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TUTORIA – M01 – P2 CICLO CIRCADIANO Pontos Importantes ➥ Trabalhador noturno ➥ Infecção das vias aéreas superiores ➥ Irritabilidade, aumento dos níveis pressóricos, insônia ➥ Ritmo circadiano ➥ Estresse, sua definição e consequências ➥ Mudança de hábitos (consumo de álcool e atividade física) ➥ Retorno a jornada de trabalho “normal” ➥ Acreditava que com o tempo iria se acostumar Objetivos ➥ Entender o que é o ciclo circadiano e seu funcionamento ➥ Definir os reguladores do ciclo (glândulas e hormônios) ➥ Definir o conceito de estresse e suas consequências físicas e psíquicas ➥ Compreender as consequências da falta de sono ➥ Entender como ocorre a termorregulação e como ela interfere no funcionamento do nosso organismo Resumo Ciclo circadiano e funcionamento ➥ É um ritmo biológico controlado pelo núcleo supraquiasmático presente no hipotálamo e regula, de uma forma rítmica ao longo de vinte e quatro horas, todos os processos homeostáticos ➥ O relógio circadiano controla uma grande variedade de sistemas fisiológicos e comportamentais, incluindo o metabolismo energético, motilidade do trato gastrointestinal ciclos de sono-vigília, atividade cardiovascular, secreção endócrina, temperatura corporal, atividade renal e atividade locomotora ➥ Cada célula apresenta individualmente o seu próprio relógio ou ritmo que deve estar sincronizado com o das outras células do mesmo tecido e também com o de outros órgãos, para que o organismo funcione como um todo ➥ Sistema de comunicação que ao ser controlado por estímulos externos, como por exemplo as variações de intensidade da luz, vai atuar como coordenador, garantindo a ciclicidade e uniformização da informação ➥ Os estímulos que chegam ao núcleo supraquiasmático são designados por sinais input e uma vez recebida a informação, o núcleo interpreta-a e transmite-a a todas as células através de sinais output ➥ Importante que a mensagem seja transmitida, mas mais importante é a existência de um feedback ➥ Os órgãos periféricos transmitem informação ao cérebro, para que este decida se deve continuar a transmiti-la ou cessá-la ➥ A regulação do ciclo circadiano depender de sinais input que são fatores externos como a luminosidade, faz com que este sistema tenha que apresentar uma enorme flexibilidade para poder ajustar tais variações às necessidades do organismo ➥ A dessincronização deste ritmo pode ocorrer de várias maneiras; ou por erros no input, no output, ou, de uma forma mais complexa, por um desfasamento entre a informação transmitida pelo meio externo e as necessidades exibidas pelo organismo ➥ Pode ocorrer uma desregulação comportamental e fisiológica do indivíduo, traduzindo-se em patologias. ➥ Apesar de o sistema nervoso central (SNC) possuir o seu próprio relógio e ritmo e de ser o maestro que coordena todo o organismo, sabe-se que existem relógios periféricos, que embora controlados indiretamente pelo hipotálamo, têm uma autonomia ➥ Ex: fígado, rins e coração ➥ A sincronização destes relógios não está dependente de estímulos externos ➥ São sensíveis a vários sinais fisiológicos, como a temperatura e glicemia, e desta forma ganham um ritmo próprio, de acordo com as oscilações circadianas destes sinais ➥ Por serem cíclicos e constantes, as células destes órgãos “memorizam” estes ciclos, criando assim, o seu próprio relógio interno ➥ São perceptíveis vários tipos de oscilações circadianas que estão associadas a variações hormonais ➥ Como exemplo temos as hormonas produzidas pela hipófise, glucocorticóides, mineralocorticoides, catecolaminas, hormonas sexuais, insulina e glucagina, compostos que estão não só associados a patologias como a diabetes Mellitus, a hipertensão, mas também a processos envolvidos na farmacocinética, como a quantidade de proteínas plasmáticas ➥ Exemplo a insulina, apesar de apresentar um pico de liberação perto das 18h, atinge valores igualmente elevados depois das refeições, independentemente das horas a que estas se efetuem. ➥ A liberação hormonal circadiana vai regular toda uma série de processos fisiológicos e o facto de apresentar máximos de concentração faz com que seja possível uma regulação mais efetiva, pois desta forma o organismo tem a possibilidade de receber um feedback e interpretá-lo ➥ O ciclo circadiano humano é controlado pelo hipotálamo, uma região do cérebro que recebe sinais sobre luz e escuridão, captados pela retina nos olhos, e estabelece os padrões de sono e vigília ao longo do dia. ➥Esses sinais são transmitidos pelo hipotálamo para a glândula hipófise no cérebro, que é responsável pela produção de um hormônio chamado melatonina, que em resposta à escuridão tem seus níveis aumentados para preparar o corpo para dormir, diminuindo a @gabrielholandac temperatura corporal, a pressão arterial, a frequência cardíaca, a respiração, o metabolismo corporal e a atividade do sistema urinário. ➥ Durante o dia, quando a retina detecta luz, a produção de melatonina é inibida e o cérebro envia estímulos para as glândulas suprarrenais para aumentarem a produção de cortisol para deixar o corpo mais alerta e aumentar a vigília durante o dia. Este hormônio também pode aumentar em períodos de estresse ou estar mais elevado em condições crônicas, o que pode comprometer o bom funcionamento do ciclo circadiano. Mudança no ciclo ➥ A disfunção circadiana está associada ao aumento da morbilidade e mortalidade ➥ O relógio biológico é composto por estruturas no Sistema Nervoso Central, tais como o núcleo supraquiasmático e hipófise, que juntos contribuem para a sincronização de ritmos fisiológicos e comportamentais ➥ Se há algum ajustamento ou sincronização, o sistema circadiano leva tempo a recuperar, e durante o tempo de ajustamento o organismo permanece num estado de “desarmonia circadiana” que pode induzir prejuízo do desempenho, mal-estar e sono ➥ Os distintos ritmos endógenos não se ajustam às novas rotina com a mesma velocidade. Por exemplo, a frequência cardíaca é dependente do ciclo atividade- repouso e ajusta-se de um modo relativamente rápido. ➥ Outros ritmos são mais dependentes do relógio biológico interno, tais como a temperatura corporal e a melatonina e levam muito mais tempo para se modificarem (por exemplo para o ritmo sono-vigília 2 a 4 dias; para a temperatura corporal 5 a 10 dias) ➥ Isto determina um estado de dessincronização interna temporária, provocando desarmonias entre os vários ritmos e dificuldade para uma inversão, mesmo parcial, das funções biológicas ➥ As consequências podem ser sentidas a curtíssimo prazo, sendo os sintomas mais frequentes o mal-estar, fadiga, variações de humor, nervosismo, dificuldade em dormir, falta ou aumento de apetite, dificuldade em realizar um trabalho habitual e perturbações de memória ➥ A duração e a intensidade da dessincronização são variáveis e tem implicações negativas várias na saúde e no bem-estar: agrava os distúrbios de sono, tem consequências no desenvolvimento, no desempenho físico e mental, no estado de humor, na percepção da dor e aumenta a incidência de cefaleias, doenças mentais, hematológicas, imunológicas, alergológicas, infecciosas, cardiovasculares, endócrinas, metabólicas, oncológicas, digestivas, etc ➥ A interrupção circadiana está associada com o aumento da morbilidade e mortalidade, enquanto ritmos circadianos sincronizados e normalizados podem levar a uma saúde melhorada e maior longevidade. ➥ Numerosos estudos mostram que os trabalhadores por turnos têm uma maior incidência de cancro, diabetes, úlceras, hipertensão e doenças cardiovasculares, distúrbios psicológicos, e uma série de outras questões clínicas. ➥Um estudo recente descobriu que os ratos idosos submetidos a perturbações temporais equivalentes a um voo de Washington a Paris, uma vez por semana durante oito semanas, morrem como resultado da dessincronizaçãodos seus organismos com o meio externo ➥ O relógio circadiano regula também o metabolismo e homeostase energética. Isto é conseguido na mediação da atividade de determinadas enzimas metabólicas e sistemas de transporte envolvidos no metabolismo do colesterol, na regulação de aminoácidos, no metabolismo de substâncias ativas e toxinas, no ciclo do ácido cítrico, do glicogénio e no metabolismo da glicose ➥ Muitas hormonas envolvidas no metabolismo, tais como a insulina, glucagon e leptina, exibem oscilação circadiana (2). Além disso, lesões no núcleo supraquiasmático (NSQ) de ratos anulam variações diárias na homeostase da glicose sérica, alterando não só ritmos como taxas de utilização de glicose, assim como a produção de glicose endógena hepática Reguladores do ciclo ➥ Nosso corpo possui mais de 100 ritmos circadianos e a ciência que os estuda é chamada de Cronobiologia ➥ Cada ciclo de 24 horas influencia uma função do nosso corpo: temperatura, níveis hormonais, ritmo cardíaco, pressão arterial e até mesmo sensibilidade à dor ➥ No ser humano os elementos de sincronização mais importantes que diariamente ajustam o ritmo do relógio biológico são aqueles ligados à vida social, familiar e profissional em conjunto com o ciclo claro/escuro Melatonina ➥ A melatonina é o hormônio responsável por sinalizar o início da noite e sua duração e, assim, iniciando uma cascata de eventos fisiológicos justamente para preparar o organismo para o repouso ➥ Não só regula o momento de dormir como participa da reparação das nossas células, expostas a estresse, poluição e outros elementos nocivos. “Ela é um antioxidante poderoso e combate os radicais livres...” ➥ Dentre as inúmeras funções descritas, destacam-se: imunomodulação (agindo diretamente sobre células imunológicas) 2, anti-inflamatória (inibindo prostaglandinas e regulando a COX) 3, antitumoral (inibindo a captação tumoral de ácido linoleico) 4, antioxidante (regulando a síntese de lipooxigenases e óxido nítrico) 5 e cronobiológica (regulando o ritmo circadiano) ➥ A ausência de luz provoca modificação nas células da retina implicadas na percepção da variação na luminosidade e não da visão. Estas disparam sinais que são enviados para ativar o núcleo supraquiasmático ➥ O NSQ faz com que o gânglio cervical superior libere o neurotransmissor noradrenalina que estimula a glândula pineal a produzir e secretar a melatonina a partir do aminoácido triptofano ➥ A principal enzima envolvida na síntese da melatonina, a N-acetiltransferase (NAT), é estimulada pela escuridão e a presença de luz faz com que ela seja destruída ➥ Além disso, existe uma relação direta entre o aumento da disponibilidade de noradrenalina e o pico noturno de melatonina. Portanto, a secreção de melatonina também apresenta um ritmo diário. O ritmo está presente em todos os seres humanos, inclusive nas pessoas cegas. ➥ Pesquisas mostram que se as células NSQ são cultivadas in vitro, elas são capazes de manter seu próprio ritmo na ausência de sinais externos ➥ Se cada pessoa gera seu próprio ritmo, existem diferenças de uma pessoa para outra e isso pode acarretar consequências que vão desde a adaptação mais rápida ou mais demorada ao início do horário de verão até a maior presença de sintomas depressivos em pessoas com determinado perfil cronobiológico ➥Geralmente, a produção de melatonina diminui com o envelhecimento e é, por isso, que os distúrbios de sono são mais frequentes em adultos ou idosos Cortisol ➥ O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. ➥ A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial ➥ A produção de cortisol é controlada pela hormona adrenocorticotrófica (ACTH), que é sintetizada na Adeno-Hipófise ou localmente (paracrinia). A ACTH atua intracelularmente via AMP cíclico, estimulando a síntese e secreção de hormonas no córtex da suprarrenal. A libertação de ACTH é maioritariamente estimulada pela hormona libertadora de corticotrofina (CRH) (embora também o possa ser pela vasopressina) ➥ A CRH é produzida no núcleo paraventricular do hipotálamo, e é transportada axonalmente até à eminência mediana; daí desloca-se até à Adeno- Hipófise via sistema porta-hipofisário ➥A libertação de CRH tem um ritmo circadiano, sendo também estimulada nas situações de Stress ➥ Pode-se então dizer que o eixo HPA (hipotálamo- pituitária-adrenal) é uma das vias de expressão do Stress. Perante uma situação de Stress, aumenta a libertação de CRH, que vai aumentar a libertação de ACTH, que vai por sua vez conduzir à libertação de cortisol ➥ A nível do metabolismo, promove a degradação proteica, a lipólise, a gliconeogênese, a produção de glicose pelo fígado, o apetite, a síntese de leptina e a diferenciação dos adipócitos; inibe a síntese proteica e a utilização da glicose ➥ Como inibe a síntese e promove a degradação proteica, diminui a massa muscular e a matriz conjuntiva. A nível ósseo, reduz significativamente a osteogénese e aumenta a reabsorção cálcica, podendo levar à osteoporose quando presente em níveis elevados persistentes. ➥ Tem um profundo efeito anti-inflamatório e imunossupressor. Facilita a maturação fetal a variados níveis. Tem ainda um efeito importante no Sistema Nervoso Central (SNC), a nível da memória, atenção, sono, estado emocional, etc. ➥ Ao nível do rim, aumenta a filtração glomerular, a excreção de fosfato e o clearance de "água livre" ➥ O aumento de cortisol é também responsável por uma diminuição dos RNAs mensageiros (mRNAs) que codificam o receptor da serotonina (a nível do hipocampo) (8), levando por isso a uma diminuição do número destes receptores ➥ Existe uma interação entre a secreção de cortisol e as diversas fases do sono, principalmente a REM. Pode-se observar que na segunda parte do sono, tanto os níveis de cortisol como o número de REMs estão aumentados ➥ Efeito bifásico do cortisol: até um certo nível pode promover a REM, mas em quantidades exageradas pode inibi-la ➥ durante a fase REM propriamente dita a secreção de cortisol estava diminuída. Isto pode ser devido à retroação negativa: o aumento passageiro dos níveis de cortisol necessários à passagem para a REM originaria uma diminuição nos níveis de CRH e ACTH, o que seria responsável pela subsequente baixa nos níveis de cortisol ➥ O cortisol tem um marcado ritmo circadiano. O seu pico de secreção ocorre mais ou menos por volta do acordar; a altura em que os seus níveis são mais baixos é ao início da noite. ➥ A regulação deste ritmo depende de estímulos internos (p.ex., do núcleo supraquiasmático do hipotálamo), mas também pode ser afetada por estímulos ambientais, como a luz. ➥ De manhã, um aumento da intensidade da luz de 150 lux (luz fraca dentro de casa) para 4500 lux (luz exterior num dia enevoado) provocou um aumento significativo dos níveis de cortisol ➥ tanto os indivíduos com sono levem como os que (fisiológica /espontaneamente) dormem pouco têm níveis elevados de cortisol. Os doentes que sofrem de insónia também têm uma hipercortisolemia ➥ O CRH diminui os níveis de melatonina [uma hormona envolvida na regulação dos ritmos circadianos, e produzida na epífise, principalmente de noite Órgãos ➥ Olhos e retina ➥ SNC ➥ Hipotálamo ➥ NSQ ➥ Glândula pineal ➥ Glândulas suprarrenais ➥ Adeno-hipófise Estresse ➥ Reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas ➥ Agudo: é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas,mas passageiras, como a depressão na morte de um parente. ➥ Crônico: afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave. ➥ Fase de Alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor. Sintomas da fase de alerta: Mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação. ➥ Fase de Resistência: o corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas da fase de resistência: Problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite; aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído ➥ Fase de Exaustão: nessa fase podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença. Sintomas da fase de exaustão: Diarreias frequentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados; mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor. ➥ No primeiro estágio “alarme”, o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino. As glândulas adrenais, ou suprarrenais, passam então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina, noradrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que expulsa mais hemácias, ou glóbulos vermelhos, para a circulação sanguínea, o que amplia o fornecimento de oxigênio aos tecidos) e causa imunossupressão (ou seja, redução das defesas do organismo). A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de luta ou fuga ao estresse. ➥ No segundo estágio “adaptação”, o organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais. No entanto, se o estresse continua, o terceiro estágio “exaustão” começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante Falta de sono ➥ Dieta ruim: De acordo com um estudo do órgão espanhol, mais de um terço das pessoas come mal quando dorme pouco. O motivo, segundo a especialista, é que nessa situação costumamos comer alimentos pouco saudáveis, e por isso a falta de sono está vinculada ao aumento de peso. A comunidade científica também associa a falta de sono à obesidade e ao diabetes ➥ Saúde mental: Dormir pouco tem relação com uma variedade de transtornos físicos, mentais e de comportamento. Segundo a organização espanhola Instituto de Medicina do Sono, a falta de sono está associada a problemas psicológicos, depressão e ansiedade ➥ Menor rendimento físico: Dormir bem é importante para ter energia durante o dia. Trata-se, de fato, de um aspecto fundamental para o funcionamento de nosso cotidiano, apontam especialistas. "O processo de regeneração de tecidos cerebrais e físicos ocorre à noite. Se não há descanso não há recuperação correta, e isso afeta o rendimento físico e intelectual" ➥ Cognição Termorregulação ➥A capacidade de regular a temperatura corporal, característica especial dos animais homeotérmicos, é exercida pelo hipotálamo ➥ É informado da temperatura corporal, não só por termorreceptores periféricos, mas principalmente por neurônios que funcionam como termorreceptores ➥ termorregulação está associada à homeostase da temperatura corporal do organismo, e o controle da temperatura é exercido através de mecanismos do SNA Simpático ➥ Existe um ponto de ajuste interno, no qual o corpo estabelece como sendo o ideal. Temos receptores, que são sensores que percebem as variações da temperatura, comparam isso com o ponto de ajuste hipotalâmico e ativam vias efetoras para corrigir os parâmetros ➥ Para que consigamos manter a temperatura corporal estável, temos que produzir ou ganhar tanto calor quanto perder Mecanismos para a termorregulação ➥ Controle Vasomotor: A pele sofre maior variação de temperatura. A irrigação da derme altamente variável e controlada pelo SNA Simpático. Os capilares superficiais são regulados através da constrição das arteríolas aferentes que chegam nesse leito capilar cutâneo. Numa vasoconstrição, chega menos sangue ao leito capilar. E no caso de uma vasodilatação, chega mais sangue no leito. Desse modo, como o sangue é aquecido nas regiões mais internas do corpo, quando ele passar nas regiões mais próximas à pele, ele libera esse calor para o meio ➥ Piloereção: O mecanismo de arrepio, com os pelos eriçados é uma forma de tentar aprisionar o ar quente próximo a superfície da pele, evitando que esse ar seja deslocado, a fim de permitir o aquecimento daquela região. Quando a convecção desse ar é impedida, não existe substituição dessa camada de ar “quente” por uma camada de ar “fria” que possivelmente poderia se deslocar para essa área da pele. Esse mecanismo é obtido através da inervação simpática que chega até os músculos piloeretores. ➥ Glândulas Sudoríparas e Sudorese: Estimulação das glândulas sudoríparas pelo Sistema Nervoso Simpático colinérgico e também pela adrenalina circulante. As células que formam a parede do túbulo na base secretam Na+, que por ser um íon carregado positivamente, atrai Cl- para a luz dessa glândula. Por meio da osmose, a água também passa do meio intracelular para o extracelular, e se encontra na luz do túbulo. Esse líquido preenche o túbulo e vai subindo em direção ao poro da glândula voltado para o meio externo. No ducto dessa glândula ocorre reabsorção dos íons, entretanto, essas células são impermeáveis à água. E a água não sofre osmose para dentro das células de volta. Dessa forma, esse líquido vai ser escoado até o poro, e liberado no meio externo. Em ambientes muito quentes, o ritmo da sudorese é aumentado, e na maioria das vezes, por se tratar de um ritmo rápido, a reabsorção iônica no ducto da glândula fica prejudicado. Desse modo, o líquido expelido pelo canal é isosmótico devido ao aumento acentuado da sudorese Termogênese ➥ Energia em forma de calor gerada pelo organismo e é diretamente proporcional à taxa de metabolismo corporal. O metabolismo basal produz calor de forma contínua, e o metabolismo adicional pode ser por meio de: atividade muscular; efeito da Tiroxina; efeito da estimulação simpática (adrenalina e noradrenalina); aumento da atividade química celular ➥ Produção interna do calor proveniente do metabolismo celular e da contração muscular. Termorreceptores ➥ São neurônios especializados em distinguir às variações na temperatura tanto ambientais quanto corporais internas. Podem ser sensíveis ao calor ou ao frio ➥ Termorreceptores periféricos: Na superfície externa (pele): são adaptativos, possuem maior grau de disparos conforme maior for a variação da temperatura. Na superfície interna: (mucosas digestória e respiratória) Receptores de calor ➥ Apesar de serem demonstradas por testes psicológicos, essas fibras ainda não foram identificadas histologicamente. Supõe-se que elas são terminações nervosas livres, pois os sinais de calor são transmitidos principalmente por fibras do tipo C, com velocidades de transmissões de cerca de 0,4 a 2 m/s ➥ Os receptores de calor apresentam uma atividade máxima paratemperaturas ao redor dos 40°C, embora respondam a temperaturas situadas entre 30°C e 45°C. Algumas terminações nervosas associadas a receptores de frio começam a descarregar novamente quando a temperatura ultrapassa os 40°C, aumentando a frequência dessa descarga em paralelo ao aumento da temperatura. Esse fenômeno é denominado resposta paradoxal, e é responsável por uma eventual sensação de frio provocada por temperaturas altas e potencialmente lesivas Receptores de frio ➥ Tipo especial de terminação nervosa mielinizada do tipo A δ que se ramifica diversas vezes. Os sinais são transmitidos por essas fibras a uma velocidade de aproximadamente 20m/s. ➥ Embora respondam a uma faixa ampla de temperaturas (entre 10°C e 40°C), exibem uma atividade máxima para temperaturas situadas em torno dos 25°C. Uma fibra para dor estimulada pelo frio: essas são estimuladas em temperaturas que variam de 5 a 15 graus Celsius. A medida que a temperatura aumenta para 15 graus, os impulsos nessas fibras para dor/frio são interrompidos. A partir desse ponto os receptores apenas para o frio começam a ser estimulados, atingindo um pico de estimulação em 25 graus e diminuindo levemente acima de 40 graus Regulação da temperatura ➥ O hipotálamo funciona como um termostato capaz de detectar as variações de temperatura do sangue que por ele passa e ativar os mecanismos de perda ou de conservação do calor necessários à manutenção da temperatura normal. Existem no hipotálamo dois centros frequentemente denominados: ➥ Centro da perda do calor, situado no hipotálamo anterior (ou pré-óptico): Estimulações nesse desencadeiam fenômenos de vasodilatação periférica e sudorese, que resultam em perda de calor ➥ Centro da conservação do calor, situado no hipotálamo posterior: estimulações no segundo resultam em vasoconstrição periférica, tremores musculares (calafrios) e até mesmo liberação do hormônio tireoidiano, que aumentam o metabolismo o qual gera calor ➥ O hipotálamo é a região onde está determinado qual o ponto de ajuste corporal. O hipotálamo é o grande centralizador do controle termo regulatório do corpo. Na área pré-óptica localiza-se o órgão vascular da lâmina terminal, no qual não existe barreira hematoencefálica, e que funciona como um sensor especializado em detectar sinais químicos para termorregulação ➥ O hipotálamo anterior ativa mecanismos de dissipação de calor: vasodilatação cutânea; sudorese; respiração ofegante. O hipotálamo posterior ativa mecanismos de conservação de calor: vasoconstrição cutânea; tremor muscular; sensação de calafrio e tremor involuntário com a finalidade de produzir calor ➥ RESPOSTA AO AUMENTO DA TEMPERATURA: precisamos dissipar calor. Ativamos neurônios simpáticos pós ganglionares colinérgicos. Os neurônios pós ganglionares simpáticos liberam noradrenalina, só que nesse caso de resposta ao aumento da temperatura, nós ativamos os colinérgicos. Eles vão provocar secreção de suor e vasodilatação sanguínea cutânea ➥ RESPOSTA À DIMINUIÇÃO DA TEMPERATUA: precisamos reter/gerar calor. Ativamos os neurônios simpático adrenérgicos. Provocando vaso constrição dos vasos superficiais da pele e acionamento da gordura marrom, capaz de promover a termogênese. Além disso ativamos a divisão somática motora, o que irá promover a produção de calor através do tremor