Buscar

Resumo Com as Principais Patologias de Saúde Mental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
Politica em Saúde Mental e Equipe In-
terdisciplinar
Modele de Psiquiatria Democrática Italiana: ques-
tiona o conceito de doença mental, diz que os mani-
cômios transformam os loucos em doentes. Lei 180
proibe construção de manicômio.
Luta Antimanicomial: década de 70, maior integra-
ção social e resgatar cidadania dos doentes mentais
Declaração de Caracas 1990: 1° documento que fa-
la da psquiatria reformada. Criação da lei 10216.
RAPS:
Matriciamento: é o apoio dos profissionais de
saúde mental aos profissionais de atenção bási-
ca, permitindo atendimentos das questões men-
rais na atenção 1°, descentralizando o cuidado.
Nível de Atenção:
Atenção Primária: ESF e UBS. Prevenção e ori-
entação.
Atenção Secundária: CAPS (1 de 20-70K, 2 70-
200k, 3- +200k), ambulatórios gerais e especiali-
zados, unidade de acolhimento (residencia tran-
sitória 6 meses), serviço de residência terapêu-
tics (pacientes que estavam no manicômio s/ fa-
mília - 2 cuidadores 24h tendo lar abrigado pa-
cientes autonomos e pensão protegida), comu-
nidades terapêuticas.
Atenção Terciária: enfermarias, PAI, emergênci-
as. Visa casos agudos, redução da incapacida-
de.
Entrevista Psiquiátrica
Entrevista inicial: comunicação, técnica para obter
informações, avaliação do estado mental e diag-
nóstico.
1. Comunicação: verbal e não verbal, começar
com conversa amena, tratar o paciente de for-
ma atenciosa (abrir porta, se apresentar, per-
guntar como está), avaliar o comportalmente e
emoção, avaliar o insight do paciente, ficar aten-
to ao sofrimente e incomodo do paciente;
2. Ambiente: tranquilo, silencioso, confortável,
sem interferências durante a comunicação.
3. Orientações para entrevista: escutar por 5 min
sem interromper, oferecer confroto, fazer per-
guntas abertas, não expor de forma direta as
contraindicações do paciente, evitar fazer julga-
mentos, opinar, discussões, evitar firmar diag-
nóstico ou propor condutas sem ter os elemen-
tos necessário. O médico deve ser pontual, usar
linguagem simples, fazer perguntas apenas para
clarear algo que tenha ficado obscuro, pedir pa-
ra o paciente falar mais sobre o assunto se esse
não ficou bem claro. Perguntar diretamente so-
bre pensamentos suícudas.
4. O silêncio na entrevista: remete dificuldade de
confiar no terapeuta e estabelecer vínculo, res-
sentimento por alguma atitude ou intervenção
do terapeuta.
5. Transferência: sentimento do paciente em rela-
ção ao médico;
Contratransferência: sentimento do médico em re-
lação ao paciente.
Exame do Estado Mental
Apresentação: aparência, atividade psicomoto-
ra (agitação, retardo), comportamento (coope-
tativo), comunicação (quantidade, velocidade,
qualidade);
Consciência: vigil, hiperalerta, sonolência, con-
fusão, estupor (↓movimentos espontâneos),
coma.
Atenção: vigilância, tenacidade (atenção volun-
tária), concentração. Hipovigilância (desaten-
ção), hipotenacidade (distração).
Sensopercepção: ilusões, alucinações (visuais,
auditivas, táteis, olfativas, cenestesia, cineste-
sia, sinestesia).
Cenestesia: sensações anormais por parte do
corpo, sente que está morto, apodrecendo. Sín-
dome de Cotard.
Cinestesia: alteração movimento do corpo.
Sinestesia: combinação de alucinações.
Orientação: auto e alopsiquicamente.
Memória: retrógrada e anterógrada. Confabula-
ção: indivíduo tem alterações de memória de fi-
xação, adcionando elementos de imaginação
para completar lacunas de memória.
Inteligência: assimilar conhecimentos “melhor
um pássaro na mão do que dois voando”.
Afeto: é algo objetivo, consegue ver só de olhar,
normal, hipomodulante, embotado ou plano.
Humor: estado subjetivo do ânimo. Eutímico,
deprimido, alegre.
Pensamento: forma (estrutura), curso (velocida-
de) e conteúdo (delírio).
Juízo Crítico: perceber a realidade, moral.
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
Insight: compreensão sobre si e doença.
Conduta: hostil, agressivo, compulsões, uso de
drogas, roubo.
Linguagem: disartria (articulação), disfonia...
 Psicoterapia
Definição: não é algo exclusivo do psicólogo, médi-
co também pode fazer, e é um processo que ajuda a
lidar com as dificuldades e superar medos, parti-
lhando as angústias maiores, trazendo alívio, des-
carga, antiangústia “ansioolíticos”.
Indicação: sofrimento psicológico, autoconheci-
mento, condições psicopatológicas que sustentem
esse processo, psicoterapeutas experimentais dis-
poníveis.
Sugestão: objetivam que no final o indivíduo fique
menos suscetíveis aos apelos de sugestão, inciando
numa sugestão maior e terminando por uma me-
nor.
Classificações:
1. Psicoterapia Elementar ou Selvagem: pode ser
feita por qualquer indivíduo, leva a mudanças
na conduta por meio da persuasão, sugestão e
conselhos.
2. Psicoterapia Sistematizada: princípios científi-
cos, oferece conhecimento da psicogênse dos
transtornos.
a. Modelo Cognitiva Comportamental (TCC): visa
a reestruturação cognitiva, modifica as crenças
que vai alterar o comportamento, emoçoes e re-
ações fisiológicas.
b. Modelo da Psicoterapia familiar e de casal: co-
municação patológica dentro da família.
c. Modelo Reichiano: técnica terapêutica energé-
tica. Análise do carater ( conhecimento dos
campos energéticos do corpo), vegetoterapia (li-
beração de energias corporais que estão provo-
cando algum bloqueio), orgonoterapia (libera a
energia vital estagnada em alguma parte do cor-
po).
d. Modelo Piscodrama: encenar papéis.
e. Modelo Psicoanalítico: por Freud, defende a
idéia do inconsciente, que é capaz de conduzir
além dos seus próprios limites e apontar cami-
nhos.
Os transtornos mentais é um conflito dos
desenos do consciênte e do inscosciente.
Associação livre: falas do paciente, discurso
aberto, livres de julgamento, expressão do
inconciente.
Interpretações e intervenções interpretati-
vas: falas do analsita.
O inconsciente é atemporal e indefinido.
O consciente tem tempo e está claro na
mente.
Pré-consciente ja esteve presente na men-
te.
Transferência: emoções do paciente para o analísta
(vivência Edípica).
Contratransferência: emoções que o analista trans-
fere de volta ao paciente, devendo essa ser pura.
Neurociências das Emoções
Emoções: experiências subjetivas e únicas. Respos-
tas transitórias. Estado ou processo psicológico que
funciona no gerenciamento de objetivos.
Sistema Límbico: formado por tronco cerebral, hi-
pocampo, amigdala e hipotálamo. Está relacionado
com o comportamento e memórias emocionais.
Amgdala: ligada ao medo e ao sistema de re-
compensa, sendo ativada na saliência emocio-
nal. Responde os sinais de perigo antes que o
córtex.
Córtex pré-frontal: controla o comportamento,
toma decisões, se adequa a situações.
Córtex orbitofrontal: impulsos.
Cortex Pré-motor e motor primário: executam
a motricidade.
Córtex parietal medial: relacionado com a con-
sciência.
O processamento de informações no cortex depen-
de basicamente da atividade de neurônios pirami-
dais excitatórios e neurônio intracorticais inibit-
órios.
O CPA é modulado ppor informações do sistema
límbico, ou seja, estados motivacionais e afetos.
Emergências Psiquiátricas
Classificações no atendimento:
1. Emergências - Vermelho: violência, automutila-
ção, tentativa de suicídio, excitação maníaca (di-
rigir acima do limite, por exemplo);
2. Urgências- Amarelo: comportamento bizarro,
ansiedade aguda, síndrome conversiva, sinto-
mas psicóticos.
3. Eletivas- Verde: informações sobre medicações,
distúrbios de relacionamentos interpessoais, an-
siedade leve.
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
Características que dizem a favor da organicidade:
Início súbito ou agudo;
Sintomas que flutuam;
Alterações sinais vitais e ↓ nível de consciência;
Doenças clínicas pré-existentes;
S/ diagnóstico prévio de doenças psiquiátricas;
Déficit neurológico focal agudo (hemiplegia, afa-
sia, hemiparesia);
Alucinações não auditivas;
Idade avançada (>40 anos).
Sinais sugestivos de organicidae dentro do EEM:
Cosnciência diminuída;
Orientação - data, hora, local;
Memória - repetir palavra;
Atençaocomprometida.
Situações Especiais
1. Pacientes Suicídas
Perguntar: sobre ideação, se tem planos, meios, da-
ta, se realmente quer morrer ou acabar apenas
com a situação que está vivendo.
Postivo: internar, alto risco de suícidio;
Negativo: “Paciente nega ideação suícida, não
tem meios nem data determinada”. Conversar
com familiares, fazê-los assinar. Pedir retorno
de 2-3 dias. E orientar a ficar atento a qualquer
alteração de humor, não deixar sozinho. Vigilân-
cia 24 horas e atenção aos sinais de alerta. Fazer
guia de referência para continuidade no CAPS.
2. Pacientes Psicóticos
Paciente apresenta alteração de comportamento,
delirium ou alucinações. “sinais psicóticos com qua-
dro delirantes ou alucinações auditivas”.
Importante tentar excluir causas orgânicas, se
excluída é uma psicóse funcional.
Deve-se comunicar com clareza, frases curtas,
explicar que quer ajudar, os procedimentos e
entrevistar a família.
3. Paciente Violento
Agitação psicomotora: deve-se realizar glicemia,
oximetria e sinais vitais para todos pacientes > des-
cartar causa orgânica.
Tratamento medicamentoso: anotar a hora sempre
Via Oral:
Haloperidol 5mg (1cp VO) + Prometazina
25mg (1cp VO). Reavaliar em 30-60 minutos,
podendo dar 4x em 24 horas máx.
OU (pode intercalar os dois)
Risperidona 2mg (1cp VO) + Lorazepam 2mg
(1cp VO). Age em 20-60 min, podendo repetir
em 2 horas. Pode dar 3x em 24 horas máx.
Via Intramuscular:
1 amp de Haloperidol (1ml - corresponte a
5mg) + 1 amp de Prometazina (2mg - corres-
ponde a 50mg de subs). - Caso use Haldol e Fer-
negan pode aspirar os dois juntos na m/m serin-
ga. Pode repetir 4x máximo, de 30-60 min.
Ou, se continuar agitado:
Midazolam IM (1amp de 2mg - corresponde a
15mg, podendo dar 1/2 amp em idosos).
*** NUNCA DAR DIAZEPAM IM- PROSCRITO,
pode cristalizar causar necrose. ***
Via Endovenosa:
Evitar, fazer apenas se em sala de emergência,
risco de rebaixamento respiratório. Diazepam
EV.
4. Paciente Ansioso
Perguntar se passou por algo estressor, uso de
drogas, internação clínica prévia.
Tratamento psicoterápico: respiração diafrag-
mática, reestruturação de pensamentos, ressal-
tar que aquele ataque não vai levá-lo a óbito.
Tratamento farmacológico: Clonazepam 2mg
VO ( + ansiolítico) OU Diazepam 10mg VO ( +se-
dativo). Quanto maior o peso, maior a dose.
5. Intoxicação aguda por drogas
Álcool: hidratação, podendo associar com tiami-
na (vit B - previne Síndrome de Wernicke-Korsa-
koff). Se diabético, corrigir glicemia.
Cocaína: é autolimitada, tratar apenas sinto-
mas. ***Não prescrever propanolol -
Anfetamina: é autolimitada, tratar apenas sinto-
mas. Pode fazer lavagem gástrica (se tempo).
Maconha: tratamento sintomático.
Contensão do leito: “contensão mecânica no leito
por 15 minutos c/ observação constante.
Indicações para internação involuntária: risco de
vida, agressão, autonegligência grave, exposição
moral decorrente a patologia, sem suporte familiar.
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
Transtornos Relacionados ao Uso de
Substâncias
Os conhecimentos e valores não namtém afas-
tados do uso das drogas.
Há uma alteração no sistema de recompensa
(momória).
↑potente ↓tempo de ação ↑potencial de adi-
ção
Critérios DSM V:
A. Padrão problemático que leva comprometimen-
to, sofrimento e prejuízo por 12 meses, deven-
do ter pelo menos 2 dos seguintes critérios:
Usar em maiores quantidades e mais tempo
que o pretendido;
Tentativa mal sucedida de parar;
Gasta muito tempo para obter/usar/recuperar;
Fissura ou forte desejo;
Afeta no desempenho de outras atividades;
Uso contínuo apesar de levar problemas;
Abandono de atividades por conta da subs;
Uso m/m com problemas a integridade física;
Tolerância: necessidades de quantidades maio-
res para alcançar a intoxicação ou efeitos dese-
jados; efeitos menores com a mesma quantida-
de de álcool.
Abstinência: síndrome da abstinência caracte-
ristica da droga, uso para aliviar os sintomas da
abstinência.
Ciclo da dependência:
Antecipação > Binge/Intoxicação > Abstinência
Reforço Positivo: ciclo não causa prejuizo, é mo-
vido pela impulsividade “sei que vai fazer bem”,
sendo egosistônico.
Reforço negativo: ciclo causa prejuizo, gera so-
frimento, é movido pela compulsividade “sei
que vai fazer mal”, sendo egodistônica.
Padrão de dependência:
Fissura Intoxicação Abstinência
Álcool e
opioides
(depressor)
Intensa e
profunda
Intoxicação
+ tolerância
Disforia pro-
funda, deli-
rium tre-
mens, sinto-
mas físicos
Anfetamina
e Cocaína
(estimula-
dor)
Intensa e
profunda
Profunda to-
lerância e in-
toxicação
Disforia,
sem dor físi-
ca
Maconha Não tem fis-
sura profun-
da
Incialmente
intensa, de-
pois conti-
nua com a
m/m quanti-
dade
Leve disfo-
ria, sem sin-
tomas físi-
cos
Nicotína Muito forte Não há into-
xicação
Disforia in-
tensa, insô-
nia.
Tratamento: alcool (interação com fármacos) >
transtorno de humor > ansiedade > TDAH > cigarro.
Síndrome de Abstinência Alcoólica
(SAA)
Sinais e sintomas de usuários crônicos quando pa-
ram ou diminuem a ingestão alcoólica, aparecem
em 48 horas, durando de 7-10 dias.
Possíveis marcadores: enzimas hepáticas, GGT,
TGO, TGP, VCM, CDT (transferrina).
Confabulação: indivíduo tem alterações de mem-
ória de fixação, adcionando elementos de imagina-
ção para completar lacunas de memória.
Bases Neurobiológicas:
A síndrome resulta de um processo neuroadap-
tativo do sistema nervoso central.
Frente à presença constante da substância, elas
se estabelecem em busca de um novo equilíbrio
Há dois tipos de adaptação.
1. A adaptação de prejuízo é a diminuição do efei-
to da droga sobre a célula.
2. A adaptação de oposição é a instituição de uma
força no interior da célula, antagônica ao efeito
da droga.
A síndrome de abstinência aparece quando da
remoção do álcool.
Está ligada ao sistema de recompensa.
Fisiopatologia:
Hipoatividade GABA: ansiedade, convulsão.
Hipoatividade dopaminérgica: disforia (reforço
negativo).
Hiperatividade noradrenérgica: aumento da
temperatura, sudorese, taquicardia, tremores.
Hiperatividade glumérgica: confusão mental,
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
alucinaçoes.
Classificação e Conduta:
SAA LEVE: tremor sem alucinações. Se paciente
disposto e família continente dar Diazepam
10mg 1cp VO 8/8 horas e retornar em 2 dias.
SAA MODERADA: Febre, desorientação e aluci-
nações
SAA GRAVE/ DELIRIUM TREMENS: Confusão
profunda, desorientado, tremores grosseiros,
alucinações visuais aterrorizantes (paciente fica
com medo). Internar, pode apresentar proble-
mas com eletrólitos, epilepsia. Diazepam
10/20mg VO hora/hora.
Após tirar SAA, tratamento crônico:
Naltrexone 50mg 1cp VO 7-14 dias reavaliar
Dissulfiram 500mg 2cp VO por 7-14 dias depois
250mg/dia 1cp VO.
Transtornos Psicóticos
Paciente passa a não ter mais compromisso com a
realidade, podendo apresentar:
Sídromes Positivas: alucinações, delírios, com-
portamento bizarro, agitação e neologismo.
Síndromes Negativas: afeto embotado, retração
social, falas e pensamentos empobrecidos, au-
tonegligência, lentificação psciomotora.
Síndromes Desorganizadas: agitação, agressivi-
dade, perda de autonomia, catatonia.
Diagnóstico: 2 ou mais por 1 mês, em que pelo me-
nos 1 deles deve-ser delírios, alucinações, discurso
desorganizado.
Esquizofrenia: + 6 meses.
Transtorno psicótico breve: agudo, remissão rá-
pido.
Transtorno esquizofreniforme: até 1 mês (2 sin-
tomas positivos ou 1 postivo e 1 negativo/de-
sorganizado).
Transtorno esquizoafetivo: psicótica + humor.
Transtorno delirante: delírio por 1 mês em uma
área específica da vida. Ex: ciúmes. Risperidona.
Tratamento - Transtornos Psicóticos
Vias dopaminérgicas: Via mesolímbica ↑ (sintomas
postivos) e via mesocortical ↓ (sintomas negati-
vos). - há um bloqueio das funções dopaminérgicas
no tto.
Exames: glicemia, perfil lipídico, peso e circunferên-
cia abdominal.
Antipsicóticos Típicos:
Melhoram sintomas +, não alteram -.
+ Efeitos extrapiramidais - metabólicos
Clorpromazida 400-800mg ↓ potência. Usamos
+ em sedação (25-100mg).
Levomepromazina400-800mg ↓ potência.
Haloperidol 10- 15mg/dia ↑ potência. + seguro
na gestação.
Reações adversas - extrapiramidais ↑ acetilcolina:
Parkisonismo medicamentoso: antipsicótico si-
mula parkison, após retirada reverte. Rigidez
muscular, tremor, andar em bloco. Biperideno
2mg 1cp manhã (anticolinérgico)
Distonia Aguda: contração involuntária. Crise
oculóriga (olhos virados para cima). Biperideno
1 amp IM.
Acatisia: inquetação motora, não consegue ficar
parado, principalmente em uso de ariprazol.
Benzodiazepínicos ou beta-bloqueador em do-
ses baixas (propranolol 40mg).
Discinesia tardia: paciente de uso crônico. Pro-
tusão da língua, musculatura orofacial. ↓ dose
ou trocar por um atípico ( - risperidona).
Sídrome Neurolépitica Maligna: deficiência
aguda de dopamina, não é um sintoma extrapi-
ramidal. Há rigidez muscular, hipertermia, con-
fusão mental, variação da FC e PA, sudorese in-
tensa, arritmias cardíacas, destruição neuro-
muscular, IRA.
Tto: tirar antipsicótico e dar suporte, na hiper-
termia fazer resfriamente físco e dantrolene.
Pode utilizar bromocriptina.
Antipsicóticos Atípicos:
Melhoram sintomas + e podem melhorar os -
- Efeitos extrapiramidais + metabólicos
Risperidona 2mg-6mg/dia - iniciar com 2mg e
ir aumetando. 1° escolha em idosos.
Olanzapina 5mg - 20mg/dia - $$, engorda, po-
de potencualizar antidepressivos.
Quetiapina 50-800mg - depressão refratária,
depressão bipolar e mania. Não é um bom an-
tipsicótico.
25-100mg : hipinótico
150-400mg: antidepressivos
600-800: antipsicóticos estabilizador de humor.
Aripiprazol 10-30mg/dia - Autismo. Agonista
parcial.
Clozapina - risco de agranulocitose, hemogra-
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
mas semais por 6 meses, depois mensal para vi-
da toda. Esquizofrenia refratária.
Lurasidona - transtorno afetivo bipolar.
Efeitos adversos: extrapiramidais de menor intensi-
dade (quetiapina e clozapina; risperidona +), síndro-
me neuroléptica maligna, hipotensão, prolonga-
mento de QT, hiperprolactina, efeitos sexuais, efei-
tos metabólicos (engorda).
Efeitos colaterias motores: via nigroestrial.
Exame de imagem: diagnóstico diferencial.
Transtornos de Humor Depressivo
Quadro clínico que leva pertubação de humor, sren-
do esse mais depressivo, levando prejuízo na vida
do paciente.
Tempo: ≥ 2 semanas.
Neuroimagem: hiperintensidade de subst. brancas,
diminuição dos volumes do giro do cingulo e hipo-
campo.
Quadro Clínico:
Humor depressivo e anedonia (apatia e perda
do prazer) -obrigatório;
Outros: anergia, alteração do apetite, insônia
ou hipersônia, perda da concentração, variação
diúrna do humor, diminuição da libído, retardo
ou agitaçao psicomotora, pensamentos de de-
sesperança ou morte, sentimento de culpa, inu-
tilidade, autoestima reduzido.
Classificação:
Leve: ainda consegue fazer atividades, se rela-
cionar, mas internamente está triste;
Moderada: afeta em parte a vida do paciente
intensamente;
Grave: incapacidade grande, não ocnsegue fa-
zer nada, ideação suícida.
Tratamento:
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotini-
na (ISRS): Sertralina, Fluoxetina, Paroxetina, Es-
citalopram;
Inibidores da recaptação de Serotonina e Nora-
drenalina (duais): Venlafaxina, desvenlafaxina;
Bupropiona;
Tetracíclico: Mirtazapina;
Antagonista de 5HT2A: Trazodona;
Tricíclicos: Amitriptilina, nortriptilina, clomipra-
mina.
Fases: incialmente resposta parcial > remissão> ma-
nutenção > manutenção definitiva.
Depressão persistente: podemos potencializar com
lítio, aripoprazol, T3, lurasidona. Combinar com mir-
tazapina, trazadona, bupropiona.
Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)
É um transtorno de humor que leva pertubação de
humor, srendo esse mais expansivo, levando prejuí-
zo na vida do paciente. A comorbidade mais co-
mum é a ansiedade. A mania não ocorre em ordem
definida. O risco de suícidio é maior no TAB. Início
na adolescência (depressão maior na fase adulta).
Neuroimagem: hiperintensidade de subst. brancas,
aumento de ventriculos laterias em TAB crônico, di-
minuição dos volumes do giro do cingulo e hipo-
campo.
Classificação:
TAB tipo I: necessariamente pelo menos UM
epsódio de mania durante a vida, podendo ou
não ter epsódios depressivos.
TAB tipo II: necessariamente apresenta epsódio
de hipomania e epsódios depressivos. Nunca
apresentar epsódio de mania.
Episódio de mania:
Tempo: ≥1semana;
Humor elevado e/ou irritado (eufórico, excessi-
vo/animado);
Aumento de energia e atividade;
Outros: aumento da auto-estima “o máximo”,
aceleração do discurso, diminuição do sono sem
fadiga, diminuição da concetração, desinibição e
gestos excessivos, aumento da líbido, delírios e
alucinações (de riqueza).
A hipomania é mais leve e não tem os sintomas
psicóticos, durando em média 4 dias.
1. Tratamento da mania aguda: Carbonato de lítio
(em monoterapia, demora 2 semanas para fazer
efeito); eletroconvulsoterapia; antipsicóticos como
Risperidona, olanzapina, aripiprazol, quetiapina;
anticonvulsivantes como o ácido valproico, carba-
mazepina.
Utiliza-se normalmente Lítio + antipisicótico atípico
ou ácido valpróico + antipsicótico atípico.
Exames para uso de Lítio: creatinina, eletrólitos,
TSH, T4, hemograma e glicemia.
2. Tratamento para depressão bipolar: NÃO DAR
ANTIDEPRESSIVO, risco de virada maníaca ou piora
dos sintomas. Tratar com Carbonato de lítio (estabi-
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
lizador de humor), lamotrigina (anticonvulsivante-
manutenção), aripiprazol, quetiapina, lurasidona
(antipsicótico).
3. Tratamento no estado misto: ácido valpróico, an-
tipsicóticos atípicos. Evitar antidepressivos.
4. Tratamento profilático: Carbonato de lítio (esta-
bilizador de humor), lamotrigina (previne depres-
são), aripiprazol, quetiapina, lurasidona (antipsicó-
tico), psicoterapia.
Depressão refratária: eletroconvulsoterapia.
Tratamento dos Transtornos de Humor
Hipótese monoaminérgica: na depresão temos
↓neurotransmissor ↑receptores. Logo, para o tra-
tamento eficiente, precisamos ↑agonista, ↑ neuro-
transmissores ↓ receptores. Demora de 2-3 sema-
nas para regular os receptores, e no começo há um
↑ dos efeitos, piora a ansiedade.
Reincidiva: Primeiro epsódio tratado adequanda-
mente é de 50%
1. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotoni-
na (ISRS):
MA: inibe o receptor acumulando serotonina.
Efeitos Adversos: disfunção sexual ( 5HT2A +
paroxetina), efeitos gastrointestinais ( receptor
5HT3 - + sertralina), cefaleia por 2-3 semanaas
no início, efeitos anticolinérgicos (boca seca, re-
tenção urinária, constipação + paroxetina), an-
siedade incial (normal prescrever benzodiazepí-
nico no início), insônia e sedação, comporta-
mento suicida ( + supervisão no início do tto,
adinamia melhora antes da ideação), compro-
metimento da agregação plaquetária (serotoni-
na participa, evitar em pacientes que tomam
anticoagulantes), aumento da prolactina, alte-
ração do apetite e peso ( Fluoxetina ajuda a
perder, mas efeito dura só 20 dias, paroxetina
aumenta, Citalopram e Ecitalopram fissura por
doce, Sertralina e Fluvoxamina não alteram).
Tomar após alguma refeição para diminuir efei-
tos gastrointestinais.
Síndrome Serotoninérgica: doses excessivas ou
associação inadequada (fluoxetina aumenta 5x
efeito do tricíclico). Leva a rigidez muscular que
pode evoluir para coma, delirium, agitação, con-
vulsões, diarreia, inquetação.
Diferenciar de Síndrome Neuroléptica Maligna
(uso de psicótico).
Doses:
Sertralina: 50-200mg/dia (- interação) (SUS- de-
pressão e ansiedade)
Fluoxetina: 20-80mg/dia (+interação) (SUS- +
depressão, favorece perda de peso)
Paroxetina: 20-60mg/dia ( + ansiosos)
Fluvoxamina 100-300mg/dia (capsula) ( $ -
TOC).
*Escitalopram: 10-20mg/dia ( bom para depres-
são recorrente)
*Citalopram 20-40mg/dia
*Não ultrapassar dose máxima, prolongamento
do intervalo QT.
2. Inibidores Seletivos da Recaptação de Seroto-
nia e Noradrenalina (duais - IRSN):
Uso: paciente com predominío de adinamia e
anedonia.
Efeitos Adversos: efeitos serotonérgicos + nora-
drenérgicos ( alterações da PA, arritmais), me-
nor disfunção sexual,não tem ação anticolinér-
gica, abstinência e intoxicação.
Doses:
Venlafaxina 75-375mg (melhor ↑dose, ↑ res-
posta). Só possui efeito acima de 100mg. 37,5
(1° semana) > 75mg (2° semana) > 150mg (3°
semana - efeito).
Desvenlaxina 50-200mg/dia melhor dose é a
mais baixa, melhor em ausência de estrógeno).
Melhor resposta é com 50mg. É o antidepressi-
vo com menos interação. Se não melhorar com
50mg trocar a droga.
Duloxetina 60-120mg/dia ( dor crônica)
3. Antidepressivos Tricíclicos
Uso: em tentativas ineficazes anteriores, muitos
efeitos adversos. SUS.
MA: serotonina e noradrenalina (atidepressi-
vos), bloqueadores receptor H1 (histaminico, se-
dação, aumento de peso), alfa 1, M1 (muscaríni-
co, constipação, boca seca, taquicardia).
Reações adversas: sonolencia, aumento de pe-
so, hipotensão postural (cuidado idoso), consti-
pação, boca seca, arritmias (devido ao bloqueio
dos canais de sódio, pode levar a parada), tre-
mor, disfunção sexual, intoxicação grave.
Doses:
Amitriptilina 75 a 300mg/dia (dose baixa enxa-
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
queca e dor);
Clomipramina 75 a 250mg/dia (ansiedade)
Nortriptilina 50 a 150mg/dia
Imipramina 75 a 300mg/dia (depressão).
4. Antagonista Alfa 2
Uso: paciente que tem dificuldade de ganhar
peso, insonia, náusea, HIV, câncer.
↓ Interação com outras drogas.
Doses:
Mirtazapina 15-60mg/dia (dose antidepressiva
acima de 30mg/dia).
5. Inibidor da Recaptação de Noradrenalina e Do-
pamina
Uso: tabagismo e outras dependências. Interes-
sante em associação, não altera níveis de sero-
tonina, e não é indicado em TOC e ansiedade.
Pode ser usada também em depressão apática,
anérgica, emagrecer.
Reações adversas: ***Piora a ansiedade***, ce-
faleia, insonia, tremor, náusea, não causam dis-
função sexual, ganho de peso.
Doses:
Bupropiona 150-450mg (dose ideal é 300mg)
Mono > troca > associar com potencializador ( asso-
ciar com outras classes - tricíclicos, lítio se existir
ideação suicída, atípicos como Olanzapina).
Antidepressivos trata: transtorno de pânico, de-
pressão unipolar, TOC.
Delirium
Confusão mental aguda de causa orgânica.
Tempo:horas-dias.
Quadro clínico: consciência rebaixado, atenção pre-
judicada (prova dos meses do ano), pensamentos
alterados ( confuso), alteração do nível de consciên-
cia, desorientado, sundowing (sono dia, noite fica
alerto, ilusões), afeto flutiante (irritado <> depres-
são), ilusões, alucinações e delírios. - os sintomas
flutuam ao longo do dia.
Causas: medicamentos, abstinências, infecções
(ITU, pneumonia, sepse), doenças cardiovasculares
(embolias, endocardite), SNC (AVC, menigite, tu-
mor), hipoglicemia.
Classificação: hiperativos (agitados, logorreicos,
agressivos - confunde com mania) e hipoativo (len-
tificado - confunde com depressão).
Tratamento: causa de base e controle da agitação
com haloperidol 0,5-2mg VO (até 15mg/dia).
Obs: evitar benzodiazepínicos rebaixa ainda mais.
2. Delirium Tremens: associado a abstinência mais
grave do álcool ( dependentes de longa data).
Quadro clínico: tremores, alucinações de pequenos
animais, agitação, sudorese, convulsão + outros an-
teriores.
Tratamento: benzodiazepínicos de longa duração
em altas doses ( diazepam 10mg de hora em hora
até sedar, depois aumentar intervalos), podendo as-
sociar com haloperidol 5mg 12/12 horas em agita-
ção.
 TOC e outros
Tique em 20-30% dos casos.
1. Transtorno Obcessivo Compulsivo (TOC)
Comportamento egogistônico, ou seja, se sente
mal fazendo isso, causa prejuízo.
Neurotransmissor envolvido: Serotonina.
Critérios Diagnóstico:
Paciente tem obsessão ( pensamentos intrusi-
vos) e/ou compulsão (consciente padronizado e
recorrente, visando aliviar o pensamento).
Esse quadro demanda tempo (min 1hora por
dia), fazendo parte da rotina, causando prejuí-
zo.
Sintomas não podem ser efeito de causa orgâni-
ca ou uso de substância.
Insight:
Bom: reconhece que não é verdade.
Razoável: provavelmente não é verdadeiro.
Pobre: tem chance de não ser verdade, mas
acredita.
Ausente: acredita que é verdade.
Compuulsão Mental: pensar ou fazer alguma coisa
silenciosamente, próximo de 100%.
Padrão de Sintomas:
1º Contaminação: obsessão seguida por lavar a
mão ou evitação do objeto.
2º Dúvidas patológicas: obcessão seguida por
compulsão de verificar, relacionados a algo vio-
lento (fogo, janela).
3º Pensamentos intrusivos: obcessão sem compul-
são, geralmente conteúdo sexual ou agressivo.
4º Simetria: conferir, alinhar. Compulsão e lenti-
dão.
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
Tratamento Farmacológico:
ISRS (todos): em doses altas, sendo que 1/3 dos
paciente vão desenvolver depressão maior ao
longo do tto. Sertralina 400mg (começar com
25/50mg e ir aumentando aos poucos, podendo
chegar a 400mg).
Destaque para fluvoxamina, porém é caro.
Antidepressivo Tricíclico: Clomipramida.
Efeitos inciais demoram mais de 4 semans, pode ha-
ver recaída na suspensão dos antidepressivos.
Outros: antipisicóticos atípicos e outros poten-
cializadores. Aripiprazol (escolha). Olanzapina
não pode.
Tratamento Não-Farmacológico: TCC, eletroconvul-
soterapia, psicocirurgia.
2. Transtorno Dismórfico Corporal (Dismorfofo-
bia): preocupação com algo na aparência, gerando
comportamento compulsivo de observação, se arru-
mar demais, esconder.
Tratamento: psicoterapia (melhor resposta) ou
antidepressivos serotonérgicos (50%).
3. Transtorno de Acumulação: aquisição sem des-
carte de coisas de pouco valor, acreditar vir a ser
úteis no futuro.
Tratamento: psicoterapia (TCC) ou antidepressi-
vos serotonérgicos (funciona pouco).
4. Tricotilomania: puxar cabelo repetitivamente.
Tricofagia (se comer).
Tratamento: psicoterapia, antidepressivos sero-
tonérgicos, antipsicóticos, Naltrexona, N-acetil-
cisteína (doses altas como adjuvantes).
5. Transtorno de Escoriação (Skin-Picking): com-
pulsão e reletição em escoriar a pel.
Tratamento: psicoterapia, antidepressivos sero-
tonérgicos, Naltrexona, N-acetilcisteína, Lamo-
trigina, medidas mecânicas (luva).
 Transtornos Mentais na Infância e
Adolescência
Transtornos do Neurodesenvolvimento:
1. Deficiências Intelectuais: a crianças não conse-
gue adquirir habilidades cognitivas compatíveis
a sua idade, levando déficits em funções adap-
tativas.
É feito um teste de inteligência, o classificando
em leve (50-70), moderado (35-50), grave(20-
35) e profundo (<20). É necessário saber ler, es-
crever e resolver testes para fazer esse teste.
2. Transtorno do Espectro Austista: deficiência
na comunicação e interação social (não conse-
gue compreender emoções não verbais, pouco
contato com os olhos, ansiedade na interrupção
da rotina) + comportamentos restritos e repeti-
tivos (comportamentos compuolsivos, não brin-
cam da maneira habitual, apreciam girar, ver flu-
xo de água, comportamento automutiladores)
Outros: alteração na linguagem, deficiência in-
telectual, irritabilidade, hiperatividade, paladar
sensível, insônia, instabilidade de humor.
3. Déficits de Atenção e Hiperatividade: é o trans-
torno mental mais prevalente na infância.
Tríade de Sintomas: Desatenção e/ou hiperati-
vidade e impulsividade.
Ocorre um atraso na maturação cerebral, levan-
do a incapacidade de manter a atenção, ter con-
troles inibitórios e não ser impulsivo.
Até 60% permanecem sintomáticos na vida
adulta, apresentando principalmente défict de
atençao e descontrole de impulsividade.
Transtornos Motores:
1. Transtorno de Tique Motor ou Vocal: persiste
por mais de um ano, pode haver remissão es-
pontânea na adolescência.
2. Transtorno de Tourette: múltiplos tiques motor
e vocais por mais de 1 ano. Início antes dos 18.
Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulso e
da Conduta:
1. Transtorno de Oposição Desafiante: comporta-
mento negativo, desobediente, hostil, ressenti-
mento irritado, não assume responsabillidade
por erros. Geralmente não recorrem a abressão
física ou comportamento destrutivos. Início a
partir dos 3 anos.
2. Transtorno de Conduta: podem aparecer a par-
tir dos 3 anos, comportamento agressivos (gos-
tade destruir, agredir pessoas e animais, falsida-
de e furto), violação dos direitos básicos dos pa-
res e família, podem se tornar vilálicio (persona-
lidade antissocial).
Tratamento: psicossocial e psicofármacos (an-
tipsicóticos ↓ chance de evoluir para personali-
dade antissocial).
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
Transtorno de Ansiedade:
1. Ansiedade de Separação: ansiedade excessiva
em relação a separação de uma figura de apego,
teme que algo ruim vai acontecer.
2. Mutismo Seletivo: falta de fala em algumas si-
tuações sociais. Relação com ansiedade social.
Transtornos Ansiosos
Sensação difusa de apreensão (medo/preocupação)
+ sintomas físicos, lenvando a um prejuizo obrigato-
riamente ( deixa de fazer aquilo que pretendia pela
ansiedadade).
Principal neurotransmissor: seretonina (5-HT).
Hiperatividade adrenérgica e hipoatividade seroto-
ninérgica.
1. Transtorno de Pânico “medo da crise”
Tempo:≥ 1 mês.
Quadro clínico:
Ataques recorrentes e inesperados + preocupa-
ção com ataques adicionais;
+ 4 ou mais dos sintomas (dura de 20-30 min):
sudorese, tremores, palpitação, ↑ FC, falta de
ar/sufocação, sensação de asfixia, dor torácico,
náusea, calafrios ou ondas de calor, parestesia,
medo de perder o controle, medo de morrer,
tonturas.
Há uma modulação noroadenérgica desregula-
da.
2. Agorafobia “medo de não conseguir escapar/ter
ajuda”
Tempo:≥ 6 mês.
Quadro clínico (2 ou + por mais de 6 meses):
Medo de usar transportes públicos, permanecer
em locais abertos ou fechados, permanecer em
filas ou multidão, sair sozinho de casa;
Evitação ativa: indivíduo não vai nesses lugares;
Medo desproporcional ao perigo real.
3. Transtorno de Ansiedade Generalizada “tensões
constantes”
Tempo:≥ 6 mês.
Quadro clínico:
Preocupação excessiva e dificuldade de contro-
lar +
3 ou + dos seguintes sintomas: inquetação, fati-
gabilidade, irritabilidade, tensão muscular, per-
tubação do sono, dificuldade de se concentrar,
sensação de “branco” na mente.
4. Fobias Específicas “medo de algo”
Tempo:≥ 6 mês.
Quadro clínico:
Medo persistente e irracional de algo.
Ex: ailurofobia (gato), cinofobia (cachorro), mi-
sofobia (locais sujos), acrofobia (lugares alto).
5. Fobia Social “medo da avaliação dos outros”
Tempo:≥ 6 mês.
Quadro clínico:
Medo de situações sociais como falar em públi-
co, ansiedade de urinar em lugares públicos (pa-
raurese), comer/beber na frente dos outros, in-
teragir com grupo.
É o mais prevalente.
Tratamento: Terapia Cognitiva Comportamental
(TCC) +
1º Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina
(ISRS): Paroxetina (engorda/libído), pode dar
também sertralina ou fluoxetina.
2º Antidepressivos Duais: Venlafaxina
3º Benzodiazepínicos: Clonazepam ou Diazepam,
alto risco de dependência, alivia apenas na ho-
ra.
6. Outros Casos:
Crise de Pânico: Rivotril 0,25mg sublingual +
respiração diafragmática ( evita hiperventila-
ção) - CLONAZEPAM
Fobia Social específica de desempenho: Pro-
pranolol 1/2 cp antes da apresentação.
Traumas e Extressores
***Após traumas evitar uso de benzodiazepínicos,
uma vez que assim como o álcool, atrapalha na
desintregação da memória***
1. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
Tempo: > 1 mês.
Critérios Diagnóstico:
A. Exposição a um trauma: exposição a um epsó-
dio concreto ou amraça de morte, lesões gra-
ves, violência sexual, ser exposto de forma repe-
tidas a traumas (policiais), testemunhar, saber
de alguma pessoa próxima passou por um trau-
ma;
B. Reviver o trauma: não controla o pensamento,
pensa mesmo sem querer, pesadelos, reações
dissociativas (flashbacks), sofrimento psicológi-
co intenso (medo, desespero, vontade de fugir),
reação intensa a coisas que simbolizam o trau-
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
ma (lugar, pessoas);
C. Evitação: evita tudo que possa fazê-lo lembrar
do trauma;
D. Alteração de humor (2 ou +): esquecimento de
algum evento do trauma, expectativas persis-
tentes e exageradas “eu mereci” “não confio em
niguém”, se culpa, estado emocional negativo
persistênte (medo, raiva, culpa), interesses dimi-
nuídos em atividades, distanciamento dos ou-
tros (isolamento, dificuldade de se relacionar),
incapacidade de sentir emoções positivas
E. Fica assustado ou ansioso (2 ou +): irritação ou
surtos de raiva, comportamentos autodestruti-
vos (se expõe a risco), hipervigilante (super as-
sustado), problema na concentração (memória),
insônia/pesadelos;
F. Pertubação causa sofrimento/prejuízos;
G. Não relacionando ao uso de substâncias ou
condições médicas.
Resumo: trauma, lembranças/pensamentos intrusi-
vos, evitação, alteração cognitiva e de humor, hipe-
rexcitabilidade por 1 mês ou mais.
Tratamento: ISRS ( Sertralina/ Paroxetina) - 1°, 2°
trocar por outra droga dentro dessa classe, 3° Ven-
lafaxina ( antidepressivo dual - $$) ou outros como
Amitriptilina ou Mirtazapina.
+ Proteção a vítima (crianças, doenças mentais, ido-
sos, obrigatório a denúncia) + TCC.
2. Transtono de Estresse Agudo
Tempo: 3 dias a 1 mês.
Diagnóstico: trauma, lembranças/pensamentos in-
trusivos, evitação, alteração cognitiva e de humor,
hiperexcitabilidade. O paciente precisa ter 9 sinto-
mas entre todos eles.
Tratamento: proteção a vítima, TCC, evitar farmaco-
terapia, principalmente evitar uso de benzo.
3. Transtornos Dissociativos: perda do contato com
a propria consciência temmporariamente.
Tempo: dias-semanas.
A. Transtorno Dissociativo de Identidade: 2 ou
mais personalidades distintas, perde senso de si
mesmo e de suas ações, alteração do afeto,
comportamento, memória, consciência, percep-
çao.
- Tto: psicoterapia analítica.
B. Transtorno de Despersonalização/Desrealiza-
ção: paciente não percebe como ele é, estra-
nhamento com si mesmo, pode achar que não
está existindo (despersonalização). Paciente
tem a sensação que o mundo está diferente, é
outro lugar.
- Tto: psicoterapia
C. Amnésia Dissociativa: esquecimento do trau-
ma, pessoas falam que ele fez algo e ele não se
lembra, incapacidade de lembrar de informa-
ções autobiográicas. Pode ter fuga dissociativa
(foge para um lugar e não se lembra de como
chegou lá).
- Tto: hipnose, psicoterapia, benzodiazepínicos
ou barbitúricos (tiopental).
D. Transtorno Conversivo: transforma sentimento
em reações motoras sem causa orgânica. Fra-
queza, paralisia, movimento anormal (andar es-
tranho), ataques ou convulsões, anestesia ou
perda sensorial (para de ver, escutar), sintomas
de deglutição (sapo na garganta).
Teste do pente: mão não cai com tudo na cabe-
ça. Não há liberação do esfincter.
Transtornos Alimentares
Pertubações persistentes (meses) na alimentação
causando comprometimento físico e psicossocial.
Pode apresentar sinal de Russel.
1. Anorexia Nervosa
Tempo:
Quadro clínico:
Restrição da ingesta calórica + IMC <18,5;
Medo de ganhar peso e/ou evita tudo que en-
gorda, conta calorias;
Distorção de como se vê.
Classificação:
Restritivo: deixa de comer, faz dieta, jejum,
exercício físico excessivo.
Compulsão alimentar purgativa: compulsão ali-
mentar + purgação. Confunde com bulimia.
Gravidade: analizado pelo IMC.
Tratamento: psicoterapia (escolha), TCC, terapia fa-
miliar, psicanálise. Farmacológico apenas se tiver
comorbidades.
2. Bulimia Nervosa
Tempo: 1x na semana ou + durante 3 meses.
Quadro clínico:
Compulsão alimentar + purgação (comporta-
Beatriz Marinelli, 9° termo
Saúde Mental
mento compensatório);
Auto avaliação baseada no peso.
** Aqui o IMC é normal ou elevado**
Gravidade: analizado pelo n° de epsódios.
Tratamento: ISRS - Fluoxetina 60 a 80mg.
Obs: bupropriona é proscrito risco de convulsão.
3. Transtorno de Compulsão Alimentar
Tempo: 1x na semana ou + durante 3 meses.
Quadro clínico:
Compulsão alimentar + 3 dos sintomas:
Comer + rápido, sentir-se cheio, comer muito
sem fome, comer sozinho por vergonha, após
sentir culpa ou vergonha.
**Não ocorre purgação** - normalmente são
obesos
Gravidade: analizado pelo n° de epsódios.
Tratamento: ISRS não especificado (Fluoxetina, ser-
tralina, escitalopram), Topiromato, Venvanse, Orlis-
tat e sibutramina (se refratário).

Mais conteúdos dessa disciplina