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JOGOS E BRINQUEDOS NA INFÂNCIA Nome: Ananda Bruna de Sousa Pinto Matrícula: UL19207243 RESUMO UNIDADE II p.53 a 78 A construção da cultura lúdica. Brougère (apud Kishimoto, 2002), defende a ideia da existência de uma cultura lúdica definida como um conjunto de procedimentos que permite tornar o jogo possível, ou seja, ela é composta por certo número de esquemas que permitem iniciar uma brincadeira. Para esse autor, “brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa que, como outras, necessita de aprendizagem”. ambiente, as condições materiais, as ações dos familiares e mestres, o espaço na cidade e no lar irão influenciar a experiência lúdica da criança. profissional da Educação Infantil deve conhecer a relação entre o jogo e a possibilidade evolutiva da criança, a fim de fazer escolhas que facilitem a construção da cultura lúdica infantil. A criança constrói sua cultura lúdica brincando, e se descobrindo por fases. Primeira fase: para a criança pequena o adulto é seu maior brinquedo, Segunda fase: o corpo se tona brinquedo: da boca para a mão, Terceira fase: a descoberta do objeto. O jogo e a brincadeira na educação infantil. O jogo une a vontade e o prazer dos participantes durante a realização da atividade lúdica, criando ambientes gratificantes, atraentes e estimulando o desenvolvimento integral do aluno. A maneira como a criança manifesta sentimentos como exaltação, tensão, alegria e frustração conduzem ao desenvolvimento da criatividade, espontaneidade e iniciativa. Segundo Kishimoto (1999), todos os jogos são de grande valor educacional, pois oferecem benefícios para a aprendizagem da criança. Uma das maneiras de se utilizar o jogo como material é fazê-lo com propósitos educativos. Sendo educativo, o jogo propicia à criança o acesso a novos conhecimentos, como aprender por meio das repetições, permitindo também desenvolver sua capacidade intelectual. Além da motivação, o jogo influencia positivamente a criança, dando subsídios para sua formação como indivíduo, bem como a auxilia a enfrentar obstáculos e conviver melhor em sociedade. Atividades presentes nos jogos e brinquedos na educação infantil que são importantes para o seu desenvolvimento lúdico. Atividades sensoriais: A educação sensorial não estaria centrada tanto no planejamento de atividades especificamente sensoriais, mas na capacidade do educador de tomar consciência dos movimentos que a criança realiza e assim promover o desenvolvimento da percepção e sensações corporais do dia a dia. simples fato de colocar atenção sobre um dos cinco sentidos, pode ser motivo de exploração. Atividades motoras: Gradativamente, os gestos vão se ampliando e adquirindo um uso significativo nas expressões motoras. O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar‑se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interagem com o meio utilizando o apoio corporal. Elas engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam sozinhas ou entre pares vivenciam maneiras diferentes de utilizar seu corpo em movimento. Propiciar que as crianças sintam prazer com as sensações corporais por meio dos sentidos é uma maneira de desfrutar da própria vida, pois as sensações ajudam a construir detalhes das características da nossa identidade e personalidade. Atividades que exploram as habilidades linguísticas oral e escrita: Elas estão presentes no cotidiano e no contexto das instituições de Educação Infantil, à medida que crianças e adultos que participam desse meio falam, comunicam‑se entre si, expressando sentimentos e ideias de maneira verbal e escrita. O fato de repetidamente a criança ter acesso às palavras e conhecer seu significado permitem a elas perceber que a escrita obedece a certas regras como: letras com sons semelhantes. Os Jogos e brincadeiras que explorem esses conhecimentos são pertinentes quando se procura ampliar, na criança, a compreensão sobre o sistema alfabético, bem como o sentido e funcionalidade da escrita. Permitir e incentivar a escrita espontânea da criança por meio de explorações e representações das experiências do cotidiano proporciona o desenvolvimento das linguagens oral e escrita, contribuindo também para que gradativamente as crianças percebam a função social da escrita. A formação do leitor por meio de atividades lúdicas. As histórias, as tradições e as lendas são a expressão da cultura de um povo e devem ser preservadas. Tão antigo quanto a humanidade é o ato de contar histórias, e é grande a sedução que as narrativas exercem sobre os homens, da infância até a velhice. literatura infantil constituiu‑se como gênero durante o século XVII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito artístico. Até bem pouco tempo, a literatura infantil era considerada como um gênero secundário e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil apenas como forma de entretenimento. A valorização da literatura infantil como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades é bem recente. O acesso das crianças a essas obras passava pelo adulto que, ao ler ou contar para as crianças, também se deliciavam com as narrativas. No início do século XX, as obras produzidas para as crianças apresentavam um caráter ético‑didático privilegiando um modelo de criança de acordo com as expectativas do adulto. Tinham o caráter moralizador, preparando a criança para ser um adulto honrado deixando para um segundo plano o elemento lúdico das histórias. No cenário contemporâneo, a literatura infantil provoca nas crianças ações ao entreter, comover, divertir e surpreender, pois, ao ler e ouvir histórias, ela passa a interagir com as situações apresentadas e com os personagens, tendo nesta perspectiva a possibilidade de envolver o real e o imaginário da narrativa. Trata-se de valorizar a capacidade criativa e inventiva das crianças, estimulando-as a explorar os limites e esses dois mundos de forma simultânea