exercer a autogestão.
NA PRÁTICA
Atualmente, as escolas de Educação Infantil inovadoras costumam apresentar um misto de 
ideias e práticas provenientes tanto das tendências pedagógicas liberais quanto das progressistas, 
unindo a elas as questões ambientais e digitais que hoje permeiam a sociedade.
Na Prática a seguir, conheça a escola inspirada tanto em Reggio Emilia quanto na Escola da 
Ponte, na qual o pedagogo Rodrigo projetou e empreendeu.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A teoria histórico-cultural e os pressupostos metodológicos de Celestin B. Freinet na 
Educação Infantil
Neste artigo, leia como ocorre a formação da autonomia e da criticidade, bem como a 
importância da participação das crianças em uma escola freinetiana.
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A apropriação do espaço escolar pelo projeto pedagógico: o caso da Escola da Ponte
Perceba, neste artigo, como o êxito da Escola da Ponte consiste em ter espaços de envolvimento 
democrático e comunitário em funcionamento em seu projeto pedagógico.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Novos paradigmas da Educação Infantil no mundo contemporâneo
Neste vídeo, conheça as características principais e emergentes da Educação Infantil no mundo 
atual.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!