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CENTRO EDUCACIONAL ETIP / COLÉGIO TABLEAU TÉCNICO DE VETERINÁRIA TURMA VEGN120(Tableau) - VEFN120 – VEHN220 Bruna Nascimento dos Santos Emily Kethlyn da Silva Nicole Palanca Stefanye Matsuda de Souza EUTANÁSIA Santo André/SP 2021 Bruna Nascimento dos Santos Emily Kethlyn da Silva Nicole Palanca Stefanye Matsuda de Souza EUTANÁSIA Projeto apresentado no Programa de Técnico em Veterinária do Colégio Centro Educacional ETIP/Colégio Tableau, como Complementação da disciplina para Obtenção do título de Técnico em Veterinária. Orientadora: Profº Aline de Castro Pereira. Santo André/SP 2021 AGRADECIMENTOS Nós agradecemos primeiramente aos professores Marcio Feitas e Guilherme Vicentin por nos ajudar a desenvolver o trabalho de conclusão de módulo deste semestre. E a todos os professores que nos apoiaram e nos acompanharam ao longo do curso. Agradecemos a todos os envolvidos que nos ajudaram e participaram da pesquisa de campo realizada. Agradecemos nossas famílias e amigos que nos apoiaram e participaram dessa jornada. Agradecemos aos animais que nos ensinaram ao maior amor, e a essa paixão crescente que nos fez dedicar a vida e carreira por eles. E agradecemos a Deus por sempre colocar tudo no seu devido lugar. “Se vale a pena viver e se a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena” - Immanuel Kant LISTA DE ILUSTRAÇÕES Tabela 1 - Métodos da eutanásia .............................................................................. 21 Gráfico 1 – referente a questão 1 das pessoas leigas no assunto ............................ 22 Gráfico 2 – referente a questão 3 das pessoas leigas no assunto ............................ 23 Gráfico 3 – referente a questão 4 das pessoas leigas no assunto ............................ 23 Gráfico 4 – referente a questão 5 das pessoas leigas no assunto ............................ 24 Gráfico 5 – referente a questão 6 das pessoas leigas no assunto ............................ 24 Gráfico 6 – referente a questão 7 das pessoas leigas no assunto ............................ 25 Gráfico 7 - referente a questão 8 das pessoas leigas no assunto ............................. 25 Gráfico 8 - referente a questão 9 das pessoas leigas no assunto ............................. 26 Gráfico 9 - referente a questão 10 das pessoas leigas no assunto ........................... 26 Gráfico 10 - referente a questão 11 das pessoas leigas no assunto ......................... 27 Gráfico 11 - referente a questão 1 dos profissionais da veterinária .......................... 28 Gráfico 12 - referente a questão 2 dos profissionais da veterinária .......................... 29 Gráfico 13 - referente a questão 4 dos profissionais da veterinária .......................... 30 Gráfico 14 - referente a questão 7 dos profissionais da veterinária .......................... 31 Gráfico 15 - referente a questão 8 dos profissionais da veterinária .......................... 31 Gráfico 16 - referente a questão 9 dos profissionais da veterinária .......................... 32 Gráfico 17 - referente a questão 10 dos profissionais da veterinária ........................ 32 Gráfico 18 - referente a questão 11 dos profissionais da veterinária ........................ 33 Gráfico 19 - referente a questão 12 dos profissionais da veterinária ........................ 33 Gráfico 20 - referente a questão 13 dos profissionais da veterinária ........................ 34 Gráfico 21 - referente a questão 14 dos profissionais da veterinária ........................ 34 Gráfico 22 - referente a questão 15 dos profissionais da veterinária ........................ 35 Gráfico 23 - referente a questão 16 dos profissionais da veterinária ........................ 36 Gráfico 24 - referente a questão 17 dos profissionais da veterinária ........................ 36 Gráfico 25 - referente a questão 19 dos profissionais da veterinária ........................ 37 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 2. OBJETIVO ............................................................................................................ 8 3. METODOLOGIA ................................................................................................... 9 4. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 10 4.1 EUTANÁSIA .................................................................................................... 10 4.2 DISTANÁSIA ................................................................................................... 10 4.3 ORTOTANÁSIA ............................................................................................... 11 4.4 MISTANÁSIA ................................................................................................... 11 4.5 INDICAÇÕES .................................................................................................. 11 4.6 ÉTICA .............................................................................................................. 13 4.6.1 COMPORTAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO ..................................... 14 4.6.2 COMPORTAMENTO DO TUTOR DIANTE A EUTANÁSIA ......................... 15 4.7 MÉTODOS ...................................................................................................... 18 4.7.1 MÉTODOS QUÍMICOS ................................................................................ 19 4.7.2 MÉTODOS FÍSICOS .................................................................................... 20 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 22 5.1 PESSOAS LEIGAS ......................................................................................... 22 5.2 PROFISSIONAIS DA VETERINÁRIA .............................................................. 28 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 39 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS ...................................................................... 40 6 1. INTRODUÇÃO A Medicina Veterinária nasceu quando o homem primitivo começou a domesticar o animal. Os primeiros métodos de diagnóstico, tratamento e prognóstico tiveram início por volta de 4.000 anos a.C., de acordo com o Papiro de Kahoun, descoberto no Egito, em 1890. Para alguns historiadores, esse é considerado o primeiro tratado de veterinária. Os códigos de Eshn Unna (1900 a.C.) e de Hammurabi (1700 a.C.), ambos da Babilônia, também já mencionavam a remuneração e as responsabilidades atribuídas aos “médicos dos animais”. Somente em 1761 a Medicina Veterinária passou a ser uma profissão científica, por meio da criação da primeira Escola de Medicina Veterinária na França e no mundo, na cidade de Lyon. Claude Bourgelat era um advogado e amante de cavalos, que não se conformava com a ineficiência no tratamento empírico de seus cavalos de raça e, usando sua influência, convenceu o Rei Luiz XV a criar a Escola Veterinária de Lyon, que entrou em funcionamento em 1762 (CRMV, 2020). Logo após, em 1766 surgiu a segunda escola de medicina veterinária, também na França, assim crescendo e se popularizando pelo mundo. Com as crises econômicas e políticas na Europa, no final do século XVIII e início do XIX, a família real se viu forçada a se mudar para o Brasil. A instalação da sede do Império no Rio de Janeiro trouxe avanços consideráveis não só para a Medicina Veterinária, como também para as áreas científicas e a vida cultural do país. Durante os reinados de D. João VI,D. Pedro I e D. Pedro II o país recebeu a visita de naturalistas, médicos, zoólogos e botânicos, interessados em estudar a desconhecida natureza local. Percorrendo o litoral brasileiro ou até mesmo adentrando o interior do país, cientistas dedicavam-se a pesquisar nossa fauna, flora e costumes. As ciências agrárias já despertavam grande interesse de D. Pedro II quando, viajando à França, em 1875, ele visitou a Escola Veterinária de Alfort e se impressionou com a instituição e com uma conferência ministrada pelo médico-veterinário fisiologista Gabriel- Constant Colin (1825-1896). O imperador voltou ao Brasil com o desejo de criar uma instituição semelhante. D. Pedro II foi o primeiro homem público a reconhecer a importância da formação de médicos-veterinários qualificados e, portanto, a necessidade de uma organização de ensino científico sobre a Medicina Veterinária. Também na fase de D. Pedro II, iniciou- 7 se uma grande evolução científica. Novas tecnologias criadas no período refletiram na Medicina Veterinária e na saúde pública, como foi o caso dos laboratórios implantados no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Em 1910, surgiram as instituições pioneiras do ensino da Veterinária no país: a Escola de Veterinária do Exército fundada pelo Decreto nº 2.232, de 6 de janeiro, e a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, criada pelo Decreto nº 8.319, de 20 de outubro, ambas na cidade do Rio de Janeiro. A medicina veterinária é a “arte da cura de animais”, é a ciência médica que se dedica à prevenção, controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além do controle da sanidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano. Busca também assegurar a qualidade, quantidade e a segurança dos estoques de alimentos de origem animal através do controle da saúde dos animais e dos processos que visam obter seus produtos (CULLER, 2018). Dentre os vários procedimentos praticados pelos profissionais da medicina veterinária, podemos destacar os mais usuais exames laboratoriais, castração, profilaxia dentária, retirada de tumores e a eutanásia. Segundo o livro “Guia brasileiro de boas práticas para a eutanásia em animais”, a eutanásia é descrita como a necessidade de minimizar o sofrimento dos animais, incluindo o medo, a ansiedade e a apreensão, deve ser considerada na determinação do método de eutanásia. Contenção cuidadosa, de preferência por indivíduo familiar ao animal e em ambiente seguro, pode ajudar a acalmá-lo; sendo considerado que os únicos métodos a serem empregados são aqueles humanitários e que não causam dor, asfixia ou desconforto o qual perdure durante o sacrifício, sendo, portanto, considerado como métodos mais aceitáveis aqueles que causam paradas respiratória e cardíaca simultaneamente. Este procedimento é indicado a animais com doenças terminais, animais portadores de doenças zoonóticas, animais vítimas de acidentes de trânsito, controle de excesso de animais abandonados por seus donos e que se continuarem nas ruas poderão ocasionar sérios problemas de saúde. 8 2. OBJETIVO O objetivo desse trabalho é despertar as pessoas sobre o real motivo da eutanásia, seus métodos e seu altruísmo. 9 3. METODOLOGIA Para a elaboração desse trabalho utilizamos pesquisa teórica de revisão de literatura em sites, livros, artigos científicos e foi realizada duas pesquisas de campo, de forma on-line pela plataforma do google forms onde obtivemos 1434 respostas na de pessoas leigas no assunto abordado desse trabalho e 47 de pessoas da área da veterinária. 10 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1 EUTANÁSIA Etimologicamente, a palavra eutanásia deriva-se da união de dois conceitos; “eu”, do grego que significa bom, e “thanatos”, que significa morte (AVMA, 2013). A eutanásia também é definida como “a indução da cessação da vida animal, por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando sempre os princípios éticos”. (CFMV, 2012). A eutanásia é o procedimento que é capaz de cessar a vida de um animal, quando o mesmo apresentar condições incompatíveis com bem-estar físico ou psicológico, quando for utilizado em pesquisas ou quando representar perigo para a sociedade/meio ambiente (CFMV, 2002), sempre realizado de forma humanitária (AVMA, 2013). A eutanásia também é aceita no controle populacional de animais selvagens ou que sofreram graves injúrias, animais domésticos abatidos em grupos e animais de zoológico (REPORT..., 2001). Oliveira et al. (2002) referiram que a eutanásia pode ser observada sob várias perspectivas, sendo que, para o animal ela deve ser indolor, produzir inconsciência instantânea e morte rápida; para o executante, o método deve ser seguro e não provocar choques emocionais. Para realizar a eutanásia, é necessária qualificação específica que abranja formação técnica, ética e humanitária. O executor que realizará o procedimento deve possuir experiência e qualificação técnica comprovada sobre o(s) método(s) proposto(s), conhecimento da(s) espécie(s), de métodos humanitários de contenção e das possíveis respostas que inter-relacionem os métodos e as espécies (CONCEA. 2015). 4.2 DISTANÁSIA A distanásia é conceituada como uma morte difícil ou penosa, que é usada para indicar o prolongamento do processo da morte, por meio de tratamento que apenas 11 prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade. (SELLI, 2009). A atitude do médico responsável mesmo tendo como objetivo salvar a vida do paciente, o submete a grande sofrimento, prolongando a vida a qualquer custo (SANTANA et al., 2010). 4.3 ORTOTANÁSIA Inicialmente, é importante compreender o sentido da terminologia “ortotanásia”. Etimologicamente, o termo significa morte correta – orto: certo; thanatos: morte. Essa prática é compreendida como manifestação da boa morte ou morte desejável (BORGES, 2009). É um procedimento em que não existe mais fonte de cura para o paciente, deixando com que a morte chegue quando o organismo não possa mais sustentar a vida, sem a interferência de aparelhos ou métodos que possam adiar a morte (VILLAS-BÔAS, 2008). Ocorre quando o não prolongamento artificial do processo de morte, além do que seria o processo natural, feito pelo médico (BORGES, 2001, p.287). 4.4 MISTANÁSIA O conceito de mistanásia refere-se à morte miserável dos excluídos, como é o caso dos animais de rua que não têm acesso a condições básicas de sobrevivência como alimentação e cuidados com a saúde, resultando em morte com sofrimento e prematuridade (Lopes, 2011). 4.5 INDICAÇÕES A eutanásia deve ser realizada apenas se o bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, se o animal for uma ameaça à saúde pública, se o animal constituir risco à fauna nativa ou ao meio ambiente, se for utilizado em 12 experimentos científicos ou quando o tratamento necessário representar custo incompatível com a atividade produtiva do animal, ou incompatível com os recursos financeiros do proprietário. Sendo importante ressaltar que a utilização da eutanásia fica restrita às situações nas quais não tem possibilidade da adoção de medidas alternativas. (CFMV, 2013). Outras indicações para a eutanásia, segundo o artigo 4 da resolução nº 1000 de Maio de 2012, incluem: animais onde as feridas estão atingidas de uma forma grave e sem solução; animais que possuam uma doença incurável em estágio final; bem-estar onde não há como se controlar ou recuperar seu estado fisiológico; ou no caso de saúde pública de animais com zoonoses (CFMV, 2012). Uma das principais indicações daeutanásia é a idade avançada do animal, neoplasias, doenças do sistema músculo-esquelético e problemas comportamentais, sendo a agressividade a causa mais comum. (PIITAINEN; TAPONEN., 2003). As principais zoonoses que são controladas a partir do método de eutanásia são a raiva e a leishmaniose (Ibrahim, 2012). Segundo Frank (2004) a superpopulação de animais de companhia é um problema que acarreta significativos custos humanos, e que só podem ser abordados através de ação humana, como a castração e a adoção, reduzindo assim as taxas de eutanásia e a superpopulação de animais. Um programa de esterilização de cães e gatos tem por objetivo reduzir o número de animais saudáveis eutanasiados, após a implantação do programa foi diminuído esse número e aumentando o número de cirurgias de castração e adoção desses animais (HUGHES et at., 2002). Há casos em que o clínico veterinário é solicitado a praticar a eutanásia por razões que envolvem um interesse do tutor do animal, alegando, na maioria das vezes razões de ordem econômica, conveniência do tutor, comportamento indesejável ou abandono do animal. (SPINOSA et al., 2002). Ainda tem a questão de animais abandonados e eutanasiados após agressão, constituindo um problema de saúde pública frequentemente relatado, onde as principais vítimas são crianças que, além dos problemas físicos e psicológicos obtidos, podem ter problemas emocionais devido à perda do animal (LAKESTANI et al., 2005). 13 4.6 ÉTICA O surgimento do racionalismo iluminista no final do século XVII trouxe consigo a concepção do legalismo jurídico, de forma a caracterizar ordenamento jurídico como um sistema fechado de regras outorgadas por uma autoridade estatal. As regras tinham por escopo demonstrar quais comportamentos sociais eram merecedores de uma tutela jurídica, não reconhecendo outra forma de normatividade. (COSTA,2000). Devido sua concepção perdeu sua validade na segunda metade do século XX, por meio do qual o ordenamento jurídico não era mais visto como uma ciência estática e sim dinâmica, interrelacionada com os demais componentes do todo social, tendo-se devida atenção a ética (1998/1999), diante disso, a autoridade estatal não traçava um comportamento típico, de modo que os fatos da vida ou o comportamento social devido viessem perfeitamente caracterizados e conectados a determinadas consequências, mas sim passou a utilizar-se de um modelo aberto a fim de que as axiológicas fundamentais da comunidade pudessem ser canalizadas, não se desvinculando da experiência social concreta (MORI, 1994). Passou a se dar devida importância em atribuir um valor ético a um fato social, de modo a culminar na criação de uma norma jurídica tendo sua positivação constituída em um processo no qual a comunidade tem sua importância (CHAUI,2000). Os princípios serviram tanto de ponte para que o direito se reaproximasse de sua dimensão ética, ora fastada pelo legalismo positivista, como possibilitaram a construção do biodireito, sendo este a disciplina jurídica da bioética, visando determinar limites para licitude do progresso científico (BARBOZA,2000). O pensamento da eutanásia, aduz que a morte súbita é, sem dúvidas, preferível à morte agonizante. Pelo fato de interromper a vida, bem considerado indisponível, grande parte da doutrina brasileira se posiciona de forma desfavorável à eutanásia, pois, de maneira fria, tratasse da extinção do indivíduo, o que se opõe, supostamente, ao direito à vida. para o viés da medicina, a prática visa a redução da dor e sofrimento de quem se encontra em casos específicos como doenças incuráveis, coma ou prognóstico irreversível, buscando um meio aliviante para chegar à morte (RÕEH,2004), diante de uma enfermidade sem cura e fatal, os procedimentos que mantém o paciente vivo, por serem inúteis para uma possível cura, são interrompidos 14 por causarem apenas mais sofrimento ao prolongar a vida. Nesse caso a vida para de ser estendida por métodos artificiais. Mesmo que seja necessária em determinadas situações, aqui previstas, todo o processo deve ocorrer com o máximo de consideração aos animais e suas necessidades. Isso envolve, principalmente, o entendimento e respeito aos princípios propostos. Os profissionais envolvidos precisam estar treinados para o manuseio adequado dos animais, devem escolher o método ideal e execução dentro das normas preconizadas. Na verdade, não importa apenas o método utilizado para a eutanásia, mas, sim, todo o processo, incluindo ambiente, número de animais presentes, tipo de contenção, familiaridade dos animais com os operadores e condição física dos animais. Esse conjunto de medidas é considerado como uma política voltada aos cuidados com a eutanásia em animais. Além da eutanásia ativa direta e indireta, há também a eutanásia passiva que é aquela onde o profissional médico se omite nos cuidados do paciente no sentido de não aplicar algum tratamento existente que prolongaria a sua vida. Neste caso é possível a prestação de cuidados paliativos visando o alívio das dores físicas psíquicas do indivíduo (RODRIGUEZ,2005). 4.6.1 COMPORTAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO A exposição constante dos técnicos ao procedimento de eutanásia pode afetá- los psicologicamente sob diversas formas. Causar a morte de animais é difícil do ponto de vista psíquico, particularmente quando acontece de forma frequente e resulta no envolvimento do executor com os animais. O efeito emocional da eutanásia nas pessoas ocorre mais intensamente quando há necessidade de causar a morte de um grande número de animais e de forma repetida. Alguns indivíduos podem estabelecer mecanismos psíquicos de defesa, de modo a reduzir a empatia e o respeito no manuseio dos animais, já outros podem experimentar um sentimento de pesar e tristeza pela perda da vida. Os envolvidos não devem trabalhar sob pressão ou estar obrigados a praticar a eutanásia, sugerindo-se que haja uma rotatividade entre os seus executores. A pessoa responsável pela eutanásia deve ter conhecimento técnico, usar métodos humanitários de manuseio, entender o motivo pelo qual o animal está sendo morto, estar familiarizado com o método e informado sobre a finalidade a que se destinará o cadáver (CONCEA, 2015). O Ato Médico Veterinário 15 da Eutanásia, mesmo com indicações para os casos terminais de profunda dor e sofrimento dos animais, causa a médio e longo prazo, sequelas sistêmicas e inconscientes de dor e culpa em nossas consciências/almas, tornando-nos muito vulneráveis às questões da vida e da morte, e mais ainda, banalizando a eutanásia como procedimento último, por sermos novamente inábeis, em lidar com o sofrimento dos animais e de seus tutores (ABRAVAS, 2019). Não há, portanto, uma cadeira especifica que ensine o aluno a enfrentar as situações de confortar e consolar uma família. Pior ainda é de como preparar o aluno a se manter equilibrado diante dessas situações. Quando se tem uma carga emocional enorme, o veterinário acaba se vendo sozinho para digerir toda a carga que recebeu. A forma mais comum de fuga é “tornar-se profissional”, reprimindo seus sentimentos e demonstrar frieza aos que o cercam, pois isso seria um sinal de força. Uma alternativa seria haver no currículo, disciplinas de psicologia, preparo emocional e técnicas de como ouvir, sem carregar o fardo que os outros deixem pelo caminho e como dar um abraço no momento certo (LESNAU & SANTOS., 2012), Segundo uma investigação de Centers for Disease Control and Prevention (CDC) revelam que a taxa de suicídio é 3,5 vezes mais alta entre médicos veterinários do que entre o resto da população em geral. A revelação é feita por um estudo recentemente publicado na revista científica Journal of the American Veterinary Medical Association (JAVMA) e que contou com uma amostra de 11.620 profissionais. Por detrás da tendência estão“o excesso de trabalho, as responsabilidades de gestão das clínicas, os procedimentos de eutanásia e um mau balanço entre a vida pessoal e profissional”. 4.6.2 COMPORTAMENTO DO TUTOR DIANTE A EUTANÁSIA Há alguns anos, os animais de companhia têm ganhado um espaço maior na vida das pessoas. Alguns, ocupando o lugar de crianças, em lares onde casais não podem ou optaram por não ter filhos; outros, fazendo companhia para pessoas que moram sozinhas; trabalhando e sendo protetores de pessoas com deficiência visual, como cães-guia. Ou seja, no mundo atual, um gato ou cachorro, pode, facilmente, substituir um ser humano, na vida das pessoas (FARACO et al., 2013). Podemos 16 relacionar está forte afetividade entre humano e animal por conta de um hormônio que afeta a vida humana do início ao fim, conhecida como ocitocina. A ocitocina é um peptídeo produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise posterior, também conhecida como neuro hipófise, sendo considerado o hormônio da paixão. A ocitocina é um hormônio que provoca um profundo estímulo parassimpático aumentando a capacidade afetiva natural dos seres humanos (Rachid, 2021); sendo assim, a ocitocina está relacionada com a afetividade, que regula o apego e afeição nas relações e vínculos sociais, a afetividade desencadeada em pessoas, ao familiarizar-se à presença dos cães, e faz associações com aflição psicológica, reduzindo o nível de cortisol, que é o hormônio ligado ao estresse e a ansiedade, assim, agindo como cognição social do comportamento relacional, agindo e permeando a capacidade humana fundamental de formar apego, indispensável nas relações sociais (Gomes, 2017). A prática da eutanásia, pode envolver aspectos emocionais dos seres humanos. Portanto, deve ser indicada apenas em casos em que seja realmente necessária, considerando-se o bem-estar do animal e do ambiente. Não estão ainda totalmente esclarecidos os mecanismos psicológicos que atuam sobre os seres humanos, levando alguns a agirem irracionalmente, impedindo o controle de zoonoses e que podem ter seu ciclo interrompido caso se sacrifique o animal. Nesses casos os proprietários de cães agem de maneira obsessiva, levando-os a serem cruéis, muitas vezes sem perceber, mantendo o animal ao seu lado, mas sem as condições de higidez minimamente necessárias para uma vida sem sofrimento e dor (OMS, 2010). A relação de humano e animal vem se tornando mais forte e explicita ao longo dos anos, proporcionando assim uma melhora significativa na vida de seus tutores, em especial dos idosos. Muitas coisas levam às pessoas a dividirem a suas casas e vidas com um animal, dentre essas causas, podemos destacar o companheirismo, passatempo, assim, reduzindo sentimentos como solidão e proporcionando felicidade a seus tutores. Assim, os tutores criam laços e afetividade pelo cão, assim como cria por uma pessoa, tornando o animal em um membro da família tão importante quanto uma pessoa, sendo assim, quando o animal morre o tutor sofre pela perda deste animal como se fosse uma pessoa da família, passando pelos estágios do luto gerando um grande impacto emocional. Ana Claudia Quintana Arantes descreveu o luto como: 17 “A dor do luto é proporcional à intensidade do amor vivido na relação que foi rompida pela morte, mas também é por meio desse amor que conseguiremos nos reconstruir”. Compreende-se que, o impacto da eutanásia na vida do tutor gera várias emoções e dúvidas, onde ao mesmo tempo em que ele pensa no melhor para acabar com a dor de seu animal, se sente culpado em autorizar que seu animal seja levado de forma não natural, muitas das vezes indo contra os princípios do tutor. Pensando nos sentimentos do tutor após autorizar o procedimento de eutanásia, fizemos uma coletânea de relatos pessoas com a eutanásia, através da rede social Facebook: Motivos pelos quais os tutores não optam pela eutanásia: “Assim como o ser humano espera o momento certo para morrer, acho que os animais também podem esperar, não cabe a nós decidir isso” – O.G. “Se não acham ético com humanos que podem consentir, porque seria ético em animais que não consentem?” – K.S. “Não acho que tenhamos o direito de decisão sobre a vida e corpos alheios, apesar de infelizmente já termos passado por essa situação. Inclusive sou contra castração também, por entender que seja feita para comodidade dos tutores e pela irresponsabilidade das pessoas no geral. a decisão pela eutanásia é extremamente dolorosa e corre-se o risco de optar por ela por orientação de maus profissionais (veterinários preguiçosos ou incompetentes).” – Anônimo. Tutores que optaram pela eutanásia: “Passei por isso duas vezes; optei por interromper o sofrimento e não me arrependo, mas a sensação na hora não é nada boa” – D.Z. “Foi a decisão mais difícil que tive que fazer na vida. Não por ser contra, era o melhor que eu poderia fazer por ele; dar dignidade depois de uma batalha de 5 meses, mas você nunca quer optar por isso. Graças a deus, os veterinários dele tiveram um atendimento humanizado e tive amparo nesse momento. Que todos os veterinários tenham essa empatia. É muito mais que vidinhas pets, pra nós são o mundo” – A.K. “O meu tinha 21 anos, já não andava mais, estava com câncer, chorava o dia todo com dor. Depois de uma crise aguda e de nem Tramal com outros anestésicos fazerem efeito, tomamos essa atitude. Foi muito triste e dolorido. Fiquei com ele o tempo todo” – T.N. 18 Podemos então, concluir que a maioria dos tutores não optariam pela eutanásia por questão religiosa, por remorso em acabar com uma vida, consideram crueldade com o animal, e por querer deixar o animal morrer de forma natural, sem intervenção humana. Já os tutores que optaram pela prática de eutanásia relatam ter sofrido com a perda de seus animais, porém, dizem que a decisão foi a certa para que o sofrimento desses animais não se estendesse mais que o necessário. 4.7 MÉTODOS De acordo com a COCEA (2015) alguns métodos de eutanásia precisam da contensão física do animal, realizada de acordo com a espécie, raça, tamanho, estado de domesticação, comportamento, presença de dor ou doenças e grau de excitação cerebral. Por essa razão, a manipulação feita corretamente no animal é fundamental para minimizar a dor ou o sofrimento para garantir a segurança do pessoal envolvido, para proteger terceiros e os animais. A manipulação dos animais deve ser cuidadosa e, muitas vezes, conversar com o animal durante a eutanásia pode ter um efeito calmante em animais acostumados com o manuseio. O uso de baixa luminosidade e um ambiente livre de ruídos também deve ser preconizado (CONCEA, 2015). Os princípios básicos dos métodos de eutanásia são: ter um elevado grau de respeito aos animais, ausência ou redução máxima de dor e desconforto nos animais, busca da inconsciência imediata seguida de morte, ausência ou redução máxima da ansiedade e medo, segurança e irreversibilidade, ausência ou mínimo impacto ambiental, ausência ou redução máxima de risco aos presentes durante o procedimento, e a ausência ou redução máxima de impactos emocional e psicológico negativos no operador e nos observadores. Sendo que, é obrigatório a participação do médico veterinário na supervisão e/ou execução da eutanásia animal em todas as circunstâncias em que ela é necessária (CFMV, 2012). Existem várias maneiras de se praticar a eutanásia. A morte antecipada do paciente resulta de participação direta do médico, seja por ação, seja por omissão (SZTAJN, 2002). Entretanto ressalte-se que os únicos métodos a serem usados são aqueles considerados humanitários e que não causam reações de dor, asfixia ou desconforto que perdure durante o sacrifício, sendo, portanto, considerado como 19 métodos mais aceitáveis aqueles que causam paradas respiratórias e cardíacas simultaneamente (MASSONE, 2003).Tem agentes físicos e substâncias químicas que são reconhecidas letais ou tóxicas para os animais, mas não devem ser usadas para eutanásia devido aos sofrimentos que podem causar. O agente deve ser prático, seguro e de fácil emprego para o profissional que manipula o agente (SPINOSA e SPINOSA, 2006). Existem métodos que apesar de práticos (armas de fogo ou cloreto de potássio), são desagradáveis para os proprietários espectadores, pois provocam convulsões ou movimento de estiramento (MASSONE, 2003). Os métodos físicos devem causar a perda imediata de consciência, mediante a trauma físico cerebral. Os métodos químicos têm por base o uso de substâncias que prontamente produzem a inconsciência e a morte dos animais, em função da sobredosagem. Sendo que, ambos os métodos requerem treinamento especializado para a contenção, manejo de instrumentos e manipulação das drogas a serem utilizadas, buscando precisão e rapidez no procedimento, de modo a minimizar o estresse e abreviar a morte dos animais (OLIVEIRA et al., 2002). 4.7.1 MÉTODOS QUÍMICOS O método químico é baseado no uso de substâncias que produzam a inconsciência e em seguida a morte do animal, sendo utilizados primeiramente os anestésicos que podem ser gerais, inalatórios ou sedativos e, em seguida, o método pode ser complementado por injeção de bloqueador neuromuscular, cloreto de potássio ou injeção de lidocaína na cisterna magna (BRASIL, 2018). Também é utilizado outros medicamentos como o T61 seguido ou não de anestesia geral e o sulfato de galamina seguido do cloreto de potássio (Agostinho & Palazzo, 2009). Os barbitúricos são os fármacos de eleição para realizar a eutanásia visto que são potentes e capazes de promover a inconsciência do paciente em poucos instantes sendo que, quando utilizados via intravenosa em dose e concentração ideal, leva o animal a uma morte indolor. Porém, essa classe de medicamentos tem pontos negativos como o animal poder apresentar respiração agônica (BRASIL, 2018). Oliveira et al. (2003) ressalta que apesar de existirem medicamentos frequentemente utilizados para eutanásia, o médico veterinário deve ter em mente que 20 cada organismo age de uma forma a determinada droga e, por vezes, podem existir reações adversas. 4.7.2 MÉTODOS FÍSICOS Os métodos físicos quando apropriadamente aplicados, por pessoas altamente treinadas e equipamentos adequados, são eficientes na condução da eutanásia. Nessas condições esses métodos resultam em menos medo, ansiedade, e são extremamente rápidos, indolores e práticos, em comparação aos demais métodos empregados na eutanásia. Embora, a percepção do público seja negativa ao observar esses métodos, por associarem ao sofrimento e à violência, a rapidez e a eficiência tornam esses métodos aceitáveis em certas condições, sobretudo, para algumas espécies de animais (CFMV, 2013). Os métodos físicos de eutanásia incluem pistola de insensibilização, tiro com arma de fogo, deslocamento cervical, decapitação, eletrocussão, irradiação por micro- ondas específicos para eutanásia, armadilhas, compressão torácica, exsanguinação ou sangria, maceração, concussão e perfuração craniana (CONCEA, 2015). Como a maioria desses métodos envolve trauma, deve-se levar em conta o risco para os animais e para o executor. Os cuidados devem ser extremos e a habilidade e experiência do executor são essenciais em muitos casos, os animais podem não morrer imediatamente, a depender do grau de injúria cerebral, e, desta forma, recomenda-se que imediatamente após o procedimento a morte seja garantida pelo emprego de um segundo método, como, por exemplo, a exsanguinação ou perfuração craniana. São métodos aceitos com restrição e não são práticos para causar a morte em um grande número de animais (CONCEA, 2015). Para um melhor entendimento dos medicamentos aceitos e aceitos sob restrição foi pego uma tabela para ilustrar. (Tabela 1) 21 Tabela 1 - Métodos da eutanásia Animais Aceitáveis Aceitos sob restrição Cães Barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis; anestésicos inalatórios seguidos se outro procedimento para assegurar a morte; anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio ou seguida de bloqueador neuromuscular e cloreto de potássio. N2/argônio; eletrocussão com anestesia geral prévia; T61. CO2; aplicação intratecal de anestésico local com anestesia geral prévia. Gatos Barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis; anestésicos inalatórios seguidos de outro procedimento para assegurar a morte; anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio ou seguida de bloqueador neuromuscular e cloreto de potássio. N2/argônio; eletrocussão com anestesia geral prévia; T61. CO2; aplicação intratecal de anestésico local com anestesia geral prévia. Equinos Barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis ou não a guaifenesina; anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio ou seguida de bloqueador neuromuscular e cloreto de potássio. Hidrato cloral; arma de fogo; eletrocussão com anestesia geral prévia; pistola de ar comprimido seguido de exsanguinação; aplicação intratecal de anestésico local com anestesia geral prévia. Ruminantes Barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis associados ou não a guaifenesina; anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio ou seguida de bloqueador neuromuscular e cloreto de potássio; pistola de ar comprimido seguido de exsanguinação. Hidrato cloral; arma de fogo; eletrocussão com anestesia geral prévia; aplicação intratecal de anestésico local com anestesia geral prévia; Suínos Barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis; CO2; anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio ou seguida de bloqueador neuromuscular e cloreto de potássio; overdose de anestésico inalatório seguida de outro procedimento que assegure a morte. Hidrato cloral; arma de fogo; eletrocussão com anestesia geral prévia; insensibilização elétrica seguida de exsanguinação; pistola de ar comprimido seguida de exsanguinação Fonte: Conselho Federal de Medicina Veterinária Resolução Nº - 1.000, de 11 de maio de 2021 22 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a realização das duas pesquisas de campo, foi utilizado a plataforma do google forms, onde na pesquisa feita para pessoas leigas haviam 11 perguntas e para os profissionais da área da veterinária haviam 19 perguntas. 5.1 PESSOAS LEIGAS • Questão 1 – Qual sua idade? Gráfico 1 – referente a questão 1 das pessoas leigas no assunto Compreende-se que, de 1434 respostas, 21,8% dos pesquisados têm até 20 anos, 52% têm de 21 até 30 anos, 15,6% têm de 31 até 40 anos, e 2,9% têm mais de 51 anos. • Questão 2 – Caso não concorde com a eutanásia nos animais, por quê? Para esta pergunta obtivemos 233 respostas, sendo que foram subdivididas em três grupos, as pessoas que concordam com a eutanásia, as pessoas que não concordam com a eutanásia por motivos religiosos, alegando que todos têm o direito de viver e morrer de forma natural, e o restante concorda caso não haja mais nada a ser feito pelo animal. 23 • Questão 3 – Você já autorizou a eutanásia em algum animal? Gráfico 2 – referente a questão 3 das pessoas leigas no assunto Observa-se que, das 1434 respostas coletadas no formulário, 63% dos pesquisados nunca autorizou a eutanásia em algum animal, contudo, os outros 37% dos pesquisados já autorizaram a eutanásia em algum animal. • Questão 4 – Caso necessário, você autorizaria a eutanásia em algum animal? Gráfico 3 – referente a questão 4 das pessoas leigas no assunto Constata-se que, 94,8% dos pesquisados autorizariam a eutanásia em algum animal caso necessário, porém, 5,2% dos pesquisados disse que não autorizariam a eutanásia em algum animal caso necessário.24 • Questão 5 – Você concorda com a eutanásia, em animais de situação terminal, sem possibilidade de algum tratamento surtir efeito? Gráfico 4 – referente a questão 5 das pessoas leigas no assunto Neste gráfico obtivemos 1434 respostas, sendo 80,5% das respostas a favor da eutanásia em animais de situação terminal, sem a possibilidade de algum tratamento surtir efeito, contrapartida, 2,2% são contra a este procedimento na situação descrita acima, e 17,3% não tiveram exatidão na resposta. • Questão 6 – Você concorda com a eutanásia de um animal saudável, em que o tutor não possui condições financeiras para arcar com o tratamento do mesmo? Gráfico 5 – referente a questão 6 das pessoas leigas no assunto Conclui-se que, 97,6% dos pesquisados não concordam com a eutanásia um animal saudável, em que o tutor não possui condições financeiras para arcar com o tratamento do mesmo, já os outros 2,4% concordam com a situação citada acima. 25 • Questão 7 – Caso você não concorde, qual seria a melhor opção s ser feita? Gráfico 6 – referente a questão 7 das pessoas leigas no assunto Para esta questão, foram coletadas 1379 respostas, sendo que 54,2% dos pesquisados optariam por doar o animal caso não tivesse condição financeira para arcar com o tratamento do mesmo, já 45,8% preferiam levar em hospitais públicos para animais caso não houvesse dinheiro para arcar com o tratamento do animal. • Questão 8 - Você concorda com a eutanásia do animal quando este não se encaixa em um padrão estético de determinada raça? Gráfico 7 - referente a questão 8 das pessoas leigas no assunto Nesta pergunta, obtivemos quase um consenso para a resposta que não concordariam com a eutanásia do animal quando este não se encaixa em um padrão estético de determinada raça, tendo um total de 99,2% das respostas, porém houve 0,8% das respostas onde as pessoas responderam que sim, autorizariam este procedimento neta condição citada. 26 • Questão 9 - Você concorda com a eutanásia em animais que se encontram em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a saúde pública, ou para controle populacional? Exemplo: carrocinha. Gráfico 8 - referente a questão 9 das pessoas leigas no assunto Conclui-se que, 89,2% dos pesquisados não concordam com a eutanásia em animais que se encontram em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a saúde pública, ou para controle populacional, 9% não apresentaram deliberação, e 1,8% concordam com a situação citada acima. • Questão 10 - Você concorda com o abate de animais de produção de forma ética (ex:fazer com que o animal não sinta dor durante o processo), ou de forma não ética (ex:machadada)? Gráfico 9 - referente a questão 10 das pessoas leigas no assunto Dentre todas as respostas obtidas, 72,2% dos pesquisados concordam apenas com o abate de animais de forma ética, já 0,6% concordam apenas com o método de eutanásia não ético, 25,9% não concordam com o abate de animais, e 1% concorda com ambos os métodos. 27 • Questão 11 - Você concorda com a castração de fêmeas prenhas no caso em que o tutor não tem condições financeiras, ou caso a fêmea se encontre em estado de abandono? Gráfico 10 - referente a questão 11 das pessoas leigas no assunto Por este gráfico podemos definir que, 75,6% das respostas são a favor da castração de fêmeas prenhas no caso em que o tutor não tem condições financeiras, ou caso a fêmea se encontre em estado de abandono, já as outras respostas, representadas por 24,4%, não concordam com esta prática nesta circunstância. Após os resultados coletados pudemos concluir que o público que fora pesquisado está bem dividido, onde uma parcela dos pesquisados concorda em maioria dos casos citados no formulário, os demais dos pesquisados concorda apenas em casos extremos e o restante não concordam com nenhum dos casos citados no google forms. Contudo, conseguimos entender alguns casos em que o médico veterinário solicitou uma eutanásia em casos que não era realmente necessário como para padrões estéticos, mas há casos em que o profissional solicitou o procedimento para apartar a dor do animal como em casos de doenças em estado terminal. Muitos dos tutores na questão 2 relataram que não concordam com a eutanásia nos animais muitas vezes pelo sentimental, se referindo ao apego e egoísmo e até mesmo no remorso que iriam sentir caso concordassem e autorizassem esse procedimento. Além de que alguns dos pesquisados relatam que é uma crueldade com o animal e que ele irá sentir dor. Podemos ver que muitas dessas pessoas leigas não tem aceso a informação verídica sobre a eutanásia e tem a ideia errônea sobre essa pratica tendo em vista que causa sofrimento e dor ao animal. Isso porque a eutanásia é algo incomum na 28 sociedade por não ser feito em seres humanos e apresenta as pessoas leigas como uma crueldade. De acordo com a revisão de literatura desse trabalho a eutanásia não é um procedimento que causa sofrimento e dor no animal, sendo assim um procedimento indolor e que não causa sofrimento no animal, refutando a ideia das pessoas que não detêm o conhecimento na área. 5.2 PROFISSIONAIS DA VETERINÁRIA • Questão 1 - qual sua idade? Gráfico 11 - referente a questão 1 dos profissionais da veterinária Constata-se que, de 47 respostas obtidas no formulário, 51,1% dos pesquisados têm até 20 anos de idade, 25,5% têm entre 21 e 30 anos, 12,8% têm entre 31 e 40 anos, 6,4% têm entre 41 e 50 anos, por fim, 4,3% possuem mais de 60 anos. 29 • Questão 2 - Você é Médico Veterinário, estudante de medicina veterinária, técnico em veterinária ou auxiliar? Gráfico 12 - referente a questão 2 dos profissionais da veterinária Foi possível apurar que, das 47 respostas obtidas no formulário, 74,5% dos pesquisados são estudantes de medicina veterinária, 12,8% são técnicos em veterinária, 10,6% são médicos veterinários, e 2,1% são auxiliares na área da veterinária. • Questão 3 - Caso não concorde com este procedimento (eutanásia) em animais, por quê? Foram obtidas 14 respostas nesta pergunta, sendo 80% delas de acordo com o procedimento de eutanásia em animais, 15% delas de acordo com o procedimento de eutanásia caso outros tratamentos não surtiram efeito, e por fim, 5% concordam com a prática da eutanásia em partes tudo depende da situação do animal em questão. 30 • Questão 4 - Você já realizou a eutanásia em algum animal? Gráfico 13 - referente a questão 4 dos profissionais da veterinária Constata-se que, das 47 respostas obtidas, 61,7% dos pesquisados nunca realizaram eutanásia em algum animal, em contrapartida, 38,3% já realizaram eutanásia em algum animal. (Não foi questionado o número de procedimentos realizados). • Questão 5 – Qual foi o motivo que levou a eutanásia desse animal? Foram obtidas 21 respostas para esta pergunta, sendo que há dois casos que não realizaram eutanásia; um caso em que o tutor assistiu ao procedimento, mas não realizou; o restante das respostas tem relatos de doenças terminais, tais como câncer, cinomose e falência renal, e os outros casos relatados foram para arrematar o sofrimento do animal. • Questão 6 – Como você abordou/abordaria o proprietário do animal quando há necessidade de realizar a eutanásia? Foram obtidas 47 respostas nesta questão, sendo que em todas as respostas entraram em questão, abordariam o tutor da melhor maneira e explicaria a situação do animal e que a melhor maneira de poupar o animal do sofrimento seria realizando a eutanásia. 31 • Questão 7 – Caso o tutor insistisse em acompanhar todo o processo, você permitiria? Gráfico 14 - referente a questão 7 dos profissionais da veterinária Constata-se que, das 47 respostas obtidas pelo formulário, 93,6% dospesquisados permitiriam que o tutor assistiria todo o processo da realização da eutanásia, contudo, 6,4% dos pesquisados alegam que não permitiriam o tutor participar do processo. • Questão 8 – Qual método de eutanásia você já realizou? Gráfico 15 - referente a questão 8 dos profissionais da veterinária Foi possível apurar que, nenhum dos pesquisados realizou o método físico da eutanásia, 36,2% realizou o método químico da eutanásia, e os outros 63,8% nunca realizaram a eutanásia em algum animal. 32 • Questão 9 – Quais destes métodos você concorda, ou já realizou? Gráfico 16 - referente a questão 9 dos profissionais da veterinária Perante este gráfico, conclui-se que, 93,6% dos pesquisados realizou o método da eutanásia, 25,5% realizou o método de ortotanásia e 12,8% já realizou o método de distanásia. • Questão 10 – Você concorda com a eutanasia em animais em estado terminal? Gráfico 17 - referente a questão 10 dos profissionais da veterinária Conclui-se que, 93,6% dos pesquisados concordam com a eutanásia em animais em estado terminal, e os outros 6,4% não concordam com este procedimento nesta condição. 33 • Questão 11 – Você concorda com a eutanásia em animais com doenças congênitas? Mesmo que este animal não apresenta piora na saúde? Gráfico 18 - referente a questão 11 dos profissionais da veterinária Dentre todos os 47 pesquisados, 48,9% diz não concordar com a eutanásia em aniamsi com doneças congênitas, mesmo que tal animal não apresente evolução negativa na saúde, 46,8% diz que talvez concordaria com o caso citado acima, e os outros 4,3% concordaria com o caso citado. • Questão 12 – Você concorda com a eutanásia de um animal saudável, em que o tutor não possui condições financeiras para arcar com o tratamento do mesmo? Gráfico 19 - referente a questão 12 dos profissionais da veterinária Conclui-se que, todos os 47 pesquisados concordam que não realizariam a eutanásia de um animal saudável, em que o tutor não possui condições financeiras para arcar com o tratamento do mesmo. 34 • Questão 13 – Você concorda com a eutanásia do animal quando este não se encaixa em um padrão estético de determinada raça? Gráfico 20 - referente a questão 13 dos profissionais da veterinária O gráfico apresenta que, 93,6% dos pesquisados não concordam com a eutanásia do animal quando este não se encaixa em um padrão estético de determinada raça, já os outros 6,4% concordam com a questão citada. • Questão 14 – Você concorda com a eutanásia em animais que se encontram em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a saúde pública, ou para controle populacional? Exemplo: carrocinha. Gráfico 21 - referente a questão 14 dos profissionais da veterinária Foi constatado que 72,3% dos pesquisados não concordam com a eutanásia em animais que se encontram em centros de zoonoses ou em situação de rua, para a saúde pública, ou para controle populacional, 8,6% concordam com a situação, 6,4% diz que a melhor coisa a se fazer para evitar a eutanásia desses animais é a castração, 2,1% diz que a situação seria evitada caso as pessoas intervissem não sendo precisso eutanasiar o animal, 2,1% não teve posição certa sobre a pergunta, 4,1% diz 35 concordar caso o animal possua uma zoonose ou algo que possa comprometer a saúde pública. • Questão 15 – Hipoteticamente, você tem um caso onde o animal tem uma zoonose transmissível onde é necessário fazer a eutanásia, mas o tutor não aceita fazer a eutanásia pelo custo alto no mercado (seja para procriação, competições ou produção). Você cumpriria com a ética profissional e faria a eutanásia e jus ao seu juramento de proteger a saúde pública, ou aceitaria a decisão do tutor? Gráfico 22 - referente a questão 15 dos profissionais da veterinária Foi concluido que, 59,6% dos pesquisados cumpririam com a ética e realizariam o procedimento de eutanásia, 10,6% aceitariam a decisão do tutor, 8,4% aceitaria em não realizar a eutanásia, mas notificaria aos órgãos responsáveis, 4,2% se absteve do assunto, o restante alega que seguiria com a ética e tentaria convencer o tutor de tomar a melhor decisão para o animal e para a saúde pública. 36 • Questão 16 - Você concorda com o método de abate ético (exemplo: insensibilização) e o método não ético (exemplo: machadada) nos animais de produção? Gráfico 23 - referente a questão 16 dos profissionais da veterinária Constata-se que, nenhum dos pesquisados concordam com ambos os métodos de abate (0,0%), 74,5% concordam apenas com o método ético de abate, 21,3% não concorda com o abate de animais, e 4,3% concorda apenas com o método não ético. • Questão 17 ´Você concorda com a castração de fêas prenhas no caso em que o tutor não tem condições financeiras, ou caso a fêmea se encontre em estado de abandono? Gráfico 24 - referente a questão 17 dos profissionais da veterinária Constata-se que, 44,7% dos pesquisados concordam om a castração de fêmeas prenhas no caso em que o tutor não tem condições financeiras, ou caso fêmea se encontre em estado de abandono, já 55,3% não concordam com este procedimento nestas cituações descritas acima. 37 • Questão 18 – O médico veterinário deve se responsabilizar pelo corpo do animal eutanasiado ou de morte natural? Para esta pergunta obtivemos 47 perguntas, onde as respostas foram dividas em: sim, o médico veterinário deve se responsabilizar pelo corpo do animal eutanasiado ou de morte natural; não, o médico veterinário não precisa/ pode se responsabilizar pelo corpo do animal eutanasiado ou de morte natural; talvez, onde o tutor escolhe em fazer um funeral para o animal, e caso o animal fora eutanasiado ou morrera por conta de uma zoonose, o médico veterinário deveria se responsabilizar pelo corpo do animal • Questão 19 – Você acha necessário fazer o termo de autorização para a realização da eutanásia? Gráfico 25 - referente a questão 19 dos profissionais da veterinária Dentre todas as 47 respostas, 2 pessoas (4,3%) diz que talvez seria necessário fazer o termo de autorização para a realização da eutanásia, e as outras 45 pessoas ou 95,7% diz que é sim necessário fazer o termo de autorização para a realização da eutanásia. Diante as respostas obtidas desta pesquisa com profissionais da área da veterinária, podemos ver um consenso da ética dentro deste procedimento, onde esses profissionais cumprem o exercício da profissão de acordo com a ética profissional. Pudemos concluir que alguns desses profissionais possuem tal afinidade com o procedimento da eutanásia, pois os médicos veterinários estudam e entendem 38 as patologias nos animais, sendo assim sabem em que situações e em que momentos é necessário fazer esse procedimento, e caso seja necessário, fazem da melhor maneira possível. Embora, existem profissionais desta área que não agem de acordo com a ética e o exericio legal da profissão, agindo de má fé com os tutores indo por um caminho mais fácil, mais rápido e mais lucrativo, em vez de seguir com um tratamento longo. 39 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS É possível compreender que a eutanásia é um procedimento que promove mais rapidamente a morte do animal de forma indolor e rápida, é indicada quando o animal está em estado terminal, quando o animal apresenta algum risco a saúde pública, ou quando este sofreu algum trauma muito grave onde nenhum tratamento conseguirá ajudá-lo. Porém, muitas pessoas acham que este procedimento é crueldade contra os animais, sem realmente saber a fundo e assim caracterizando a profissão de médico veterinário apenas baseado nesta prática. Este trabalho teve como propósito levar a informação para o conhecimento daspessoas, através de pesquisas e opiniões, afim de conscientizar a sociedade do real motivo o qual o procedimento da eutanásia é realizado em animais. 40 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS AGOSTINHO, J. J.; LEGA, E. Aplicações clínicas e éticas da eutanásia em pequenos animais. Nucleus Animalium. 2009, 24-26. ALVES, M. P. A.; ANDRADE, G. C.; BRITO, M. F.; DUARTE, G. C.; COSTA, G. 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REVISÃO DE LITERATURA 4.1 EUTANÁSIA 4.2 DISTANÁSIA 4.3 ORTOTANÁSIA 4.4 MISTANÁSIA 4.5 INDICAÇÕES 4.6 ÉTICA 4.6.1 COMPORTAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO 4.6.2 COMPORTAMENTO DO TUTOR DIANTE A EUTANÁSIA 4.7 MÉTODOS 4.7.1 MÉTODOS QUÍMICOS 4.7.2 MÉTODOS FÍSICOS 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 PESSOAS LEIGAS 5.2 PROFISSIONAIS DA VETERINÁRIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS