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Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Contabilidade - Prof: Fernando Aprato 1. Finalidade da DRE, Conteúdo e Previsão Legal Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, as empresas devem apresentar todas as mutações do patrimônio líquido reconhecidas em cada exercício que não representem transações entre a empresa e seus sócios em duas demonstrações: a Demonstração do Resultado do Período e a Demonstração do Resultado Abrangente do Período. A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, em forma resumida, das receitas e despesas decorrentes das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, com o objetivo de demonstrar a composição do resultado líquido do período. É uma demonstração contábil que se destina a evidenciar, de forma dinâmica, a formação do resultado líquido em um período (geralmente o exercício social), através do confronto das receitas realizadas e despesas incorridas, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência. A DRE evidencia a situação econômica da entidade. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta o cotejo entre receitas e despesas da entidade. Todas as mutações do patrimônio líquido que não sejam resultantes das transações com os sócios devem estar reconhecidas em duas demonstrações: demonstração do resultado do exercício e demonstração de resultados abrangentes. (FUB/Contador/CESPE/2011) - Com respeito às características das demonstrações contábeis, segundo a legislação e normatização vigentes, julgue os itens a seguir. O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = C Se as receitas suplantarem as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário, sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo. Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de pagamento ou recebimento. Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado capital próprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do exercício deverá compor o patrimônio líquido. Por isso, as contas que integram a demonstração do resultado são zeradas ao fim do exercício. O resultado será integrado ao patrimônio líquido, seja lucro, seja prejuízo. RECEITAS > DESPESAS e CUSTOS RECEITAS LUCRO DESPESAS e CUSTOS RECEITAS < DESPESAS e CUSTOS DESPESAS PREJUÍZO RECEITAS O art. 187 da Lei das S/A, em seus incisos I a VI, estabelece a ordem de apresentação das receitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação. A seguir, apresentamos o referido art. 187, em sua redação atual: SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: [..] III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: [..] V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1° Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Concluindo, o objetivo básico da Demonstração do Resultado do Exercício é fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa, como já indicado, os dados básicos e essenciais da formação do resultado do exercício. Quando a operação de venda estiver sujeita a incidência de IPI, o valor da Receita Bruta é obtido a partir do Faturamento Bruto deduzido do valor do IPI. Faturamento Bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento) (-) IPI sobre faturamento = Receita Bruta de vendas (vendas brutas) Nessa alternativa, o IPI contido nas vendas é então considerado uma dedução do faturamento bruto, chegando-se à receita bruta no conceito fiscal. No caso do IPI, a empresa industrial funciona como mero agente arrecadador de tal imposto, já que em suas vendas cobra do cliente o IPI correspondente; desse valor deduz a parcela já paga a seus fornecedores em suas compras, e a diferença entre o imposto cobrado nas vendas e o pago nas compras é recolhida aos cofres públicos. Assim, tal imposto não representa efetivamente nem receita nem despesa para a empresa. Todavia, como para fins de apresentação deve ser demonstrado o valor bruto faturado, deduz-se daí o IPI incidente sobre as vendas, chegando-se ao valor da receita bruta sem o imposto. (EBSERH/Técnico Contabilidade/CESPE/2018) - Julgue o próximo item, a respeito das demonstrações financeiras. O imposto sobre produtos industrializados integra a receita bruta apurada na demonstração do resultado do exercício. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = Errado (TCE SP/Agente de Fiscalização Financeira/VUNESP/2017) – As despesas na Demonstração do Resultado do Exercício, de acordo com a Lei nº 6.404/76, devem ser discriminadas da seguinte forma: a) despesas financeiras, deduzidas das receitas, despesas gerais e despesas administrativas. b) despesas administrativas, depreciações e amortizações. c) despesas com vendas, despesas com juros e despesas com transporte. d) despesas com vendas, despesas administrativas e despesas com salários. e) despesas com salários e encargos trabalhistas, depreciações e amortizações. Gabarito = A 2. Receitas e Despesas no CPC 00 4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue: (a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais; (b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. 3. Forma de Apresentação A Lei n° 6.404/76 define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício, e por ação, sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a distribuição ou alocação do resultado. 4. Clara Definição de Lucro Líquido A lei define com clareza, por meio da Demonstração do Resultado do Exercício, o conceito de lucro líquido, estabelecendo os critérios de classificação de certas despesas. De fato, o lucro ou prejuízo líquido apurado nessa demonstração é o que se pode chamar de lucrodos acionistas, pois, além dos itens normais, já se deduzem como despesas o Imposto de Renda e as participações sobre os lucros a outros que não os acionistas, de forma que o lucro líquido demonstrado é o valor final a ser adicionado ao patrimônio líquido da empresa que, em última análise, pertence aos acionistas, ou é distribuído como dividendo. 5. Regime de Competência Pelo texto acima transcrito, observa-se que – no § 1º - há clara referência ao regime de competência. Assim, na DRE devem constar receitas auferidas e despesas incorridas, em obediência ao princípio da competência. Enfim, na determinação do resultado do exercício serão computados: (1) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e (2) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. A Lei das Sociedades por Ações não admite exceções. 6. Estrutura da Demonstração A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76 Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento) ( - ) IPI sobre faturamento bruto Receita Bruta de Vendas e Serviços ( - ) Deduções da Receita Bruta de Vendas e Serviços ( - ) Tributos Incidentes Sobre as Vendas (ICSM,PIS,COFINS,ISS) ( - ) Devolução de Vendas e Vendas Canceladas ( - ) Descontos Incondicionais Concedidos ( - ) Abatimentos Concedidos ( - ) Ajuste a Valor Presente Sobre Clientes Receita Líquida de Vendas ( - ) Custo das Mercadorias Vendidas – CMV Lucro Bruto (LB), Resultado com Mercadorias (RCM) ou Resultado Operacional Bruto (ROB) A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76 ( - ) Despesas Operacionais ( - ) Despesas com vendas (ou despesas comerciais) ( - ) Despesas gerais e administrativas ( - ) Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras ( - ) Outras despesas operacionais ( + ) Outras receitas operacionais = Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional) ( - ) Outras despesas (antigas despesas não operacionais) ( + ) Outras receitas (antigas receitas não operacionais) = Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL ( - ) Despesa com provisão p/ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ( - ) Despesa com provisão para Imposto de Renda (IR) = Resultado após o IR e CSLL (ou Resultado antes das participações) A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76 ( - ) Participações ( - ) Debenturistas ( - ) Empregados ( - ) Administradores ( - ) Partes Beneficiárias ( - ) Fundo de assistência/previdência a empregados = Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/TOTAL DE AÇÕES 7. Elementos da DRE 7.1. Receita Bruta de Vendas Pela ótica da Lei n° 6.404/76, em seu art. 187, itens I e II, estabelece-se que as empresas deverão, na Demonstração do Resultado do Exercício, discriminar “a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos” e “a receita líquida das vendas e serviços”. Dessa forma, a contabilização das vendas deverá ser feita por seu valor bruto, inclusive impostos, sendo que tais impostos e as devoluções e abatimentos deverão ser registrados em contas devedoras específicas, as quais serão classificadas como contas redutoras das vendas. É o valor bruto da venda de mercadorias, produtos ou serviços prestados pela empresa, incluindo os tributos sobre ela incidentes, exceto o IPI ou qualquer outro tributo em que o vendedor seja mero depositário do tributo. Para registrarmos a receita bruta é necessário saber quando e por quanto deve ser registrada. De acordo com o item 2 do CPC 47 – Receita de Contrato com Clientes: o princípio básico deste pronunciamento consiste em que a entidade deve reconhecer receitas para descrever a transferência de bens ou serviços prometidos a clientes no valor que reflita a contraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca desses bens ou serviços. Portanto, a receita deve ser mensurada pelo valor da contraprestação a receber. 7.2. Deduções da Receita de Vendas São deduções da Receita Bruta de Vendas: ►Tributos incidentes sobre as vendas; ►Devolução de vendas e vendas canceladas; ► Abatimento sobre vendas ► Desconto incondicional concedido; ► Ajuste a Valor Presente sobre clientes. 7.2.1. Tributos sobre Vendas Os tributos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas. A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes (exceto, conforme já mencionado, o Imposto sobre Produtos Industrializados), os quais são assim registrados em contas devedoras, apresentadas como redução das vendas brutas (ou faturamento bruto) na Demonstração do Resultado do Exercício. Os principais tributos incidentes sobre as vendas são: ICMS, PIS, COFINS e ISS. São os chamados tributos por dentro. Já o IPI é considerado um tributo por fora, não é redutor da receita bruta, é demonstrado na DRE antes da receita bruta como redutor do faturamento bruto. 7.2.2. Devoluções de Vendas Devoluções de Vendas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas. Nesse sentido, tais devoluções não devem ser deduzidas diretamente da conta Vendas, mas registradas nessa conta devedora específica. Representa todas as devoluções e cancelamentos de vendas ocorridas dentro do exercício social. As devoluções de vendas de exercícios anteriores são contabilizadas como despesas operacionais. Devolução de vendas do exercício Devolução de vendas de exercícios anteriores Dedução da receita bruta de vendas Despesas Operacionais 7.2.3. Abatimentos sobre Vendas Abatimento é uma ferramenta de redução de preço, combinada pelo vendedor e o cliente, para que não haja a devolução da venda ou para que o cliente não se recuse a aceitar o serviço prestado. Nessa conta são registrados os descontos que são concedidos posteriormente a entrega das mercadorias ou produtos, pelo fato de apresentarem defeitos de qualidade, divergência na quantidade, avarias no transporte, etc. O abatimento não afeta a base de cálculo dos tributos (IPI, ICMS, PIS e COFINS), pois é concedido após a emissão da nota fiscal de venda. 7.2.4. Descontos Comerciais ou Incondicionais Os descontos incondicionais compreendem aqueles descontos que a empresa ganha dos fornecedores no momento em que efetua a compras de mercadorias. São destacados nas próprias notas fiscais, e os fornecedores não nos impõem nenhuma condição para oferecê- los. 7.2.5. Ajuste a Valor Presente - AVP Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se realizar em data futura a termos monetários de hoje. As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro. Assim, a contabilização pelo valor total (valor à vista mais os juros) faz com que essas operações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Ainda, sem o ajuste a valor presente, não temos como diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com as operações da atividade empresarial da empresa. Por isso, precisamos ajustar a valor presente as operações feitas a prazo. O Ajuste a Valor Presente (AVP) passou a ser dedução da Receita Bruta com a entrada em vigor da Lei 12.973, de 13 de maio de 2014. A Cia “ABC”, em 31 de dezembro de 2016, vendeu mercadorias a prazo, mediante pagamento em 10 prestações, para a empresa Cia “XYZ”, conforme abaixo: - Preço à vista: R$ 100.000,00. - Preço a prazo de venda: R$ 110.000,00. - Valor dos Juros: R$ 10.000,00. Registro dos fatos Lançamento da Venda em 31/12/2016 D – Clientes (AC) C – Vendas de Mercadorias (Receita) 110.000,00 Reconhecimento do Ajuste a Valor Presente - AVP no momento da venda em 31/12/2016 D – Ajuste a valor Presente (AVP) sobre Clientes (Resultado) C – Ajuste a Valor Presente (AVP) a Apropriar sobre Clientes (Retificadorado AC) 10.000,00 Reconhecimento da Receita Financeira a cada competência D – Ajuste a Valor Presente (AVP) a Apropriar sobre Clientes (Retificadora do AC) C – Receita Financeira (Receita) 1.000,00 7.3. Receita Líquida de Vendas A receita líquida é igual a receita bruta diminuída das devoluções e vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente, dos abatimentos, dos tributos incidentes sobre as vendas e dos valores decorrentes de ajuste a valor presente sobre clientes. O Regulamento do Imposto de Renda (art. 208 do RIR/2018) define a receita líquida como a receita bruta diminuída das devoluções, vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente, dos tributos incidentes sobre vendas e valores decorrentes do ajuste a valor presente. (SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - A Cia. X vende roupas. A sociedade empresária não é contribuinte do IPI, mas é contribuinte dos impostos estaduais e municipais. Em 31/12/2017, ela apresentava os seguintes saldos: • vendas brutas de vendas: R$ 200.000; • comissão de vendas: R$ 20.000; • devolução de vendas: R$ 10.000; • custo das mercadorias vendidas: R$ 120.000; • devolução de compras: R$ 15.000; • ajuste a valor presente de contas a pagar: R$ 5.000; • ajuste a valor presente de clientes: R$ 12.000; • ICMS sobre vendas: R$ 40.000; • IPI nas compras: R$ 30.000; • despesas com salários: R$ 35.000; • perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa: R$ 10.000; • perdas com a redução do valor dos estoques: R$ 4.000. Com base nos dados acima, assinale a opção que indica o valor da Receita Líquida de Vendas da Cia. X, em 31/12/2017. a) R$ 18.000. b) R$ 70.000. c) R$ 118.000. d) R$ 138.000. e) R$ 150.000. Gabarito = D 7.4. Custo das Mercadorias Vendidas - CMV O custo das mercadorias e dos produtos vendidos ou o custo dos serviços prestados a serem computados no exercício devem ser correspondentes às receitas de vendas das mercadorias, dos produtos e serviços reconhecidos no mesmo período. De fato, como menciona o item II do art. 187 da Lei n° 6.404/76, deve ser computado na Demonstração do Resultado do Exercício “o custo das mercadorias e serviços vendidos” no exercício, o qual, deduzido das receitas correspondentes, gera o lucro bruto. Custo é o preço pago na aquisição ou gasto na fabricação de um bem ou de um serviço. CMV = EI + CO – EF CPC 16 CUSTOS DO ESTOQUE 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. CUSTOS DE AQUISIÇÃO 11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. É importante mencionar que, devido à utilização do conceito de valor presente (Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente), mudança significativa de prática contábil é observada na contabilização dos estoques e, por consequência, no valor do custo das mercadorias, dos produtos e dos serviços vendidos, ressalvando que, para este último, deve-se admitir que parte dos custos não transita, necessariamente, pelos estoques. 7.5. Lucro Bruto , Resultado Operacional Bruto ou Resultado com Mercadorias O resultado operacional bruto (ou resultado com mercadorias) é a diferença entre a receita líquida e o custo das mercadorias vendidas. Se positivo este resultado, temos lucro bruto. Se negativo, prejuízo bruto. (SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - Uma sociedade empresária apresentava em suas contas em 31/12/2016, os saldos listados a seguir: Vendas Brutas - 400.000 Compras de mercadorias - 100.000 Abatimentos concedidos - 20.000 Descontos financeiros obtidos - 22.000 Descontos financeiros concedidos - 28.000 Devolução de Vendas - 15.000 Devolução de compras - 10.000 Saldo inicial do estoque de mercadorias - 25.000 Saldo final do estoque de mercadorias - 5.000 Despesas comerciais - 60.000 Despesas administrativas - 65.000 Provisão para crédito de liquidação duvidosa - 8.000 Considerando apenas as informações acima e desconsiderando a incidência de impostos, o valor do Lucro Bruto da sociedade empresária, em 31/12/2016, era de A) $187.000 B) $227.000 C) $ 247.000 D) $ 255.000 E) $ 280.000 Gabarito = D 7.6. Despesas Operacionais As despesas das operações continuadas constituem-se das despesas pagas ou incorridas para vender produtos e administrar a empresa e, dentro do conceito da Lei n° 6.404/76, abrangem também as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultados líquidos das atividades acessórias da empresa são também considerados como tais. O art. 187 da Lei n° 6.404/76, item III, estabelece que, para chegarmos ao lucro ou prejuízo “operacional”, devem ser consideradas as “despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais”. a) Despesas com vendas (ou despesas comerciais): São os gastos relacionados ao setor comercial da empresa, ou seja, despesas ligadas à venda de produtos e mercadorias. Exemplos: Despesa com frete sobre vendas, despesa com propaganda e publicidade, despesa com salários e comissões dos vendedores, despesa com perda estimada para devedores duvidosos, despesa com devolução de venda referente a exercícios anteriores etc. b) Despesas gerais e administrativas: São gastos relacionados com a gestão administrativa da empresa. Exemplos: Despesa de salários do pessoal administrativo, despesa com material de limpeza, despesa com telefone, energia elétrica e água, despesa com depreciação, amortização e exaustão, despesa com honorário da diretoria etc. c) Despesas financeiras: São gastos relacionados com a contração de empréstimos bancários ou operações afins. As despesas financeiras devem ser apresentadas pelo valor líquido após a dedução das receitas financeiras etc. Exemplo de despesas financeiras: Juros passivos ou despesa de juros, descontos financeiros (condicionais) concedidos, variações monetárias passivas, variações cambiais passivas etc. Exemplo de receitas financeiras: Juros ativos ou receita de juros, descontos financeiros (condicionais) obtidos, variações monetárias ativas etc. d) Outras despesas operacionais: São gastos que não são classificados como despesas com vendas, financeiras, gerais ou administrativas, mas estão ligados a atividade operacional da empresa. Exemplos: Perda de equivalência patrimonial (PEP) e despesas com perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado. e) Outras receitas operacionais: São receitas que, apesar de não serem classificadas como receita bruta ou financeira, representam outras formas de receita da atividade empresarial. Exemplos: Ganho de equivalência patrimonial, receita de dividendos e receita de aluguel de imóveis. 7.7. Resultado Operacional Líquido O resultado operacional líquido, também chamado apenas de resultado operacional, corresponde ao resultado operacional bruto (lucro bruto ou prejuízo bruto), deduzido das despesas operacionais e acrescido das receitas operacionais. 7.8. Outras Receitas e Despesas A Lei n° 11.941/09 modificou o texto do inciso IV, artigo 187, da Lei n° 6.404/76, excluindo da estrutura da DRE a expressão receitas e despesas não operacionais, que passaram a ser denominadas, respectivamente, de outras receitas e outras despesas. A Lei nº 6.404/76 não listou o que vem a se classificar como outras receitas e outras despesas. Contudo, segundo a legislação do imposto de renda, são não operacionais os ganhos e perdas de capital, como por exemplo, a alienação de investimentos e de ativos imobilizadoscom lucro ou prejuízo. Portanto, a contabilidade tem-se utilizado dos conceitos inseridos na legislação do IR. a) Outras Receitas: Registram receitas extraordinárias cujos eventos são não habituais e aleatórios. Exemplos: Receita de venda de bens ou direitos do ativo não circulante imobilizado e receita da venda de investimentos. b) Outras despesas: Registram os custos ou as despesas relacionadas com a baixa dos bens ou direitos alienados. Exemplos: Custos e despesas decorrentes da baixa de bens ou direitos do ativo imobilizado e custos e despesas da baixa de investimentos. 7.9. Resultado Antes do IR e CSLL Após deduzidas as outras despesas, e adicionadas as outras receitas ao resultado operacional líquido, chegamos ao resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido que, se positivo, é chamado por Lucro antes do IR e CSLL, ou, apenas, LAIR. Esse resultado é o ponto de partida para o cálculo dos tributos (IR e CSLL) que incidem sobre o lucro. 7.10. IR e CSLL A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído pela Lei n° 7.689/1988. Para o cálculo da CSLL, vamos utilizar os mesmo procedimentos e modalidades de tributação para o cálculo do IR. Para a prova, o IR e a CSLL incidem sobre a mesma base de cálculo. Normalmente, as bancas já informam uma alíquota única para os dois tributos. O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é um tributo instituído pela União, no exercício da competência regular que lhe confere a Constituição Federal (CF, art. 153, III). O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica é o tributo de competência da União, que incide sobre o lucro auferido pela empresa em determinado período. Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido é o montante real, arbitrado ou presumido. Além disso, há contribuintes que estão enquadrados no Simples Nacional e, portanto, sujeitos a regras simplificadas de apuração do Imposto de Renda e demais tributos incluídos nesse regime. Lucro Base de Cálculo Real (Fiscal) É o lucro líquido do período ajustado pelas adições, exclusões e compensações previstos no Regulamento do IR (RIR/2018); Presumido É uma forma simplificada de apurar a base de cálculo do IR e da CSLL pelos contribuintes cuja receita bruta total no ano calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, e que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. É apurado trimestralmente; Arbitrado uma forma de apurar a base de cálculo do IR e da CSLL pela autoridade fiscal, quando a escrituração contábil possuir fraudes, vícios ou for omissa. No caso do lucro presumido, a base de cálculo é apurada por meio da aplicação de um percentual sobre a receita bruta, estabelecido pela legislação de acordo com a atividade. Serviços em geral 32% Serviços de transporte, exceto o de cargas 16% Serviços hospitalares e de transporte de cargas 8% Indústria e Comércio, exceto revenda de combustíveis para consumo 8% Revenda para consumo de combustível 1,6% A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por cento). O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro presumido que exceder ao valor da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se a incidência de adicional de imposto sobre a renda à alíquota de 10% (dez por cento). Para fins da legislação do imposto de renda, a expressão “lucro real” significa o próprio lucro tributável, e distingue-se do lucro líquido apurado contabilmente. Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com observância das normas da legislação comercial, ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (arts. 258 a 261 do RIR/2018). O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de apuração, obtido na escrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado no Lalur, observando-se que: 7.11. Participação Estatutárias Lei n° 6.404/76 [...] Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: [...] VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; Lei n° 6.404/76 [...] Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Esse artigo, por lapso, deixou de mencionar as Debêntures, mas, pela sequência do art. 187, elas seriam incluídas antes da participação dos empregados. Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o seguinte: Lei n° 6.404/76 [...] Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. De início, cabe ressaltar que o art. 189 artigo trata somente da forma de cálculo das participações e, posteriormente, das reservas e dividendos. Dessa forma, não significa que os Prejuízos Acumulados anteriormente devam ser mostrados como redução na Demonstração do Resultado do Exercício, o que estaria totalmente incorreto no PL). Assim, toma-se o lucro líquido depois do Imposto de Renda e Contribuição Social (mas antes das participações) e dele deduz-se o saldo eventual de prejuízos acumulados. Esse valor torna-se a base inicial de cálculo das participações. Da análise do artigo 187, inciso VI, e do artigo 190 da Lei n° 6.404/76, concluímos que: as participações estatutárias serão determinadas com base nos lucros que remanescerem, depois de deduzida a participação anteriormente calculada, obedecendo rigorosamente a seguinte ordem: 1) Participação de Debêntures; 2) Participação de Empregados; 3) Participação de Administradores; 4) Participação de Partes Beneficiárias; 5) Participação de Fundos de Assistência de Empregados. Dessa forma, os cálculos das participações não serão feitos sobre o mesmo valor, mas se calculará primeiramente a participação das debêntures; do lucro restante, após deduzir a participação das debêntures, calcula-se a participação dos empregados; do lucro agora remanescente, a dos administradores, e, do saldo, a das Partes Beneficiárias. Sendo parte integrante da demonstração do resultado, conclui-se que as participações nos lucros são verdadeiras despesas. Há, inclusive, a previsão de dedução da participação de empregados e de debêntures na apuração do lucro real, conforme disposto no RIR/2018. Por sua vez, as participações de partes beneficiárias e de administradores são expressamente indedutíveis na apuração do lucro real, conforme disposto no RIR/2018. Portanto, as participações de terceiros nos lucros, não relativas ao investimento dos acionistas, devem ser registradas como despesas da entidade. Essas participações e contribuições devem ser contabilizadas na própria data do balanço, debitando-se as contas respectivas de Participações em resultados e creditando-se as contas no Passivo Circulante. !! ATENÇÃO !! As participações de empregados e de debenturistas podem ser deduzidas da base de cálculo do IR, conforme autoriza a legislação do imposto de renda. Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo do IR e das participações, atravésde cálculo extra contábil. Não entram na DRE. O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso, ocorre o cálculo e a contabilização das reservas e dos dividendos. Vale dizer, as Reservas e os dividendos não aparecem na DRE e não afetam o resultado do exercício (irão afetar os lucros acumulados, no PL). 7.12. Lucro ou Prejuízo por Ação do Capital Social Depois de deduzidas as participações, chegamos ao lucro ou prejuízo líquido do exercício. O art. 187, inciso VII, da Lei das S/A determina que a empresa identifique o montante do lucro líquido por ação do capital social. Cálculo: LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/ TOTAL DE AÇÕES NO MERCADO As ações existentes no mercado correspondem as ações em circulação. Assim, exclui do cálculo as ações em tesouraria ou a parcela relativa ao capital a realizar. O resultado (lucro ou prejuízo) líquido do período apurado na DRE deve ser transferido para a conta Lucro ou Prejuízos Acumulados. A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados não pode apresentar saldo credor (lucros acumulados) no balanço. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços de exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Esse saldo de lucros acumulados deve ser distribuído para constituição de Reservas de Lucros, distribuição para Dividendos e incorporação ao Capital Social. Destinação dos Lucros Reservas de Lucros Distribuição de Dividendos Aumento do Capital Social (ABIN/Contador/CESPE/2011) – A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros itens, as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = C (MPU/Analista - Contabilidade/CESPE/2013) - A respeito da demonstração do resultado do exercício (DRE), conforme normatização contábil em vigor, julgue os seguintes itens. Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu resultado — ganho ou perda — como resultado não operacional. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = E (ABIN/OTI – Área 1/CESPE/2018) – De acordo com dispositivos da Lei n.º 6.404/1976 e de legislação complementar, julgue o item a seguir. Para fins de apuração da base de cálculo das participações estatutárias, o prejuízo acumulado e a provisão para o imposto de renda são deduzidos do resultado do exercício. Obrigatoriamente, a absorção do prejuízo deverá obedecer à seguinte ordem: lucros acumulados, reserva legal e reserva de lucros. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = E (TCM - BA/Auditor – Controle Externo/CESPE/2018) – Conforme o disposto na Lei n.º 6.404/1976, a participação de empregados no resultado líquido da empresa será efetivada se houver a) saldo positivo após a dedução de prejuízos e imposto sobre a renda. b) constituição de reserva de lucros anterior à referida participação. c) proposta de distribuição de resultado líquido do exercício. d) constituição de reserva de legal anteriormente à referida participação. e) constituição de reserva para contingências anteriormente à referida participação. Gabarito = A (TCM - BA/Auditor – Controle Externo/CESPE/2018) – A empresa Catex S.A., quando da finalização de seu resultado ao final do ano, apresentava lucro de R$ 288.500, antes do imposto sobre a renda, o qual seria de R$ 43.275. Na empresa, há acordo de participação nos resultados para empregados e diretores nos percentuais de 10% e 5%, respectivamente. Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto na Lei n.º 6.404/1976, o valor total a ser distribuído aos diretores é igual a a) R$ 11.035,13. b) R$ 14.425,00. c) R$ 12.261,25. d) R$ 24.522,50. e) R$ 28.850,00. Gabarito = A (EMAP/Analista Portuário II – Financeira e Auditoria Interna/CESPE/2018) – O estatuto social da empresa W determina o direito a 10% do lucro líquido do exercício para debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias. Em 2017, o lucro antes do imposto de renda e a contribuição social foi de R$ 300.000; o imposto de renda e a contribuição social a pagar somaram R$ 60.000. A empresa apresentava ainda um saldo de prejuízo acumulado de R$ 50.000. Com base nessas informações, julgue o item a seguir. Em 2017, o lucro líquido da empresa W foi de R$ 124.659. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = C 1) Em primeiro lugar vamos calcular a Base de Cálculo das participações: Os prejuízos acumulados e o imposto sobre a renda e a CSLL devem ser deduzidos do resultado do exercício para fins de cálculo das participações estatutárias: Lucro Antes do IR CSLL 300.000 (-) IR e CSLL (60.000) (-) Prejuízo Acumulado (50.000) (=) Base de Cálculo das Participações 190.000 2) Após procedemos o cálculo de cada participação e consequentemente do Lucro Líquido do Exercício: Base de Cálculo das Participações 190.000 Participação dos Debenturistas (10%) (19.000) (=) Base de cálculo participações Empregados 171.000 Participações Empregados (10%) (17.100) (=) Base de cálculo participações administradores 153.900 Participações administradores (10%) (15.390) (=) Base de cálculo participações Partes beneficiárias 138.510 Participações Partes beneficiárias (10%) (13.851) Total das Participações = 65.341 Lucro Antes do IR CSLL 300.000 (-) IR e CSLL (60.000) (-) Participações (65.341) (=) Lucro Líquido do Exercício 174.659 Pelo cálculo acima, de acordo com o disposto na Lei n° 6.404/76, o gabarito teria que ser ERRADO. Ocorre que o CESPE, contrariando disposição legal, considerou como lucro após o IR e CSLL o valor de 190.000 que é a base de cálculo das participações de forma incorreta, visto que, referida base de cálculo é extra contábil e é calculada através do lucro após IR e CSSL deduzido dos prejuízos acumulados. Os prejuízos acumulados não são parte da DRE. Forma de cálculo, INCORRETA , adotada pela banca: Lucro Antes do IR e CSLL 300.000 (-) IR e CSLL (60.000) (-) Prejuízo Acumulado (50.000) (-) Participações (65.341) = Lucro Líquido do Exercício 124.659 (TRE BA/Analista Judiciário – Contabilidade/CESPE/2017) - O livro-razão de determinada empresa apresentou, ao final do exercício, as informações a seguir. receita operacional bruta 500.000 vendas anuladas 5.000 ICMS sobre vendas 30.000 PIS sobre faturamento 5.000 COFINS sobre faturamento 15.000 custo das mercadorias vendidas 245.000 despesas com vendas 20.000 despesas gerais e administrativas 30.000 imposto de renda 15.000 contribuição social sobre o lucro 15.000 participações 12.000 Considerando-se essas informações, no que se refere à elaboração da demonstração do resultado do exercício, é correto afirmar que a) o lucro operacional foi de R$ 120.000. b) o resultado antes das participações foi igual a R$ 132.000. c) o resultado antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro foi de R$ 180.000. d) o lucro operacional bruto foi de R$ 200.000. e) a receita operacional líquida foi igual a R$ 440.000. Gabarito = D (TRT 20/Analista Judiciário – Contabilidade/FCC/2016) - A empresa Capital S.A. obteve lucros no exercício de 2016. Antes de realizar qualquer participação deve a) somar os lucros acumulados e distribuir até o montante do capital social. b) compensar as reservas de lucros a realizar e os dividendos propostos. c) reduzir as reservas para contingências e distribuir os dividendos mínimos. d) calcular a reserva legal e o dividendo mínimo. e) deduzir os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto de renda. Gabarito = E (Pref. Recife/AFTM/ESAF/2003) - A empresa “Y” Ltda., no encerramento do exercício de 2002, obteve as seguintes informações: Valores em R$ Capital Social 50.000,00 Financiamentos 30.000,00 Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00 Prejuízos Acumulados 20.000,00 Provisão para Imposto de Renda e CSLL 25.000,00 Estatutariamente, as participações no resultado são: a) empregados10%; b) b) administradores 10%. Indique a opção que contém os valores corretos das participações dos Empregados e Administradores e do Lucro Líquido do Exercício. Empregados Administradores Lucro Líquido do Exercício a) R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 55.000,00 b) R$ 7.500,00 R$ 7.500,00 R$ 60.000,00 c) R$ 7.500,00 R$ 6.750,00 R$ 60.750,00 d) R$ 5.500,00 R$ 5.500,00 R$ 64.000,00 e) R$ 5.500,00 R$ 4.950,00 R$ 64.550,00 Devemos lembrar que: - Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo das participações; - Cada participação reduz a base de cálculo (BC) da participação seguinte. Gabarito = E (SEFAZ SP/APO/ESAF/2009) - A empresa Soledade S/A, de Guaraí, no Estado do Tocantins, tem um capital social de R$ 240.000,00, formado por 30.000 ações ordinárias, que dão a seus donos direitos iguais. No exercício de 2008, a empresa finalizou, corretamente, a sua demonstração de resultado do exercício com os seguintes valores: - Lucro líquido antes do Imposto de Renda 186.000,00 - Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 31.500,00 - Participações Estatutárias sobre o Lucro 10.500,00 Como se sabe, a última linha dessa demonstração de lucros deverá indicar o montante do lucro por ação do capital social que, neste caso, será no valor de a) R$ 6,20. b) R$ 5,15. c) R$ 4,80. d) R$ 1,67. e) R$ 8,00. Gabarito = C (TCE SP/Auditor Substituto de Conselheiro/FCC/2013) Uma empresa adquiriu, em 31/12/2010, um equipamento por R$ 220.000,00, à vista. A vida útil econômica estimada deste equipamento na data de aquisição foi de 8 anos e o valor residual de R$ 20.000,00. Em 31/12/2011, após um ano de uso, a empresa vendeu este equipamento, à vista, por um preço líquido de vendas de R$ 200.000,00. Com base nestas informações, o resultado obtido com a venda deste equipamento, apresentado na Demonstração do Resultado do Exercício, foi, em reais, (A) 0 (zero). (B) 25.000, evidenciado em Outras Receitas Operacionais. (C) 20.000, evidenciado em Outras Despesas Operacionais. (D) 7.500, evidenciado em Outras Receitas com Vendas. (E) 5.000, evidenciado em Outras Receitas Operacionais. Gabarito = E 8. DRE Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1 O referido Pronunciamento determina que a entidade deve apresentar todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período em duas demonstrações: a) Demonstração do Resultado do Período (DRE); e b) Demonstração do Resultado Abrangente do Período (DRA). A DRA começa sua apresentação pela receita líquida e inclui os outros resultados abrangentes.. 82. Além dos itens requeridos em outros pronunciamentos, a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também às determinações legais: (a) receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando o método de juros efetivos; (aa) ganhos e perdas decorrentes do desreconhecimento de ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado; (b) custos de financiamento; (ba) perda por redução ao valor recuperável (incluindo reversões de perdas por redução ao valor recuperável ou ganhos na redução ao valor recuperável), determinado de acordo com a Seção 5.5 do CPC 48; c) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método da equivalência patrimonial; (ca) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao custo amortizado de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do ativo financeiro e seu valor justo na data da reclassificação (conforme definido no CPC 48); (cb) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquer ganho ou perda acumulado reconhecido anteriormente em outros resultados abrangentes que sejam reclassificados para o resultado; (d) tributos sobre o lucro; (e) (eliminada); (ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento Técnico CPC 31); (f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão deste Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas: (i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; (ii) lucro bruto; (iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; (iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras; (v) resultado antes dos tributos sobre o lucro; (vi) resultado líquido do período. 9. DRE na Lei n° 6.404/7 versus Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1 A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76 A estrutura da DRE de acordo com o CPC 26 Receita Bruta (-) Deduções = Receita Líquida (-) CMV = RCM/ROB/LB Receita Líquida (-) CMV = RCM/ROB/LB ( - ) Despesas Vendas Gerais e Administrativas Outras Despesas Operacionais Financeiras, deduzidas das receitas financeiras ( - ) Despesas Vendas Gerais e Administrativas Outras Despesas e Receitas Operacionais Resultado da Equivalência Patrimonial Lucro ou Prejuízo Operacional Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras Outras Receitas e Outras Despesas Despesas e Receitas Financeiras Resultado antes do IR e CSLL Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro (-) IR e CSLL (-) Participações Debêntures Empregados Administradores Partes Beneficiárias Fundos de Pensão (-) Despesas de Tributos sobre o Lucro = Resultado das Operações Continuadas +/- Resultado Líquido das Operações Descontinuadas = Resultado Líquido do Período Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício Lucro Líquido do Exercício por Ação 9.1. Principais Diferenças Comparando a DRE segundo a estrutura na Lei n° 6.404/76 com a estrutura do CPC 2 – R1, podemos apontar as seguintes diferenças: 1) Receita Bruta x Receita Líquida Segundo a Lei das S/As a DRE deve iniciar pela Receita Bruta e logo a seguir demonstrar as deduções para chegar-se a Receita Líquida. Já o CPC 26 – R1 determina que a DRE deve iniciar pela Receita Líquida. (MPU/Analista - Contabilidade/CESPE/2013) - A respeito da demonstração do resultado do exercício (DRE), conforme normatização contábil em vigor, julgue os seguintes itens. As sociedades anônimas de capital aberto devem iniciar a apresentação da DRE pela receita líquida. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = C 2) Separação das Despesas Financeiras e Receitas Financeiras O modelo de apresentação constante do CPC 26 R1 apresenta um subtotal denominado “Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras”. Após devemos inserir as Receitas e as despesas Financeiras e após evidenciar o Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro. Fica evidente a preocupação do CPC 26 R1 em demonstrar separadamente o resultado operacional do resultado financeiro, o qual está relacionado diretamente com a sobra ou falta de caixa. Dessa forma, a separação do resultado financeiro evidencia com mais propriedade o resultado oriundo das operações da empresa. 3) Resultado das Operações Descontinuadas CPC 31 – R1 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada 32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e (a) representa um a importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; (b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou (c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda 33. A entidade deve evidenciar: (a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo: (i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e (ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos(s) mantidos para venda que constituam a operação descontinuada. Observeque a as operações descontinuadas não se equiparam a ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou direitos classificados nos grupos Investimentos, Imobilizado e Intangível que devem ser classificados como “outras receitas e despesas operacionais”. Por exemplo, se a empresa vende uma máquina, mas tem a intenção de comprar outra para substituí-lo, o resultado dessa venda será incluído na DRE em “outras receitas e despesas operacionais”, ou seja, não trata-se de uma operação descontinuada. Por outro lado, se a empresa vende uma de suas fábricas em um determinado exercício social é uma operação descontinuada. Segundo o CPC 31 – R1, os resultados com as operações descontinuadas não serão considerados como operacionais. É por esse motivo que aparecem na DRE após a provisão dos tributos. (MPE PB/Analista Ministerial – Auditor de Contas Públicas/FCC/2015) - De acordo com a Resolução CFC no 1.255, os resultados apurados de operações descontinuadas devem ser apresentados em A) conjunto com as atividades normais, somados as receitas e despesas operacionais. B) demonstração de resultados apurada e apresentada separadamente da demonstração de resultados das atividades continuadas. C) um montante único na demonstração do resultado. D) uma conta própria do patrimônio líquido. E) nota explicativa, não compondo a apuração dos resultados da empresa. Gabarito = C 9.2. Outras Particularidades Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser incluídos no resultado líquido do período a menos que um ou mais Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou permitam procedimento distinto. Alguns Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC especificam circunstâncias em que determinados itens podem ser excluídos dos resultados líquidos do período. O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a saber: a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis. Nestes casos, a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis devem ser ajustados no balanço inicial. O Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1, não estabelece um modelo rígido de apresentação da DRE. Pelo contrário, outras rubricas, contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na quando tal apresentação for relevante para compreensão do resultado e do desempenho da entidade. A entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou despesas como itens extraordinários, quer na demonstração do resultado abrangente, quer na demonstração do resultado do período, quer nas notas explicativas. Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período ou nas notas explicativas 97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e montantes devem ser divulgados separadamente. 98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas incluem: (a) reduções nos estoques a o seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções; (b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para gastos de reestruturação; (c) baixas de itens do ativo imobilizado; (d) baixas de investimento; (e) unidades operacionais descontinuadas; (f) solução de litígios; e (g) outras reversões de provisões. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários Tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. A materialidade é considera um aspecto de relevância específico da entidade e, por essa razão, não é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o que seria jugado material em uma situação concreta. Há que ser analisado caso a caso para definir se uma informação é material ou não. 10. Apresentação das Despesas – Método da Função versus Método da Natureza A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade, devendo eleger o critério que proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações legais. A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são agregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de dividir a depreciação do período entre depreciação das máquinas utilizadas na produção (que é alocada ao custo de fabricação) e a depreciação dos bens utilizados na administração (despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da depreciação do período. Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o que se segue: Receitas X Outras Receitas X Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X Consumo de matérias-primas e materiais X Despesas com benefícios a empregados X Depreciações e amortizações X Outras Despesas X Total da despesa (X) Resultado antes dos tributos X A segunda forma de análise é ométodo da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável julgamento. Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é a seguinte: Receitas X Custo dos produtos e serviços vendidos (X) Lucro bruto X Outras receitas X Despesas de vendas (X) Despesas administrativas (X) Outras despesas (X) Resultado antes dos tributosX Como podemos perceber, as empresas utilizam o método da função da despesa (também denominado de “método do custo do produto ou serviço vendido”), no Brasil, pois esse é o método constante da Lei das S/As. (SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - A Cia. LOL elaborou sua Demonstração do Resultado do Exercício pelo método da natureza da despesa. Assinale a opção que contém apenas as contas classificadas de acordo com esse método. a) Despesa com Benefícios a Empregados e Despesas Comerciais. b) Variação do Estoque e Custo dos Produtos Vendidos. c) Despesa de Depreciação e Consumo de Matéria Prima. d) Despesa de Vendas e Despesas Administrativas. e) Despesas Administrativas e Despesa de Amortização. Gabarito = C (STM/Analista Judiciário - Contabilidade/CESPE/2018) - Tendo como referência a legislação societária e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue o item a seguir, relativo à elaboração de demonstrações contábeis. Na demonstração de resultado, apesar de a legislação societária induzir a apresentação da despesa por função, ela também poderá ser apresentada de acordo com a sua natureza. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = Certo (ABIN/Oficial Técnico de Inteligência – Área 1/CESPE/2018) - De acordo com as normas contidas nas legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações contábeis, julgue o item que se segue. Na demonstração de resultado do exercício (DRC), as despesas devem ser subclassificadas. A escolha da classificação dos gastos pela função da despesa ou pelos gastos por natureza está baseada na capacidade de o método proporcionar informação mais confiável e mais relevante à entidade, cumpridas as determinações legais. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito = Certo (TRASNPETRO/Contador JR/CESGRANRIO/2018) - O novo contador de uma companhia está elaborando a demonstração do resultado do exercício, na qual as despesas serão classificadas com base na sua função dentro da entidade. Porém, adicionalmente, terá que apresentar informações sobre a natureza da despesa. Um dos itens evidenciados na classificação, com base na natureza da despesa, é a) despesas de vendas b) despesas financeiras c) despesas administrativas d) custo dos produtos vendidos e) depreciações e amortizações Gabarito = E 11. Separação do Lucro Líquido do Exercício por Tipo de Sócio CPC 26(R1): [...] 81B. A entidade deve apresentar os seguintes itens, além da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, como alocação da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes do período: (a) resultado do período atribuível a: (b) (i) participação de não controladores, e (c) (ii) sócios da controladora;