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EUTANÁSIA ANIMAL

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CENTRO EDUCACIONAL ETIP / COLÉGIO TABLEAU 
TÉCNICO DE VETERINÁRIA 
TURMA VEGN120(Tableau) - VEFN120 – VEHN220 
 
Bruna Nascimento dos Santos 
Emily Kethlyn da Silva 
Nicole Palanca 
Stefanye Matsuda de Souza 
 
 
 
EUTANÁSIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santo André/SP 
2021
 
 
 
 
 
 
Bruna Nascimento dos Santos 
Emily Kethlyn da Silva 
Nicole Palanca 
Stefanye Matsuda de Souza 
 
 
 
EUTANÁSIA 
 
Projeto apresentado no Programa de 
Técnico em Veterinária do Colégio Centro 
Educacional ETIP/Colégio Tableau, como 
Complementação da disciplina para 
Obtenção do título de Técnico em 
Veterinária. 
 
Orientadora: Profº Aline de Castro 
Pereira. 
 
 
Santo André/SP 
2021
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Nós agradecemos primeiramente aos professores Marcio Feitas e Guilherme 
Vicentin por nos ajudar a desenvolver o trabalho de conclusão de módulo deste 
semestre. E a todos os professores que nos apoiaram e nos acompanharam ao longo 
do curso. 
Agradecemos a todos os envolvidos que nos ajudaram e participaram da 
pesquisa de campo realizada. 
Agradecemos nossas famílias e amigos que nos apoiaram e participaram dessa 
jornada. 
Agradecemos aos animais que nos ensinaram ao maior amor, e a essa paixão 
crescente que nos fez dedicar a vida e carreira por eles. 
E agradecemos a Deus por sempre colocar tudo no seu devido lugar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Se vale a pena viver e se a morte faz parte 
da vida, então, morrer também vale a pena” 
- Immanuel Kant 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Tabela 1 - Métodos da eutanásia .............................................................................. 21 
Gráfico 1 – referente a questão 1 das pessoas leigas no assunto ............................ 22 
Gráfico 2 – referente a questão 3 das pessoas leigas no assunto ............................ 23 
Gráfico 3 – referente a questão 4 das pessoas leigas no assunto ............................ 23 
Gráfico 4 – referente a questão 5 das pessoas leigas no assunto ............................ 24 
Gráfico 5 – referente a questão 6 das pessoas leigas no assunto ............................ 24 
Gráfico 6 – referente a questão 7 das pessoas leigas no assunto ............................ 25 
Gráfico 7 - referente a questão 8 das pessoas leigas no assunto ............................. 25 
Gráfico 8 - referente a questão 9 das pessoas leigas no assunto ............................. 26 
Gráfico 9 - referente a questão 10 das pessoas leigas no assunto ........................... 26 
Gráfico 10 - referente a questão 11 das pessoas leigas no assunto ......................... 27 
Gráfico 11 - referente a questão 1 dos profissionais da veterinária .......................... 28 
Gráfico 12 - referente a questão 2 dos profissionais da veterinária .......................... 29 
Gráfico 13 - referente a questão 4 dos profissionais da veterinária .......................... 30 
Gráfico 14 - referente a questão 7 dos profissionais da veterinária .......................... 31 
Gráfico 15 - referente a questão 8 dos profissionais da veterinária .......................... 31 
Gráfico 16 - referente a questão 9 dos profissionais da veterinária .......................... 32 
Gráfico 17 - referente a questão 10 dos profissionais da veterinária ........................ 32 
Gráfico 18 - referente a questão 11 dos profissionais da veterinária ........................ 33 
Gráfico 19 - referente a questão 12 dos profissionais da veterinária ........................ 33 
Gráfico 20 - referente a questão 13 dos profissionais da veterinária ........................ 34 
Gráfico 21 - referente a questão 14 dos profissionais da veterinária ........................ 34 
Gráfico 22 - referente a questão 15 dos profissionais da veterinária ........................ 35 
Gráfico 23 - referente a questão 16 dos profissionais da veterinária ........................ 36 
Gráfico 24 - referente a questão 17 dos profissionais da veterinária ........................ 36 
Gráfico 25 - referente a questão 19 dos profissionais da veterinária ........................ 37 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 
2. OBJETIVO ............................................................................................................ 8 
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 9 
4. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 10 
4.1 EUTANÁSIA .................................................................................................... 10 
4.2 DISTANÁSIA ................................................................................................... 10 
4.3 ORTOTANÁSIA ............................................................................................... 11 
4.4 MISTANÁSIA ................................................................................................... 11 
4.5 INDICAÇÕES .................................................................................................. 11 
4.6 ÉTICA .............................................................................................................. 13 
4.6.1 COMPORTAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO ..................................... 14 
4.6.2 COMPORTAMENTO DO TUTOR DIANTE A EUTANÁSIA ......................... 15 
4.7 MÉTODOS ...................................................................................................... 18 
4.7.1 MÉTODOS QUÍMICOS ................................................................................ 19 
4.7.2 MÉTODOS FÍSICOS .................................................................................... 20 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 22 
5.1 PESSOAS LEIGAS ......................................................................................... 22 
5.2 PROFISSIONAIS DA VETERINÁRIA .............................................................. 28 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 39 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS ...................................................................... 40 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Medicina Veterinária nasceu quando o homem primitivo começou a 
domesticar o animal. Os primeiros métodos de diagnóstico, tratamento e prognóstico 
tiveram início por volta de 4.000 anos a.C., de acordo com o Papiro de Kahoun, 
descoberto no Egito, em 1890. Para alguns historiadores, esse é considerado o 
primeiro tratado de veterinária. Os códigos de Eshn Unna (1900 a.C.) e de Hammurabi 
(1700 a.C.), ambos da Babilônia, também já mencionavam a remuneração e as 
responsabilidades atribuídas aos “médicos dos animais”. Somente em 1761 a 
Medicina Veterinária passou a ser uma profissão científica, por meio da criação da 
primeira Escola de Medicina Veterinária na França e no mundo, na cidade de Lyon. 
Claude Bourgelat era um advogado e amante de cavalos, que não se conformava com 
a ineficiência no tratamento empírico de seus cavalos de raça e, usando sua 
influência, convenceu o Rei Luiz XV a criar a Escola Veterinária de Lyon, que entrou 
em funcionamento em 1762 (CRMV, 2020). Logo após, em 1766 surgiu a segunda 
escola de medicina veterinária, também na França, assim crescendo e se 
popularizando pelo mundo. 
Com as crises econômicas e políticas na Europa, no final do século XVIII e 
início do XIX, a família real se viu forçada a se mudar para o Brasil. A instalação da 
sede do Império no Rio de Janeiro trouxe avanços consideráveis não só para a 
Medicina Veterinária, como também para as áreas científicas e a vida cultural do país. 
Durante os reinados de D. João VI,D. Pedro I e D. Pedro II o país recebeu a visita de 
naturalistas, médicos, zoólogos e botânicos, interessados em estudar a desconhecida 
natureza local. Percorrendo o litoral brasileiro ou até mesmo adentrando o interior do 
país, cientistas dedicavam-se a pesquisar nossa fauna, flora e costumes. As ciências 
agrárias já despertavam grande interesse de D. Pedro II quando, viajando à França, 
em 1875, ele visitou a Escola Veterinária de Alfort e se impressionou com a instituição 
e com uma conferência ministrada pelo médico-veterinário fisiologista Gabriel-
Constant Colin (1825-1896). 
O imperador voltou ao Brasil com o desejo de criar uma instituição semelhante. 
D. Pedro II foi o primeiro homem público a reconhecer a importância da formação de 
médicos-veterinários qualificados e, portanto, a necessidade de uma organização de 
ensino científico sobre a Medicina Veterinária. Também na fase de D. Pedro II, iniciou-
7 
 
se uma grande evolução científica. Novas tecnologias criadas no período refletiram 
na Medicina Veterinária e na saúde pública, como foi o caso dos laboratórios 
implantados no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Em 1910, surgiram as instituições 
pioneiras do ensino da Veterinária no país: a Escola de Veterinária do Exército 
fundada pelo Decreto nº 2.232, de 6 de janeiro, e a Escola Superior de Agricultura e 
Medicina Veterinária, criada pelo Decreto nº 8.319, de 20 de outubro, ambas na cidade 
do Rio de Janeiro. 
A medicina veterinária é a “arte da cura de animais”, é a ciência médica que se 
dedica à prevenção, controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos 
ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além do controle da sanidade dos 
produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano. Busca também 
assegurar a qualidade, quantidade e a segurança dos estoques de alimentos de 
origem animal através do controle da saúde dos animais e dos processos que visam 
obter seus produtos (CULLER, 2018). Dentre os vários procedimentos praticados 
pelos profissionais da medicina veterinária, podemos destacar os mais usuais exames 
laboratoriais, castração, profilaxia dentária, retirada de tumores e a eutanásia. 
Segundo o livro “Guia brasileiro de boas práticas para a eutanásia em animais”, 
a eutanásia é descrita como a necessidade de minimizar o sofrimento dos animais, 
incluindo o medo, a ansiedade e a apreensão, deve ser considerada na determinação 
do método de eutanásia. Contenção cuidadosa, de preferência por indivíduo familiar 
ao animal e em ambiente seguro, pode ajudar a acalmá-lo; sendo considerado que os 
únicos métodos a serem empregados são aqueles humanitários e que não causam 
dor, asfixia ou desconforto o qual perdure durante o sacrifício, sendo, portanto, 
considerado como métodos mais aceitáveis aqueles que causam paradas respiratória 
e cardíaca simultaneamente. Este procedimento é indicado a animais com doenças 
terminais, animais portadores de doenças zoonóticas, animais vítimas de acidentes 
de trânsito, controle de excesso de animais abandonados por seus donos e que se 
continuarem nas ruas poderão ocasionar sérios problemas de saúde. 
 
 
 
8 
 
2. OBJETIVO 
 
O objetivo desse trabalho é despertar as pessoas sobre o real motivo da 
eutanásia, seus métodos e seu altruísmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3. METODOLOGIA 
 
Para a elaboração desse trabalho utilizamos pesquisa teórica de revisão de 
literatura em sites, livros, artigos científicos e foi realizada duas pesquisas de campo, 
de forma on-line pela plataforma do google forms onde obtivemos 1434 respostas na 
de pessoas leigas no assunto abordado desse trabalho e 47 de pessoas da área da 
veterinária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
4. REVISÃO DE LITERATURA 
4.1 EUTANÁSIA 
 
Etimologicamente, a palavra eutanásia deriva-se da união de dois conceitos; 
“eu”, do grego que significa bom, e “thanatos”, que significa morte (AVMA, 2013). A 
eutanásia também é definida como “a indução da cessação da vida animal, por meio 
de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando sempre 
os princípios éticos”. (CFMV, 2012). 
A eutanásia é o procedimento que é capaz de cessar a vida de um animal, 
quando o mesmo apresentar condições incompatíveis com bem-estar físico ou 
psicológico, quando for utilizado em pesquisas ou quando representar perigo para a 
sociedade/meio ambiente (CFMV, 2002), sempre realizado de forma humanitária 
(AVMA, 2013). A eutanásia também é aceita no controle populacional de animais 
selvagens ou que sofreram graves injúrias, animais domésticos abatidos em grupos e 
animais de zoológico (REPORT..., 2001). 
Oliveira et al. (2002) referiram que a eutanásia pode ser observada sob várias 
perspectivas, sendo que, para o animal ela deve ser indolor, produzir inconsciência 
instantânea e morte rápida; para o executante, o método deve ser seguro e não 
provocar choques emocionais. 
Para realizar a eutanásia, é necessária qualificação específica que abranja 
formação técnica, ética e humanitária. O executor que realizará o procedimento deve 
possuir experiência e qualificação técnica comprovada sobre o(s) método(s) 
proposto(s), conhecimento da(s) espécie(s), de métodos humanitários de contenção 
e das possíveis respostas que inter-relacionem os métodos e as espécies (CONCEA. 
2015). 
 
4.2 DISTANÁSIA 
 
A distanásia é conceituada como uma morte difícil ou penosa, que é usada para 
indicar o prolongamento do processo da morte, por meio de tratamento que apenas 
11 
 
prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade. (SELLI, 
2009). A atitude do médico responsável mesmo tendo como objetivo salvar a vida do 
paciente, o submete a grande sofrimento, prolongando a vida a qualquer custo 
(SANTANA et al., 2010). 
 
4.3 ORTOTANÁSIA 
 
Inicialmente, é importante compreender o sentido da terminologia “ortotanásia”. 
Etimologicamente, o termo significa morte correta – orto: certo; thanatos: morte. Essa 
prática é compreendida como manifestação da boa morte ou morte desejável 
(BORGES, 2009). É um procedimento em que não existe mais fonte de cura para o 
paciente, deixando com que a morte chegue quando o organismo não possa mais 
sustentar a vida, sem a interferência de aparelhos ou métodos que possam adiar a 
morte (VILLAS-BÔAS, 2008). Ocorre quando o não prolongamento artificial do 
processo de morte, além do que seria o processo natural, feito pelo médico (BORGES, 
2001, p.287). 
 
4.4 MISTANÁSIA 
 
O conceito de mistanásia refere-se à morte miserável dos excluídos, como é o 
caso dos animais de rua que não têm acesso a condições básicas de sobrevivência 
como alimentação e cuidados com a saúde, resultando em morte com sofrimento e 
prematuridade (Lopes, 2011). 
 
4.5 INDICAÇÕES 
 
A eutanásia deve ser realizada apenas se o bem-estar do animal estiver 
comprometido de forma irreversível, se o animal for uma ameaça à saúde pública, se 
o animal constituir risco à fauna nativa ou ao meio ambiente, se for utilizado em 
12 
 
experimentos científicos ou quando o tratamento necessário representar custo 
incompatível com a atividade produtiva do animal, ou incompatível com os recursos 
financeiros do proprietário. Sendo importante ressaltar que a utilização da eutanásia 
fica restrita às situações nas quais não tem possibilidade da adoção de medidas 
alternativas. (CFMV, 2013). 
Outras indicações para a eutanásia, segundo o artigo 4 da resolução nº 1000 
de Maio de 2012, incluem: animais onde as feridas estão atingidas de uma forma 
grave e sem solução; animais que possuam uma doença incurável em estágio final; 
bem-estar onde não há como se controlar ou recuperar seu estado fisiológico; ou no 
caso de saúde pública de animais com zoonoses (CFMV, 2012). 
Uma das principais indicações daeutanásia é a idade avançada do animal, 
neoplasias, doenças do sistema músculo-esquelético e problemas comportamentais, 
sendo a agressividade a causa mais comum. (PIITAINEN; TAPONEN., 2003). As 
principais zoonoses que são controladas a partir do método de eutanásia são a raiva 
e a leishmaniose (Ibrahim, 2012). 
Segundo Frank (2004) a superpopulação de animais de companhia é um 
problema que acarreta significativos custos humanos, e que só podem ser abordados 
através de ação humana, como a castração e a adoção, reduzindo assim as taxas de 
eutanásia e a superpopulação de animais. Um programa de esterilização de cães e 
gatos tem por objetivo reduzir o número de animais saudáveis eutanasiados, após a 
implantação do programa foi diminuído esse número e aumentando o número de 
cirurgias de castração e adoção desses animais (HUGHES et at., 2002). 
Há casos em que o clínico veterinário é solicitado a praticar a eutanásia por 
razões que envolvem um interesse do tutor do animal, alegando, na maioria das vezes 
razões de ordem econômica, conveniência do tutor, comportamento indesejável ou 
abandono do animal. (SPINOSA et al., 2002). 
Ainda tem a questão de animais abandonados e eutanasiados após agressão, 
constituindo um problema de saúde pública frequentemente relatado, onde as 
principais vítimas são crianças que, além dos problemas físicos e psicológicos obtidos, 
podem ter problemas emocionais devido à perda do animal (LAKESTANI et al., 2005). 
 
 
13 
 
4.6 ÉTICA 
 
O surgimento do racionalismo iluminista no final do século XVII trouxe consigo 
a concepção do legalismo jurídico, de forma a caracterizar ordenamento jurídico como 
um sistema fechado de regras outorgadas por uma autoridade estatal. As regras 
tinham por escopo demonstrar quais comportamentos sociais eram merecedores de 
uma tutela jurídica, não reconhecendo outra forma de normatividade. (COSTA,2000). 
Devido sua concepção perdeu sua validade na segunda metade do século XX, por 
meio do qual o ordenamento jurídico não era mais visto como uma ciência estática e 
sim dinâmica, interrelacionada com os demais componentes do todo social, tendo-se 
devida atenção a ética (1998/1999), diante disso, a autoridade estatal não traçava um 
comportamento típico, de modo que os fatos da vida ou o comportamento social 
devido viessem perfeitamente caracterizados e conectados a determinadas 
consequências, mas sim passou a utilizar-se de um modelo aberto a fim de que as 
axiológicas fundamentais da comunidade pudessem ser canalizadas, não se 
desvinculando da experiência social concreta (MORI, 1994). Passou a se dar devida 
importância em atribuir um valor ético a um fato social, de modo a culminar na criação 
de uma norma jurídica tendo sua positivação constituída em um processo no qual a 
comunidade tem sua importância (CHAUI,2000). 
Os princípios serviram tanto de ponte para que o direito se reaproximasse de 
sua dimensão ética, ora fastada pelo legalismo positivista, como possibilitaram a 
construção do biodireito, sendo este a disciplina jurídica da bioética, visando 
determinar limites para licitude do progresso científico (BARBOZA,2000). 
O pensamento da eutanásia, aduz que a morte súbita é, sem dúvidas, preferível 
à morte agonizante. Pelo fato de interromper a vida, bem considerado indisponível, 
grande parte da doutrina brasileira se posiciona de forma desfavorável à eutanásia, 
pois, de maneira fria, tratasse da extinção do indivíduo, o que se opõe, supostamente, 
ao direito à vida. para o viés da medicina, a prática visa a redução da dor e sofrimento 
de quem se encontra em casos específicos como doenças incuráveis, coma ou 
prognóstico irreversível, buscando um meio aliviante para chegar à morte 
(RÕEH,2004), diante de uma enfermidade sem cura e fatal, os procedimentos que 
mantém o paciente vivo, por serem inúteis para uma possível cura, são interrompidos 
14 
 
por causarem apenas mais sofrimento ao prolongar a vida. Nesse caso a vida para de 
ser estendida por métodos artificiais. 
Mesmo que seja necessária em determinadas situações, aqui previstas, todo o 
processo deve ocorrer com o máximo de consideração aos animais e suas 
necessidades. Isso envolve, principalmente, o entendimento e respeito aos princípios 
propostos. Os profissionais envolvidos precisam estar treinados para o manuseio 
adequado dos animais, devem escolher o método ideal e execução dentro das normas 
preconizadas. Na verdade, não importa apenas o método utilizado para a eutanásia, 
mas, sim, todo o processo, incluindo ambiente, número de animais presentes, tipo de 
contenção, familiaridade dos animais com os operadores e condição física dos 
animais. Esse conjunto de medidas é considerado como uma política voltada aos 
cuidados com a eutanásia em animais. Além da eutanásia ativa direta e indireta, há 
também a eutanásia passiva que é aquela onde o profissional médico se omite nos 
cuidados do paciente no sentido de não aplicar algum tratamento existente que 
prolongaria a sua vida. Neste caso é possível a prestação de cuidados paliativos 
visando o alívio das dores físicas psíquicas do indivíduo (RODRIGUEZ,2005). 
 
4.6.1 COMPORTAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO 
 
A exposição constante dos técnicos ao procedimento de eutanásia pode afetá-
los psicologicamente sob diversas formas. Causar a morte de animais é difícil do ponto 
de vista psíquico, particularmente quando acontece de forma frequente e resulta no 
envolvimento do executor com os animais. O efeito emocional da eutanásia nas 
pessoas ocorre mais intensamente quando há necessidade de causar a morte de um 
grande número de animais e de forma repetida. Alguns indivíduos podem estabelecer 
mecanismos psíquicos de defesa, de modo a reduzir a empatia e o respeito no 
manuseio dos animais, já outros podem experimentar um sentimento de pesar e 
tristeza pela perda da vida. Os envolvidos não devem trabalhar sob pressão ou estar 
obrigados a praticar a eutanásia, sugerindo-se que haja uma rotatividade entre os 
seus executores. A pessoa responsável pela eutanásia deve ter conhecimento 
técnico, usar métodos humanitários de manuseio, entender o motivo pelo qual o 
animal está sendo morto, estar familiarizado com o método e informado sobre a 
finalidade a que se destinará o cadáver (CONCEA, 2015). O Ato Médico Veterinário 
15 
 
da Eutanásia, mesmo com indicações para os casos terminais de profunda dor e 
sofrimento dos animais, causa a médio e longo prazo, sequelas sistêmicas e 
inconscientes de dor e culpa em nossas consciências/almas, tornando-nos muito 
vulneráveis às questões da vida e da morte, e mais ainda, banalizando a eutanásia 
como procedimento último, por sermos novamente inábeis, em lidar com o sofrimento 
dos animais e de seus tutores (ABRAVAS, 2019). 
Não há, portanto, uma cadeira especifica que ensine o aluno a enfrentar as 
situações de confortar e consolar uma família. Pior ainda é de como preparar o aluno 
a se manter equilibrado diante dessas situações. Quando se tem uma carga 
emocional enorme, o veterinário acaba se vendo sozinho para digerir toda a carga que 
recebeu. A forma mais comum de fuga é “tornar-se profissional”, reprimindo seus 
sentimentos e demonstrar frieza aos que o cercam, pois isso seria um sinal de força. 
Uma alternativa seria haver no currículo, disciplinas de psicologia, preparo emocional 
e técnicas de como ouvir, sem carregar o fardo que os outros deixem pelo caminho e 
como dar um abraço no momento certo (LESNAU & SANTOS., 2012), 
Segundo uma investigação de Centers for Disease Control and Prevention 
(CDC) revelam que a taxa de suicídio é 3,5 vezes mais alta entre médicos veterinários 
do que entre o resto da população em geral. A revelação é feita por um estudo 
recentemente publicado na revista científica Journal of the American Veterinary 
Medical Association (JAVMA) e que contou com uma amostra de 11.620 profissionais. 
Por detrás da tendência estão“o excesso de trabalho, as responsabilidades de gestão 
das clínicas, os procedimentos de eutanásia e um mau balanço entre a vida pessoal 
e profissional”. 
 
4.6.2 COMPORTAMENTO DO TUTOR DIANTE A EUTANÁSIA 
 
Há alguns anos, os animais de companhia têm ganhado um espaço maior na 
vida das pessoas. Alguns, ocupando o lugar de crianças, em lares onde casais não 
podem ou optaram por não ter filhos; outros, fazendo companhia para pessoas que 
moram sozinhas; trabalhando e sendo protetores de pessoas com deficiência visual, 
como cães-guia. Ou seja, no mundo atual, um gato ou cachorro, pode, facilmente, 
substituir um ser humano, na vida das pessoas (FARACO et al., 2013). Podemos 
16 
 
relacionar está forte afetividade entre humano e animal por conta de um hormônio que 
afeta a vida humana do início ao fim, conhecida como ocitocina. 
A ocitocina é um peptídeo produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise 
posterior, também conhecida como neuro hipófise, sendo considerado o hormônio da 
paixão. A ocitocina é um hormônio que provoca um profundo estímulo parassimpático 
aumentando a capacidade afetiva natural dos seres humanos (Rachid, 2021); sendo 
assim, a ocitocina está relacionada com a afetividade, que regula o apego e afeição 
nas relações e vínculos sociais, a afetividade desencadeada em pessoas, ao 
familiarizar-se à presença dos cães, e faz associações com aflição psicológica, 
reduzindo o nível de cortisol, que é o hormônio ligado ao estresse e a ansiedade, 
assim, agindo como cognição social do comportamento relacional, agindo e 
permeando a capacidade humana fundamental de formar apego, indispensável nas 
relações sociais (Gomes, 2017). 
A prática da eutanásia, pode envolver aspectos emocionais dos seres 
humanos. Portanto, deve ser indicada apenas em casos em que seja realmente 
necessária, considerando-se o bem-estar do animal e do ambiente. Não estão ainda 
totalmente esclarecidos os mecanismos psicológicos que atuam sobre os seres 
humanos, levando alguns a agirem irracionalmente, impedindo o controle de zoonoses 
e que podem ter seu ciclo interrompido caso se sacrifique o animal. Nesses casos os 
proprietários de cães agem de maneira obsessiva, levando-os a serem cruéis, muitas 
vezes sem perceber, mantendo o animal ao seu lado, mas sem as condições de 
higidez minimamente necessárias para uma vida sem sofrimento e dor (OMS, 2010). 
A relação de humano e animal vem se tornando mais forte e explicita ao longo 
dos anos, proporcionando assim uma melhora significativa na vida de seus tutores, 
em especial dos idosos. Muitas coisas levam às pessoas a dividirem a suas casas e 
vidas com um animal, dentre essas causas, podemos destacar o companheirismo, 
passatempo, assim, reduzindo sentimentos como solidão e proporcionando felicidade 
a seus tutores. Assim, os tutores criam laços e afetividade pelo cão, assim como cria 
por uma pessoa, tornando o animal em um membro da família tão importante quanto 
uma pessoa, sendo assim, quando o animal morre o tutor sofre pela perda deste 
animal como se fosse uma pessoa da família, passando pelos estágios do luto 
gerando um grande impacto emocional. 
Ana Claudia Quintana Arantes descreveu o luto como: 
17 
 
“A dor do luto é proporcional à intensidade do amor vivido na relação 
que foi rompida pela morte, mas também é por meio desse amor que 
conseguiremos nos reconstruir”. 
Compreende-se que, o impacto da eutanásia na vida do tutor gera várias 
emoções e dúvidas, onde ao mesmo tempo em que ele pensa no melhor para acabar 
com a dor de seu animal, se sente culpado em autorizar que seu animal seja levado 
de forma não natural, muitas das vezes indo contra os princípios do tutor. Pensando 
nos sentimentos do tutor após autorizar o procedimento de eutanásia, fizemos uma 
coletânea de relatos pessoas com a eutanásia, através da rede social Facebook: 
Motivos pelos quais os tutores não optam pela eutanásia: 
“Assim como o ser humano espera o momento certo para morrer, acho que os animais 
também podem esperar, não cabe a nós decidir isso” – O.G. 
“Se não acham ético com humanos que podem consentir, porque seria ético 
em animais que não consentem?” – K.S. 
“Não acho que tenhamos o direito de decisão sobre a vida e corpos 
alheios, apesar de infelizmente já termos passado por essa situação. 
Inclusive sou contra castração também, por entender que seja feita para 
comodidade dos tutores e pela irresponsabilidade das pessoas no geral. a 
decisão pela eutanásia é extremamente dolorosa e corre-se o risco de optar 
por ela por orientação de maus profissionais (veterinários preguiçosos ou 
incompetentes).” – Anônimo. 
 
Tutores que optaram pela eutanásia: 
“Passei por isso duas vezes; optei por interromper o sofrimento e não me 
arrependo, mas a sensação na hora não é nada boa” – D.Z. 
“Foi a decisão mais difícil que tive que fazer na vida. Não por ser 
contra, era o melhor que eu poderia fazer por ele; dar dignidade depois de 
uma batalha de 5 meses, mas você nunca quer optar por isso. Graças a deus, 
os veterinários dele tiveram um atendimento humanizado e tive amparo nesse 
momento. Que todos os veterinários tenham essa empatia. É muito mais que 
vidinhas pets, pra nós são o mundo” – A.K. 
“O meu tinha 21 anos, já não andava mais, estava com câncer, 
chorava o dia todo com dor. Depois de uma crise aguda e de nem Tramal 
com outros anestésicos fazerem efeito, tomamos essa atitude. Foi muito triste 
e dolorido. Fiquei com ele o tempo todo” – T.N. 
 
18 
 
Podemos então, concluir que a maioria dos tutores não optariam pela eutanásia 
por questão religiosa, por remorso em acabar com uma vida, consideram crueldade 
com o animal, e por querer deixar o animal morrer de forma natural, sem intervenção 
humana. Já os tutores que optaram pela prática de eutanásia relatam ter sofrido com 
a perda de seus animais, porém, dizem que a decisão foi a certa para que o sofrimento 
desses animais não se estendesse mais que o necessário. 
 
4.7 MÉTODOS 
 
De acordo com a COCEA (2015) alguns métodos de eutanásia precisam da 
contensão física do animal, realizada de acordo com a espécie, raça, tamanho, estado 
de domesticação, comportamento, presença de dor ou doenças e grau de excitação 
cerebral. Por essa razão, a manipulação feita corretamente no animal é fundamental 
para minimizar a dor ou o sofrimento para garantir a segurança do pessoal envolvido, 
para proteger terceiros e os animais. 
A manipulação dos animais deve ser cuidadosa e, muitas vezes, conversar com 
o animal durante a eutanásia pode ter um efeito calmante em animais acostumados 
com o manuseio. O uso de baixa luminosidade e um ambiente livre de ruídos também 
deve ser preconizado (CONCEA, 2015). 
Os princípios básicos dos métodos de eutanásia são: ter um elevado grau de 
respeito aos animais, ausência ou redução máxima de dor e desconforto nos animais, 
busca da inconsciência imediata seguida de morte, ausência ou redução máxima da 
ansiedade e medo, segurança e irreversibilidade, ausência ou mínimo impacto 
ambiental, ausência ou redução máxima de risco aos presentes durante o 
procedimento, e a ausência ou redução máxima de impactos emocional e psicológico 
negativos no operador e nos observadores. Sendo que, é obrigatório a participação 
do médico veterinário na supervisão e/ou execução da eutanásia animal em todas as 
circunstâncias em que ela é necessária (CFMV, 2012). 
Existem várias maneiras de se praticar a eutanásia. A morte antecipada do 
paciente resulta de participação direta do médico, seja por ação, seja por omissão 
(SZTAJN, 2002). Entretanto ressalte-se que os únicos métodos a serem usados são 
aqueles considerados humanitários e que não causam reações de dor, asfixia ou 
desconforto que perdure durante o sacrifício, sendo, portanto, considerado como 
19 
 
métodos mais aceitáveis aqueles que causam paradas respiratórias e cardíacas 
simultaneamente (MASSONE, 2003).Tem agentes físicos e substâncias químicas que são reconhecidas letais ou 
tóxicas para os animais, mas não devem ser usadas para eutanásia devido aos 
sofrimentos que podem causar. O agente deve ser prático, seguro e de fácil emprego 
para o profissional que manipula o agente (SPINOSA e SPINOSA, 2006). Existem 
métodos que apesar de práticos (armas de fogo ou cloreto de potássio), são 
desagradáveis para os proprietários espectadores, pois provocam convulsões ou 
movimento de estiramento (MASSONE, 2003). 
Os métodos físicos devem causar a perda imediata de consciência, mediante 
a trauma físico cerebral. Os métodos químicos têm por base o uso de substâncias que 
prontamente produzem a inconsciência e a morte dos animais, em função da 
sobredosagem. Sendo que, ambos os métodos requerem treinamento especializado 
para a contenção, manejo de instrumentos e manipulação das drogas a serem 
utilizadas, buscando precisão e rapidez no procedimento, de modo a minimizar o 
estresse e abreviar a morte dos animais (OLIVEIRA et al., 2002). 
 
4.7.1 MÉTODOS QUÍMICOS 
 
O método químico é baseado no uso de substâncias que produzam a 
inconsciência e em seguida a morte do animal, sendo utilizados primeiramente os 
anestésicos que podem ser gerais, inalatórios ou sedativos e, em seguida, o método 
pode ser complementado por injeção de bloqueador neuromuscular, cloreto de 
potássio ou injeção de lidocaína na cisterna magna (BRASIL, 2018). Também é 
utilizado outros medicamentos como o T61 seguido ou não de anestesia geral e o 
sulfato de galamina seguido do cloreto de potássio (Agostinho & Palazzo, 2009). 
Os barbitúricos são os fármacos de eleição para realizar a eutanásia visto que 
são potentes e capazes de promover a inconsciência do paciente em poucos instantes 
sendo que, quando utilizados via intravenosa em dose e concentração ideal, leva o 
animal a uma morte indolor. Porém, essa classe de medicamentos tem pontos 
negativos como o animal poder apresentar respiração agônica (BRASIL, 2018). 
Oliveira et al. (2003) ressalta que apesar de existirem medicamentos 
frequentemente utilizados para eutanásia, o médico veterinário deve ter em mente que 
20 
 
cada organismo age de uma forma a determinada droga e, por vezes, podem existir 
reações adversas. 
 
4.7.2 MÉTODOS FÍSICOS 
 
Os métodos físicos quando apropriadamente aplicados, por pessoas altamente 
treinadas e equipamentos adequados, são eficientes na condução da eutanásia. 
Nessas condições esses métodos resultam em menos medo, ansiedade, e são 
extremamente rápidos, indolores e práticos, em comparação aos demais métodos 
empregados na eutanásia. Embora, a percepção do público seja negativa ao observar 
esses métodos, por associarem ao sofrimento e à violência, a rapidez e a eficiência 
tornam esses métodos aceitáveis em certas condições, sobretudo, para algumas 
espécies de animais (CFMV, 2013). 
Os métodos físicos de eutanásia incluem pistola de insensibilização, tiro com 
arma de fogo, deslocamento cervical, decapitação, eletrocussão, irradiação por micro-
ondas específicos para eutanásia, armadilhas, compressão torácica, exsanguinação 
ou sangria, maceração, concussão e perfuração craniana (CONCEA, 2015). 
Como a maioria desses métodos envolve trauma, deve-se levar em conta o 
risco para os animais e para o executor. Os cuidados devem ser extremos e a 
habilidade e experiência do executor são essenciais em muitos casos, os animais 
podem não morrer imediatamente, a depender do grau de injúria cerebral, e, desta 
forma, recomenda-se que imediatamente após o procedimento a morte seja garantida 
pelo emprego de um segundo método, como, por exemplo, a exsanguinação ou 
perfuração craniana. São métodos aceitos com restrição e não são práticos para 
causar a morte em um grande número de animais (CONCEA, 2015). 
Para um melhor entendimento dos medicamentos aceitos e aceitos sob 
restrição foi pego uma tabela para ilustrar. (Tabela 1) 
 
 
 
21 
 
Tabela 1 - Métodos da eutanásia 
Animais 
 
Aceitáveis Aceitos sob restrição 
 
 
 
Cães 
Barbitúricos ou outros anestésicos gerais 
injetáveis; anestésicos inalatórios 
seguidos se outro procedimento para 
assegurar a morte; anestesia geral prévia 
seguida de cloreto de potássio ou 
seguida de bloqueador neuromuscular e 
cloreto de potássio. 
N2/argônio; eletrocussão 
com anestesia geral 
prévia; T61. CO2; 
aplicação intratecal de 
anestésico local com 
anestesia geral prévia. 
 
 
 
Gatos 
Barbitúricos ou outros anestésicos gerais 
injetáveis; anestésicos inalatórios 
seguidos de outro procedimento para 
assegurar a morte; anestesia geral prévia 
seguida de cloreto de potássio ou 
seguida de bloqueador neuromuscular e 
cloreto de potássio. 
N2/argônio; eletrocussão 
com anestesia geral 
prévia; T61. CO2; 
aplicação intratecal de 
anestésico local com 
anestesia geral prévia. 
 
 
 
Equinos 
Barbitúricos ou outros anestésicos gerais 
injetáveis ou não a guaifenesina; 
anestesia geral prévia seguida de cloreto 
de potássio ou seguida de bloqueador 
neuromuscular e cloreto de potássio. 
Hidrato cloral; arma de 
fogo; eletrocussão com 
anestesia geral prévia; 
pistola de ar comprimido 
seguido de 
exsanguinação; aplicação 
intratecal de anestésico 
local com anestesia geral 
prévia. 
 
 
 
Ruminantes 
Barbitúricos ou outros anestésicos gerais 
injetáveis associados ou não a 
guaifenesina; anestesia geral prévia 
seguida de cloreto de potássio ou 
seguida de bloqueador neuromuscular e 
cloreto de potássio; pistola de ar 
comprimido seguido de exsanguinação. 
Hidrato cloral; arma de 
fogo; eletrocussão com 
anestesia geral prévia; 
aplicação intratecal de 
anestésico local com 
anestesia geral prévia; 
 
 
 
Suínos 
Barbitúricos ou outros anestésicos gerais 
injetáveis; CO2; anestesia geral prévia 
seguida de cloreto de potássio ou 
seguida de bloqueador neuromuscular e 
cloreto de potássio; overdose de 
anestésico inalatório seguida de outro 
procedimento que assegure a morte. 
Hidrato cloral; arma de 
fogo; eletrocussão com 
anestesia geral prévia; 
insensibilização elétrica 
seguida de 
exsanguinação; pistola de 
ar comprimido seguida de 
exsanguinação 
 
 
 
 
Fonte: Conselho Federal de Medicina Veterinária Resolução Nº - 1.000, de 11 de maio de 2021 
 
22 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Para a realização das duas pesquisas de campo, foi utilizado a plataforma do 
google forms, onde na pesquisa feita para pessoas leigas haviam 11 perguntas e para 
os profissionais da área da veterinária haviam 19 perguntas. 
 
5.1 PESSOAS LEIGAS 
 
• Questão 1 – Qual sua idade? 
Gráfico 1 – referente a questão 1 das pessoas leigas no assunto 
 
Compreende-se que, de 1434 respostas, 21,8% dos pesquisados têm até 20 
anos, 52% têm de 21 até 30 anos, 15,6% têm de 31 até 40 anos, e 2,9% têm mais de 
51 anos. 
 
• Questão 2 – Caso não concorde com a eutanásia nos animais, por quê? 
 
Para esta pergunta obtivemos 233 respostas, sendo que foram subdivididas em 
três grupos, as pessoas que concordam com a eutanásia, as pessoas que não 
concordam com a eutanásia por motivos religiosos, alegando que todos têm o direito 
de viver e morrer de forma natural, e o restante concorda caso não haja mais nada a 
ser feito pelo animal. 
 
 
23 
 
• Questão 3 – Você já autorizou a eutanásia em algum animal? 
Gráfico 2 – referente a questão 3 das pessoas leigas no assunto 
 
Observa-se que, das 1434 respostas coletadas no formulário, 63% dos 
pesquisados nunca autorizou a eutanásia em algum animal, contudo, os outros 37% 
dos pesquisados já autorizaram a eutanásia em algum animal. 
 
• Questão 4 – Caso necessário, você autorizaria a eutanásia em algum animal? 
Gráfico 3 – referente a questão 4 das pessoas leigas no assunto 
 
Constata-se que, 94,8% dos pesquisados autorizariam a eutanásia em algum 
animal caso necessário, porém, 5,2% dos pesquisados disse que não autorizariam a 
eutanásia em algum animal caso necessário.24 
 
• Questão 5 – Você concorda com a eutanásia, em animais de situação 
terminal, sem possibilidade de algum tratamento surtir efeito? 
Gráfico 4 – referente a questão 5 das pessoas leigas no assunto 
 
Neste gráfico obtivemos 1434 respostas, sendo 80,5% das respostas a favor 
da eutanásia em animais de situação terminal, sem a possibilidade de algum 
tratamento surtir efeito, contrapartida, 2,2% são contra a este procedimento na 
situação descrita acima, e 17,3% não tiveram exatidão na resposta. 
 
• Questão 6 – Você concorda com a eutanásia de um animal saudável, em que 
o tutor não possui condições financeiras para arcar com o tratamento do 
mesmo? 
Gráfico 5 – referente a questão 6 das pessoas leigas no assunto 
 
Conclui-se que, 97,6% dos pesquisados não concordam com a eutanásia um 
animal saudável, em que o tutor não possui condições financeiras para arcar com o 
tratamento do mesmo, já os outros 2,4% concordam com a situação citada acima. 
 
 
25 
 
• Questão 7 – Caso você não concorde, qual seria a melhor opção s ser feita? 
Gráfico 6 – referente a questão 7 das pessoas leigas no assunto 
 
Para esta questão, foram coletadas 1379 respostas, sendo que 54,2% dos 
pesquisados optariam por doar o animal caso não tivesse condição financeira para 
arcar com o tratamento do mesmo, já 45,8% preferiam levar em hospitais públicos 
para animais caso não houvesse dinheiro para arcar com o tratamento do animal. 
 
• Questão 8 - Você concorda com a eutanásia do animal quando este não se 
encaixa em um padrão estético de determinada raça? 
Gráfico 7 - referente a questão 8 das pessoas leigas no assunto 
 
Nesta pergunta, obtivemos quase um consenso para a resposta que não 
concordariam com a eutanásia do animal quando este não se encaixa em um padrão 
estético de determinada raça, tendo um total de 99,2% das respostas, porém houve 
0,8% das respostas onde as pessoas responderam que sim, autorizariam este 
procedimento neta condição citada. 
 
26 
 
• Questão 9 - Você concorda com a eutanásia em animais que se encontram 
em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a saúde pública, ou 
para controle populacional? Exemplo: carrocinha. 
Gráfico 8 - referente a questão 9 das pessoas leigas no assunto 
 
Conclui-se que, 89,2% dos pesquisados não concordam com a eutanásia em 
animais que se encontram em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a 
saúde pública, ou para controle populacional, 9% não apresentaram deliberação, e 
1,8% concordam com a situação citada acima. 
 
• Questão 10 - Você concorda com o abate de animais de produção de forma 
ética (ex:fazer com que o animal não sinta dor durante o processo), ou de 
forma não ética (ex:machadada)? 
Gráfico 9 - referente a questão 10 das pessoas leigas no assunto 
 
Dentre todas as respostas obtidas, 72,2% dos pesquisados concordam apenas 
com o abate de animais de forma ética, já 0,6% concordam apenas com o método de 
eutanásia não ético, 25,9% não concordam com o abate de animais, e 1% concorda 
com ambos os métodos. 
 
27 
 
• Questão 11 - Você concorda com a castração de fêmeas prenhas no caso em 
que o tutor não tem condições financeiras, ou caso a fêmea se encontre em 
estado de abandono? 
Gráfico 10 - referente a questão 11 das pessoas leigas no assunto 
 
Por este gráfico podemos definir que, 75,6% das respostas são a favor da 
castração de fêmeas prenhas no caso em que o tutor não tem condições financeiras, 
ou caso a fêmea se encontre em estado de abandono, já as outras respostas, 
representadas por 24,4%, não concordam com esta prática nesta circunstância. 
 
Após os resultados coletados pudemos concluir que o público que fora 
pesquisado está bem dividido, onde uma parcela dos pesquisados concorda em 
maioria dos casos citados no formulário, os demais dos pesquisados concorda apenas 
em casos extremos e o restante não concordam com nenhum dos casos citados no 
google forms. 
Contudo, conseguimos entender alguns casos em que o médico veterinário 
solicitou uma eutanásia em casos que não era realmente necessário como para 
padrões estéticos, mas há casos em que o profissional solicitou o procedimento para 
apartar a dor do animal como em casos de doenças em estado terminal. 
Muitos dos tutores na questão 2 relataram que não concordam com a eutanásia 
nos animais muitas vezes pelo sentimental, se referindo ao apego e egoísmo e até 
mesmo no remorso que iriam sentir caso concordassem e autorizassem esse 
procedimento. Além de que alguns dos pesquisados relatam que é uma crueldade 
com o animal e que ele irá sentir dor. 
Podemos ver que muitas dessas pessoas leigas não tem aceso a informação 
verídica sobre a eutanásia e tem a ideia errônea sobre essa pratica tendo em vista 
que causa sofrimento e dor ao animal. Isso porque a eutanásia é algo incomum na 
28 
 
sociedade por não ser feito em seres humanos e apresenta as pessoas leigas como 
uma crueldade. 
De acordo com a revisão de literatura desse trabalho a eutanásia não é um 
procedimento que causa sofrimento e dor no animal, sendo assim um procedimento 
indolor e que não causa sofrimento no animal, refutando a ideia das pessoas que não 
detêm o conhecimento na área. 
 
5.2 PROFISSIONAIS DA VETERINÁRIA 
 
• Questão 1 - qual sua idade? 
 
Gráfico 11 - referente a questão 1 dos profissionais da veterinária 
 
Constata-se que, de 47 respostas obtidas no formulário, 51,1% dos 
pesquisados têm até 20 anos de idade, 25,5% têm entre 21 e 30 anos, 12,8% têm 
entre 31 e 40 anos, 6,4% têm entre 41 e 50 anos, por fim, 4,3% possuem mais de 60 
anos. 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
• Questão 2 - Você é Médico Veterinário, estudante de medicina veterinária, 
técnico em veterinária ou auxiliar? 
 
Gráfico 12 - referente a questão 2 dos profissionais da veterinária 
 
Foi possível apurar que, das 47 respostas obtidas no formulário, 74,5% dos 
pesquisados são estudantes de medicina veterinária, 12,8% são técnicos em 
veterinária, 10,6% são médicos veterinários, e 2,1% são auxiliares na área da 
veterinária. 
 
 
• Questão 3 - Caso não concorde com este procedimento (eutanásia) em 
animais, por quê? 
 
Foram obtidas 14 respostas nesta pergunta, sendo 80% delas de acordo com 
o procedimento de eutanásia em animais, 15% delas de acordo com o procedimento 
de eutanásia caso outros tratamentos não surtiram efeito, e por fim, 5% concordam 
com a prática da eutanásia em partes tudo depende da situação do animal em 
questão. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
• Questão 4 - Você já realizou a eutanásia em algum animal? 
 
Gráfico 13 - referente a questão 4 dos profissionais da veterinária 
 
Constata-se que, das 47 respostas obtidas, 61,7% dos pesquisados nunca 
realizaram eutanásia em algum animal, em contrapartida, 38,3% já realizaram 
eutanásia em algum animal. (Não foi questionado o número de procedimentos 
realizados). 
 
• Questão 5 – Qual foi o motivo que levou a eutanásia desse animal? 
 
Foram obtidas 21 respostas para esta pergunta, sendo que há dois casos que 
não realizaram eutanásia; um caso em que o tutor assistiu ao procedimento, mas não 
realizou; o restante das respostas tem relatos de doenças terminais, tais como câncer, 
cinomose e falência renal, e os outros casos relatados foram para arrematar o 
sofrimento do animal. 
 
• Questão 6 – Como você abordou/abordaria o proprietário do animal quando há 
necessidade de realizar a eutanásia? 
 
Foram obtidas 47 respostas nesta questão, sendo que em todas as respostas 
entraram em questão, abordariam o tutor da melhor maneira e explicaria a situação 
do animal e que a melhor maneira de poupar o animal do sofrimento seria realizando 
a eutanásia. 
 
 
31 
 
• Questão 7 – Caso o tutor insistisse em acompanhar todo o processo, você 
permitiria? 
 
Gráfico 14 - referente a questão 7 dos profissionais da veterinária 
 
Constata-se que, das 47 respostas obtidas pelo formulário, 93,6% dospesquisados permitiriam que o tutor assistiria todo o processo da realização da 
eutanásia, contudo, 6,4% dos pesquisados alegam que não permitiriam o tutor 
participar do processo. 
 
• Questão 8 – Qual método de eutanásia você já realizou? 
 
Gráfico 15 - referente a questão 8 dos profissionais da veterinária 
 
Foi possível apurar que, nenhum dos pesquisados realizou o método físico da 
eutanásia, 36,2% realizou o método químico da eutanásia, e os outros 63,8% nunca 
realizaram a eutanásia em algum animal. 
 
 
 
32 
 
• Questão 9 – Quais destes métodos você concorda, ou já realizou? 
 
Gráfico 16 - referente a questão 9 dos profissionais da veterinária 
 
Perante este gráfico, conclui-se que, 93,6% dos pesquisados realizou o método 
da eutanásia, 25,5% realizou o método de ortotanásia e 12,8% já realizou o método 
de distanásia. 
 
• Questão 10 – Você concorda com a eutanasia em animais em estado terminal? 
 
Gráfico 17 - referente a questão 10 dos profissionais da veterinária 
 
Conclui-se que, 93,6% dos pesquisados concordam com a eutanásia em 
animais em estado terminal, e os outros 6,4% não concordam com este procedimento 
nesta condição. 
 
 
 
 
 
33 
 
• Questão 11 – Você concorda com a eutanásia em animais com doenças 
congênitas? Mesmo que este animal não apresenta piora na saúde? 
 
Gráfico 18 - referente a questão 11 dos profissionais da veterinária 
 
Dentre todos os 47 pesquisados, 48,9% diz não concordar com a eutanásia em 
aniamsi com doneças congênitas, mesmo que tal animal não apresente evolução 
negativa na saúde, 46,8% diz que talvez concordaria com o caso citado acima, e os 
outros 4,3% concordaria com o caso citado. 
 
 
• Questão 12 – Você concorda com a eutanásia de um animal saudável, em que 
o tutor não possui condições financeiras para arcar com o tratamento do 
mesmo? 
 
Gráfico 19 - referente a questão 12 dos profissionais da veterinária 
 
Conclui-se que, todos os 47 pesquisados concordam que não realizariam a 
eutanásia de um animal saudável, em que o tutor não possui condições financeiras 
para arcar com o tratamento do mesmo. 
 
34 
 
• Questão 13 – Você concorda com a eutanásia do animal quando este não se 
encaixa em um padrão estético de determinada raça? 
 
Gráfico 20 - referente a questão 13 dos profissionais da veterinária 
 
O gráfico apresenta que, 93,6% dos pesquisados não concordam com a 
eutanásia do animal quando este não se encaixa em um padrão estético de 
determinada raça, já os outros 6,4% concordam com a questão citada. 
 
• Questão 14 – Você concorda com a eutanásia em animais que se encontram 
em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a saúde pública, ou para 
controle populacional? Exemplo: carrocinha. 
 
Gráfico 21 - referente a questão 14 dos profissionais da veterinária 
 
Foi constatado que 72,3% dos pesquisados não concordam com a eutanásia 
em animais que se encontram em centros de zoonoses ou em situação de rua, para 
a saúde pública, ou para controle populacional, 8,6% concordam com a situação, 6,4% 
diz que a melhor coisa a se fazer para evitar a eutanásia desses animais é a castração, 
2,1% diz que a situação seria evitada caso as pessoas intervissem não sendo precisso 
eutanasiar o animal, 2,1% não teve posição certa sobre a pergunta, 4,1% diz 
35 
 
concordar caso o animal possua uma zoonose ou algo que possa comprometer a 
saúde pública. 
 
• Questão 15 – Hipoteticamente, você tem um caso onde o animal tem uma 
zoonose transmissível onde é necessário fazer a eutanásia, mas o tutor não 
aceita fazer a eutanásia pelo custo alto no mercado (seja para procriação, 
competições ou produção). Você cumpriria com a ética profissional e faria a 
eutanásia e jus ao seu juramento de proteger a saúde pública, ou aceitaria a 
decisão do tutor? 
 
Gráfico 22 - referente a questão 15 dos profissionais da veterinária 
 
Foi concluido que, 59,6% dos pesquisados cumpririam com a ética e 
realizariam o procedimento de eutanásia, 10,6% aceitariam a decisão do tutor, 8,4% 
aceitaria em não realizar a eutanásia, mas notificaria aos órgãos responsáveis, 4,2% 
se absteve do assunto, o restante alega que seguiria com a ética e tentaria convencer 
o tutor de tomar a melhor decisão para o animal e para a saúde pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
• Questão 16 - Você concorda com o método de abate ético (exemplo: 
insensibilização) e o método não ético (exemplo: machadada) nos animais de 
produção? 
 
Gráfico 23 - referente a questão 16 dos profissionais da veterinária 
 
Constata-se que, nenhum dos pesquisados concordam com ambos os métodos 
de abate (0,0%), 74,5% concordam apenas com o método ético de abate, 21,3% não 
concorda com o abate de animais, e 4,3% concorda apenas com o método não ético. 
 
• Questão 17 ´Você concorda com a castração de fêas prenhas no caso em que 
o tutor não tem condições financeiras, ou caso a fêmea se encontre em estado 
de abandono? 
 
Gráfico 24 - referente a questão 17 dos profissionais da veterinária 
 
Constata-se que, 44,7% dos pesquisados concordam om a castração de 
fêmeas prenhas no caso em que o tutor não tem condições financeiras, ou caso fêmea 
se encontre em estado de abandono, já 55,3% não concordam com este procedimento 
nestas cituações descritas acima. 
 
37 
 
• Questão 18 – O médico veterinário deve se responsabilizar pelo corpo do 
animal eutanasiado ou de morte natural? 
 
Para esta pergunta obtivemos 47 perguntas, onde as respostas foram dividas 
em: sim, o médico veterinário deve se responsabilizar pelo corpo do animal 
eutanasiado ou de morte natural; não, o médico veterinário não precisa/ pode se 
responsabilizar pelo corpo do animal eutanasiado ou de morte natural; talvez, onde o 
tutor escolhe em fazer um funeral para o animal, e caso o animal fora eutanasiado ou 
morrera por conta de uma zoonose, o médico veterinário deveria se responsabilizar 
pelo corpo do animal 
 
• Questão 19 – Você acha necessário fazer o termo de autorização para a 
realização da eutanásia? 
 
Gráfico 25 - referente a questão 19 dos profissionais da veterinária 
 
Dentre todas as 47 respostas, 2 pessoas (4,3%) diz que talvez seria necessário 
fazer o termo de autorização para a realização da eutanásia, e as outras 45 pessoas 
ou 95,7% diz que é sim necessário fazer o termo de autorização para a realização da 
eutanásia. 
 
Diante as respostas obtidas desta pesquisa com profissionais da área da 
veterinária, podemos ver um consenso da ética dentro deste procedimento, onde 
esses profissionais cumprem o exercício da profissão de acordo com a ética 
profissional. Pudemos concluir que alguns desses profissionais possuem tal afinidade 
com o procedimento da eutanásia, pois os médicos veterinários estudam e entendem 
38 
 
as patologias nos animais, sendo assim sabem em que situações e em que momentos 
é necessário fazer esse procedimento, e caso seja necessário, fazem da melhor 
maneira possível. 
Embora, existem profissionais desta área que não agem de acordo com a ética 
e o exericio legal da profissão, agindo de má fé com os tutores indo por um caminho 
mais fácil, mais rápido e mais lucrativo, em vez de seguir com um tratamento longo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
É possível compreender que a eutanásia é um procedimento que promove mais 
rapidamente a morte do animal de forma indolor e rápida, é indicada quando o animal 
está em estado terminal, quando o animal apresenta algum risco a saúde pública, ou 
quando este sofreu algum trauma muito grave onde nenhum tratamento conseguirá 
ajudá-lo. 
Porém, muitas pessoas acham que este procedimento é crueldade contra os animais, 
sem realmente saber a fundo e assim caracterizando a profissão de médico veterinário 
apenas baseado nesta prática. 
Este trabalho teve como propósito levar a informação para o conhecimento daspessoas, através de pesquisas e opiniões, afim de conscientizar a sociedade do real 
motivo o qual o procedimento da eutanásia é realizado em animais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
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http://abravas.org.br/files/arquivo/198/boletim-burnout.pdf
	1. INTRODUÇÃO
	2. OBJETIVO
	3. METODOLOGIA
	4. REVISÃO DE LITERATURA
	4.1 EUTANÁSIA
	4.2 DISTANÁSIA
	4.3 ORTOTANÁSIA
	4.4 MISTANÁSIA
	4.5 INDICAÇÕES
	4.6 ÉTICA
	4.6.1 COMPORTAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO
	4.6.2 COMPORTAMENTO DO TUTOR DIANTE A EUTANÁSIA
	4.7 MÉTODOS
	4.7.1 MÉTODOS QUÍMICOS
	4.7.2 MÉTODOS FÍSICOS
	5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	5.1 PESSOAS LEIGAS
	5.2 PROFISSIONAIS DA VETERINÁRIA
	6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS