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ATIVIDADE BIOFISICA - DESCOMPRESSÃO

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ATIVIDADE DE BIOFÍSICA MÉDICA
TEMA: Descompressão
1) EXPLIQUE O QUE É DESCOMPRESSÃO
 “A doença da descompressão é um distúrbio no qual o nitrogênio dissolvido no sangue e nos tecidos devido a uma pressão elevada forma bolhas quando a pressão diminui.” 
O ar é composto principalmente por nitrogênio e oxigênio. Visto que o ar submetido a uma pressão elevada se comprime, cada inspiração efetuada em profundidades contém muito mais moléculas do que uma inspiração feita à superfície. Como o organismo utiliza continuamente o oxigênio, de forma geral, o excesso de moléculas de oxigênio respiradas sob uma pressão elevada não se acumula. Contudo, o excesso de moléculas de nitrogênio se acumula no sangue e nos tecidos.
À medida que a pressão externa diminui durante a subida após o mergulho ou ao deixar um ambiente de ar comprimido, o nitrogênio acumulado, que não pode ser expirado de imediato, forma bolhas no sangue e nos tecidos. Essas bolhas podem se expandir e lesionar os tecidos ou obstruir os vasos sanguíneos de muitos órgãos, quer seja diretamente, quer seja dando origem a pequenos coágulos de sangue. As bolhas de nitrogênio também provocam inflamação, causando inchaço e dor em músculos, articulações e tendões. Essa obstrução dos vasos sanguíneos causa dor e vários outros sintomas semelhantes, por exemplo, aos do acidente vascular cerebral (como fraqueza súbita num lado do corpo, dificuldade respiratória, tontura) ou até mesmo sintomas parecidos com os da gripe e nos casos mais graves pode levar à óbito. 
2) Citar um caso de descompressão que tenha saído na mídia:
O estranho caso do mergulhador cujo corpo começou a inchar inexplicavelmente
21 fevereiro 2018
Alejandro Ramos não chega a ter 1,60 metro de altura, mas usa camisetas que poderiam ser de uma pessoa bem maior. Seus ombros mal cabem nas mangas ou nas da jaqueta azul que um amigo adaptou com tecido da mesma cor para que seus braços pudessem entrar.
Ramos, ou Willy, como é chamado por sua família, mostra o presente com orgulho no quarto que ocupa no Centro Médico Naval, na capital do Peru, Lima, desde dezembro, quando a Marinha decidiu estudá-lo.
Seu caso é inédito na história do mergulho, atividade que pratica em sua profissão. Há quatro anos, minutos após ter emergido da água, seu corpo começou a inchar, mantendo-se assim desde então.
Dos cotovelos para baixo, seus braços poderiam ser os de qualquer outro homem de 56 anos saudável. São seus bíceps, com 62 e 72 cm de circunferência, que atraem os olhares e fazem com que ele tenha vergonha de sair na rua.
As protuberâncias se fundem com seus ombros. Seu peitoral inflado cai sobre seu estômago – suas costas, cintura e coxas também têm um volume maior do que o normal. Ao fator estético, somam-se a dor nos ossos e o chiado em seu peito toda vez que respira.
Após três anos sem tratamento, o Centro Médico Naval estuda agora seu caso.
Até a bexiga aguentar
Willy está convencido de que tudo isso são sequelas de um acidente de trabalho no fim de 2013, enquanto mergulhava a mais de 30 metros de profundidade em busca de mexilhões presos a penhascos e barrancos submarinos.
Os mergulhadores como ele trabalham de forma artesanal e passam horas desprendendo e coletando os moluscos antes de voltar à superfície. O tempo que passam submersos em meio a frias correntes marítimas é determinado por sua "necessidade de urinar", como explicam vários profissionais de Pisco, cidade pesqueira 230 km ao sul da capital peruana, Lima.
Willy diz que aguentava por até oito horas. "Subia para urinar às vezes, mas achava que era uma perda de tempo", recorda-se. Esvaziar a bexiga a tal profundidade não é uma opção quando se usa um traje feito com câmaras de pneus de caminhão.
O acidente
Assim estava vestido Willy quando, quase ao final de sua jornada de trabalho, ele notou que a mangueira em sua boca havia começado a roubar seu ar em que vez de fornecê-lo. "Todo mergulhador sabe o que isso significa."
Um mergulhador nunca sai sozinho para pescar. Tripulantes vários metros acima de sua cabeça se encarregam de receber o produto coletado e colocar gasolina em uma máquina a cada 90 minutos.
O equipamento comprime o ar e o envia ao mergulhador por meio de uma mangueira. A maioria dos pescadores de marisco peruanos não usa reguladores, um acessório que garantiria de 10 a 15 minutos de oxigênio em caso de emergência.
Naquela tarde, uma lancha se aproximou demais da embarcação de Willy, em que seu filho e um colega esperavam por ele. A hélice deste barco rompeu a mangueira e obrigou o mergulhador a subir 36 metros de uma só vez. Um trajeto de poucos minutos que podia ter lhe custado a vida.
O perigo do nitrogênio
"Quando mergulhamos, estamos a uma pressão maior, o que faz com que o ar e o oxigênio sofram mudanças físicas", explica Raúl Alejandro Aguado, médico subaquático do Centro Médico Naval.
O ar é 78% composto por um gás que o corpo humano não usa: o nitrogênio. A pressão no fundo do mar faz com que ele se dissolva e se abrigue no tecido adiposo. Mas, no retorno à superfície, o nitrogênio entra no sistema sanguíneo, onde começa a voltar a seu estado gasoso.
Por isso, um mergulhador deve subir em etapas, com paradas de tempos em tempos. Uma subida rápida pode gerar bolhas de nitrogênio grandes demais, que podem obstruir a circulação sanguínea e gerar uma síndrome de descompressão.
Por sua vez, uma subida mais lenta dá ao gás tempo suficiente para viajar pelos vasos enquanto ainda tem pouco volume até chegar aos pulmões, por onde são expelidos do organismo. Há tabelas que indicam quantos minutos ou até mesmo horas que devem dedicar à subida em função do tempo e da profundidade a que ficaram submersos.
A princípio, os médicos pensavam que a causa do problema seria nitrogênio preso em seu corpo.
Não seguir isso pode fazer com que o nitrogênio se expanda em locais como os ossos, gerando necrose, a morte de um tecido por falta de irrigação. Esse mal pode ser identificado por sintomas como inchaço, dores de cabeça e cansaço. Em casos mais graves, pode causar acidentes cardiovasculares que podem deixar uma pessoa paralisada e até matá-la.
'Deformado', mas vivo
No dia do acidente, quando Willy por fim chegou à superfície, teve de recorrer a uma manobra de emergência: voltar a submergir à mesma profundidade e subir respeitando as paradas de segurança. "É como retomar uma descompressão que não foi feita", explica Aguado. "Ajuda um pouco, mas não é algo muito seguro, porque, se o mergulhador ficar inconsciente na água, pode se afogar."
O pescador assumiu o risco e afundou novamente no mar com um compressor emprestado por uma lancha próxima. Mas os tripulantes deste barco estavam impacientes. Haviam terminado sua jornada de trabalho e queriam ir ao porto vender sua mercadoria.
A pressa falou mais alto que a solidariedade, e eles foram embora, deixando Willy sem um compressor. Assim, ele só pôde completar os primeiros 30 minutos das duas horas que, segundo as tabelas de descompressão, deveria ter dedicado à subida.
Ele chegou ao hospital de Pisco "inchado como uma batata", recorda-se. "Foi um milagre eu ter me salvado. Agradeço a Deus que, bem, fiquei deformado, mas estou vivo... Ainda que, às vezes, eu fique triste porque não queria estar nesta situação."
Um tratamento às cegas
Willy tentou buscar uma cura para seu inchaço nos primeiros meses após o acidente, mas não pôde pagar por ela por muito tempo. Os médicos nunca haviam visto um caso parecido e pediram que ele fizesse uma ressonância magnética para ver o que havia sob a grande massa que fez seu peso corporal aumentar em 30 kg. Mas é um exame caro e que deve ser feito em uma parte do corpo por vez.
Só em seu ombro, custaria ao menos US$ 150 (R$ 488), um valor muito alto para alguém que não tem renda. Mesmo com um emprego, ele teria dificuldades para pagar: como mergulhador, não ganhava mais do que US$ 30 (R$ 97) por dois dias de trabalho.
Sem a ressonância, os médicos com que ele se consultou trabalharam às cegas e atribuíram a inflamação a problemasde descompressão e receitaram o tratamento tradicional: a câmara hiperbárica.
Oxigênio como remédio
Mergulhadores sabem que a melhor arma contra a síndrome de descompressão é uma cabine onde a pressão atmosférica é elevada e se respira oxigênio. Assim, o gás consegue alcançar as zonas afetadas aonde não podia chegar de forma natural.
O Hospital San Juan de Dios de Pisco tem duas câmaras doadas por um consórcio de empresas para beneficiar os mergulhadores da região, mas o preço das sessões de tratamento é um impeditivo para eles.
O fim de uma carreira
Enquanto isso, o mergulhador aproveita os dias livres que os médicos lhe dão de vez em quando para ir a Pisco para ficar com sua família e ir ao porto, onde relembra seus dias dentro do mar. Faz isso às segundas, quartas ou sextas-feiras, dias em que pescadores vão ali vender suas mercadorias.
Entre caixas repletas de mexilhões, mariscos e caranguejos, é possível ver Willy caminhando com dificuldade, ainda que não seja o único nesta situação. À medida que a tarde avança, se reúnem ali mergulhadores aposentados que carregam sequelas da síndrome de descompressão.
Vão ao porto mendigar dinheiro ou um pouco de frutos do mar para vender e ter alguma renda, já que sua profissão não confere a eles o direito a uma pensão ao se aposentar. "É assim que nós, mergulhadores, terminamos, porque o Estado não se preocupa com a gente", lamenta Willy.
Ele tem a sorte de poder contar com seus irmãos, que o ajudam e o sustentam. Mas, ainda assim, ele sonha em voltar a mergulhar. "Quero continuar a fazer isso, porque, além de ser minha fonte de renda, era meu hobby. Amo mergulhar."
“Mergulhar e pescar frutos do mar são apenas uma parte do trabalho: é preciso vendê-los.”
É comum encontrar no porto outros pescadores com sequelas deixadas pela síndrome de descompressão.
· Referencia: Revista BBC NEWS - BBC Mundo, enviada especial a Pisco
 https://www.bbc.com/portuguese/geral-43135068