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Artigo: O DILÚVIO - Tribunal de Deus

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O DILÚVIO: Tribunal de Deus 
 
Diógenes Pereira da Silva Neto* 
RESUMO 
 
O Dilúvio é um fato que segundo a Bíblia, relata o acontecimento onde toda a terra 
foi tomada por uma grande enchente, que jamais existiu de forma geográfica, mas o 
dilúvio tem um motivo muito maior e significante, pois não foi apenas um 
acontecimento geográfico como uma enchente, onde afetou toda a terra, mas este 
dilúvio veio como uma sentença e consequentemente um decreto, sendo Deus o 
responsável deste decreto judicial. Deus como promotor acusou o gênero humano, 
pois este havia negligenciado e indo contra tudo o que Deus preservará. Deus vos 
deu o livre-arbítrio, para que o gênero humano pode-se fazer suas próprias 
escolhas, sendo elas boas ou más, porem o gênero humano optou pelas más, a 
violência prevaleceu, levando toda a terra para o caos. Estas ações tiveram suas 
consequências, ou seja, afetou profundamente o coração de Deus, a coroa de sua 
criação havia se corrompido e afetou tudo que tinha vida na terra, então Deus deu 
inicio ao seu tribunal divino, não havia advogado de defesa e muito menos 
testemunhas, pois o próprio Deus imperava no seu tribunal divino, como promotor 
acusou, e como juiz sentenciou e condenou, e o decreto foi o dilúvio. Com exceção 
de um homem chamado Noé, que Deus achou graça, e com toda sua família, 
esposa, seus três filhos com suas respectivas esposas, alguns animais, aves e 
repteis em que numa arca construída pelo próprio Noé e arquitetada, por Deus 
receberam a salvação. 
 
Palavras-chave: Resumo. Artigo. Dilúvio. Tribunal. Sentença. Decreto. 
 
1. INTRODUÇÃO
O significado do dilúvio na Bíblia é apresentado como um decreto judicial, 
dentro do tribunal divino. Deus é o promotor de acusação, e juiz, que julga a 
violência e corrupção, que o gênero humano como réu trouxe o caos para toda a 
terra. Deus então sentenciou e decretou o dilúvio, para que toda a terra fosse 
purificada do mal que lhe foi causada, mas Deus achou graça em um homem, Noé, 
em meio a todo este caos, Deus como arquiteto, projetou uma arca, para que Noé a 
construísse, e com ele toda sua família, alguns animais, aves e repteis que entraram 
na arca com Noé, receberam a salvação. 
 
*
 Autor do artigo, créditos. 
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2. DEUS PROMOTOR DO GENERO HUMANO 
 
A violência e a corrupção se iniciam pelas más ações do gênero humano 
afetando toda a terra e tudo que nela há se corrompeu, e Deus fica indignado com 
está ações e o próprio Deus abre a audiência, e como promotor começa a acusação 
contra o gênero humano. Os homens começam a se multiplicar, pois o que se 
entende é que provavelmente esta seria da geração de Caim, pois ele deixou o mal 
contaminar o seu coração, acendeu a discórdia contra o Espírito de Deus. 
 “D’us disse: Meu espírito não continuará a julgar o homem para sempre, uma 
vez que ele não é mais que carne, seus dias serão de 120 anos.” (Torá Viva, 
Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 6, 3). 
 
A indagação de Deus se inicia justamente porque o Homem embora sendo 
semelhante a Deus, seu coração havia se contaminado, está geração se multiplicou 
e com ela sua violência, isso afetou profundamente o coração do seu Criador 
chegando ao ponto de se arrepender de te-los feito. A perversidade do homem subiu 
como um cheiro ruim as narinas do seu Criador, então Deus depois de isalar o mau 
cheiro do “pecado” 1, toma uma decisão e inicia Sua acusação contra o homem, 
sabendo que afetaria toda a terra. 
 
 D’us viu que a perversidade do homem estava aumentando. Todo impulsos 
de seus íntimos pensamentos era para o mal, o dia inteiro. D’us se 
arrependeu de ter feito o homem na terra, e Ele lamentou em seu âmago. 
D’us disse: “Eu eliminarei da face da terra a humanidade que criei – o 
homem, gado animais da terra e pássaros do céu. Eu lamento que os tenha 
criado” (Torá Viva, Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 6, 5-7). 
 
 
A decisão de Deus é que haja uma purificação em toda terra, pois o homem a 
contaminou, Deus não vê apenas a perversidade do coração do homem, mas que 
isto, causou um caos imensurável, que se espalhou por toda terra, tudo que tinha 
vida. O homem para Deus passou a ser uma doença, uma espécie de câncer que 
contaminou toda a terra e deveria ser extirpado. Mas em meio a toda esta violência 
e corrupção, Deus achou graça em um homem, descendente de “Sete” 2. 
 
1
 Pecado: [Religião] Desrespeito a algum preceito religioso; transgressão da lei de Deus ou 
dos mandamentos da igreja. (perversão, vício, erro, lastima). 
2
 Sete: “Set” em hebraico, “shat”, Shet, do hebraico “Shat”, “colocar” ou “conferir”. (Torá Viva, 
Pentateuco e as Haftarot, nota de rodapé, KAPLAN, Aryeh, 1981, p.18). 
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 Este homem chamava-se Noé, e Deus viu em Noé o escolhido da salvação, 
de tudo que havia criado, que se contaminou com a perversidade do homem, a 
violência encheu o coração do gênero humano. 
 “Lemech viveu 182 anos, ele teve um filho. Ele chamou Noé, dizendo: este 
nos trará alivio de todo nosso trabalho e do tormento das nossas mãos, do solo que 
D’us amaldiçoou.” (Torá Viva, Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 5, 28-29) 
Mas não somente isso, Noé era homem justo e reto, que são qualidades de 
um verdadeiro filho de Deus, e ainda andava com Deus. Noé era uma prefiguração 
do Salvador Jesus Cristo, justo e reto que se desviará da corrupção que na terra se 
instalou. 
 “Mas Noé encontrou favor aos olhos de D’us. Esses são os registros de Noé: 
Noé era homem justo, perfeito em sua geração. Noé caminhava com D’us.” (Torá 
Viva, Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 6, 8-9) 
 
3. DEUS COMO JUIZ DO GENERO HUMANO 
 
Deus anuncia a sentença a Noé, e o seu veredito é um dilúvio3, Deus 
condena toda vida que está sobre a terra e embaixo do céu, Noé recebe também 
outra instrução da parte de Deus, Ele lhe entrega uma planta arquitetônica de um 
grande barco da salvação, uma arca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 Dilúvio: inundação, chuva muito intensa, abundante e permanente, que causa enchentes ou 
alagações [...]. (Dicionário – app Dicio). 
Fonte: Imagem, Google, http://wol.jw.org, 2011. 
 
Figura 1: O Grande Dilúvio – Quem escutou a 
Deus 
Dilúvio. 
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Faz para ti uma arca de madeira de cipreste. Divide a arca em 
compartimentos. Calafeta o interior e o exterior com piche. É assim que tu 
dever ás construí-la: o comprimento da arca será de 300 cúbitos, sua 
largura de 50 cúbitos e sua altura de 30 cúbitos. Faz uma claraboia para a 
arca. Faze-a inclinada de modo a ter 1 cúbito (de largura) no topo. Coloca a 
porta da arca no seu costado. Faz um primeiro, segundo e terceiro (convés) 
Eu Mesmo trarei o dilúvio. Água estará sobre a terra para destruir sob os 
céus toda a carne que tenha em si um sopro de vida. Tudo que esta sobre a 
terra morrerá. (Torá Viva, Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 6,14-17). 
 
 
Deus firma una aliança com Noé para a salvação, pois entrará na arca, ele 
sua mulher, seus três filhos e suas respectivas esposas, mas Deus também entrega 
Noé, outras instruções com respeito aos que iriam com eles na arca, Deus fala a 
Noé que separe de toda espécie vivente, dois de cada, macho e fêmea, das 
seguintes classes, aves, repteis, animais limpos e não limpos. 
Noé em obediência a Deus e fez exatamente o que Deus o havia mandado. O 
significado do nome de Noé é muito propicio para a situação que estava vivendo 
todo caos que se instalou na terra. 
“[...] Noé (descanso, consolo) é seu filho na esperança de que este viesse a 
ser um libertador (5.29), mas nunca sonhou de que maneira o Senhor cumpriria seu 
desejo expresso.” (HOFF PAUL, 1983, p.37). 
Normalmente em um julgamento, o juiz, após a condenação dos réus, decreta 
o cárcere, para que sejam presos e isolados do mundo externo. Porém neste 
tribunal, os inocentes é que são levados para o isolamento,ou seja, presos, 
trancados e separados de uma sociedade violenta, corrupta e perversa, pois neste 
tribunal, O Juiz (Deus), manda que os inocentes entrem na arca para que sejam 
isolados de tudo e de todos do mundo externo. 
O que observamos neste caso, é que os condenados não foram presos, mas 
estavam soltos, e os inocentes foram presos, selados na arca, mas arca foi feita 
para salvação e não para condenação. 
”De toda carne que nela tem sopro de vida, vieram a Noé, para a arca, dois a 
dois. [...] De toda carne eles vieram, como D’us tinha mandado (a Noé). D’us então o 
selou no interior.” (Torá Viva - Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 7,15-16). 
O julgamento foi realizado, a sentença decretada, e os que estavam livres e 
supostamente a salvos, na verdade eram os condenados. 
 
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O dilúvio é um julgamento que se processa dentro das grandes catástrofes 
históricas. Nessas catástrofes, Deus revela as verdades dos homens e lhes 
mostra seu destino, por não se terem convertido ao seu projeto. A verdade 
é que a auto-suficiência é um projeto de auto-destruição, em que tanto o 
homem auto-suficiente, como o mundo criado por ele, acabam em ruína. 
(BALANCIN apud STORNIOLO, 2005, p.28). 
 
 
4. O DILÚVIO – O INÍCIO DA EXECUÇÃO DA SENTENÇA 
 
Deus abre as compotas dos céus, as fontes do grande abismo se rompem, a 
chuva descia como uma avalanche de águas foi quarenta dias e quarenta noites de 
grande tormento, que tomou toda a terra, as água subiram quinze côvados (750m) 
de altura aproximadamente, todos os montes da terra que se avistava, não se via 
nem seus cumes, tudo foi tomado pelas águas, simplesmente desapareceram diante 
do grande dilúvio, a sentença foi decretada, o veredito foi executado. 
“As águas da inundação vem tanto de cima dos céus quanto debaixo da terra, 
desfazendo o ato criativo por separação escrito em Gênesis 1:6-7 e permitindo que o 
primitivo estado de caos retorne.” (Porter, 2009, p.32) 
Somente Noé e sua familia e todos os animais, que Deus ordenou a ele que 
separa-se, salvaram-se, pois entraram na arca. As águas predominaram por 150 
dias. “As águas ondearam por 150 dias.” (Torá Viva - Pentateuco e as Haftarot, 
Gênesis, 7, 24). 
 
Fonte: Imagem, Google, http://www.recantodoescritor.com.br, 2017. 
 
Figura 2: A Arca de Noé e o Dilúvio – A/1744. 
Dilúvio. 
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5. O DILÚVIO – O FIM E A PRURIFICAÇÃO DE TODA TERRA 
 
A sentença havia se findado, os 150 dias se passaram e tudo que tinha vida 
se expirou e a terra estava purificada, a violência e a corrupção que desagradava o 
coração do Criador e que subia como um cheiro ruim, havia se acabado, e o coração 
de Deus estava aliviado, então descansou, pois os condenados foram punidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noé e sua familia e junto com ele os animais puros, não puros, macho e 
fêmea, os pássaros dos céus e tudo que se arrastava (repteis) sobre a terra. Estes 
receberam a salvação e foram libertos. 
Figura 3: Novela “Gênesis” da Record - O Dilúvio. 
Dilúvio. 
Fonte: Imagem, Google, http://newnationnews.org, 2021. 
Figura 4 – A maldade dos homens provocou a Ira de Deus, 
que enviou um grande dilúvio como castigo. 
 
Fonte: Imagem, Google, www.aasc.org.br, 2016. 
Dilúvio. 
http://www.aasc.org.br/
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“Deus deu atenção especial a Noé e a todos os animais e gado que estavam 
com ele na arca. D’us fez um vento soprar sobre a terra, e as águas começaram a 
baixar.” (Torá Viva - Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 8, 1). 
Noé ao sair da arca da salvação edificou um altar a Deus em ação de graça, 
pela misericórdia e por tudo que o Senhor fez por ele e toda sua familia, e este 
sacrifício subiu como um cheiro suave e bom e agradou-se o Senhor de Noé. 
Deus fez está promessa a Noé, em que jamais puniria a terra e seus viventes 
com mais um dilúvio, por causa do coração mal do homem. 
 
Noé construiu um altar para D’us. Ele tomou alguns de todo o gado puro e 
de todo pássaro puro, e ele ofereceu holocaustos sobre o altar. D’us aspirou 
o aroma apaziguante, e D’us disse para Si: “Nunca mais amaldiçoarei o solo 
por causa do homem, pois a inclinação do coração do homem é de má 
desde a sua juventude. Nunca mais abaterei toda vida, como acabei de 
fazer. (Torá Viva - Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 8, 20-22). 
 
Como selo esta promessa, Deus fez uma aliança a Noé, e está aliança é 
representada por um grande arco multicolorido que aparecerá em meio às nuvens, e 
as águas nunca mais se tornaram como um dilúvio. 
“[...] Neste caso, arco pendurado no céu significa a restauração da paz e da 
harmonia.” (PORTER, 2009, p.32). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deus estabeleceu está aliança, para que Noé e seus filhos, e todo homem 
existente, a partir deles, incluindo todo ser que respira que se multipliquem e povoe 
toda terra, para que, jamais se esquecessem deste pacto e a causa de que Deus 
Fonte: Imagem, Google, http://thescripturesays.org, 2015. 
 
Figura 5: Quando o arco estiver nas nuvens, 
eu o verei e me lembrarei da aliança eterna. 
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fizera esta aliança. Deus havia purificado toda a terra e por esse motivo, ela (a terra) 
estava boa e pronta para uma grande frutificação. 
 
“D’us disse a Noé e seus filhos com ele: Eu mesmo estou fazendo uma 
aliança com vocês e com seus descendentes depois de vocês. (Isso 
também inclui) toda criatura viva que está com vocês, os pássaros, o gado e 
todos os animais da terra com vocês – todos que deixaram a arca incluindo 
todo animal sobre a terra. Eu farei a minha aliança com vocês, e toda vida 
nunca mais será banida pelas águas de um dilúvio. Nunca mais terá um 
dilúvio para destruir a terra.” D’us disse: “Este é um sinal que Eu estou 
estabelecendo para aliança entre Mim, vocês, e toda criatura que viva que 
está com vocês, para gerações eternas: Eu coloquei Meu arco-íris nas 
nuvens, e ele está como um sinal de aliança entre Mim e a terra”. (Torá 
Viva, Pentateuco e as Haftarot, Gênesis, 9, 8-13). 
 
 
 
6. CONCLUSÃO 
 
Deus quando formou os céus e a terra e todo ser vivente, ortogou o direito ao 
homem como mordomo, administrador de tudo que Deus criou, mas o que 
observamos, é que o homem, não cumpriu seu papel que a ele foi determinado, pelo 
seu Criador, e com tudo isso, por obediência a Ele por desobediência e as 
consequências foram imputado veemente sendo expulso do seu lar (Éden) 4, no 
qual, seu Criador havia formado, mas a coroa da criação, o homem passou a ser 
uma decepção para Deus e por esta razão foi destituído do seu cargo. 
 Por intermédio do pecado do homem, Adão, tudo na terra foi amaldiçoado, 
acredita-se que todo universo foi afetado causando um verdadeiro desequilíbrio 
cósmico. Entendemos que o mal entrou no coração do homem, isto é, demonstrado 
pelo primeiro homicídio, e este relatado se encontra no capítulo quatro: “Caim disse 
(algo) a seu irmão Abel. Então, quando aconteceu de estarem no campo, Caim 
ergueu-se contra seu irmão Abel, e o matou.” (Torá Viva - Pentateuco e as Haftarot 
– Gênesis, 4.8). 
Deus deu ao gênero humano o poder de decisão, ou seja, o livre-arbítrio, o 
direito de escolha e isso estão desde a fundação da terra. Ao gênero humano, Deus 
deu o direito do sim e do não, de obedecer por livre e espontânea vontade ao seu 
Criador, mas entendemos também que, o livre-arbítrio e a vontade de Deus, estão 
 
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 Éden: paraíso terrenal; lugar de delícias e de felicidades tranquila. (História Sagrada, 
DUMOND, Ed. Paulus, 1926, p.12). 
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relacionados, ou seja, não são duas partes de uma mesma questão, o gênero 
humano recebeu o livrepoder de decisão, para que ele possa viver pelas suas 
próprias escolhas, e essas escolhas trazem consequências, boas ou ruins. 
Foi exatamente isso que levou o gênero humano e toda terra para ao caos, e 
com isso, trouxe a irá do seu Criador e fez com que Ele se arrepender-se de te-los 
criado, e consequentemente levando-os para o julgamento. Tudo pertence a Deus e 
Ele é o Dono de tudo, sendo assim tudo estava em perfeita harmonia, mas o gênero 
humano trouxe a desarmonia, e o coração de Deus pesou, afetando-o 
profundamente, que dor seu Criador sentiu, a violência e corrupção do homem fez 
com que Deus lamenta-se em seu âmago. 
O livre-arbítrio do homem e a vontade de Deus, não tinha nenhuma relação, e 
não havia outra decisão a tomar, a não ser leva-lo e tudo que tinha vida ao tribunal. 
Deus foi o Promotor e o Juiz, a sentença foi decretada, o homem e tudo que tinha 
vida expiraram, pois foi condenado, por Deus, O juiz e o veredito foi o “dilúvio”. 
Uma vez decretado, não há, mais volta, no tribunal de Deus, não existe 
advogado de defesa para entrar com habeas corpus, ou algum outro documento de 
soltura, não existe salvação, a não serem aqueles que, O juiz decidir, Noé e toda 
sua familia e uma parte dos animais e aves foram escolhidos, pois Deus de todos os 
homens achou graça em Noé. 
A graça é algo que não se merece, mas Deus concede a quem Ele quer, a 
misericórdia é algo que se merece, como um castigo ou condenação, mas Deus não 
concede, e Deus concedeu a Noé a graça e teve misericórdia dele e de toda sua 
familia, mas enquanto ao restante, não viu graça e não teve misericórdia, pois a 
terra teria que ser purificada de toda maldade, violência e corrupção do homem. O 
mau uso do livre-arbítrio e suas escolhas trouxeram serias consequências, que o 
levou a receber a pior sentença, a sentença de morte, pois Deus abriu as compotas 
dos céus, e enviou o dilúvio e tudo expirou. 
Jesus Cristo em seu tempo faz uma analogia à vinda do filho do homem com 
os dias de Noé. Jesus contextualiza a vinda do filho do homem como um 
julgamento, como nos dias do patriarca Noé, será como um julgamento e com a 
mesma intensidade como nos dias de Noé, onde pelo dilúvio, Deus não poupou o 
gênero humano, todos estavam diante do Seu tribunal, foram julgados e condenados 
a morte. 
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“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas 
unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a 
vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao 
dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia 
em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e 
os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, 
estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro.” (BÍBLIA – 
Tradução, Revizada e Corrigida, Mateus, 24, 36-40) 
 
 
A vinda do filho do homem será semelhante, todos os homens de todas as 
nações, raças, línguas e etnias estarão diante do tribunal, não haverá testemunhas, 
advogados de defesa, ou qualquer outro que tente justificar as ações humanas, e 
Jesus Cristo será o Promotor e o Juiz. 
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THE DILUTION: Court of God 
 
ABSTRACT 
 
The Flood is a fact that according to the Bible, reports the event where the whole 
earth was taken by a great flood, which has never existed geographically, but the 
flood has a much greater and significant reason, because it was not only a 
geographical event as a flood, which affected the whole earth, but this flood came as 
a sentence and consequently a decree, God being responsible for this judicial 
decree. God as prosecutor accused mankind, for it had neglected and gone against 
everything that God will preserve. God gave you free will, so that mankind could 
make their own choices, good or bad, but mankind opted for the bad ones, violence 
prevailed, leading the whole earth into chaos. These actions had their consequences, 
that is, it deeply affected God's heart, the crown of His creation had corrupted and 
affected everything that had life on earth, so God started His divine court, there was 
no defense attorney and even less witnesses, because God Himself ruled in His 
divine court, as prosecutor He accused, and as judge He sentenced and condemned, 
and the decree was the flood. With the exception of a man named Noah, whom God 
found grace, and with all his family, wife, his three sons with their respective wives, 
some animals, birds and reptiles in which in an ark built by Noah himself and 
designed, by God they received salvation. 
 
Keywords: Abstract. Article. Flood. Court. Sentence. Decree. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
KAPLAN, Aryeh. Torá Viva, Pentateuco e as Haftarot: (Titulo original: The Living 
Torah), em São Paulo. São Paulo: Ed. Maayanot, 2001. 
 
PORTER, J.R. A Bíblia: Guia Ilustrado das Escrituras Sagradas: história, literatura e 
religião, em São Paulo. São Paulo: Ed. PubliFolha, 2009. 
 
DUMONT, Isidoro. Histórias Sagradas: Para uso das escolas e das famílias, em 
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. Paulo de Azevedo, 2007. 
 
HOFF, Paul. O Pentateuco: em São Paulo. São Paulo: Ed. Vida, 1983.

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