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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
CAMPUS AVANÇADO GOVERNADOR VALADARES
INSTITUTO CIÊNCIAS DA VIDA
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
AUGUSTO MACEDO BRANDÃO
CYNTHIA LARA DE CARVALHO FERREIRA
RAIANE LUZIA MARÇAL
SAMUEL WANDERSON DO NASCIMENTO
TAINARA SOARES DOS SANTOS
FÁRMACOS ANTIVIRAIS
GOVERNADOR VALADARES
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO AOS FÁRMACOS ANTIVIRAIS E SUA APLICAÇÃO
Vírus são agentes infecciosos compostos por material genético (DNA ou RNA) que se apresentam sobre as mais diferentes formas. Por serem hospedeiros obrigatórios, utilizam o maquinário metabólico da célula do hospedeiro para a construção de seus próprios elementos. Acreditava-se que seria impossível desenvolver um agente terapêutico que destruísse o vírus e a célula infectada sem que danificasse as células saudáveis. 
A patogenia de um vírus é constituída de várias etapas, desde a entrada do vírus no organismo, o desenvolvimento da doença e a sua disseminação. Para o controle da infecção, existem alguns medicamentos que visam impedir alguma etapa da patogênese, sendo esses denominados antivirais.
O controle de infecções virais é feito pelo uso de fármacos antivirais. Devido ao fato dos vírus dependerem da célula do hospedeiro para se multiplicarem, os antivirais devem ser capazes de atuar seletivamente no vírus, sem lesar as células saudáveis do hospedeiro. Esse tipo de medicamento se faz necessário quando não há vacinas para alguma doença ou quando não é tão eficaz. Em geral, os antivirais atuam principalmente na adsorção, no desnudamento, na síntese de ácido nucleico viral, na tradução de proteínas virais, na montagem e na liberação das partículas virais.
2. PRINCIPAIS ALVOS E MECANISMOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIVIRAIS
3. PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS SOBRE CADA MECANISMO DE AÇÃO
INIBIDORES DE FIXAÇÃO E ENTRADA:
Inibidor de fusão - Enfuvirtida
O enfuvirtida foi o primeiro fármaco antiviral licenciado pela FDA com a capacidade de inibir a entrada do HIV-1, é considerado um peptídeo (WIGG, 2015).
Esse antirretroviral é mais bem tolerado, tendo como efeito colateral mais comum a reação na pele na região em que é injetado. Porém, já foram relatados outros efeitos colaterais que não foram muito frequentes, como: reações alérgicas, problemas renais, falta de ar entre outros (WIGG, 2015).
Inibidor da adsorção do HIV-1 - Maraviroque
Pelo fato do maraviroque ser um antagonista da interação entre o correceptor CCR-5 e a glicoproteína gp120 do envelope do HIV-1 ele se torna uma molécula capaz de inibir a adsorção do vírus HIV-1 (WIGG, 2015).
Esse medicamento é recomendado em associação com outros antirretrovirais, em casos em que o paciente está infectado com vírus que possuem tropismo para esse tipo de correceptor, acontecendo em cerca de 50 a 60% de pacientes que já recebem tratamento antirretroviral (WIGG, 2015).
BLOQUEADORES DOS CANAIS IÔNICOS
Amantadina
O fármaco amantadina é considerado uma amina primária, é usado no tratamento da doença de Parkinson e foi descoberto, por acaso, que possui efeito de inibição do FLUVA, no entanto, não apresenta atividade para os FLUVB ou FLUVC (WIGG, 2015).
Esse fármaco se mostrou eficaz quando era administrado de forma profilática e também pode se mostrar útil na diminuição dos sintomas da doença, isso quando for administrado dentro de 48 horas da infecção (WIGG, 2015). 
Com tudo, pode causar efeitos colaterais de natureza neurológica, como nervosismo, irritabilidade e insônia, esses sintomas cessam assim que o medicamento é cortado (WIGG, 2015).
Rimantadina
Esse fármaco se mostra mais potente que a amantadina e também causa menos efeitos tóxicos (WIGG, 2015).
INIBIDORES DA POLIMERASE
Aciclovir
Descoberto em 1970, por Gertrude Ellion e colaboradores, só foi introduzido como antiviral em 1979, para tratamento de infecções produzidas pelos HSV e VZV (WIGG, 2015).
Esse fármaco possui o melhor índice terapêutico tendo em vista todos os antivirais, praticamente não tem efeito tóxico, já que sua atuação é quase que exclusivamente nas células que foram infectadas, pois precisa ser ativado pela timidino-quinase viral para fazer o seu efeito (WIGG, 2015).
Zidovudina
Sintetizado em 1985, era parte de um programa que visava encontrar substâncias antineoplásicas, foi aprovado pela FDA em 1987 para tratamento de pacientes com AIDS (WIGG, 2015).
Atualmente a zidovudina é associada a outros medicamentos, como a lamivudina e também lamivudina + abacavir, encontrados em um único comprimido, isso faz parte de uma estratégia para aumentar a adesão ao tratamento, pois dessa forma diminui o número de comprimidos diários a serem ingeridos (WIGG, 2015).
A zidovudina provoca anemia macrocítica significativa, por causa do comprometimento da medula óssea, cefaleia, náusea, mal-estar entre outros efeitos adversos, tudo isso devido à sua toxicidade (WIGG, 2015).
A resistência a esse fármaco se dá por causa das mutações em seis códons do gene pol, que são responsáveis pela codificação para a TR do HIV (WIGG, 2015).
Efavirenz
Primeiro INNTR que se mostrou tão eficaz, provavelmente melhor do que os inibidores de protease, em pacientes não tratados previamente. Demonstrou muitos efeitos colaterais, como aparecimento de exantema, sintomas neurológicos, aumento de transaminases entre outros (WIGG, 2015).
INIBIDOR DA INTEGRASE
Raltegravir
Licenciado em 2007 para uso em associação a outros agentes. Estudos apontam que esse antiviral pode ser capaz de reduzir a carga viral do HIV-1 no sangue e aumentar o número de linfócitos T CD4+ (WIGG, 2015).
Possui como efeitos adversos mais comuns a diarreia, náusea e cefaleia, em alguns casos pode levar ao comprometimento muscular. Esse medicamento é indicado para pacientes virgens de tratamento ou aqueles que já foram tratados com algum ARV, em combinação com outras drogas (WIGG, 2015).
INIBIDORES DA PROTEASE
Saquinavir
Primeiro inibidor da protease do HIV-1 liberado pela FDA e é considerado o mais bem tolerado pelo organismo (WIGG, 2015).
Foi aprovada pela FDA nova formulação em gel, o Fortovase, por causa da baixa biodisponibilidade do saquinavir (WIGG, 2015).
Ritonavir
Pode ser considerado o mais potente inibidor da protease viral in vivo, possui uma boa biodisponibilidade e quase sempre é feita associação com outros antirretrovirais como adjuvante farmacológico. Apresenta uma boa diminuição da carga viral, isso quando associado a AZT ou 3TC (WIGG, 2015).
INIBIDORES DA NEURAMINIDASE
Zanamivir e Oseltamivir
São análogos de ácido siálico, são capazes de inibir a neuraminidase viral na etapa de liberação das partículas virais. Possuem a vantagem de agir em FLUVA e FLUVB, podendo ser 100 vezes mais ativos do que a amantadina (WIGG, 2015).
Oseltamivir possui como efeito colateral mais frequente problemas gastrointestinais, já o zanamivir por ser administrado por inalação, apresenta efeitos colaterais principalmente em pacientes que têm asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (WIGG, 2015).
4. PRINCIPAIS VIROSES PARA AS QUAIS SÃO EMPREGADOS OS DIFERENTES FÁRMACOS ANTIVIRAIS
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
WIGG, Marcia Dutra. Antivirais. In: SANTOS, Norma Suely de Oliveira; ROMANOS, Maria Teresa Villela; WIGG, Marcia Dutra. Virologia Humana. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2015. Cap. 9. p. 141-179.
Stapenhorst, F. F. Micologia e virologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. 9788595026827. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026827/. Acesso em: 17 Mar 2021
BICAS, HARLEY EA; BRIK, Décio. Antivirais. Arq. Bras. Oftalmol. , São Paulo, v. 56, n. 6, pág. 302-307, dezembro de 1993. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491993000600302&lng=en&nrm=iso>. acesso em 17 de março de 2021. http://dx.doi.org/10.5935/0004-2749.19930002.