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Alcoolismo Agudo

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Alcoolismo Agudo 
O alcoolismo agudo – ou embriaguez – é o estado
provocado pelo efeito tóxico resultante da excessiva
ingestão de álcool etílico contido nas bebidas alcoólicas. 
Obs.: o alcoolismo agudo, além de já ser uma
complicação, aumenta muito a incidência de correlação
com violência, acidente de trânsito, homicídio, suicídio,
então é importante que a vítima seja isolada da chave do
carro, das pessoas que estão diante de uma confusão,
porque ela perde a sua capacidade de tomar decisões
racionais. 
O estado de alcoolismo agudo deixa a pessoa com um
comportamento geralmente violento, anormal, em
relação a seu estado de sobriedade, agressivo, confuso,
agitado e instável.
Mecanismo de Ação 
O álcool é um composto orgânico em que um átomo de
hidrogênio é substituído por um grupo hidroxila. 
O etanol é o álcool mais conhecido, sendo obtido por
meio da fermentação (como no caso da cerveja) ou da
destilação (bebidas destiladas, como uísque, por
exemplo) da glicose presente em cereais, raízes e frutas. 
As bebidas fermentadas possuem teor de álcool menor
em relação às destiladas. Portanto é mais fácil a pessoa
se embriagar com bebidas destiladas. 
O etanol é um depressor cerebral com ação hipnótica,
dose dependente, que age diretamente em diversos
órgãos, como fígado (onde é metabolizado para ser
excretado), coração, vasos sanguíneos e parede do
estômago. 
Obs.: o etanol é um depressor cerebral, mas,
inicialmente, com uma pequena quantidade de álcool,
ocorre uma desinibição, e é isso o que as pessoas, às
vezes, buscam nas festas. Porém o álcool em si não é
estimulante, ele é um depressor do sistema nervoso. 
O álcool exerce os seus efeitos no sistema nervoso
central (SNC) por meio da interação com os
neurotransmissores cerebrais inibitórios.
Intoxicação Aguda 
Caracteriza-se pelo consumo em quantidade suficiente
para produzir mudanças no funcionamento normal do
indivíduo, incluindo alterações comportamentais mal-
adaptativas, sinais de comprometimento neurológico e
ausência de outros diagnósticos e condições (há
situações em que se pode pensar que o paciente está
embriagado, mas ele está com outros quadros clínicos
que não têm correlação com álcool). 
Essa condição coloca a vítima em maior vulnerabilidade
para acidentes de trânsito, violência física, suicídios e
homicídios, entre outras intercorrências.
https://www.grancursosonline.com.br/aluno/espaco/curso/codigo/USsXbXFBBwk%3D/v/kwPufWOdo7Q%3D/c/%2BQ%2F2hrgmCrU%3D
https://www.grancursosonline.com.br/aluno/espaco/curso/codigo/USsXbXFBBwk%3D/v/kwPufWOdo7Q%3D/c/%2BQ%2F2hrgmCrU%3D
Olhos brilhantes, dispersivos e vermelhos; 
Dificuldade de falar; • Fisionomia imóvel; 
Descoordenação motora; 
Tontura; 
Sonolência; 
Andar cambaleante.
O quadro clínico da intoxicação aguda pode variar de
leve embriaguez à intoxicação grave, levando a coma,
depressão respiratória e morte consequente a parada
respiratória ou aspiração de vômito. 
Os fatores que podem interferir na alcoolemia incluem
velocidade de ingestão, consumo prévio de alimentos,
fatores ambientais e desenvolvimento de tolerância ao
álcool. 
Sinais de intoxicação alcoólica: 
Absorção e Distribuição do Álcool 
O etanol é absorvido rápida e completamente através do
tubo gastrintestinal e é detectado no sangue minutos
após a ingestão. 
Fatores modificam a absorção GI: alimentação, a
velocidade de ingestão, a concentração, o volume e o
tipo de bebida alcoólica, além de variações na motilidade
GI. 
O etanol atravessa rapidamente as membranas
biológicas e equilibra-se rapidamente na água corporal
total. 
90% a 98% são removidas pelo metabolismo no fígado e
o restante é excretado pelos rins, pulmões e pele. 
Obs.: alcoolemia (mg%) – 30: já há diminuição dos
reflexos, o que aumenta as chances de acidente
automobilístico.
Obs.: fatores que influenciam os limiares descritos na
tabela: 
Sensibilidade das pessoas ao álcool – algumas pessoas
são mais sensíveis ao álcool, com uma quantidade
menor, elas já alcançam efeitos mais avançados do que
outras já acostumadas a beber. 
Estômago vazio (o álcool age rapidamente) ou cheio (há
demora na absorção do álcool e de sua ida para a
corrente sanguínea). 
Alcoólatras – precisam de doses cada vez maiores para
atingir o grau de satisfação do álcool com relação ao
percentual, ou seja, o organismo vai se tornando cada
vez mais tolerante ao álcool e o coma pode se manifestar
com um grau de alcoolemia muito maior do que o
apresentado na tabela. 
Obs.: os valores apresentados são uma estimativa.
Existem diferenças, por exemplo, em relação ao sexo –
homem é mais tolerante que mulher. 
Odor de álcool no hálito; 
Fala pastosa; 
Alterações do humor, comportamento e do nível de
consciência; 
Prejuízo da coordenação motora, da atenção e do
julgamento; 
Presença de náuseas e vômitos; 
Ansiedade, irritabilidade, taquicardia, hiper ou
hipotensão arterial, alucinações, agitação
psicomotora, fraqueza. 
Fase Depressora 
Efeito combinado final dos sistemas GABA-érgicos e
glutamatérgicos, ou seja, ação neuronal diminuída, na
qual os níveis de alcoolemia atingem mais de 200 a 250
mg%, provocando efeitos narcóticos do etanol
(diminuição da frequência respiratória). 
Em bebedores, a alcoolemia pode chegar de 300 a 350
mg% para alcançar essa fase. 
Há o risco de depressão respiratória e circulatória, e a
hospitalização de urgência pode ser necessária.
Ressaca 
Os metabólitos do etanol são tóxicos, principalmente o
acetaldeído, que é responsável pela sensação de mal-
estar, náuseas, vômitos, cefaleia, tonturas e
indisposição pós-embriaguez. 
Esses sintomas em geral são autolimitados e
desaparecem com uso de sintomáticos.
Alcoolismo – Sinais e Sintomas 
Quando a ingestão é interrompida, os níveis sanguíneos
caem cerca de 10 a 25 mg/dl/hora. 
Os níveis sanguíneos de álcool continuam a aumentar
quando um indivíduo bebe mais rápido do que
metaboliza. 
Estágios da Influência Alcoólica
Fases da Intoxicação Alcoólica 
Obs.: os valores são estimados porque dependem da
tolerância individual.
Obs.: ressaca – o metabolismo do álcool gera
substâncias tóxicas que causam mal-estar no dia
seguinte: vômitos, náuseas etc. 
Fase Excitatória 
Até 75 mg%: sensação de relaxamento, desinibição, às
vezes quietude, introspecção ou agressividade. 
Até 100 mg%: estado de ataxia, incoordenação, queda
do "juízo crítico", aumento da "autoconfiança" (risco de
acidente automobilístico). 
Níveis de 125 a 150 mg%: alguns continuam afáveis e
desinibidos, outros muito agressivos ou mutismo e
quietude exagerados.
Confirmar a ingestão aguda; 
Manter o paciente em ambiente calmo, protegido; 
Avaliar lesões traumáticas associadas; 
Manter o paciente em decúbito lateral para evitar
a aspiração de secreções; 
Manter o paciente aquecido; 
Avaliar periodicamente os sinais vitais e intervir
conforme a necessidade; 
Manter a permeabilidade das vias aéreas e fazer
aspiração se necessário;
Não há indicação para uso de carvão ativado, pois
o etanol não é bem absorvido por ele.
As Medidas Gerais que Devem ser Adotadas nos Casos
de Intoxicação Alcoólica Aguda 
Alcoolismo – SAMU (2016) 
1. Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (método
ACENA). 
2. Apresentar-se e realizar a avaliação primária
(ABCDE) e tratar conforme encontrado. 
3. Realizar avaliação secundária: sinais vitais, alergias,
medicamentos em uso, passado médico, líquidos e
alimentos, ambiente (SAMPLA), sinais vitais, glicemia
capilar e exame físico. 
4. Valorizar: tipo de substância, via de absorção e
histórico psiquiátrico. 
5. Não havendo evidência de trauma, manter o paciente
em posição de recuperação (decúbito lateral) devido ao
risco de aspiração de secreções. 
6. Manter o paciente aquecido. 
7. Administrar oxigênio. 
Todos esses sinais são comuns para intoxicação e
abstinência alcoólica. 
Os sinais diferenciais para abstinência são: tremores,
febre, sudorese profusa, convulsão e delírio.
ATENÇÃO: Pode cair na sua prova algo com relação ao
alcoolismo e à glicose. 
O fígado – além de fazer o metabolismo do álcool –
também faz o metabolismo da glicose,percebendo no
corpo se é preciso quebrar glicogênio para liberar mais
glicose ou pegar a glicose e juntar para formar glicogênio
quando ela estiver alta. Com relação ao álcool, ele faz o
metabolismo para transformá-lo em acetaldeído e
eliminá-lo em várias outras substâncias. 
O fígado muito ocupado em metabolizar o álcool (que é
uma substância tóxica) não consegue ao mesmo tempo
controlar o metabolismo da glicose, então acontece a
hipoglicemia. Por isso, uma das condutas no coma
alcoólico, quando o paciente chega ao hospital, é infusão
de soro glicosado. 
Alterações na visão, como movimentos anormais
dos olhos (nistagmo); 
Visão dupla e queda da pálpebra; 
Síndrome de abstinência alcoólica. 
Amnésia anterógrada; 
Amnésia retrógrada; 
Inventar histórias (confabulação); 
Alucinações. 
Os sintomas da síndrome de Korsakoff: 
Coma Alcoólico 
O coma alcoólico é um quadro gravíssimo resultante do
excessivo consumo de álcool. 
Abordagem do paciente: o paciente apresenta profunda
alteração da consciência, midríase (dilatação da pupila)
bilateral, respiração estertorosa e lenta, hálito cetônico,
arreflexia, hipotermia, diminuição da frequência
respiratória e da pressão arterial, abolição da reação a
estímulos dolorosos e retenção ou incontinência
urinária. 
Deve-se observar se o coma é realmente devido à
ingestão abusiva de álcool (drogas ou doença orgânica). 
A alcoolemia está acima de 400 a 500 mg/dl. 
Tratamento: o paciente em coma deve ser tratado em
unidade de terapia intensiva.
Obs.: o socorrista, de uma maneira geral, no
atendimento da intoxicação alcoólica: Confusão mental; 
Perda de coordenação muscular e tremores
(ataxia); 
8. SAV (suporte avançado de vida) – garantir acesso
venoso periférico com solução cristaloide e administrar
tiamina 300 mg por via intramuscular, se disponível. 
9. Corrigir rapidamente a hipoglicemia, se glicemia
capilar.
ACENA 
A Avaliar: Arredores, A casa e a presença de Armas ou
Artefatos que indiquem o uso de Álcool e drogas; Altura
e a Aparência da vítima. 
C Observar a presença de sinais de Conflito e Crise na
rede social da vítima. 
E Avaliar as expectativas e a receptividade da rede social
e do próprio paciente e sobre a Equipe de atendimento. 
N Avaliar o Nível de consciência, a adequação à
realidade e a capacidade de escolha e Nível de
sofrimento. 
A Avaliar a presença de sinais de uso de Álcool e drogas,
a presença de Agressividade (atual ou anterior) e a
presença de sinais de Autoagressão. 
Obs.: caso seja detectada presença de arma, é
importante convocar a PM para ajudar na contenção da
vítima e na articulação para remoção da arma.
Síndrome de Wernicke-Korsakoff 
Os sintomas da encefalopatia de Wernicke: 
Acalma a situação; 
Avalia a segurança da cena com relação ao método
ACENA do SAMU; 
Caso detecte presença de armas, de violência, de
briga, e deve chamar a PM; 
Tenta acalmar a vítima e faz o atendimento
imediato fornecendo oxigênio, lateralizando o
paciente (para que, acontecendo o vômito, seja
evitada a broncoaspiração); 
Aquece a vítima (pois há risco de hipotermia); 
Leva, o mais precocemente, ao suporte avançado
para verificação da glicemia. 
No hospital, é feita administração de tiamina para evitar
a Síndrome de Wernicke-Korsakoff, e o atendimento é
feito de acordo com o quadro clínico que o paciente está
manifestando naquele momento.

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