Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PATOLOGIAS DAS 
MAMAS 
MAMA FEMININA 
São pares e se desenvolvem ao longo 
da linha mamária (originada a partir 
da axila até o períneo). 
Encontram-se apoiadas sobre o 
músculo peitoral, na parede torácica 
superior. 
Geralmente, são encontradas apenas 
2 mamas, sendo o resto involuído. 
Cada mama é formada por 6 a 10 dos 
principais sistemas ductais que se 
originam do mamilo e ramificam-se 
até UDLT (unidade do ducto lobular 
terminal). 
Mamilo: é revestido externamente 
por um epitélio escamoso 
queratinizado da pele. Ele está em 
continuidade com a pele, ou seja, 
doenças da pele podem acometer a 
mama. 
Interior dos ductos: é formado por 
epitélio cubóide de camada dupla que 
é segurado por uma camada basal de 
células mioepiteliais contráteis (para 
auxiliar na secreção do leite). 
As células que revestem o ducto 
terminal e os lóbulos produzem leite. 
Estroma mamário: é o tecido 
encontrado ao redor da UDLT, 
formado por conjuntivo frouxo e 
adiposo, sendo responsável por dar 
sustentação a essa estrutura 
glandular. 
→ Estroma interlobular: é o tecido 
conjuntivo e adiposo que está 
entre os lóbulos. 
→ Estroma intralobular: é o tecido 
conjuntivo e adiposo que estão em 
intimidade com o lóbulo, ou seja, 
fazem parte dele. 
 
A mama feminina não é 
completamente formada ao 
nascimento: 
→ O mesênquima (tecido 
conjuntivo) ao redor do broto 
mamário se condensa, na telarca 
(início do desenvolvimento da 
mama). 
→ Os cordões de células epiteliais 
“invadem” o estroma para formar 
o sistema ductal rudimentar, 
antes mesmo do nascimento, 
sendo rudimentar até a mulher 
entrar na puberdade. 
→ Mama feminina pré-púbere e 
mama masculina são semelhantes. 
Alterações cíclicas durante a vida 
reprodutiva: 
→ Alterações acompanham o ciclo 
menstrual, de forma semelhante 
ao endométrio. 
→ Na primeira metade do ciclo, os 
estão lóbulos quiescentes, sem 
alguma atividade. 
→ Após ovulação, ocorre a 
proliferação e vacuolização das 
células epiteliais e estroma 
edematoso (“se preparando para 
vir bebê”) e, por esse motivo, pode 
causar inchaço na mama e dor. 
Ocorre a involução caso se tenha a 
menstruação e, assim, não se 
tenha fecundação. 
→ Gestação: os lóbulos aumentam 
em número e tamanho, se 
preparando para a produção do 
leite. Ocorre a hiperplasia sebácea 
das glândulas do mamilo, 
formando estruturas conhecidas 
por Tubérculos de Montgomery, 
como uma forma de proteção da 
mama por aumento de secreção 
sebácea através da lubrificação 
(diminuindo o trauma da 
amamentação). 
Involução após a menopausa; 
→ Tem-se uma produção mínima de 
estrogênio (adrenal e reservas de 
gordura corporal que mantem a 
diferenciação remanescente de 
lóbulos com conversão de 
hormônio androgênios em 
estrogênios pelo tecido 
periférico). 
→ O estroma denso da mama jovem 
é substituído por tecido adiposo, 
chamado de liposubstituição. A 
mamografia, por este motivo, é 
feita em mamas mais idosas e não 
de jovens (o tecido adiposo é mais 
radiotransparente que o 
conjuntivo, permitindo visualizar 
lesões. Na mama mais jovens 
analisa-se com ultrassom). 
 
Observa-se o sistema ductal 
revestidos internamente por uma 
camada dupla de células cuboidais, 
sendo que as células da camada basal 
possuem capacidade contrátil 
(mioepiteliais). É formado por um 
sistema ductal que se ramifica em 
vários lóbulos. 
 
A mama em lactação tem o epitélio 
cuboidal após sofrer transformação 
apócrina (decaptação das células com 
a secreção do leite, com regeneração 
celular bem elevada para substituir 
essas células que morreram). 
DISFUNÇÕES DO 
DESENVOLVIMENTO 
Remanescentes das linhas 
mamárias: a linha mamária se 
estende desde a axila até o períneo. 
Podem ocorrer remanescências dos 
mamilos e mamas, estando em 
quantidades acima do normal 
(supranumerária) por não se ter 
involução, que podem, também, 
desenvolver doenças e disfunções. 
Tecido mamário axilar acessório: 
atenção para casos de carcinoma de 
mama e mastectomias profiláticas. As 
mulheres podem ter prolongações 
axilares de tecido mamário, podendo 
ser focos de carcinoma. 
Inversão mamilar congênita: pode 
resolver espontaneamente com o 
desenvolvimento (hormônios na 
puberdade) ou tração simples. Pode 
afetar na amamentação, se tornando 
dolorosa. 
Gigantomastia/macromastia: é o 
aumento inviável das mamas, 
afetando a qualidade de vida da 
mulher. O tratamento é cirúrgico, com 
redução desse tecido mamário. 
Reconstrução/aumento: a 
reconstrução é feita, por exemplo, 
após câncer de mama, enquanto o 
aumento é mais estético, sendo 
ambos feitos pelas próteses de 
silicone (corpo estranho que, ainda 
que pouco interativo, pode gerar 
reação inflamatória, somado a criação 
de uma cavidade para a inserção da 
prótese através da dissecação). 
→ Na inflamação se tem o aumento 
do volume por edema e aumento 
da permeabilidade vascular, com 
saída de células de defesa em 
direção da prótese, que pode 
sofrer microagressões e 
eliminando quantidades de 
silicone para o interstício, 
funcionando, também, como 
corpo estranho. 
→ Seroma: é o acúmulo de líquido 
seroso associado a esse processo 
de inflamação, com aumento de 
células inflamatórias e que, 
quando as células são 
geneticamente iguais, pode levar a 
uma formação neoplásica, 
chamada de linfoma. O linfoma 
associado a prótese, geralmente, 
ele se resolve sozinho. 
→ A injeção de silicone não 
adequado pode levar a embolia 
pela passagem para os vasos 
sanguíneos, podendo, também, 
causar casos de sepse. 
 
→ Observa-se uma reação 
granulomatosa de tipo corpo 
estranho a silicone. Em casos de 
microrrotura, tem a liberação de 
quantidades pequenas de silicone 
para o meio externo, com 
englobamento por macrófagos ou 
células gigantes multinucleadas 
no processo inflamatório ao corpo 
estranho. 
→ Pode haver o encapsulamento da 
prótese do silicone, pela liberação 
de fibrina no processo 
inflamatório, que acaba por 
causar cicatrização ao redor da 
prótese com a deposição de 
colágeno. 
 
❖ Principais sintomas relatados 
Dor: pode ser cíclica (associada ao 
ciclo menstrual e alterações 
fisiológicas) ou não cíclica. 
Lesão palpável: toda lesão palpável 
deve ser investigada (geralmente 
maior que 2 cm). Podem estar 
presentes em todas as idades, porém, 
a chance de ser lesão maligna 
aumenta com a idade. 
Descarga papilar: é a saída de 
líquido pelo mamilo, sendo 
preocupante quando espontâneo e 
unilateral. Após manipulação pode 
ser fisiológica (estímulo sexual e 
amamentação, ou palpação em exame 
físico). 
→ Galactorréia: trata-se da saída de 
leite pelo mamilo, com aumento 
de produção de prolactina (pode 
ser por hipotireoidismo, 
síndromes anovulatórias com 
hiperestrogenismo prolongado ou 
associada a uso de 
medicamentos). 
→ Tipos de secreção: água de rocha 
(transparente e caráter maligno), 
sanguinolenta, purulenta, 
galactorréia. 
Triagem: 
→ Mamografia foi introduzida na 
década de 80 para detectar 
carcinomas pequenos ainda não 
associados a sintomas mamários 
(a partir dos 40 anos = aumento 
da ocorrência de câncer de 
mama). 
→ A sensibilidade (mais cedo e 
muitas lesões, não sendo 
neoplásicos na maioria dos casos) 
e especificidade (a chance de ser 
câncer ao detectar determinada 
lesão aumenta a chance de ser 
maligna) do método aumentam 
com a idade (lipossubstituição = a 
gordura é mais transparente e 
permite uma melhor visualização 
de lesões. O estroma é mais denso 
e atrapalha o diagnóstico). 
 
❖ Principais achados sugestivos 
de carcinoma 
Densidade: é o adensamento do 
tecido mamário que não deveria ter 
uma maior densidade, sabendo que, 
as lesões neoplásicas geralmente são 
mais densas do que o tecido mamário 
normal, podendo ocorrer em lesões 
benignas, como fibroadenomas, 
cistos, carcinomas invasivos. Ocarcinoma in situ dificilmente se 
apresenta como densidade. 
Microcalcificações: são secundárias 
ao depósito de cálcio, podendo 
ocorrer por secreção (como leite), 
detritos necróticos e estroma 
hialinizado (cicatriz). 
→ Carcinoma in situ: associadas 
com malignidade, essas 
calcificações são geralmente 
pequenas, irregulares, numerosas, 
agrupadas ou lineares com 
ramificações. 
→ Calcificações benignas: 
agrupamentos de cistos 
apócrinos, fibroadenomas e 
adenose esclerosante. Estas são 
calcificações grosseiras e difusas 
(“em pipoca”). 
Tipos: 
 
→ Difusas: normalmente não 
associadas à malignidade. 
→ Regionais: pode estar associada à 
malignidade, mas não é a maioria 
dos casos. Geralmente, tem como 
causa alguma região da mama que 
sofreu trauma ou mastite 
calcificada. Mais associada a 
benignidade. 
→ Em grupos: dependendo do 
aspecto podem ser preocupantes, 
podendo estar bem delimitadas. 
Quando “em pipoca” pode indicar 
fibroadenoma (benigno). Mais 
associadas a malignidade. 
→ Segmentares: geralmente, 
alguma porção do ducto laminar 
terminal que está acometida, 
sendo lesões preocupantes. Mais 
associadas a malignidade. 
→ Lineares: normalmente estão 
dentro de um ducto, são 
preocupantes e de difícil 
observação, comprometendo um 
sistema ductal, por exemplo. Mais 
associadas a malignidade. 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DA 
MAMA 
Sintomas compartilhados: mamas 
dolorosas, distendidas e eritematosas. 
❖ Mastite Aguda 
É muito frequente durante a lactação. 
Trata-se de um processo inflamatório 
agudo superativo (com pus), 
ocorrendo por fissuras ou fendas que 
se tem nos mamilos, ocorrendo pela 
boca do bebê (que faz a fissura) e 
possui bactérias que entram em 
contato com essas fissuras, causando 
a inflamação e sendo, geralmente, 
tratado por antibióticos. 
Como geralmente causa dor, a mãe 
para de ofertar essa mama para o 
bebê, causando uma drenagem 
inadequada do sistema, em que se 
tem um acúmulo do leite, com 
deposição de cálcio ou servindo de 
meio de cultura para bactérias. Esse 
acúmulo de leite leva ao 
“empedramento” do leite. 
A drenagem do leite deve ser feita 
completamente e de forma constante 
para evitar esse acúmulo. 
❖ Mastite Periductal / Abscesso 
Subareolar Recorrente 
Está associado ao tabagismo. 
Tem-se a formação de uma massa 
subareolar eritematosa e dolorosa, 
em que o epitélio escamoso 
estratificado queratinoso se estende 
mais profundamente que o usual 
(deixando de ficar apenas na parte 
mais superficial). 
Com isso, a queratina é produzida 
pelas células e entope o canal, ficando 
retida e impedindo a passagem da 
secreção produzida pelos lóbulos com 
uma dilatação que pode causar um 
rompimento e, ao mesmo tempo, 
propiciando uma infecção por 
microrganismos por se tratar de um 
meio de comunicação com o meio 
externo. 
Tratamento: exérese/retirada do 
ducto envolvido e do trato fistular 
associado. 
Mesmo após o tratamento, pode 
acometer outros ductos, por estar 
relacionada ao tabagismo. 
❖ Mastite Granulomatosa 
Tem-se a formação de granulomas na 
mama, normalmente associada a 
doenças granulomatosas sistêmicas 
(Wegener, sarcoidose → 
comprometem a mama), mas que 
pode, também, ocorrer por doenças 
infecciosas (micobactérias ou fungos). 
❖ Necrose Gordurosa 
Tem-se a necrose da gordura da 
mama, podendo ser chamada de 
esteatonecrose, estando associada a 
trauma ou cirurgia prévia. 
Apresenta-se na forma de uma massa 
palpável, indolor, espessamento, 
retração cutânea, densidade 
mamográfica ou calcificações 
mamográficas (debree necrótico). 
 
Histologicamente, observa-se que os 
adipócitos estão sem núcleos e 
aglomerados, sem alguma 
delimitação. Ao redor, se tem 
macrófagos e células gigantes 
multinucleadas que fagocitam 
(macrófagos xantomizados) os 
lipídios liberados pela necrose dos 
adipócitos. 
❖ Mastopatia Linfocitica 
Está muito associada a diabetes tipo 1 
(insulinodependentes) e doenças da 
tireoide, ou seja, doenças endócrinas. 
É apresentada como massas palpáveis 
duras múltiplas ou única, que são tão 
duras que pode ser difícil biopsiar 
(fibrose tão densa, com muito 
colágeno). 
 
Estroma hialinizado (bandas grossas 
de colágenos) ao redor de ductos 
atróficos, que deixam de receber 
nutrientes e sangue. 
Existe um infiltrado linfocítico ao 
redor de epitélio e vasos. 
❖ Ectasia do ducto mamário 
É uma condição que ocorre em 
mulheres que já amamentaram várias 
vezes (multiparidade), acometendo 
na 5a ou 6a década de vida, não 
associado ao cigarro. 
É apresentada como uma massa 
periareolar palpável pouco definida e 
retração cutânea. Resulta do processo 
de proliferação e involução que essa 
paciente passa a cada amamentação, 
causando distorções na arquitetura, 
dilatando um sistema ductal. 
Ocorre um espessamento da secreção 
que contém macrófagos com lipídios. 
LESÕES EPITELIAIS MALIGNAS 
❖ Alterações fibrocísticas da 
mama 
Tem áreas fibrosas e com a presença 
de cistos. 
Ocorre, geralmente, em mulheres em 
menacme, com alteração do ciclo e 
influência hormonal, podendo ser 
consequência da amamentação. 
Cistos: frequentemente com 
metaplasia apócrina (semelhantes a 
alterações lactacioais). Tem-se uma 
dilatação e expansão dos lóbulos 
(pela proliferação), podendo haver 
calcificações. 
Fibrose: resultante da inflamação 
causada pela rotura (rompimento) 
dos cistos. 
Adenose: aumento do número de 
ácinos por lóbulo, não distorcidos 
(não tem atipias). 
Calcificações podem estar presentes 
dentro dos lúmens. 
Histologicamente, a lesão tem uma 
cavitação cística e o epitélio que a 
reveste tem alterações apócrinas 
(“morrinhos), aumento de ácinos e 
fibrose, com uma proliferação 
epitelial para dentro do cisto. 
 
❖ Lesões epiteliais / 
fibroepiteliais proliferativas 
sem atipias 
Não são lesões pré-neoplásicas. 
Hiperplasia ductal usual: ocorre 
uma hiperplasia usual no ducto, não 
atípica. 
→ O epitélio do ducto apresenta 
mais de 2 camadas de células 
(geralmente são duas, sendo uma 
cuboidal e outra basal com células 
mioepiteliais com característica 
contrátil pelas fibrilas). 
→ Mais de 4 camadas: hiperplasia 
ductal usual moderada ou 
florida. 
 
→ É uma hiperplasia ductal usual 
florida (possui mais de 4 
camadas). Na neoplasia, as células 
possuem um material genético 
igual, porém, possuem um 
pleomorfismo (formas diferentes 
e deformadas). A mama possui um 
polimorfismo em casos 
benignos e, casos malignos, são 
apresentados pelo 
monomorfismo (= clonalidade). 
Adenose esclerosante: ocorre um 
aumento no número de ácinos por 
ducto terminal, mantendo-se a 
organização lobular. 
→ Os ácinos estão comprimidos e 
distorcidos nas porções centrais e 
dilatados na periferia, como 
consequência de uma fibrose 
estromal esclerosante (aumenta 
fibra e colágeno). 
→ As células mioepiteliais estão 
proeminentes, indicando que não 
houve ruptura da membrana basal 
e invasão do estroma = lesão 
benigna. A ausência de célula 
mioepitelial indica lesão maligna. 
 
→ Pode-se ter calcificações dentro 
dos lúmens dos ácinos. Na 
mamografia, é visto uma 
microcalcificação associada a uma 
densidade causada pela fibrose = 
mimetiza um carcinoma invasivo. 
Lesão esclerosante complexa 
(cicatriz radiada): são diagnósticos 
diferenciais de carcinoma invasivo, 
sendo bastante confundido. 
→ Ela se apresenta como um 
adensamento com 
microcalcificação na mamografia, 
sendo necessária uma biópsia 
para diferenciação. 
 
→ Possui lesões estreladas (cicatriz 
radiada) e ninho central de 
glândulas em estroma hialinizado. 
Não necessariamente associado a 
trauma ou cirurgia prévia. 
Papilomas: geralmente são 
interductais (dentro de um sistema 
ductal). 
→ Apresentam centros 
fibrovasculares, com ramificações 
revestidos por células epiteliais e 
mioepiteliais. 
 
→ Podehaver hiperplasia do epitélio 
e metaplasia apócrina. São 
benignas e não apresentam 
invasão do estroma. 
Fibroadenomas: são muito comuns, 
mais frequentes em mulheres mais 
jovens. Geralmente, apresentam-se 
como lesões bem delimitadas com 
proliferação do componente epitelial 
e estromal, sem atipias, podendo 
serem únicos ou múltiplos. 
 
❖ Lesões epiteliais / 
fibroepiteliais proliferativas 
com atipias 
São lesões pré-neoplásicas. 
Hiperplasia ductal atípica: é 
presente uma proliferação com 3+ 
camadas de células, com 
polimorfismo, ocupando toda a luz do 
sistema ductal (lumen arredondado) 
e em monomorfismo. 
→ Associada com microcalcificações. 
→ Semelhante ao carcinoma ductal 
in situ (lesão limitada ao epitélio, 
sem romper a membrana basal), 
entretanto sem aspectos 
qualitativos e quantitativos para 
fechar o diagnóstico de carcinoma, 
de forma que, pode ser 
confundido com uma lesão pré-
neoplásica por uma amostragem 
pequena para biópsia, quando, na 
verdade, é um carcinoma. 
 
→ Os núcleos possuem uma 
coloração mais escura, com um 
mesmo tamanho e 
monomorfismo. 
Hiperplasia lobular atípica: 
semelhante ao carcinoma lobular in 
situ, entretanto sem aspectos 
qualitativos e quantitativos para 
fechar o diagnóstico de carcinoma. 
A proliferação celular não preenche 
ou distende mais que 50% dos ácinos 
dentro de um lóbulo. Se for mais que 
50% é um carcinoma lobular in 
situ. 
 
CARCINOMA DE MAMA 
Trata-se de uma neoplasia maligna de 
origem epitelial; → adenocarcinoma: 
neoplasia maligna de origem em 
epitélio glandular. 
A mama é formada por epitélio 
glandular. 
Todo carcinoma da mama é um 
adenocarcinoma. 
Mais de 1 milhão de casos novo por 
ano. 
Houve aumento do número de casos 
diagnosticado sem fases mais 
precoces, ocasionado pelo aumento 
da realização da mamografia. 
Houve, também, uma redução da 
mortalidade diagnóstico precoce. 
As mamas são divididas em 
quadrantes para facilitar a 
identificação de lesões: 2 quadrantes 
superiores e 2 inferiores em cada 
mama. Existem os quadrantes 
internos (mediais) e externos 
(laterais). 
 
As lesões ocorrem, em 45% dos casos, 
no QSE e prolongamento axilar da 
mama. Os quadrantes internos e 
inferiores são os que ocorrem em 
menor frequência. 
❖ Fatores de risco 
Idade: 
→ Raro antes dos 25 anos de idade, 
exceto em casos familiares. 
→ +/- 77% acima dos 50 anos de 
idade. 
→ Média de idade ao diagnóstico é 
aos 64 anos. 
Idade na menarca: mulheres com 
menarca antes dos 11 anos tem risco 
aumentado. Está associado ao 
hiperestrogenismo (exposição 
prolongada ao estrogênio = aumenta 
a chance). 
Primeiro nativivo: mulheres com 
primeiro nativivo antes dos 20 anos 
tem metade do risco do que nulíparas 
ou mulheres com primeiro nativivo 
após 35 anos. Mulheres que 
amamentam mais ou mais cedo = 
menor chance. 
Etnia: 
→ Negras: tipos histológicos piores, 
maior número em mulheres mais 
jovens, com menor incidência. 
→ Brancas: maior incidência geral, 
diagnóstico em mulheres mais 
velhas, tipos histológicos de 
melhor prognóstico. 
Biópsia mamária com lesão 
precursora. 
Parentesco de primeiro grau com 
câncer de mama. 
Hiperestrogenismo: a terapia de 
reposição hormonal pós-menopausa 
pode causar hiperestrogenismo. 
Exposição à radiação: terapêutica, 
ocupacional, acidental. 
Carcinoma de mama contralateral ou 
endométrio (compartilham fatores de 
risco, como menarca precoce, 
obesidade, hiperestrogenismo). 
Dieta rica em gordura. 
Obesidade: risco aumentado para 
mulheres obesas na pós-menopausa 
por apresentar maior produção de 
estrogênio no tecido adiposo 
periférico, com maior conversão, 
principalmente pós-menopausa. 
Amamentação: quanto mais tempo 
amamentar, menor o risco. Ocorre 
uma menor substituição das células 
por nunca se amamentar, assim, ela 
fica mais susceptível a mutações no 
material genético. 
Hereditário: observa-se a mutação 
nos genes BRCA1 e BRCA2, estando 
associado a 25% dos cânceres 
familiares. Esses genes atuam como 
supressores tumorais, então, sua 
mutação impede que isso ocorra e 
perde sua capacidade de ação, 
havendo maiores mutações. 
→ Homens que apresentam câncer 
de mama possuem mutações 
nesse gene. 
→ Fatores para pesquisa: parente de 
primeiro grau afetado, parentes 
afetados antes da menopausa 
e/ou cânceres múltiplos, caso de 
câncer mamário em homem, 
membros da família com câncer 
ovariano. O diagnóstico em média 
20 anos mais cedo que as 
mulheres sem a mutação podem 
indicar mutação no material 
genético. 
 
❖ Classificação: 
95% dos carcinomas de mama são 
adenocarcinomas (carcinomas que 
ocorrem no epitélio glandular da 
mama). 
5% podem ser outros tumores, como 
carcinomas de células espinhosas, 
filóides, sarcomas e linfomas. 
As neoplasias podem surgir no 
compartimento ductal e no lobular, 
podendo ser in situ (não houve 
rompimento da membrana basal e as 
células neoplásicas não interagiram 
com o estroma). 
→ Ductal/lobular in situ: tem a 
membrana basal intacta. 
→ Invasivo: 
o De tipo não especial: é o 
carcinoma ductal invasivo, 
mas que agora recebe o 
nome de carcinoma 
invasivo de tipo não 
especial. 
o Lobular invasivo: 
manteve o nome. 
o Outros tipos especiais: 
medular, mucinoso 
(colóide), tubular, papilar 
invasivo e metaplásico. 
A graduação do câncer é feita através 
da análise de fatores histológicos e 
imunohistoquímicos, pela “not-
tingham modification of the Bloom-
Richardson system”. Ele analisa a 
formação tubular, pleomorfismo 
nuclear e contagem de mitoses 
(depende do microscópio usado) da 
lesão neoplásica. 
 
 
Essas notas são atribuídas após a 
contagem realizada por cada 
microscópio indicado pelas 
respectivas colunas. 
 
Note: for scoring tubule formations, 
the overall appeareance of the tumor 
has to be taken into consideration. 
 
Note: the tumor areas having cells 
with greatest atypia should be 
evaluated. 
 
A soma das pontuações das tabelas de 
formação tubular, pleomorfismo 
nuclear e contagem de mitoses são 
somadas. O grau III é a pior hipótese, 
sendo a maior pontuação atingida (9). 
Outros fatores que devem ser 
analisados, do ponto de vista 
imunohistoquímico, são: 
→ Receptores de estrógeno 
(expressados nuclear). 
→ Proteínas HER2, que possuem 
droga específica para tumores que 
expressam essa proteína 
citoplasmática, por ser associada a 
adesão celular. 
O estadiamento, assim como os 
achados da biópsia permitem que 
haja a categorização do tumor em: 
→ Luminal A: possui melhor 
prognóstico, sendo tratado com 
terapia hormonal. 
→ Luminal B: possui um pior 
prognóstico que o luminal A, 
sendo tratado com terapia 
hormonal. 
→ HER2: tem pior prognóstico que o 
luminal A e o luminal B e pode ou 
não responder a terapia hormonal 
alvo (trastuzumab ou lapatinib). 
→ Triplo-negativo: é o tumor de 
pior prognóstico. 
 
Não há consenso em relação ao ponto 
de corte para definição entre os tipos 
luminais. 
A maior acurácia encontra-se quando 
o valor de ki67 é > 30% ou <10%. 
Esses estudos são feitos em todos os 
casos de câncer de mama. 
A expressão dos receptores de 
estrogênio e progesterona indica 
tumores que tendem a responder a 
esses hormônios, então estes são 
inibidos para evitar que se tenha 
crescimento tumoral. 
❖ Carcinoma ductal in situ 
É um carcinoma que é originado a 
partir do epitélio do ducto e que está 
delimitado pela membrana basal. 
Apresenta-se mamograficamente 
como calcificações. 
População maligna de células 
limitadas aos ductos pela membrana 
basal. 
Células mioepiteliais estão 
preservadas, porém diminuídas em 
número, indicando que não houve 
ruptura da membrana basal e 
interação com a MEC. 
Padrões: 
→ Comedocarcinoma: é a forma 
mais comum, sendo representado 
por massas sólidas de células com 
alto grau nuclear e necrosecentral. 
 
→ Não comedocarcinoma: 
→ Sólido: não apresenta necrose 
central. 
→ Cribriforme 
→ Papilar (com eixo 
fibrovascular) ou micropapilar 
(sem eixo fibrovascular) 
 
→ Doença de Paget: trata-se de 
uma erupção eritematosa 
unilateral com crosta, 
apresentando prurido intenso. 
As células malignas estendem-
se do ducto até a pele do 
mamilo. 
 
❖ Carcinoma lobular in situ 
Ele é originado a partir do 
componente lobular da mama. 
A população maligna de células está 
limitada ao lóbulo pela membrana 
basal, por ser uma lesão in situ. 
Tem-se mais de 50% do lóbulo 
comprometido pela população 
monoclonal de células que ocupa o 
espaço lobular. 
É um tumor bilateral em 20-40% dos 
casos. 
Possui um prognóstico pior que o 
carcinoma ductal. 
80-90% dos casos antes da 
menopausa. 
Tem-se uma população monomórfica 
de células ovaladas, com nucléolos 
frequentes. 
 
Há a presença de células em anel de 
sinete (mucina). São as células do 
lóbulo que possuem a secreção, ou 
seja, o leite. 
❖ Carcinoma invasivo 
Tem-se a ruptura da membrana basal 
e interação das células neoplásicas 
com a matriz extracelular. 
De tipo não especial: são os mais 
frequentes, correspondendo a 70-
80% (antes carcinoma ductal 
invasivo, agora carcinoma invasivo de 
tipo não especial). 
→ É o carcinoma invasivo originado 
do componente ductal da mama. 
→ Diagnóstico diferencial com lesões 
esclerosantes benignas (adenose 
esclerosante → produz muita 
fibrose, cicatriz radiada). Na 
mamografia, se apresentam com 
densidade e pode ter calcificações. 
 
Desmoplasia: é uma resposta do 
estroma a lesão, com rompimento da 
membrana basal, havendo áreas de 
esclerose na lesão invasiva como uma 
tentativa de proteção. 
→ Expressão de RE, RP, HER2 e Ki67 
auxiliam na previsão do 
prognóstico e tratamento. 
Lobular (carcinoma lobular 
invasivo): é uma massa palpável ou 
densidade mamográfica, ocorrendo 
em maior incidência de 
bilateralidade. 
→ Apresenta uma resposta 
desmoplásica mínima ou ausente, 
ou seja, não tem uma fibrose ao 
redor. 
→ Células tumorais infiltrantes 
isoladas ou em fila. 
→ Tem uma perda da expressão da 
e-caderina (molécula de adesão 
intercelular). As únicas células 
que expressam e-caderia são as 
células epiteliais. O estroma não 
expressa essa molécula, então, ao 
identificar sua presença na MEC, 
tem uma atividade protetora com 
reação. Como o carcinoma lobular 
não expressa, a célula epitelial não 
é identificada, tendo uma 
neoplasia, não ativando uma 
resposta de defesa e, por isso, não 
se tem uma fibrose. 
 
Com características medulares: é 
uma massa bem circunscrita de 
crescimento rápido, muitas vezes 
explosivo. 
→ As células se apresentam 
sinciciais (que se juntam) e 
sólidas, ocupando mais de 75% do 
tumor. 
 
→ São células grandes, com núcleos 
vesiculares e pleomóficos, com 
mitoses frequentes (crescimento 
muito rápido). 
→ Quase nunca invasão linfática ou 
vascular = quase nunca em 
metástase. 
Mucinoso (colóide): são lesões mole, 
de consistência e aparência 
gelatinosa. 
→ As células tumorais estão imersas 
em lagos de mucina. 
 
→ Ocorre, principalmente, com 
mulheres mais velhas e apresenta 
um crescimento lento, com bom 
prognóstico. 
Tubular: 
→ Densidade mamográficas 
irregulares em mulheres no final 
dos 40 anos. 
→ São multifocais em uma das 
mamas. 
→ Os túbulos bem formados, com 
poucas atipias, em camada única. 
→ Diagnóstico diferencial com lesões 
esclerosantes benignas. As células 
tumorais em contato direto com o 
estroma (células mioepiteliais 
ausentes), coisa que não se tem 
em lesões benignas. 
 
Papilar: são lesões raras, com 
arquitetura papilar normalmente 
vista no CDIS. Sua apresentação 
clínica semelhante à do CINE, com 
prognóstico um pouco melhor, 
invadindo menos a distância. 
 
Metaplásico: são raros, ocorrendo a 
diferenciação do tecido mamário 
(glândula) em outros, com ampla 
variedade morfológica. Originado da 
diferenciação em elementos não 
epiteliais também. 
TUMORES ESTROMAIS DA MAMA 
❖ Fibroadenoma 
Não é maligno. 
Ele surge do estroma intralobular. 
É o tumor benigno mais comum da 
mama. 
Comuns antes dos 30 anos. 
Normalmente múltiplos e bilaterais. 
O epitélio é responsivo a hormônios. 
Pode ocorrer regressão após a 
menopausa. 
Lesões circunscritas, móveis, firmes e 
elásticas. 
“Lesão proliferativa fibroepitelial sem 
atipias”. 
Diagnóstico diferencial de tumor 
filóide. 
❖ Tumor filoide 
Surge do estroma intralobular. 
Maioria apresenta-se na sexta década 
de vida. 
Lesões variam de poucos centímetros 
a lesões envolvendo toda a mama. 
Semelhantes aos fibroadenomas, mas 
com maior celularidade, atipia e 
mitoses. Pode ser dividido em: 
benigno, maligno ou borderline. 
❖ Sarcomas 
São tumores do tecido conjuntivo 
extrínseco da mama. 
Angiossarcomas (complicação de 
radioterapia): tumores malignos dos 
vasos. A lesão é vinhosa, hemorrágica, 
grande, por baixo da pele, com 
espaços vasculares malformados, 
preenchidos por sangue e com atipia 
celular. 
Rabdomiossarcoma: tumores na 
musculatura esquelética. 
Leiomiossarcoma: tumores na 
musculatura esquelética. 
❖ Outras lesões estromais da 
mama 
Mulheres pré-menopausa ou mais 
velhas em TRH. 
Proliferações benignas do estroma 
interlobular: 
→ Hiperplasia estromal 
pseudoangiomatosa (PASH): são 
formados falsos vasos, sendo 
espaços que aparentam ser um 
vaso. 
→ Tumores fibrosos: fibroblastos 
proliferados, formando lesões 
com muito colágeno e hialina 
→ Lipomas 
MAMA MASCULINA 
GINECOMASTIA 
Trata-se do crescimento subareolar 
semelhante ao botão mamário. 
Essa mama se apresenta mais 
tumefeita, semelhante a mama 
feminina adolescente, na telarca. 
Pode ser uni ou bilateral. 
Ao ocorrer por desbalanço do eixo de 
hormônio, como ao entrar na 
puberdade, ela se resolve sozinha. 
Mas pode ser indicador de 
hiperestrogenismo no homem: 
→ Insuficiência hepática: os 
sintomas principais são 
telangiectasia, eritema palmar e 
ginecomastia. 
→ Tumor produtor de hormônios no 
testículo. 
Diagnóstico diferencial do carcinoma 
de mama. 
Apresenta sistemas ductais e lobular, 
semelhante com a mama feminina. 
CARCINOMA DA MAMA 
MASCULINA 
É muito raro. 
Fatores de risco semelhantes ao do 
carcinoma da mama feminina. 
Mutação do BRCA1 deve ser 
pesquisada em todos os parentes de 
primeiro grau. Está quase sempre, em 
homens, associada a mutação deste 
gene. 
Descarga papilar é um sintoma 
comum. 
Fisiopatologia, morfologia, fatores 
prognósticos semelhantes ao do 
câncer da mama feminina.