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Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental Politica em Saúde Mental e Equipe In- terdisciplinar Modele de Psiquiatria Democrática Italiana: ques- tiona o conceito de doença mental, diz que os mani- cômios transformam os loucos em doentes. Lei 180 proibe construção de manicômio. Luta Antimanicomial: década de 70, maior integra- ção social e resgatar cidadania dos doentes mentais Declaração de Caracas 1990: 1° documento que fa- la da psquiatria reformada. Criação da lei 10216. RAPS: Matriciamento: é o apoio dos profissionais de saúde mental aos profissionais de atenção bási- ca, permitindo atendimentos das questões men- rais na atenção 1°, descentralizando o cuidado. Nível de Atenção: Atenção Primária: ESF e UBS. Prevenção e ori- entação. Atenção Secundária: CAPS (1 de 20-70K, 2 70- 200k, 3- +200k), ambulatórios gerais e especiali- zados, unidade de acolhimento (residencia tran- sitória 6 meses), serviço de residência terapêu- tics (pacientes que estavam no manicômio s/ fa- mília - 2 cuidadores 24h tendo lar abrigado pa- cientes autonomos e pensão protegida), comu- nidades terapêuticas. Atenção Terciária: enfermarias, PAI, emergênci- as. Visa casos agudos, redução da incapacida- de. Entrevista Psiquiátrica Entrevista inicial: comunicação, técnica para obter informações, avaliação do estado mental e diag- nóstico. 1. Comunicação: verbal e não verbal, começar com conversa amena, tratar o paciente de for- ma atenciosa (abrir porta, se apresentar, per- guntar como está), avaliar o comportalmente e emoção, avaliar o insight do paciente, ficar aten- to ao sofrimente e incomodo do paciente; 2. Ambiente: tranquilo, silencioso, confortável, sem interferências durante a comunicação. 3. Orientações para entrevista: escutar por 5 min sem interromper, oferecer confroto, fazer per- guntas abertas, não expor de forma direta as contraindicações do paciente, evitar fazer julga- mentos, opinar, discussões, evitar firmar diag- nóstico ou propor condutas sem ter os elemen- tos necessário. O médico deve ser pontual, usar linguagem simples, fazer perguntas apenas para clarear algo que tenha ficado obscuro, pedir pa- ra o paciente falar mais sobre o assunto se esse não ficou bem claro. Perguntar diretamente so- bre pensamentos suícudas. 4. O silêncio na entrevista: remete dificuldade de confiar no terapeuta e estabelecer vínculo, res- sentimento por alguma atitude ou intervenção do terapeuta. 5. Transferência: sentimento do paciente em rela- ção ao médico; Contratransferência: sentimento do médico em re- lação ao paciente. Exame do Estado Mental Apresentação: aparência, atividade psicomoto- ra (agitação, retardo), comportamento (coope- tativo), comunicação (quantidade, velocidade, qualidade); Consciência: vigil, hiperalerta, sonolência, con- fusão, estupor (↓movimentos espontâneos), coma. Atenção: vigilância, tenacidade (atenção volun- tária), concentração. Hipovigilância (desaten- ção), hipotenacidade (distração). Sensopercepção: ilusões, alucinações (visuais, auditivas, táteis, olfativas, cenestesia, cineste- sia, sinestesia). Cenestesia: sensações anormais por parte do corpo, sente que está morto, apodrecendo. Sín- dome de Cotard. Cinestesia: alteração movimento do corpo. Sinestesia: combinação de alucinações. Orientação: auto e alopsiquicamente. Memória: retrógrada e anterógrada. Confabula- ção: indivíduo tem alterações de memória de fi- xação, adcionando elementos de imaginação para completar lacunas de memória. Inteligência: assimilar conhecimentos “melhor um pássaro na mão do que dois voando”. Afeto: é algo objetivo, consegue ver só de olhar, normal, hipomodulante, embotado ou plano. Humor: estado subjetivo do ânimo. Eutímico, deprimido, alegre. Pensamento: forma (estrutura), curso (velocida- de) e conteúdo (delírio). Juízo Crítico: perceber a realidade, moral. Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental Insight: compreensão sobre si e doença. Conduta: hostil, agressivo, compulsões, uso de drogas, roubo. Linguagem: disartria (articulação), disfonia... Psicoterapia Definição: não é algo exclusivo do psicólogo, médi- co também pode fazer, e é um processo que ajuda a lidar com as dificuldades e superar medos, parti- lhando as angústias maiores, trazendo alívio, des- carga, antiangústia “ansioolíticos”. Indicação: sofrimento psicológico, autoconheci- mento, condições psicopatológicas que sustentem esse processo, psicoterapeutas experimentais dis- poníveis. Sugestão: objetivam que no final o indivíduo fique menos suscetíveis aos apelos de sugestão, inciando numa sugestão maior e terminando por uma me- nor. Classificações: 1. Psicoterapia Elementar ou Selvagem: pode ser feita por qualquer indivíduo, leva a mudanças na conduta por meio da persuasão, sugestão e conselhos. 2. Psicoterapia Sistematizada: princípios científi- cos, oferece conhecimento da psicogênse dos transtornos. a. Modelo Cognitiva Comportamental (TCC): visa a reestruturação cognitiva, modifica as crenças que vai alterar o comportamento, emoçoes e re- ações fisiológicas. b. Modelo da Psicoterapia familiar e de casal: co- municação patológica dentro da família. c. Modelo Reichiano: técnica terapêutica energé- tica. Análise do carater ( conhecimento dos campos energéticos do corpo), vegetoterapia (li- beração de energias corporais que estão provo- cando algum bloqueio), orgonoterapia (libera a energia vital estagnada em alguma parte do cor- po). d. Modelo Piscodrama: encenar papéis. e. Modelo Psicoanalítico: por Freud, defende a idéia do inconsciente, que é capaz de conduzir além dos seus próprios limites e apontar cami- nhos. Os transtornos mentais é um conflito dos desenos do consciênte e do inscosciente. Associação livre: falas do paciente, discurso aberto, livres de julgamento, expressão do inconciente. Interpretações e intervenções interpretati- vas: falas do analsita. O inconsciente é atemporal e indefinido. O consciente tem tempo e está claro na mente. Pré-consciente ja esteve presente na men- te. Transferência: emoções do paciente para o analísta (vivência Edípica). Contratransferência: emoções que o analista trans- fere de volta ao paciente, devendo essa ser pura. Neurociências das Emoções Emoções: experiências subjetivas e únicas. Respos- tas transitórias. Estado ou processo psicológico que funciona no gerenciamento de objetivos. Sistema Límbico: formado por tronco cerebral, hi- pocampo, amigdala e hipotálamo. Está relacionado com o comportamento e memórias emocionais. Amgdala: ligada ao medo e ao sistema de re- compensa, sendo ativada na saliência emocio- nal. Responde os sinais de perigo antes que o córtex. Córtex pré-frontal: controla o comportamento, toma decisões, se adequa a situações. Córtex orbitofrontal: impulsos. Cortex Pré-motor e motor primário: executam a motricidade. Córtex parietal medial: relacionado com a con- sciência. O processamento de informações no cortex depen- de basicamente da atividade de neurônios pirami- dais excitatórios e neurônio intracorticais inibit- órios. O CPA é modulado ppor informações do sistema límbico, ou seja, estados motivacionais e afetos. Emergências Psiquiátricas Classificações no atendimento: 1. Emergências - Vermelho: violência, automutila- ção, tentativa de suicídio, excitação maníaca (di- rigir acima do limite, por exemplo); 2. Urgências- Amarelo: comportamento bizarro, ansiedade aguda, síndrome conversiva, sinto- mas psicóticos. 3. Eletivas- Verde: informações sobre medicações, distúrbios de relacionamentos interpessoais, an- siedade leve. Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental Características que dizem a favor da organicidade: Início súbito ou agudo; Sintomas que flutuam; Alterações sinais vitais e ↓ nível de consciência; Doenças clínicas pré-existentes; S/ diagnóstico prévio de doenças psiquiátricas; Déficit neurológico focal agudo (hemiplegia, afa- sia, hemiparesia); Alucinações não auditivas; Idade avançada (>40 anos). Sinais sugestivos de organicidae dentro do EEM: Cosnciência diminuída; Orientação - data, hora, local; Memória - repetir palavra; Atençaocomprometida. Situações Especiais 1. Pacientes Suicídas Perguntar: sobre ideação, se tem planos, meios, da- ta, se realmente quer morrer ou acabar apenas com a situação que está vivendo. Postivo: internar, alto risco de suícidio; Negativo: “Paciente nega ideação suícida, não tem meios nem data determinada”. Conversar com familiares, fazê-los assinar. Pedir retorno de 2-3 dias. E orientar a ficar atento a qualquer alteração de humor, não deixar sozinho. Vigilân- cia 24 horas e atenção aos sinais de alerta. Fazer guia de referência para continuidade no CAPS. 2. Pacientes Psicóticos Paciente apresenta alteração de comportamento, delirium ou alucinações. “sinais psicóticos com qua- dro delirantes ou alucinações auditivas”. Importante tentar excluir causas orgânicas, se excluída é uma psicóse funcional. Deve-se comunicar com clareza, frases curtas, explicar que quer ajudar, os procedimentos e entrevistar a família. 3. Paciente Violento Agitação psicomotora: deve-se realizar glicemia, oximetria e sinais vitais para todos pacientes > des- cartar causa orgânica. Tratamento medicamentoso: anotar a hora sempre Via Oral: Haloperidol 5mg (1cp VO) + Prometazina 25mg (1cp VO). Reavaliar em 30-60 minutos, podendo dar 4x em 24 horas máx. OU (pode intercalar os dois) Risperidona 2mg (1cp VO) + Lorazepam 2mg (1cp VO). Age em 20-60 min, podendo repetir em 2 horas. Pode dar 3x em 24 horas máx. Via Intramuscular: 1 amp de Haloperidol (1ml - corresponte a 5mg) + 1 amp de Prometazina (2mg - corres- ponde a 50mg de subs). - Caso use Haldol e Fer- negan pode aspirar os dois juntos na m/m serin- ga. Pode repetir 4x máximo, de 30-60 min. Ou, se continuar agitado: Midazolam IM (1amp de 2mg - corresponde a 15mg, podendo dar 1/2 amp em idosos). *** NUNCA DAR DIAZEPAM IM- PROSCRITO, pode cristalizar causar necrose. *** Via Endovenosa: Evitar, fazer apenas se em sala de emergência, risco de rebaixamento respiratório. Diazepam EV. 4. Paciente Ansioso Perguntar se passou por algo estressor, uso de drogas, internação clínica prévia. Tratamento psicoterápico: respiração diafrag- mática, reestruturação de pensamentos, ressal- tar que aquele ataque não vai levá-lo a óbito. Tratamento farmacológico: Clonazepam 2mg VO ( + ansiolítico) OU Diazepam 10mg VO ( +se- dativo). Quanto maior o peso, maior a dose. 5. Intoxicação aguda por drogas Álcool: hidratação, podendo associar com tiami- na (vit B - previne Síndrome de Wernicke-Korsa- koff). Se diabético, corrigir glicemia. Cocaína: é autolimitada, tratar apenas sinto- mas. ***Não prescrever propanolol - Anfetamina: é autolimitada, tratar apenas sinto- mas. Pode fazer lavagem gástrica (se tempo). Maconha: tratamento sintomático. Contensão do leito: “contensão mecânica no leito por 15 minutos c/ observação constante. Indicações para internação involuntária: risco de vida, agressão, autonegligência grave, exposição moral decorrente a patologia, sem suporte familiar. Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias Os conhecimentos e valores não namtém afas- tados do uso das drogas. Há uma alteração no sistema de recompensa (momória). ↑potente ↓tempo de ação ↑potencial de adi- ção Critérios DSM V: A. Padrão problemático que leva comprometimen- to, sofrimento e prejuízo por 12 meses, deven- do ter pelo menos 2 dos seguintes critérios: Usar em maiores quantidades e mais tempo que o pretendido; Tentativa mal sucedida de parar; Gasta muito tempo para obter/usar/recuperar; Fissura ou forte desejo; Afeta no desempenho de outras atividades; Uso contínuo apesar de levar problemas; Abandono de atividades por conta da subs; Uso m/m com problemas a integridade física; Tolerância: necessidades de quantidades maio- res para alcançar a intoxicação ou efeitos dese- jados; efeitos menores com a mesma quantida- de de álcool. Abstinência: síndrome da abstinência caracte- ristica da droga, uso para aliviar os sintomas da abstinência. Ciclo da dependência: Antecipação > Binge/Intoxicação > Abstinência Reforço Positivo: ciclo não causa prejuizo, é mo- vido pela impulsividade “sei que vai fazer bem”, sendo egosistônico. Reforço negativo: ciclo causa prejuizo, gera so- frimento, é movido pela compulsividade “sei que vai fazer mal”, sendo egodistônica. Padrão de dependência: Fissura Intoxicação Abstinência Álcool e opioides (depressor) Intensa e profunda Intoxicação + tolerância Disforia pro- funda, deli- rium tre- mens, sinto- mas físicos Anfetamina e Cocaína (estimula- dor) Intensa e profunda Profunda to- lerância e in- toxicação Disforia, sem dor físi- ca Maconha Não tem fis- sura profun- da Incialmente intensa, de- pois conti- nua com a m/m quanti- dade Leve disfo- ria, sem sin- tomas físi- cos Nicotína Muito forte Não há into- xicação Disforia in- tensa, insô- nia. Tratamento: alcool (interação com fármacos) > transtorno de humor > ansiedade > TDAH > cigarro. Síndrome de Abstinência Alcoólica (SAA) Sinais e sintomas de usuários crônicos quando pa- ram ou diminuem a ingestão alcoólica, aparecem em 48 horas, durando de 7-10 dias. Possíveis marcadores: enzimas hepáticas, GGT, TGO, TGP, VCM, CDT (transferrina). Confabulação: indivíduo tem alterações de mem- ória de fixação, adcionando elementos de imagina- ção para completar lacunas de memória. Bases Neurobiológicas: A síndrome resulta de um processo neuroadap- tativo do sistema nervoso central. Frente à presença constante da substância, elas se estabelecem em busca de um novo equilíbrio Há dois tipos de adaptação. 1. A adaptação de prejuízo é a diminuição do efei- to da droga sobre a célula. 2. A adaptação de oposição é a instituição de uma força no interior da célula, antagônica ao efeito da droga. A síndrome de abstinência aparece quando da remoção do álcool. Está ligada ao sistema de recompensa. Fisiopatologia: Hipoatividade GABA: ansiedade, convulsão. Hipoatividade dopaminérgica: disforia (reforço negativo). Hiperatividade noradrenérgica: aumento da temperatura, sudorese, taquicardia, tremores. Hiperatividade glumérgica: confusão mental, Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental alucinaçoes. Classificação e Conduta: SAA LEVE: tremor sem alucinações. Se paciente disposto e família continente dar Diazepam 10mg 1cp VO 8/8 horas e retornar em 2 dias. SAA MODERADA: Febre, desorientação e aluci- nações SAA GRAVE/ DELIRIUM TREMENS: Confusão profunda, desorientado, tremores grosseiros, alucinações visuais aterrorizantes (paciente fica com medo). Internar, pode apresentar proble- mas com eletrólitos, epilepsia. Diazepam 10/20mg VO hora/hora. Após tirar SAA, tratamento crônico: Naltrexone 50mg 1cp VO 7-14 dias reavaliar Dissulfiram 500mg 2cp VO por 7-14 dias depois 250mg/dia 1cp VO. Transtornos Psicóticos Paciente passa a não ter mais compromisso com a realidade, podendo apresentar: Sídromes Positivas: alucinações, delírios, com- portamento bizarro, agitação e neologismo. Síndromes Negativas: afeto embotado, retração social, falas e pensamentos empobrecidos, au- tonegligência, lentificação psciomotora. Síndromes Desorganizadas: agitação, agressivi- dade, perda de autonomia, catatonia. Diagnóstico: 2 ou mais por 1 mês, em que pelo me- nos 1 deles deve-ser delírios, alucinações, discurso desorganizado. Esquizofrenia: + 6 meses. Transtorno psicótico breve: agudo, remissão rá- pido. Transtorno esquizofreniforme: até 1 mês (2 sin- tomas positivos ou 1 postivo e 1 negativo/de- sorganizado). Transtorno esquizoafetivo: psicótica + humor. Transtorno delirante: delírio por 1 mês em uma área específica da vida. Ex: ciúmes. Risperidona. Tratamento - Transtornos Psicóticos Vias dopaminérgicas: Via mesolímbica ↑ (sintomas postivos) e via mesocortical ↓ (sintomas negati- vos). - há um bloqueio das funções dopaminérgicas no tto. Exames: glicemia, perfil lipídico, peso e circunferên- cia abdominal. Antipsicóticos Típicos: Melhoram sintomas +, não alteram -. + Efeitos extrapiramidais - metabólicos Clorpromazida 400-800mg ↓ potência. Usamos + em sedação (25-100mg). Levomepromazina400-800mg ↓ potência. Haloperidol 10- 15mg/dia ↑ potência. + seguro na gestação. Reações adversas - extrapiramidais ↑ acetilcolina: Parkisonismo medicamentoso: antipsicótico si- mula parkison, após retirada reverte. Rigidez muscular, tremor, andar em bloco. Biperideno 2mg 1cp manhã (anticolinérgico) Distonia Aguda: contração involuntária. Crise oculóriga (olhos virados para cima). Biperideno 1 amp IM. Acatisia: inquetação motora, não consegue ficar parado, principalmente em uso de ariprazol. Benzodiazepínicos ou beta-bloqueador em do- ses baixas (propranolol 40mg). Discinesia tardia: paciente de uso crônico. Pro- tusão da língua, musculatura orofacial. ↓ dose ou trocar por um atípico ( - risperidona). Sídrome Neurolépitica Maligna: deficiência aguda de dopamina, não é um sintoma extrapi- ramidal. Há rigidez muscular, hipertermia, con- fusão mental, variação da FC e PA, sudorese in- tensa, arritmias cardíacas, destruição neuro- muscular, IRA. Tto: tirar antipsicótico e dar suporte, na hiper- termia fazer resfriamente físco e dantrolene. Pode utilizar bromocriptina. Antipsicóticos Atípicos: Melhoram sintomas + e podem melhorar os - - Efeitos extrapiramidais + metabólicos Risperidona 2mg-6mg/dia - iniciar com 2mg e ir aumetando. 1° escolha em idosos. Olanzapina 5mg - 20mg/dia - $$, engorda, po- de potencualizar antidepressivos. Quetiapina 50-800mg - depressão refratária, depressão bipolar e mania. Não é um bom an- tipsicótico. 25-100mg : hipinótico 150-400mg: antidepressivos 600-800: antipsicóticos estabilizador de humor. Aripiprazol 10-30mg/dia - Autismo. Agonista parcial. Clozapina - risco de agranulocitose, hemogra- Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental mas semais por 6 meses, depois mensal para vi- da toda. Esquizofrenia refratária. Lurasidona - transtorno afetivo bipolar. Efeitos adversos: extrapiramidais de menor intensi- dade (quetiapina e clozapina; risperidona +), síndro- me neuroléptica maligna, hipotensão, prolonga- mento de QT, hiperprolactina, efeitos sexuais, efei- tos metabólicos (engorda). Efeitos colaterias motores: via nigroestrial. Exame de imagem: diagnóstico diferencial. Transtornos de Humor Depressivo Quadro clínico que leva pertubação de humor, sren- do esse mais depressivo, levando prejuízo na vida do paciente. Tempo: ≥ 2 semanas. Neuroimagem: hiperintensidade de subst. brancas, diminuição dos volumes do giro do cingulo e hipo- campo. Quadro Clínico: Humor depressivo e anedonia (apatia e perda do prazer) -obrigatório; Outros: anergia, alteração do apetite, insônia ou hipersônia, perda da concentração, variação diúrna do humor, diminuição da libído, retardo ou agitaçao psicomotora, pensamentos de de- sesperança ou morte, sentimento de culpa, inu- tilidade, autoestima reduzido. Classificação: Leve: ainda consegue fazer atividades, se rela- cionar, mas internamente está triste; Moderada: afeta em parte a vida do paciente intensamente; Grave: incapacidade grande, não ocnsegue fa- zer nada, ideação suícida. Tratamento: Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotini- na (ISRS): Sertralina, Fluoxetina, Paroxetina, Es- citalopram; Inibidores da recaptação de Serotonina e Nora- drenalina (duais): Venlafaxina, desvenlafaxina; Bupropiona; Tetracíclico: Mirtazapina; Antagonista de 5HT2A: Trazodona; Tricíclicos: Amitriptilina, nortriptilina, clomipra- mina. Fases: incialmente resposta parcial > remissão> ma- nutenção > manutenção definitiva. Depressão persistente: podemos potencializar com lítio, aripoprazol, T3, lurasidona. Combinar com mir- tazapina, trazadona, bupropiona. Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) É um transtorno de humor que leva pertubação de humor, srendo esse mais expansivo, levando prejuí- zo na vida do paciente. A comorbidade mais co- mum é a ansiedade. A mania não ocorre em ordem definida. O risco de suícidio é maior no TAB. Início na adolescência (depressão maior na fase adulta). Neuroimagem: hiperintensidade de subst. brancas, aumento de ventriculos laterias em TAB crônico, di- minuição dos volumes do giro do cingulo e hipo- campo. Classificação: TAB tipo I: necessariamente pelo menos UM epsódio de mania durante a vida, podendo ou não ter epsódios depressivos. TAB tipo II: necessariamente apresenta epsódio de hipomania e epsódios depressivos. Nunca apresentar epsódio de mania. Episódio de mania: Tempo: ≥1semana; Humor elevado e/ou irritado (eufórico, excessi- vo/animado); Aumento de energia e atividade; Outros: aumento da auto-estima “o máximo”, aceleração do discurso, diminuição do sono sem fadiga, diminuição da concetração, desinibição e gestos excessivos, aumento da líbido, delírios e alucinações (de riqueza). A hipomania é mais leve e não tem os sintomas psicóticos, durando em média 4 dias. 1. Tratamento da mania aguda: Carbonato de lítio (em monoterapia, demora 2 semanas para fazer efeito); eletroconvulsoterapia; antipsicóticos como Risperidona, olanzapina, aripiprazol, quetiapina; anticonvulsivantes como o ácido valproico, carba- mazepina. Utiliza-se normalmente Lítio + antipisicótico atípico ou ácido valpróico + antipsicótico atípico. Exames para uso de Lítio: creatinina, eletrólitos, TSH, T4, hemograma e glicemia. 2. Tratamento para depressão bipolar: NÃO DAR ANTIDEPRESSIVO, risco de virada maníaca ou piora dos sintomas. Tratar com Carbonato de lítio (estabi- Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental lizador de humor), lamotrigina (anticonvulsivante- manutenção), aripiprazol, quetiapina, lurasidona (antipsicótico). 3. Tratamento no estado misto: ácido valpróico, an- tipsicóticos atípicos. Evitar antidepressivos. 4. Tratamento profilático: Carbonato de lítio (esta- bilizador de humor), lamotrigina (previne depres- são), aripiprazol, quetiapina, lurasidona (antipsicó- tico), psicoterapia. Depressão refratária: eletroconvulsoterapia. Tratamento dos Transtornos de Humor Hipótese monoaminérgica: na depresão temos ↓neurotransmissor ↑receptores. Logo, para o tra- tamento eficiente, precisamos ↑agonista, ↑ neuro- transmissores ↓ receptores. Demora de 2-3 sema- nas para regular os receptores, e no começo há um ↑ dos efeitos, piora a ansiedade. Reincidiva: Primeiro epsódio tratado adequanda- mente é de 50% 1. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotoni- na (ISRS): MA: inibe o receptor acumulando serotonina. Efeitos Adversos: disfunção sexual ( 5HT2A + paroxetina), efeitos gastrointestinais ( receptor 5HT3 - + sertralina), cefaleia por 2-3 semanaas no início, efeitos anticolinérgicos (boca seca, re- tenção urinária, constipação + paroxetina), an- siedade incial (normal prescrever benzodiazepí- nico no início), insônia e sedação, comporta- mento suicida ( + supervisão no início do tto, adinamia melhora antes da ideação), compro- metimento da agregação plaquetária (serotoni- na participa, evitar em pacientes que tomam anticoagulantes), aumento da prolactina, alte- ração do apetite e peso ( Fluoxetina ajuda a perder, mas efeito dura só 20 dias, paroxetina aumenta, Citalopram e Ecitalopram fissura por doce, Sertralina e Fluvoxamina não alteram). Tomar após alguma refeição para diminuir efei- tos gastrointestinais. Síndrome Serotoninérgica: doses excessivas ou associação inadequada (fluoxetina aumenta 5x efeito do tricíclico). Leva a rigidez muscular que pode evoluir para coma, delirium, agitação, con- vulsões, diarreia, inquetação. Diferenciar de Síndrome Neuroléptica Maligna (uso de psicótico). Doses: Sertralina: 50-200mg/dia (- interação) (SUS- de- pressão e ansiedade) Fluoxetina: 20-80mg/dia (+interação) (SUS- + depressão, favorece perda de peso) Paroxetina: 20-60mg/dia ( + ansiosos) Fluvoxamina 100-300mg/dia (capsula) ( $ - TOC). *Escitalopram: 10-20mg/dia ( bom para depres- são recorrente) *Citalopram 20-40mg/dia *Não ultrapassar dose máxima, prolongamento do intervalo QT. 2. Inibidores Seletivos da Recaptação de Seroto- nia e Noradrenalina (duais - IRSN): Uso: paciente com predominío de adinamia e anedonia. Efeitos Adversos: efeitos serotonérgicos + nora- drenérgicos ( alterações da PA, arritmais), me- nor disfunção sexual,não tem ação anticolinér- gica, abstinência e intoxicação. Doses: Venlafaxina 75-375mg (melhor ↑dose, ↑ res- posta). Só possui efeito acima de 100mg. 37,5 (1° semana) > 75mg (2° semana) > 150mg (3° semana - efeito). Desvenlaxina 50-200mg/dia melhor dose é a mais baixa, melhor em ausência de estrógeno). Melhor resposta é com 50mg. É o antidepressi- vo com menos interação. Se não melhorar com 50mg trocar a droga. Duloxetina 60-120mg/dia ( dor crônica) 3. Antidepressivos Tricíclicos Uso: em tentativas ineficazes anteriores, muitos efeitos adversos. SUS. MA: serotonina e noradrenalina (atidepressi- vos), bloqueadores receptor H1 (histaminico, se- dação, aumento de peso), alfa 1, M1 (muscaríni- co, constipação, boca seca, taquicardia). Reações adversas: sonolencia, aumento de pe- so, hipotensão postural (cuidado idoso), consti- pação, boca seca, arritmias (devido ao bloqueio dos canais de sódio, pode levar a parada), tre- mor, disfunção sexual, intoxicação grave. Doses: Amitriptilina 75 a 300mg/dia (dose baixa enxa- Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental queca e dor); Clomipramina 75 a 250mg/dia (ansiedade) Nortriptilina 50 a 150mg/dia Imipramina 75 a 300mg/dia (depressão). 4. Antagonista Alfa 2 Uso: paciente que tem dificuldade de ganhar peso, insonia, náusea, HIV, câncer. ↓ Interação com outras drogas. Doses: Mirtazapina 15-60mg/dia (dose antidepressiva acima de 30mg/dia). 5. Inibidor da Recaptação de Noradrenalina e Do- pamina Uso: tabagismo e outras dependências. Interes- sante em associação, não altera níveis de sero- tonina, e não é indicado em TOC e ansiedade. Pode ser usada também em depressão apática, anérgica, emagrecer. Reações adversas: ***Piora a ansiedade***, ce- faleia, insonia, tremor, náusea, não causam dis- função sexual, ganho de peso. Doses: Bupropiona 150-450mg (dose ideal é 300mg) Mono > troca > associar com potencializador ( asso- ciar com outras classes - tricíclicos, lítio se existir ideação suicída, atípicos como Olanzapina). Antidepressivos trata: transtorno de pânico, de- pressão unipolar, TOC. Delirium Confusão mental aguda de causa orgânica. Tempo:horas-dias. Quadro clínico: consciência rebaixado, atenção pre- judicada (prova dos meses do ano), pensamentos alterados ( confuso), alteração do nível de consciên- cia, desorientado, sundowing (sono dia, noite fica alerto, ilusões), afeto flutiante (irritado <> depres- são), ilusões, alucinações e delírios. - os sintomas flutuam ao longo do dia. Causas: medicamentos, abstinências, infecções (ITU, pneumonia, sepse), doenças cardiovasculares (embolias, endocardite), SNC (AVC, menigite, tu- mor), hipoglicemia. Classificação: hiperativos (agitados, logorreicos, agressivos - confunde com mania) e hipoativo (len- tificado - confunde com depressão). Tratamento: causa de base e controle da agitação com haloperidol 0,5-2mg VO (até 15mg/dia). Obs: evitar benzodiazepínicos rebaixa ainda mais. 2. Delirium Tremens: associado a abstinência mais grave do álcool ( dependentes de longa data). Quadro clínico: tremores, alucinações de pequenos animais, agitação, sudorese, convulsão + outros an- teriores. Tratamento: benzodiazepínicos de longa duração em altas doses ( diazepam 10mg de hora em hora até sedar, depois aumentar intervalos), podendo as- sociar com haloperidol 5mg 12/12 horas em agita- ção. TOC e outros Tique em 20-30% dos casos. 1. Transtorno Obcessivo Compulsivo (TOC) Comportamento egogistônico, ou seja, se sente mal fazendo isso, causa prejuízo. Neurotransmissor envolvido: Serotonina. Critérios Diagnóstico: Paciente tem obsessão ( pensamentos intrusi- vos) e/ou compulsão (consciente padronizado e recorrente, visando aliviar o pensamento). Esse quadro demanda tempo (min 1hora por dia), fazendo parte da rotina, causando prejuí- zo. Sintomas não podem ser efeito de causa orgâni- ca ou uso de substância. Insight: Bom: reconhece que não é verdade. Razoável: provavelmente não é verdadeiro. Pobre: tem chance de não ser verdade, mas acredita. Ausente: acredita que é verdade. Compuulsão Mental: pensar ou fazer alguma coisa silenciosamente, próximo de 100%. Padrão de Sintomas: 1º Contaminação: obsessão seguida por lavar a mão ou evitação do objeto. 2º Dúvidas patológicas: obcessão seguida por compulsão de verificar, relacionados a algo vio- lento (fogo, janela). 3º Pensamentos intrusivos: obcessão sem compul- são, geralmente conteúdo sexual ou agressivo. 4º Simetria: conferir, alinhar. Compulsão e lenti- dão. Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental Tratamento Farmacológico: ISRS (todos): em doses altas, sendo que 1/3 dos paciente vão desenvolver depressão maior ao longo do tto. Sertralina 400mg (começar com 25/50mg e ir aumentando aos poucos, podendo chegar a 400mg). Destaque para fluvoxamina, porém é caro. Antidepressivo Tricíclico: Clomipramida. Efeitos inciais demoram mais de 4 semans, pode ha- ver recaída na suspensão dos antidepressivos. Outros: antipisicóticos atípicos e outros poten- cializadores. Aripiprazol (escolha). Olanzapina não pode. Tratamento Não-Farmacológico: TCC, eletroconvul- soterapia, psicocirurgia. 2. Transtorno Dismórfico Corporal (Dismorfofo- bia): preocupação com algo na aparência, gerando comportamento compulsivo de observação, se arru- mar demais, esconder. Tratamento: psicoterapia (melhor resposta) ou antidepressivos serotonérgicos (50%). 3. Transtorno de Acumulação: aquisição sem des- carte de coisas de pouco valor, acreditar vir a ser úteis no futuro. Tratamento: psicoterapia (TCC) ou antidepressi- vos serotonérgicos (funciona pouco). 4. Tricotilomania: puxar cabelo repetitivamente. Tricofagia (se comer). Tratamento: psicoterapia, antidepressivos sero- tonérgicos, antipsicóticos, Naltrexona, N-acetil- cisteína (doses altas como adjuvantes). 5. Transtorno de Escoriação (Skin-Picking): com- pulsão e reletição em escoriar a pel. Tratamento: psicoterapia, antidepressivos sero- tonérgicos, Naltrexona, N-acetilcisteína, Lamo- trigina, medidas mecânicas (luva). Transtornos Mentais na Infância e Adolescência Transtornos do Neurodesenvolvimento: 1. Deficiências Intelectuais: a crianças não conse- gue adquirir habilidades cognitivas compatíveis a sua idade, levando déficits em funções adap- tativas. É feito um teste de inteligência, o classificando em leve (50-70), moderado (35-50), grave(20- 35) e profundo (<20). É necessário saber ler, es- crever e resolver testes para fazer esse teste. 2. Transtorno do Espectro Austista: deficiência na comunicação e interação social (não conse- gue compreender emoções não verbais, pouco contato com os olhos, ansiedade na interrupção da rotina) + comportamentos restritos e repeti- tivos (comportamentos compuolsivos, não brin- cam da maneira habitual, apreciam girar, ver flu- xo de água, comportamento automutiladores) Outros: alteração na linguagem, deficiência in- telectual, irritabilidade, hiperatividade, paladar sensível, insônia, instabilidade de humor. 3. Déficits de Atenção e Hiperatividade: é o trans- torno mental mais prevalente na infância. Tríade de Sintomas: Desatenção e/ou hiperati- vidade e impulsividade. Ocorre um atraso na maturação cerebral, levan- do a incapacidade de manter a atenção, ter con- troles inibitórios e não ser impulsivo. Até 60% permanecem sintomáticos na vida adulta, apresentando principalmente défict de atençao e descontrole de impulsividade. Transtornos Motores: 1. Transtorno de Tique Motor ou Vocal: persiste por mais de um ano, pode haver remissão es- pontânea na adolescência. 2. Transtorno de Tourette: múltiplos tiques motor e vocais por mais de 1 ano. Início antes dos 18. Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulso e da Conduta: 1. Transtorno de Oposição Desafiante: comporta- mento negativo, desobediente, hostil, ressenti- mento irritado, não assume responsabillidade por erros. Geralmente não recorrem a abressão física ou comportamento destrutivos. Início a partir dos 3 anos. 2. Transtorno de Conduta: podem aparecer a par- tir dos 3 anos, comportamento agressivos (gos- tade destruir, agredir pessoas e animais, falsida- de e furto), violação dos direitos básicos dos pa- res e família, podem se tornar vilálicio (persona- lidade antissocial). Tratamento: psicossocial e psicofármacos (an- tipsicóticos ↓ chance de evoluir para personali- dade antissocial). Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental Transtorno de Ansiedade: 1. Ansiedade de Separação: ansiedade excessiva em relação a separação de uma figura de apego, teme que algo ruim vai acontecer. 2. Mutismo Seletivo: falta de fala em algumas si- tuações sociais. Relação com ansiedade social. Transtornos Ansiosos Sensação difusa de apreensão (medo/preocupação) + sintomas físicos, lenvando a um prejuizo obrigato- riamente ( deixa de fazer aquilo que pretendia pela ansiedadade). Principal neurotransmissor: seretonina (5-HT). Hiperatividade adrenérgica e hipoatividade seroto- ninérgica. 1. Transtorno de Pânico “medo da crise” Tempo:≥ 1 mês. Quadro clínico: Ataques recorrentes e inesperados + preocupa- ção com ataques adicionais; + 4 ou mais dos sintomas (dura de 20-30 min): sudorese, tremores, palpitação, ↑ FC, falta de ar/sufocação, sensação de asfixia, dor torácico, náusea, calafrios ou ondas de calor, parestesia, medo de perder o controle, medo de morrer, tonturas. Há uma modulação noroadenérgica desregula- da. 2. Agorafobia “medo de não conseguir escapar/ter ajuda” Tempo:≥ 6 mês. Quadro clínico (2 ou + por mais de 6 meses): Medo de usar transportes públicos, permanecer em locais abertos ou fechados, permanecer em filas ou multidão, sair sozinho de casa; Evitação ativa: indivíduo não vai nesses lugares; Medo desproporcional ao perigo real. 3. Transtorno de Ansiedade Generalizada “tensões constantes” Tempo:≥ 6 mês. Quadro clínico: Preocupação excessiva e dificuldade de contro- lar + 3 ou + dos seguintes sintomas: inquetação, fati- gabilidade, irritabilidade, tensão muscular, per- tubação do sono, dificuldade de se concentrar, sensação de “branco” na mente. 4. Fobias Específicas “medo de algo” Tempo:≥ 6 mês. Quadro clínico: Medo persistente e irracional de algo. Ex: ailurofobia (gato), cinofobia (cachorro), mi- sofobia (locais sujos), acrofobia (lugares alto). 5. Fobia Social “medo da avaliação dos outros” Tempo:≥ 6 mês. Quadro clínico: Medo de situações sociais como falar em públi- co, ansiedade de urinar em lugares públicos (pa- raurese), comer/beber na frente dos outros, in- teragir com grupo. É o mais prevalente. Tratamento: Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) + 1º Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina (ISRS): Paroxetina (engorda/libído), pode dar também sertralina ou fluoxetina. 2º Antidepressivos Duais: Venlafaxina 3º Benzodiazepínicos: Clonazepam ou Diazepam, alto risco de dependência, alivia apenas na ho- ra. 6. Outros Casos: Crise de Pânico: Rivotril 0,25mg sublingual + respiração diafragmática ( evita hiperventila- ção) - CLONAZEPAM Fobia Social específica de desempenho: Pro- pranolol 1/2 cp antes da apresentação. Traumas e Extressores ***Após traumas evitar uso de benzodiazepínicos, uma vez que assim como o álcool, atrapalha na desintregação da memória*** 1. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) Tempo: > 1 mês. Critérios Diagnóstico: A. Exposição a um trauma: exposição a um epsó- dio concreto ou amraça de morte, lesões gra- ves, violência sexual, ser exposto de forma repe- tidas a traumas (policiais), testemunhar, saber de alguma pessoa próxima passou por um trau- ma; B. Reviver o trauma: não controla o pensamento, pensa mesmo sem querer, pesadelos, reações dissociativas (flashbacks), sofrimento psicológi- co intenso (medo, desespero, vontade de fugir), reação intensa a coisas que simbolizam o trau- Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental ma (lugar, pessoas); C. Evitação: evita tudo que possa fazê-lo lembrar do trauma; D. Alteração de humor (2 ou +): esquecimento de algum evento do trauma, expectativas persis- tentes e exageradas “eu mereci” “não confio em niguém”, se culpa, estado emocional negativo persistênte (medo, raiva, culpa), interesses dimi- nuídos em atividades, distanciamento dos ou- tros (isolamento, dificuldade de se relacionar), incapacidade de sentir emoções positivas E. Fica assustado ou ansioso (2 ou +): irritação ou surtos de raiva, comportamentos autodestruti- vos (se expõe a risco), hipervigilante (super as- sustado), problema na concentração (memória), insônia/pesadelos; F. Pertubação causa sofrimento/prejuízos; G. Não relacionando ao uso de substâncias ou condições médicas. Resumo: trauma, lembranças/pensamentos intrusi- vos, evitação, alteração cognitiva e de humor, hipe- rexcitabilidade por 1 mês ou mais. Tratamento: ISRS ( Sertralina/ Paroxetina) - 1°, 2° trocar por outra droga dentro dessa classe, 3° Ven- lafaxina ( antidepressivo dual - $$) ou outros como Amitriptilina ou Mirtazapina. + Proteção a vítima (crianças, doenças mentais, ido- sos, obrigatório a denúncia) + TCC. 2. Transtono de Estresse Agudo Tempo: 3 dias a 1 mês. Diagnóstico: trauma, lembranças/pensamentos in- trusivos, evitação, alteração cognitiva e de humor, hiperexcitabilidade. O paciente precisa ter 9 sinto- mas entre todos eles. Tratamento: proteção a vítima, TCC, evitar farmaco- terapia, principalmente evitar uso de benzo. 3. Transtornos Dissociativos: perda do contato com a propria consciência temmporariamente. Tempo: dias-semanas. A. Transtorno Dissociativo de Identidade: 2 ou mais personalidades distintas, perde senso de si mesmo e de suas ações, alteração do afeto, comportamento, memória, consciência, percep- çao. - Tto: psicoterapia analítica. B. Transtorno de Despersonalização/Desrealiza- ção: paciente não percebe como ele é, estra- nhamento com si mesmo, pode achar que não está existindo (despersonalização). Paciente tem a sensação que o mundo está diferente, é outro lugar. - Tto: psicoterapia C. Amnésia Dissociativa: esquecimento do trau- ma, pessoas falam que ele fez algo e ele não se lembra, incapacidade de lembrar de informa- ções autobiográicas. Pode ter fuga dissociativa (foge para um lugar e não se lembra de como chegou lá). - Tto: hipnose, psicoterapia, benzodiazepínicos ou barbitúricos (tiopental). D. Transtorno Conversivo: transforma sentimento em reações motoras sem causa orgânica. Fra- queza, paralisia, movimento anormal (andar es- tranho), ataques ou convulsões, anestesia ou perda sensorial (para de ver, escutar), sintomas de deglutição (sapo na garganta). Teste do pente: mão não cai com tudo na cabe- ça. Não há liberação do esfincter. Transtornos Alimentares Pertubações persistentes (meses) na alimentação causando comprometimento físico e psicossocial. Pode apresentar sinal de Russel. 1. Anorexia Nervosa Tempo: Quadro clínico: Restrição da ingesta calórica + IMC <18,5; Medo de ganhar peso e/ou evita tudo que en- gorda, conta calorias; Distorção de como se vê. Classificação: Restritivo: deixa de comer, faz dieta, jejum, exercício físico excessivo. Compulsão alimentar purgativa: compulsão ali- mentar + purgação. Confunde com bulimia. Gravidade: analizado pelo IMC. Tratamento: psicoterapia (escolha), TCC, terapia fa- miliar, psicanálise. Farmacológico apenas se tiver comorbidades. 2. Bulimia Nervosa Tempo: 1x na semana ou + durante 3 meses. Quadro clínico: Compulsão alimentar + purgação (comporta- Beatriz Marinelli, 9° termo Saúde Mental mento compensatório); Auto avaliação baseada no peso. ** Aqui o IMC é normal ou elevado** Gravidade: analizado pelo n° de epsódios. Tratamento: ISRS - Fluoxetina 60 a 80mg. Obs: bupropriona é proscrito risco de convulsão. 3. Transtorno de Compulsão Alimentar Tempo: 1x na semana ou + durante 3 meses. Quadro clínico: Compulsão alimentar + 3 dos sintomas: Comer + rápido, sentir-se cheio, comer muito sem fome, comer sozinho por vergonha, após sentir culpa ou vergonha. **Não ocorre purgação** - normalmente são obesos Gravidade: analizado pelo n° de epsódios. Tratamento: ISRS não especificado (Fluoxetina, ser- tralina, escitalopram), Topiromato, Venvanse, Orlis- tat e sibutramina (se refratário).