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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO DÉBORA CRISTINA DA SILVA AVELINO DE SOUZA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DOCÊNCIA ANOS INICIAIS Licenciatura em pedagogia ARARAS-SP 2021 DÉBORA CRISTINA DA SILVA AVELINO DE SOUZA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DOCÊNCIA ANOS INICIAIS Licenciatura em pedagogia Relatório desenvolvido como requisito para aprovação do componente Estágio Curricular Obrigatório – Estágio Supervisionado em Ensino Fundamental (anos iniciais) – Gestão, no curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade Virtual do Estado de São Paulo. ARARAS/SP 2021 FOLHA DE ASSINATURAS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO FICHA DE IDENTIFICAÇÃO Nome: Débora Cristina da Silva Avelino de Souza RA: 1828152 Licenciatura: Pedagogia Polo: Araras Professor Mentor: Profa. Dra. Celia Maria Haas Supervisor de Estágio (na escola): Prof.ª Isabel Cristina Rocha Período do estágio: 04/10/2021 à 01/11/2021 Local de estágio: EMEF LIONS CLUBE Endereço: Rua Inocente Dal Pietro, S/N, Vila Dona Rosa Zurita Fone: (19) 3541-3932 Cidade: Araras Estado: São Paulo E-mail: emeief.lionsclube@gmail.com LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Estrutura Física ............................................................................................... 12 LISTA DE IMAGENS IMAGEM 1 – Calendário da sala de aula ............................................................................ 13 IMAGEM 2 – Cabeçalho ....................................................................................................... 14 IMAGEM 3 – Ditado (amostra de escrita) ........................................................................... 16 IMAGEM 4 – Atividade construção de parlenda ................................................................ 17 IMAGEM 5 – Atividade construção de parlenda ................................................................ 18 IMAGEM 6 – Ficha escalonada ............................................................................................ 19 IMAGEM 7 – Atividade construção de parlenda com auxílio do professor ..................... 20 IMAGEM 8 – Atividade construção de parlenda com auxílio do professor ..................... 21 IMAGEM 9 – Amostra de escrita (pré-silábico) ................................................................. 22 IMAGEM 10 – Amostra de escrita (silábico) ....................................................................... 22 IMAGEM 11 – Amostra de escrita (silábico alfabético) ..................................................... 23 IMAGEM 12 – Amostra de escrita (alfabético) ................................................................... 23 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. 5 LISTA DE IMAGENS ............................................................................................................. 6 1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8 2- APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO ESCOLAR......................................................... 9 2.1. LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 9 2.2. HISTÓRIA DA UNIDADE ESCOLAR ................................................................................................. 9 2.3. ESPAÇOS OBESERVADOS ............................................................................................................ 11 2.3.1. INFRAESTRUTURA ............................................................................................................... 11 3- REFLEXIÇÃO SOBRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .............................. 12 3.1. OBSERVÇÃO ................................................................................................................................ 12 3.2. OBSERVAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM SALA DE AULA .............................................. 13 3.2.1. Calendário ........................................................................................................................... 13 3.2.2. Cabeçalho ........................................................................................................................... 14 3.2.3. Livro Didático ...................................................................................................................... 15 3.2.4. Ditado (amostra de escrita) ............................................................................................... 16 3.2.5. Parlenda e cantigas de rodas ............................................................................................. 17 3.2.6. Ficha escalonada................................................................................................................. 18 3.3. PARTICIPAÇÃO DE ATIVIDADES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA E COM AUXÍLIO DO PROFESSOR DA SALA ................................................................................................................................................... 19 3.4. REGÊNCIA DE ATIVIDADES E OBSERVAÇÃO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM SALA DE AULA .. 21 4- CONCLUSÃO ................................................................................................................. 23 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 25 ANEXOS ................................................................................................................................. 26 ANEXO A: Ficha de Presença - Estágio Curricular Obrigatório (Folha 1) ........................................... 26 ANEXO B: Ficha de Presença - Estágio Curricular Obrigatório (Folha 2) ........................................... 27 ANEXO C: Ficha de Presença - Estágio Curricular Obrigatório (Folha 3) ........................................... 28 ANEXO D: Controle de Carga Horária ................................................................................................ 29 8 1- INTRODUÇÃO O estágio supervisionado é fundamental para todos os acadêmicos de pedagogia, serve como alicerce na formação de futuros pedagogos, representa uma experiência riquíssima ao graduando. A prática do estágio inserida em uma unidade escolar tem por objetivo proporcionar um primeiro contato ao aluno de pedagogia com o cenário ao qual pretende atuar e para aqueles que já tem afinidade à área novas experiências na prática educacional. Constitui em uma atividade de pesquisa para fundamentar a teoria estudada durante o curso. Tal proposta se manifesta no Projeto Político do curso de Pedagogia da UNIVESP: [...] propiciar ao futuro educador, numa perspectiva crítica, a partir do contato ativo com a realidade escolar (prioritariamente), ou com outro espaço educativo, conhecimentos básicos relativos às condições em que se realizam o trabalho, a gestão e a participação na educação básica, com vistas à organização, à coordenação das atividades escolares, atividades educativas em espaços públicos e compreensão dos impactos das políticas públicas na gestão. (UNIVESP, 2018, p.80) O estágio proporciona ao acadêmico, a oportunidade de estar dentro de uma sala de aula, aperfeiçoando seus conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso na prática diária com as crianças. É uma experiência que promove ao graduando uma chance de exercer funções especificas de sua profissão, na qual o mesmo deve estar capacitado para enfrentar os desafios da docência. Seguindo a linha de pensamento Castro; Salva (p.2, 2012) destaca que “Os estágios se caracterizamcomo etapa obrigatória na formação de todo professor, sendo elementos desafiadores da prática pedagógica e das concepções dos futuros educadores durante a formação inicial”. A necessidade da observação não se destaca apenas como um componente obrigatório, mas como uma base fundamental para a formação de futuros educadores de qualidade. São através dessas experiências que os graduandos terão a oportunidade de vivenciar o cotidiano da escola e seus desafios. Situações essas que são comuns na profissão de professor, empenhando- se a buscar a melhor prática a partir da teoria adquirida. 9 No decorrer do presente trabalho serão relatadas as atividades desenvolvidas ao longo do estágio supervisionado em ensino fundamental anos iniciais - DOCÊNCIA, onde foi proporcionado uma reflexão a luz da dicotomia teoria e prática. Frequentemente ouve-se a respeito de alunos que ao concluir seu curso se deparam com uma realidade a qual não estavam preparados, isso está relacionado a desvalorização do estágio supervisionado que vem se transformando em um estágio fictício, por muitos sendo tratado apenas como um ato burocrático dentro do currículo do curso, distante do cenário escolar, onde não se estabelece a relação teórica e prática pretendida. Com o cenário atual devido ao vírus do COVID-19 algumas adaptações foram-se feitas necessárias, respeitando os protocolos do Ministério da Saúde, o atendimento ao público vem sendo retomado, assunto que será tratado no decorrer do presente trabalho. O texto é resultante do estágio supervisionado na educação infantil anos iniciais - DOCÊNCIA realizado na escola EMEF “Lions Clube”, localizada na cidade de Araras/SP, no período da tarde com carga horária de 30 horas semanais. Que abordará a reflexão do estágio como um componente curricular na formação de futuros pedagogos, tendo como fundamento a avaliação das atividades produzidas no campo da docência dentro da unidade escolar. 2- APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO ESCOLAR 2.1. LOCALIZAÇÃO A EMEF Lions Clube está alocada na Rua Inocente Dal Pietro, S/Nº, na Vila Dona Rosa Zurita, bairro localizado na região sul do município de Araras. Seu horário de funcionamento atende das 7h às 17h30 sendo dividido em dois períodos manhã e tarde, atendendo um total de 204 (duzentos e quatro) alunos do 1º ao 5º ano. Hoje em sua gestão tem como diretora Josiane Moraes de Souza Silva e coordenadora pedagógica Janaina Maria Barros Curiel. E para me orientar no atual projeto a professora Isabel Cristina Rocha que atua no 2º ano B, no período da tarde. 2.2. HISTÓRIA DA UNIDADE ESCOLAR 10 A primeira referência à existência de um Parque Infantil localizado na Vila Dona Rosa Zurita, bairro correspondente a localidade da EMEF Lions Clube, encontra-se em um documento datado de 1968. Na Lei Municipal nº 814, de 31 de dezembro de 1968, o então prefeito municipal Ivan Estevam Zurita destina a quantia de Ncr$ 10.000 (dez mil cruzeiros novos) para as “despesas de construção do P. I. Vila Dona Rosa Zurita”. Contudo, não é possível precisar se o “P. I. Vila Dona Rosa Zurita”, conforme descrito na Lei supracitada, corresponde exatamente a atual EMEF Lions Clube. Porém, acredita se tratar do embrião de nossa escola, na medida em que as coincidências de localidade e funcionalidade são significativas. Ou seja, trata-se de uma instituição escolar destinada ao ensino de crianças em período pré-escolar, a educação infantil, e alocada na mesma Vila Dona Rosa Zurita. Essas semelhanças os levaram a intuir que a gênese da EMEF Lions Clube remonta aos anos finais da década de sessenta. Outro documento de significativa importância encontrado ao longo da pesquisa a fim de reconstruirmos a história da EMEF Lions Clube, trata-se do documento de levantamento patrimonial da EMEF Lions Clube. Neste documento, consta a aquisição de uma Máquina de Costura datada de 1971, provavelmente um dos primeiros patrimônios adquiridos pela U.E. Investigando as plantas de construções e reformas, existentes na U.E, encontramos diversos registros que documentam as transformações estruturais sofridas pela mesma. Os documentos datam entre 1987 e 1992. Em um dos documentos, um manuscrito redigido pelo 9 então prefeito municipal Warley Colombini, solicita-se a “alteração de Convênio, referente a Reforma do Parque Infantil Lions Clube”. No documento citado, o Sr. Warley Colombini solicita, junto ao Diretor Superintendente Estadual da Legião Brasileira de Assistência, o Sr. Renato Requixa, o envio de recursos financeiros para a “reforma e ampliação” da U.E. Nesta “reforma e ampliação”, o prédio da EMEF Lions Clube foi significativamente reconfigurado, passando a atender a comunidade escolar com quatro salas de aula, três a mais, se comparado a estrutura física descrita em uma planta da Coordenadoria de Planejamento datada de julho de 1983, quando na administração do prefeito municipal Dr. Milton Severino. Sabe-se, ainda por meio da análise do manuscrito supracitado, que neste período – 1987 – o Parque Infantil Lions Clube era vinculado ao “Projeto Casulo”, projeto criado, em 1970, pela Legião Brasileira de Assistência, uma “iniciativa do Governo Federal que foi criada para prestar assistência à maternidade, à infância e à adolescência” (COSTA, 2011). Noutra planta, agora datada de 1992, constatou-se outra significativa alteração no prédio escolar. Nessa nova configuração, a U.E. passa a contar com cinco salas de aula, reflexo provável da urgência de aumentar a capacidade de atendimento à comunidade escolar. Com base nesses documentos, pode-se constatar também 11 que nalgum momento intercorrido entre 1968 e 1987 o Parque Infantil Vila Dona Rosa Zurita, antiga denominação da U.E, foi renomeado para Parque Infantil Lions Clube e, mais tarde, para Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Lions Clube. Nos dias atuais, a U.E. passa por processo de renomeação, na medida em que, sobretudo nos últimos anos, vem restringindo seu raio de atendimento ao primeiro ciclo da Educação Fundamental – do 1º ao 5º Ano. 2.3. ESPAÇOS OBESERVADOS 2.3.1. INFRAESTRUTURA A mesma conta com um laboratório de informática, biblioteca, uma quadra de esportes coberta, um pátio, sala de recursos para o atendimento de alunos com necessidades especiais a qual foi modificada para o acolhimento de alunos com sintomas de COVID-19 que possam vir a manifestar durante o horário escolar enquanto contatam o responsável. São utilizados materiais didáticos como os livros “Ler e Escrever” e “EMAI”, lousas digitais em todas as salas de aula, retroprojetores, computadores e TV. A escola conta com um número total de 32 funcionários, sendo divididos em: • 5 Serventes; • 1 Secretária; • 2 Inspetoras; • 1 Monitora; • 1 Assistente Social • 1 Diretora; • 1 Vice-Diretor; • 1 Coordenadora; • 16 Professores; • 3 Estagiárias. 12 TABELA 1 - Estrutura Física DESCRIÇÃO QUANTIDADE Almoxarifado para materiais de Educação Física 01 Assistência Social 01 Banheiro para Alunos com Acessibilidade Unissex 01 Banheiros administrativo/docente (M/F) 04 Banheiros para alunos (M/F) 02 Banheiros para funcionários (M/F) 01 Biblioteca 01 Camarim 01 Coordenação Pedagógica 01 Cozinha 01 Despensas para alimentação 01 Despensas para material de limpeza 01 Direção 01 Lavanderia 01 Palco 01 Pátio Coberto 01 Quadra Coberta 01 Refeitório 01 Sala de HTPI 01 Sala de Informática 01 Sala de Professores 01 Sala de Recursos 01 Salas de aula 06 Secretaria 01 Vice Direção 01 3- REFLEXIÇÃO SOBRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 3.1. OBSERVÇÃO A EMEF Lions Clube faz parte da rede municipal de ensino da cidade, localizada num bairro periférico da cidade de Araras, a comunidade é carente financeiramente e academicamente, grande parte dos alunos são beneficiados por programas do governo federale municipal. São crianças que, em sua maioria, advém de famílias carentes material e culturalmente, muitos moram com os avós, por carência financeira dos pais ou por que são estes os seus responsáveis legais, no entanto não há problemas com a assiduidade dos alunos e que 13 apesar das carências materiais e culturais, as famílias são participativas nas atividades da escola, relatou a coordenadora pedagógica. Sua comunidade é formada pelos seguintes bairros: Vila Dona Rosa Zurita, Parque Industrial, Vila São Jorge, XV de Agosto e Jardim Marabá, embora atenda, ainda, diversos alunos de diferentes regiões. Os bairros que compõe sua abrangência possuem ampla rede comercial. Nos arredores há supermercados, padarias, açougues, bares, oficinas mecânicas, farmácias e quitandas. Nas proximidades, está alocada também a E.E. Professora Yolanda Salles Cabianca, que atende a estudantes do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º Ano) e ao Ensino Médio (do 1º ao 3º Ano). A oportunidade de estagiar em uma escola municipal presencialmente proporcionou vivenciar o dia a dia dentro da instituição, compreendendo o trabalho do pedagogo em sala de aula, os desafios, principalmente devido a volta às aulas no contexto que estamos vivendo, pela Covid19. 3.2. OBSERVAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM SALA DE AULA 3.2.1. Calendário Ao dar início as atividades do dia o calendário geralmente é a primeira atividade desenvolvida. Sendo um dos primeiros contatos que a criança tem com números o calendário nos permite trabalhar diversas habilidades, dentre elas a leitura ao pedir aos alunos que leiam o nome do dia da semana, o nome do mês e a interpretação quando perguntado ao educando “que dia foi ontem? Hoje é? E amanhã será? ”, “O dia está ensolarado, nublado ou chuvoso? ”. Além de trabalhar simultaneamente com alguns conceitos matemáticos, enquanto nos permite a leitura e interpretação dos algarismos, também se pode trabalhar o conceito de antecessor e sucessor. IMAGEM 1 – Calendário da sala de aula 14 3.2.2. Cabeçalho Após a apresentação do calendário temos a escrita do cabeçalho, onde o aluno é instruído a escrever o nome da unidade escolar, o nome da cidade, o dia, mês e ano, e seu próprio nome. Alguns que ainda tem dificuldade com a escrita do próprio nome tem a possibilidade de recorrer ao crachá, confeccionado pela professora. Junto ao cabeçalho os alunos também são instruídos a escrever a “rotina do dia”, que contém todo o conteúdo programado para o dia. Tanto o cabeçalho quanto a rotina são escritas na lousa, muitos alunos da sala ainda são totalmente alfabetizados, mas para auxiliar no processo de alfabetização por vezes a professora propõe que eles falem as letras e silabas para que ela vá escrevendo, assim formando as palavras. Esse processo de troca com os educandos é muito importante, além do incentivo para a aprendizagem eles são instigados a falar e ouvir o som das silabas, o que ajuda no desenvolvimento da mesma. IMAGEM 2 – Cabeçalho 15 3.2.3. Livro Didático Sendo um dos recursos mais utilizados pelos professores da educação básica no Brasil, o livro didático é um recurso muito importante na preparação dos planos de aulas. O acesso ao livro didático é um direito do aluno da educação básica garantido por diversos dispositivos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), como cita MENEZES (2001): De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, fica garantido, como dever do Estado com a educação escolar pública, o atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar. Além de vários outros decretos, portarias e resoluções do Ministério da Educação (MEC). 16 Vale ressaltar a importância do uso do livro didático na produção e desenvolvimento do indivíduo como pensador e gerador de opiniões, a luz das informações disponíveis dentro exemplar. Corroborando a essa ideia Tagliani ressalte que: [...] é importante que se considere o papel do LD como 'instrumento que favoreça a aprendizagem do aluno, no sentido do domínio do conhecimento e no sentido da reflexão na direção do uso dos conhecimentos escolares para ampliar sua compreensão da realidade [...]' (TAGLIANI, 2011, p. 139). O uso do livro didático, na sala do 2º ano ao qual foi realizado o presente estágio, vem sendo trabalhado com os alunos em algumas aulas com mais frequência, como português, matemática e ciências. O livro didático é individual, foi entregue um exemplar de cada disciplina aos alunos no início do ano letivo. Por meio deste instrumento de aprendizagem a professora trabalha diversas habilidades com os alunos. Durante seu uso na aula pôde-se notar como os alunos gostam desse objeto de aprendizagem, posto que uma vez não havendo a necessidade de copiar as atividades no caderno eles praticam a leitura e a dinâmica da aula se torna leve. Dentro do contexto da sala em questão, a professora demonstrou que com um bom planejamento o uso do livro didático é muito eficaz no ensino aprendizagem, desde o tempo estipulado para cada atividade e o uso de diversos materiais de apoio. 3.2.4. Ditado (amostra de escrita) Essa atividade requer muita atenção e concentração do aluno, faz com que eles pensem, com que se deparem com conflitos cognitivos. É uma ferramenta muito utilizada para se avaliar o grau de ortografia do aluno. Além de auxiliar na fixação da ortografia e escrita. Durante a observação dessa atividade a professora disponibilizou um tempo para que eles pensassem com calma em cada palavra ditada. A princípio foram ditadas algumas palavras referente a objetos que se dispõe dentro sala de aula como: lousa, giz, cortina, apagador, professora. A cada palavra ditada a professora dispunha tempo suficiente para a escrita e em seguida uma frase foi ditada contendo algumas palavras do exercício: “A professora usa giz na lousa”. IMAGEM 3 – Ditado (amostra de escrita) 17 3.2.5. Parlenda e cantigas de rodas A música é muito importante no desenvolvimento cognitivo da criança, Winn (1975, p.32) diz que a música pode “estimular na criança a capacidade de percepção, sensibilidade, imaginação, criação bem como age como uma recreação educativa, socializando, disciplinando e desenvolvendo a sua atenção”. Além de valorizar e resgatar a cultura, corroborando a essa ideia de acordo com os documentos do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI): A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. (BRASIL, 1998, p. 45). Para trabalhar cantigas e parlendas com os alunos a professora primeiramente cantou com eles e logo depois entregou a cada aluno uma folha para que recortassem os versos da parlenda. Assim eles foram montando a parlenda no caderno, proporcionando a pratica da leitura. IMAGEM 4 – Atividade construção de parlenda 18 IMAGEM 5 – Atividade construção de parlenda 3.2.6. Ficha escalonada Com o objetivo de compor e decompor os números naturais (até 1000) a ficha escalonada é uma ferramenta de grande valor na aprendizagem. Dentro da BNCC podemos encontrar o seguinte a seguinte habilidade “ (EF02MA04) compor e decompor números naturais de até três ordens, com suporte de material manipulável, por meio de diferentes adições. ”, que embasa o uso de tal ferramenta. Composta por 9 fichas para cada casa decimal, unidades de 1 a 9; dezenas de 10 a 90; centena de 100 a 900. São de fácil manuseio para os alunos.A professora entregou um conjunto de fichas para cada aluno cada casa decimal foi impressa de uma cor diferente para fácil distinção. Várias atividades foram desenvolvidas, a primeira delas a professora foi falando alguns números e os alunos tinha que ir formando com 19 as fichas. Uma segunda atividade a professora falava pistas para que as crianças descobrissem qual era o número, exemplo: “é um número que vem depois do 97”, “é um número formado por 2 centenas, 7 dezenas e 3 unidades”. IMAGEM 6 – Ficha escalonada 3.3. PARTICIPAÇÃO DE ATIVIDADES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA E COM AUXÍLIO DO PROFESSOR DA SALA Dando-se início nos primeiros anos do ensino fundamental está a alfabetização e letramento. Dessa forma uma das atividades que tive o prazer de participar foi a leitura de parlendas e cantigas de rodas, a qual foi trabalhado com os alunos com o auxílio da professora. Ao pensarmos na aprendizagem vemos a importância da leitura para a produção de indivíduos com pensamentos críticos, a partir da leitura podemos descobrir um mundo novo de oportunidades infinitas, é por meio da leitura que adquirimos conhecimento e no utilizamos 20 desse conhecimento para entender o ainda desconhecido. O Plano Nacional do Livro e da Leitura afirma que: Ler é abrir janelas, destramelar portas, enxergar com outros olhares, estabelecer novas conexões, construir pontes que ligam o que somos com o que outros, tantos outros, imaginaram, pensaram, escreveram. Ler é fazer-nos expandidos. (BRASIL, 2006, p. 04) Vigotski ainda destaca que a criança deve: [...] sentir a necessidade de ler e escrever. [...] Isso significa que a escrita deve ter sentido para a criança, que deve ser provocada por necessidade natural, como uma tarefa vital que lhe seja imprescindível. Unicamente então estaremos seguros de que se desenvolverá na criança não como um hábito de suas mãos e dedos, mas como um tipo realmente novo e complexo de linguagem. (VIGOTSKI, 1995: 198). Dessa forma durante o estágio obrigatório pude trabalhar com a sala a questão da escrita e leitura, com o auxílio do professor pensamos em uma parlenda já conhecida pelos alunos. No primeiro momento cantamos junto com a sala para que ouvissem o som de cada palavra, parte muito importante na alfabetização. No segundo momento distribuiu-se um impresso da parlenda a cada aluno, o qual pedimos para que recortassem cada palavra e juntos fomos colocando em ordem na mesa para que fosse colada no caderno. No decorrer da atividade era chamado um aluno de cada vez para ler a palavra seguinte e dividir a sílaba contando com uma palma para cada sílaba. IMAGEM 7 – Atividade construção de parlenda com auxílio do professor 21 IMAGEM 8 – Atividade construção de parlenda com auxílio do professor 3.4. REGÊNCIA DE ATIVIDADES E OBSERVAÇÃO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM SALA DE AULA Com o rodizio de alunos a professora da sala em questão me permitiu praticar a regência da aula na turma B, onde pude aplicar a atividade de “amostra de escrita”. Utilizada para avaliar a evolução do processo de aprendizagem, ditando palavras do mesmo campo semântico. Na amostra realizada foi escolhido objetos da sala de aula como: apagador, giz, mesa, cortina. Após ter ditado as palavras aos alunos, também ditei uma frase com as palavras do próprio ditado – “A professora usa giz na lousa”. Com o auxílio da professora avaliamos cada amostra, e partir delas distinguimos o nível aproximado de escrita e leitura de cada aluno da turma. 22 A partir das amostras a professora me ajudou a identificar a diferença entre: Pré-silábico: onde a criança percebe que a escrita representa a fala, porém não estabelece vinculo, tem a intenção de escrever, mas apenas o indivíduo sabe o que escreveu. Se utiliza das letras do próprio nome e números na escrita das palavras. IMAGEM 9 – Amostra de escrita (pré-silábico) Nível Silábico: nesse nível a criança começa a perceber a conexão da fala com a escrita, já consegue fonetizar e dar valor sonoro as letras. E a partir das palavras ditadas geralmente escreve uma letra para cada sílaba: IMAGEM 10 – Amostra de escrita (silábico) 23 Nivel Silábico alfabético: nessa fase a criança já entende a representação da escrita pelo som da fala, a leitura sê da termo a termo e tambem já é possivel realizar combinações entre vogais e consoantes em uma palavra. IMAGEM 11 – Amostra de escrita (silábico alfabético) Nível Alfabético: entende a escrita possui uma função social, a criança tem a capacidade de produzir os fonemas adequadamente e não representa problemas de escrita do que se refere ao conceito. IMAGEM 12 – Amostra de escrita (alfabético) 4- CONCLUSÃO 24 Este ano de 2021 vem sendo um ano atípico para todos e principalmente para a comunidade pedagógica, como graduanda em pedagogia ao me inserir no contexto escolar através do estágio obrigatório, mesmo passando por uma pandemia, me proporcionou a interação com os alunos da rede pública de educação o que foi uma experiência extraordinária. A concedente foi muito receptiva e prestativa para a realização do referido projeto, as experiências obtidas foram de enorme importância para minha carreira profissional como futura profissional de pedagogia. A partir das observações para a realização deste relatório podemos estabelecer o comprometimento com a indissociabilidade entre teoria e prática, ao entender que parte do real e das condições do trabalho sob a luz de uma teoria que possibilita entender a realidade a qual os profissionais estão inseridos e em suas possibilidades. Com referências nessas experiências pude compreender o quão importante é o trabalho do professor e o tamanho da responsabilidade que se tem nas mãos ao ser responsável pela disseminação do saber. A importância também na tomada de decisões e estratégias para o ensino-aprendizagem. E como essas decisões afetam os educandos como futuros indivíduos e criadores de opiniões, que nos observam a todo tempo a procura de conhecimento. Deixo a frase de um dos grandes expoentes da educação brasileira, Paulo Freire onde se enfatiza a importância do educador na vida de cada aluno. “O educador se eterniza em cada ser que educa”. Paulo Freire 25 REFERÊNCIAS CASTRO.A.T.K.A; SALVA.S. Estágio como espaço de aprendizagem profissional da docência no curso de pedagogia. IX ANPED Sul-Seminário de Pesquisa em Educação da região Sul UFSM, 2012. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/532/437> Acesso em: 18 de out 2021; BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental, (1998). Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, v. 3; BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/matematica-no-ensino- fundamental-anos-iniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades>. Acesso em 20 de out 2021; _______. Ministério da Cultura e Ministério da Educação. Plano Nacional do Livro e Leitura. Brasil: Ministério de Cultura e Ministério de Educação, 2006. Disponível em: < http://www2.cultura.gov.br/upload/PNLL_1185372866.pdf > Acesso em: 20 de out 2021; FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1998; MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em <https://www.educabrasil.com.br/pnld-programa- nacional-do-livro-didatico/>. Acesso em 18 out 2021; TAGLIANI, D. C. O livro didático como instrumento mediador no processo de ensino aprendizagem de língua portuguesa: a produção de textos.RBLA, Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p. 139, 2011; UNIVESP. Projeto Pedagógico de Curso. São Paulo, 2018. Disponível em: <https://apps.univesp.br/manual- doaluno/assets/PPC/pedagogia/PPC_Pedagogia_2018%20%20REVISADO.pdf> Acesso em 18 out 2021; WINN, Marie. Como Educar Crianças Em Grupos: Técnicas Para Entreter Crianças. São Paulo: Ibrasa, 1975. 26 ANEXOS ANEXO A: Ficha de Presença - Estágio Curricular Obrigatório (Folha 1) 27 ANEXO B: Ficha de Presença - Estágio Curricular Obrigatório (Folha 2) 28 ANEXO C: Ficha de Presença - Estágio Curricular Obrigatório (Folha 3) 29 ANEXO D: Controle de Carga Horária CONTROLE DE CARGA HORÁRIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO Identificação: Nome do Estagiário: Débora Cristina da Silva Avelino de Souza RA UNIVESP: 1828152 Curso: 1. EST999 - Estágio Supervisionado para Licenciatura Em Pedagogia Polo: Araras/SP COMPONENTE: Estágio Supervisionado - Docência SEMESTRE/ANO Segundo Semestre 2021 INSTITUIÇÕES EM QUE REALIZOU O ESTÁGIO: CARGA HORÁRIA 1. EMEF Lions Clube 101h TOTAL DA CARGA HORÁRIA CUMPRIDA 101 horas Tabela de composição da carga horária para o Componente curricular “Estágio Supervisionado - Docência” Nº Composição da Carga Horária Carga horária prevista Observação 1 Identificação e visitas autorizadas da instituição (infraestrutura física, organização administrativa, relações com a comunidade e projeto pedagógico), para registro das dependências 10 Descrição compõe o Relatório Final https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_3253_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_3253_1 30 2 Leitura de projeto pedagógico e regulamentos 10 Registro faz parte do Relatório final 3 Entrevistas com representantes de todos os segmentos que compõem o coletivo da instituição 05 Registro faz parte do Relatório final 4 Participação em reuniões 05 Registro faz parte do Relatório final 5 Observação de práticas pedagógicas em sala de aula 30 Registro faz parte do Relatório final 6 Participação de atividades da Prática Pedagógica e com auxílio do professor da sala 20 Registro faz parte do Relatório final 7 Regência de atividades, respeitando a integridade do Projeto Político Pedagógico da Unidade Educativa e seus Planos de Ensino 10 Registro faz parte do Relatório final 8 Elaboração do Relatório Final de acordo com as orientações - 10 (horas) 10 Relacionar com as disciplinas cursadas Detalhar no relatório as atividades realizadas e a carga horária TOTAL DE CARGA HORÁRIA POR COMPONENTE* 100 horas