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Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Capítulo 2. Princípios Orçamentários 
 
2.18. Questões de concursos 
 
1. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) 
 
Questão bem-elaborada. É exatamente assim que deve ocorrer. O excesso de 
arrecadação, quando ocorrer, pode ser utilizado de duas formas para atender ao 
princípio do equilíbrio orçamentário: 
 
1. Utiliza-se para a abertura de créditos adicionais durante a execução do orçamento, ou 
seja, no mesmo exercício financeiro que ocorreu o excesso. Quando ocorre excesso de 
arrecadação, a receita arrecadada supera as despesas fixadas. 
2. O excesso de arrecadação ocorrido em um exercício, em tese, aumenta o superávit 
financeiro. Nesta situação, o superávit financeiro será utilizado no exercício financeiro 
subsequente como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais. 
 
Gabarito: Certo. 
 
2. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) 
 
O princípio da especificação ou especialização impõe a classificação e designação das 
rubricas orçamentárias que devem constar na LOA. 
 
Essa regra, opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem 
discriminação, bem como o início de programas ou projetos não incluídos na LOA e a 
realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI, da CF). 
 
Esse princípio está consagrado no § 1
o
 do art. 15 da Lei n
o
 4.320/1964, a seguir 
transcrito: 
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no 
mínimo por elementos. 
§ 1
o
. entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, 
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração 
Pública para consecução dos seus fins. 
A Constituição Federal estabelece de forma explicita que é vedada a concessão ou 
utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). Porém, não há na Constituição 
Federal de forma EXPLICITA, ou seja, expressamente vedando ou autorizando a 
especificação ou especialização das rubricas orçamentárias. 
 
Na realidade, o princípio da especialização está consagrado na doutrina e de forma 
implícita tanto na CF/1988 quanto na Lei n
o
 4.320/1964. 
 
Gabarito: Certo. 
 
3. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
 
O princípio da não afetação ou não vinculação da receita orçamentária de impostos não 
pode ser vinculada a órgãos ou fundos, ressalvados os casos permitidos pela própria 
Constituição Federal. 
 
O princípio da não afetação de receitas determina que na sua arrecadação, as receitas 
oriundas dos impostos não sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a 
fim de que estejam livres para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme 
as prioridades públicas. 
 
Previsão do princípio na CF/1988: 
 
Art. 67. São vedados: 
(...) 
a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a 
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 
159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para 
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2
o
, 212 
e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8
o
, bem como o disposto no § 4
o
 deste artigo (art. 167, 
inciso IV). 
 
As ressalvas a esse princípio, previstas na própria CF, são: 
 
Receitas de impostos que podem ser vinculadas, conforme a CF: 
 
Fundo de participação dos municípios – FPM (art. 159, inciso I, b). 
Fundo de participação dos estados - FPE (art. 159, inciso I, a). 
Recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde (art. 198, § 2
o
, incisos I, 
II e III). 
Recursos destinados para a manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental – 
Fundef (art. 212, parágrafos 1
o
, 2
o
 e 3
o
); 
Recursos destinados às atividades da administração tributária, (art. 37, XXII, da CF – 
EC n
o
 42/2003) 
Recursos destinados à prestação de garantia às operações de crédito por antecipação da 
receita – ARO, previsto no § 8
o
 do art. 165, da CF – art. 167, IV. 
Recursos destinados à prestação de contragarantia à União e para pagamento de débitos 
para com esta ( art. 167, § 4
o
, CF). 
Receita de tributos (impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria 
etc.) que podem ser vinculadas, conforme a legislação: 
Recursos destinados a programa de apoio à inclusão e promoção social, extensivos 
somente a Estados e ao Distrito Federal — até cinco décimos por cento de sua receita 
tributária líquida (art. 204, parágrafo único, EC n
o
 42/2003). 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Recursos destinados ao fundo estadual de fomento à cultura, para o financiamento de 
programas e projetos culturais, extensivos somente a estados e o Distrito Federal — até 
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 216, § 6
o
, CF – EC n
o
 
42/2003). 
Recursos destinados à seguridade social – contribuições sociais, art. 195, I, a, e II da 
CF. 
 
Gabarito: Certo. 
 
4. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) 
Pegadinha básica do Cespe! 
 
As exceções em matéria orçamentária, ou seja, de previsão de receitas e fixação da 
despesa que a CF/1988 autoriza suas inclusões na LOA são: 
 
1. Autorização para abertura de créditos suplementares. 
2. Contratação de operações de crédito — qualquer tipo de operação, incluindo: 
Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e 
aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores 
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras 
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; 
3. Contratação de operações de crédito por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Denomina-se tal operação de ARO (Antecipação de Receita Orçamentária). 
Observe a regra constitucional (art. 165, § 8
o
): 
“A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei”. 
 
Conclusão: A autorização para contratação de operações de crédito, não 
necessariamente deverá ser de antecipação da receita orçamentária. 
 
Gabarito: Errado. 
 
5. (Cespe – MPU – Analista de Orçamento – 2010) 
 
O princípio da exclusividade está consagrado no § 8
o
, do art. 165, da Constituição 
Federal, da seguinte forma: A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho 
à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Pela regra constitucional pode-se verificar que a lei orçamentária deve tratar, em 
princípio, de receitas e despesas. 
 
A Lei n
o
 4.320/1964 também consagra esse princípio e estabelece exceções ao prevê 
que: 
 
A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para abrir créditos 
suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do art. 43. 
 
Abaixo citaremos as matérias que podem ser inseridas na LOA e que não afetam o 
princípio da exclusividade: 
 
► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; 
► contratação de qualquer operação de crédito;► contratação de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO. 
 
Cuidado: Crédito adicional é o gênero e suas espécies são: suplementar, especial e 
extraordinário. A CF/1988 autoriza que seja incluída na LOA (autorização legislativa) 
somente a abertura da espécie de crédito adicional, o SUPLEMENTAR. 
 
Com este princípio evita-se as “caudas orçamentárias”, ou seja, a inclusão e aprovação 
de matéria estranha ao orçamento. 
 
Gabarito: Certo. 
 
6. (Cespe – MPU – Analista de Orçamento – 2010) 
 
O princípio da não afetação de receitas determina que na sua arrecadação, as oriundas 
dos impostos não sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a fim de que 
estejam livres para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as 
prioridades públicas. 
 
Previsão do princípio na CF/1988: 
 
Art. 67. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino 
e para realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2
o
, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8
o
, bem como o disposto no § 4
o
 deste 
artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n
o
 42, de 19.12.2003) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art167iv
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Analisando o texto acima pode-se verificar que a CF de 1988, restringiu a aplicação do 
princípio da não afetação ou não vinculação da receita aos impostos, observadas as 
ressalvas indicadas na Constituição. 
 
Porém, existe uma “pegadinha” no comando da questão! Na realidade, o comando da 
questão se refere ao princípio do equilíbrio orçamentário. A Lei Orçamentária Anual 
deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista contábil, entre os totais de receita e 
despesa. Assim, na LOA o montante das receitas deve ser igual ao das despesas. 
 
Gabarito: Errado. 
 
7. (Cespe – MPU – Analista de Orçamento – 2010) 
 
O princípio do orçamento bruto indica que as receitas e despesas devem ser 
demonstradas na LOA pelos seus valores totais, isto é, sem deduções ou compensações. 
 
Exemplo: Suponha-se que um estado da Federação arrecade, em média anual, R$ 2 
milhões de IPVA e transfere, em média, R$ 1 milhão aos municípios. Na sua proposta 
orçamentária deve ser apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos 
aos municípios. 
 
Da seguinte forma: 
Receitas 
IPVA 2.000.000,00 
Despesas 
Transferências de IPVA aos municípios 1.000.000,00 
Forma incorreta: 
Receitas 
IPVA 2.000.000,00 
( - ) Transferências aos municípios (1.000.000,00) 
Total 1.000.000,00 
 
Da forma apresentada com as deduções, na totalização das receitas haveria 1 milhão a 
menos. 
 
O princípio do orçamento bruto está previsto na parte final do art. 6
o
 da Lei n
o
 
4.320/1964. Esse artigo consagra dois princípios, a primeira parte se refere ao princípio 
da universalidade, e a segunda, o do orçamento bruto. 
 
O art. 6
o
 estabelece que todas as receitas e despesa constarão da lei de orçamento pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
 
Gabarito: Certo. 
 
8. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
O principio do equilíbrio até mesmo na aprovação da lei orçamentária e em cada 
exercício financeiro almeja-se que o montante da despesa não deve ultrapassar a receita 
prevista para o período. 
Para que não haja desequilíbrio acentuado nos gastos públicos. Uma das finalidades da 
adoção deste princípio é a tentativa de limitar os gastos públicos sem previsão de 
receitas, com a finalidade de se impedir o endividamento estatal. 
Uma proposta de lei orçamentária que apresenta entre as receitas de capital a rubrica, 
“operações de crédito”, significa que as receitas a serem arrecadadas dos tributos e da 
atividade estatal não serão suficientes para cobrir todas as despesas fixadas. Dessa 
forma, a doutrina entende que a proposta orçamentária é deficitária. 
 
A CF/1988 adotou uma postura bastante rígida quanto a este tema. Propôs o equilíbrio 
entre operações de crédito e as despesas de capital. O art. 167, inciso III, veda a 
realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital. 
 
Qual a mensagem transmitida com esse dispositivo? Claramente a de que o 
endividamento só pode ser admitido para a realização de investimento ou abatimento da 
dívida. Ou seja, deve-se evitar tomar dinheiro emprestado para gastar com despesa 
corrente, porém, pode pegar emprestado para cobrir despesa de capital (o déficit nesta 
situação é permitido). 
 
Esta é uma regra constitucional lógica e de grande importância para as finanças públicas 
do país, denomina-se Regra de Ouro, reforçada na Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF, art. 12, § 2
o
). “O montante previsto para as receitas de operações de crédito não 
poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei 
orçamentária.” Essa Regra também significa, por outro lado, que a receita corrente deve 
cobrir as despesas correntes (não pode haver déficit corrente). A Regra de Ouro vem 
sendo adequadamente cumprida nos últimos orçamentos da União. 
 
Gabarito: Certo 
 
9. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) 
 
O constituinte originário permitiu proibiu a inclusão na LOA de matérias estranhas ao 
orçamento e permitiu a inclusão de abertura de créditos suplementares, bem como 
operações de crédito, inclusive por antecipação da receita. 
 
A inclusão de tais matérias agiliza a execução do orçamento pelo Poder Executivo. 
 
Abaixo, citamos as matérias que podem ser inseridas na LOA e que não afetam o 
princípio da exclusividade: 
 
► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; 
► contratação de qualquer operação de crédito; 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
► contratação de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO. 
 
Gabarito: Errado. 
 
10. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) 
 
Legalmente, conforme previsto na Lei n
o
 4.320/1964, o orçamento no Brasil obedece ao 
princípio da anualidade, também denominado de periodicidade. 
 
Estabelece que o orçamento deva ter vigência limitada no tempo, um ano. Está 
explícito no art. 34 da Lei n
o
 4.320/1964, onde prevê que exercício financeiro deva 
coincidir com o ano civil. 
 
O período de um ano para a LOA também está previsto na Constituição Federal, em 
especial, onde se menciona o termo “anual”, (art. 166, § 3
o
, art. 165, §§ 5
o
 e 8
o
 c/c, o art. 
167, inciso I). 
 
Gabarito: Certo. 
 
11. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) 
 
Realmente, o patrimônio não é objeto de estudo exclusivo da contabilidade, outras 
ciências também são objeto da contabilidade, a exemplo da administração, economia, 
engenharia etc. 
 
Todas essas ciências observam a contabilidade, considerando tanto os aspectos 
quantitativos quanto os qualitativos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
12. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010) 
 
O princípio da discriminação ou especialização impõe a classificação e designação dos 
itens que devem constar na LOA. 
 
Essa regra, opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem 
discriminação, e ainda ao início de programas ou projetos não incluídos na LOA e à 
realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos 
orçamentáriosou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI da CF). 
 
Esse princípio também está consagrado no § 1
o
, do art. 15, da Lei n
o
 4.320/1964, a 
seguir transcrito: 
 
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no 
mínimo por elementos. 
§ 1
o
. entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, 
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Pública para consecução dos seus fins. 
 
A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao estabelecer que é 
vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). 
 
O que são valores globais? São valores incluídos na LOA sem especificação, ou seja, 
recursos sem destinação específica. 
 
Atenção: Na Lei Orçamentária Anual poderá conter determinada quantidade de 
recursos não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, 
programa ou categoria econômica. Essa regra constitui exceção ao princípio da 
especificação. 
 
Os recursos (dotação orçamentária) sem destinação específica, excepcionados pela CF, 
serão utilizados para abertura de créditos adicionais, destinados à realização de 
determinados gastos. 
 
Exceções ao princípio da especificação: 
 
A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-Lei n
o
 200/67 e no artigo 5
o
, 
inciso III da LRF. 
Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei n
o
 
4.320/1964. 
 
Estas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem ser inseridas na 
LOA. 
 
O princípio da especialização abrange tanto os aspectos qualitativo quanto os 
quantitativos dos créditos orçamentários, vedando, assim, a concessão de créditos 
ilimitados. 
 
Conclusão: O princípio da discriminação ou especialização NÃO trata da inserção de 
dotações globais na lei orçamentária, mas sim de sua vedação, “em tese”. 
 
Gabarito: Errado. 
 
13. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010) 
 
Perfeito! Questão bastante simples, sem “pegadinha”. É exatamente assim que está 
previsto na CF/1988. Esta lei maior permite abertura de crédito suplementar e a 
contratação de operações de crédito na própria LOA. São excepcionalidades em relação 
ao princípio da exclusividade. 
 
Gabarito: Certo. 
 
14. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010) 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Pegadinha! Realmente existem dois tipos de controle do planejamento: execução e 
avaliação do orçamento. Porém, o controle externo é da competência do Poder 
Legislativo. Assim, o controle externo no Brasil pertence ao Legislativo. 
 
Observe a regra constitucional: 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da direta e indireta, quanto à 
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante 
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será 
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual 
compete: 
 
O controle interno do Poder Executivo é exercido pela Controladoria-Geral da União – 
CGU. 
 
Nos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, cada um possui seu próprio 
controle interno. Pelo menos legalmente era para existir. Para fins de concurso, existe. 
 
Observe a obrigatoriedade na CF/1988: 
 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de 
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos 
e entidades da Administração Federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado; 
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União; 
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
Gabarito: Errado. 
 
15. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
Não se esqueça: O princípio da exclusividade está consagrado na Constituição Federal – 
CF/1988. 
 
Conforme o regramento constitucional, tal princípio (EXCLUSIVIDADE), a Lei 
Orçamentária Anual deve tratar, em tese, sobre a arrecadação de receitas (receitas 
previstas) e a execução de despesas (despesas fixadas). 
 
Porém, a própria CF/1988 estabeleceu três exceções. 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; 
► contratação de qualquer operação de crédito (“Compromisso financeiro assumido 
em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada 
de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e 
serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso 
de derivativos financeiros”); 
► contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – 
ARO. 
 
Atenção: Só a Constituição Federal pode estabelecer outras exceções; caso ocorra, deve 
ser por Emenda. 
 
Gabarito: Errado. 
 
16. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
O orçamento público se concretiza através da LOA. 
 
Conforme a metodologia orçamentária atualmente utilizada no Brasil — orçamento-
programa —, os instrumentos de planejamento da Administração Pública devem estar 
integrados entre si. Assim, a LOA, a LDO e o PPA devem ser colocados em prática de 
forma coordenada e integrada. 
 
A LDO é o instrumento que liga a LOA ao PPA. Já a LOA materializa o planejamento 
(PPA), ou seja, representa a execução ano a ano do PPA. 
 
É importante mencionar que os instrumentos de planejamento da Administração Pública 
são: PPA, LDO, LOA e os Planos e Programas Nacionais e Regionais. 
 
Gabarito: Certo. 
 
17. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
Questão bastante sutil. Cada ente da Federação (União, estados/DF e municípios) possui 
seu próprio instrumento de planejamento. Assim, o município “X”, por exemplo, terá 
seu PPA, LDO e LOA, aprovado pelo Legislativo local – Câmara de Vereadores. 
 
Mas, onde está o erro da questão? O comando da questão possui duas inconsistências: 
 
1. Conforme o princípio da autonomia federativa, os entes federados são autônomos, 
não confundindo com a autonomia financeira e orçamentária dos órgãos e Poderes de 
cada ente. Exemplo: O Ministério Público da União possui autonomia financeira e 
orçamentária, porém, não possui autonomia de ente federado. Este pode emitir seus 
próprios instrumentos de planejamento, elaborado pelo Executivo e aprovado pelo 
Legislativo. 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
2. Tendo em vista que compete à União estabelecer Normas Gerais de Direito 
Financeiro, os entes federados não têm AMPLA liberdade para elaborar seus 
orçamentos; devem seguir as regras da Lei n
o
 4.320/1964, bem como o modelo da 
União estabelecido pela CF/1988, especialmente quanto à matéria e forma. 
 
Gabarito: Errado. 
 
18. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
Perfeito! O princípio da exclusividade objetiva evitar a ocorrência das denominadas 
caudas orçamentárias. 
 
O que são “caudas orçamentárias”? Seria a inclusão de outras matérias na LOA. Essa 
situação era muito comum no passado, antes da CF/1988. Aproveitava-se a lei 
orçamentária para aumentar tributos, conceder reajustes etc. 
 
A atual regraconstitucional não mais permite tais práticas do passado. Autoriza apenas 
a abertura de crédito adicional suplementar, e a contratação, operação de crédito, ainda 
que por Antecipação de Receita Orçamentária. 
 
Gabarito: Certo. 
 
19. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
O princípio da UNIDADE informa que todas as receitas e despesas da Administração 
Pública (dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social) devem constar em apenas um “documento”, ou seja, numa única lei orçamentária 
dentro de cada ente da Federação. 
 
Quanto às receitas, este princípio correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa 
da União, posto que as disponibilidades de caixa da União devem ser acolhidas em um 
único caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 164, § 3
o
, da CF). 
 
Previsão legal do princípio: 
 
Art. 2
o
 da Lei n
o
 4.320/1964: “A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e 
despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de 
trabalho do governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e 
anualidade.” 
 
Modernamente, o princípio da unidade vem sendo denominado de princípio da 
totalidade, posto que a totalidade dos órgãos está inserida na mesma lei de orçamento e, 
ainda, com fundamento na consolidação, pela União, dos orçamentos dos diversos 
órgãos e Poderes de modo a permita ao governo e à sociedade, uma visão de conjunto 
das finanças públicas. 
 
A existência dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) nada tem a ver com 
exceção ao princípio orçamentário da unidade. 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
 
De maneira geral, não há exceções em relação ao princípio da unidade. 
 
Gabarito: Errado. 
 
20. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
Realmente, o ciclo orçamentário inicia-se com o planejamento das ações de governo, ou 
seja, antes da execução orçamentária. 
 
O ciclo ou processo orçamentário pode ser definido como uma série de procedimentos, 
contínuos, dinâmicos e flexíveis, por meio dos quais se elabora, aprova, executa, 
controla e avalia a execução orçamentária. 
 
O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as 
atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final 
(prestação de contas e avaliação de desvios em relação ao planejado). 
 
O ciclo orçamentário desenvolve-se basicamente nas sete etapas seguintes: 
 
 elaboração e revisão do PPA; 
 elaboração e revisão de outros planos; 
 elaboração do projeto da LDO; 
 elaboração do projeto de lei da LOA; 
 apreciação, aprovação, sanção e publicação da LOA; 
 execução; 
 controle e avaliação. 
 
Conforme se observa, o ciclo orçamentário ultrapassa um exercício financeiro, não se 
confundindo com este. 
 
O exercício financeiro no Brasil coincide com o ano civil, 1/1 a 31/12. 
 
Gabarito: Certo. 
 
21. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
O controle ou a avaliação da execução orçamentária podem ser realizados pelos 
seguintes órgãos: 
 
▪ Congresso Nacional. 
 
▪ Tribunal de Contas da União – TCU. 
 
▪ Controladoria geral da União – CGU. 
 
Observe as regras constitucionais: 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será 
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual 
compete: 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de 
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
(...) 
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres da União; 
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
Assim, quaisquer dos órgãos/Poder acima citados podem, durante a realização de 
auditorias ou fiscalizações, verificar o controle da execução orçamentária. 
 
Gabarito: Errado. 
 
22. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
Perfeito! Questão simples, dispensa até mesmo “esforço de memória”. 
 
O exercício financeiro no Brasil é legal, assim estabelece a Lei n
o
 4.320/1964: 
 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
 
Gabarito: Certo. 
 
23. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
 
O princípio que prevê a inclusão de todas as receitas e despesas na Lei Orçamentária 
Anual é o da UNIVERSALIDADE. 
 
O princípio da unidade indica que só existe uma lei orçamentária, ou seja, um único 
orçamento para atender a todos os órgãos e poderes. 
 
Gabarito: Errado. 
 
24. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) 
O princípio mencionado no comando da questão refere-se ao da isonomia. 
O art. 5
o
 da CF/1988 estabelece: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:” 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Exceções 
constitucionais: a própria Constituição, para garantir direitos fundamentais, prevê 
algumas formas de tratamento diferenciado, mas essas garantias não ferem o princípio 
da isonomia. 
 
Portanto, o princípio acima mencionado nada tem a ver com os princípios 
orçamentários. 
 
Gabarito: Errado. 
 
25. (Cespe – DPU – Contador – 2010) 
 
O § 1
o
, do art. 1
o
, da Resolução CFC/1993 estabelece que a observância dos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
 
Determina no seu § 2
o
 do art. 1
o
 que na aplicação dos princípios fundamentais de 
contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre 
seus aspectos formais. 
 
O que isso significa? 
 
Exemplo: Um contrato realizado pela entidade pode apresentar juridicamente a forma 
de arrendamento. Porém, analisando o fato, este evidencia, na prática, uma operação de 
compra e venda mediante financiamento. Assim, diante do conflito jurídico (forma do 
contrato) e da realidade do fato (essência), no qual representa um financiamento, a 
contabilidade registra este. 
 
Vamos analisar cada opção: 
 
a) O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do 
ATIVO e do maior para os do PASSIVO. Errado. 
b) Perfeito! Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações 
concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
Certo. 
 
c) A tempestividade obriga que os registros das variações qualitativas e quantitativas 
sejam realizados no momento em que ocorrerem, MESMO na hipótese de existir 
incerteza. Errado. 
d) Os princípios da atualização monetária e do registro pelo valor original SÃO 
compatíveis entre si. O valor original deve ser a base de cálculo para fins de atualização 
monetária. Errado. 
e) Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante da 
classe contábil. Errado. 
 
Gabarito: Letra b. 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
26. (Cespe – Sefaz-ES – Consultor do Executivo – Ciências Contábeis – 2010) 
 
O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade, e 
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio 
particular no universo dospatrimônios existentes, independentemente de pertencer a 
uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza 
ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o 
patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
 
O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou 
agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas 
numa unidade de natureza econômico-contábil. 
 
Analisando o texto acima e comparando com o comando da questão pode-se concluir 
que o registro contábil da operação descrita NÃO está de acordo com o princípio da 
entidade. 
 
O valor da compra do imóvel residencial deveria ter sido contabilizado como 
empréstimo a Pedro, porque o dinheiro pertencia à empresa e o imóvel fora adquirido 
para fins residenciais. 
 
Gabarito: Errado. 
 
27. (Cespe – Sefaz-ES – Consultor do Executivo – Ciências Contábeis – 2010) 
 
A entidade e a continuidade estão entre os princípios fundamentais de Contabilidade 
estabelecidos pela Resolução/CFC/93, porém, não existe o princípio da objetividade. 
Pegadinha!! 
 
Gabarito: Errado. 
 
28. (Cespe – Sefaz-ES – Consultor do Executivo – Ciências Contábeis – 2010) 
 
O princípio da atualização monetária estabelece que os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
São resultantes da adoção do princípio da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: 
1. A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa 
unidade constante em termos do poder aquisitivo. 
2. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais é 
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam 
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por 
consequência, o do patrimônio líquido. 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
3. A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão somente, o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de 
indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da 
moeda nacional em um dado período. 
 
Gabarito: Errado. 
 
29. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) 
 
Questão muito fácil. Cópia quase literal do art. 2
o
 da Lei n
o
 4.320/1964. Mudaram 
apenas duas palavras. Será falta de criatividade! 
 
Observe: 
Lei n
o
 4.320/1964: 
 
Art. 2
o
. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e 
despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o 
programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, 
universalidade e anualidade. 
 
Gabarito: Certo. 
 
30. (Cespe – AGU – Contador – 2010) 
 
Em princípio, a CF/1988 veda a vinculação da receita de IMPOSTOS a determinados 
gastos de órgão, fundo, despesa específica etc., exceto determinadas vinculações 
previstas na própria Constituição Federal, a exemplo da repartição do produto da 
arrecadação dos impostos (FPM, FPE etc.). 
 
Observe o texto da CF/1988: 
Art. 67. São vedados: 
(...) 
a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2
o
, 212 e 37, 
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8
o
, bem como o disposto 
no § 4
o
 deste artigo (art. 167, inciso IV). 
Também, não é verdade o que se afirma no comando da questão, a vinculação de receita 
a determinados gastos não tem a função de equilibrar o balanço financeiro. 
 
Gabarito: Errado. 
 
31. (Cespe – AGU – Contador – 2010) 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Cada Poder, órgão, Ministério Público, Tribunal de Contas etc. tem competência para 
elaborar sua proposta orçamentária e enviá-la ao Executivo – MPOG/SOF, para fins de 
consolidação e posterior encaminhamento ao Congresso Nacional. 
 
Da mesma forma, depois de aprovado o orçamento, cada Poder, órgão etc. executa sua 
dotação orçamentária aprovada pelo Legislativo. 
 
Cada Poder — Executivo, Legislativo, Judiciário, mais o Ministério Público e Tribunais 
de Contas — executa seus orçamentos de forma autônoma. Já os Ministérios do 
Executivo não o executam com autonomia, posto que o Chefe do Executivo pode 
realizar “cortes”, limitação de despesa, remanejamento etc. 
 
Conclusão: A competência de elaboração do orçamento anual NÃO é atribuída 
privativamente ao Poder Executivo. 
 
Todos os Poderes, Ministério Público, TCU etc. elaboram suas propostas orçamentárias. 
Conforme a CF, competência PRIVATIVA é para o Executivo ENVIAR a proposta 
orçamentária ao CN. 
 
Gabarito: Errado. 
 
Em um imóvel de propriedade de Pedro, está instalada, em uma cidade do interior, uma 
pequena loja de material elétrico, da qual são donos Pedro e seu primo Miguel. 
Necessitando comprar, na capital, materiais para venda na loja, Pedro sacou R$ 
5.000,00 da conta bancária da empresa. Efetuada a viagem e as compras, sobraram R$ 
1.500,00, que foram utilizados para realizar pequenos reparos no apartamento 
localizado no piso superior do imóvel da loja. 
 
32. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) 
 
De acordo com o princípio da confrontação da despesa (princípio da competência), o 
contador da loja deveria proceder da seguinte forma: 
 
Registrar R$ 3.500,00 gastos na viagem como despesa do estabelecimento e R$ 
1.500,00 como empréstimo a Pedro. 
 
Só assim o método das partidas dobradas (para todo débito deve haver igual crédito em 
uma ou mais contas) será atendido. 
 
Cabe observar que ao realizar gastos de R$ 1.500,00 com reparos no apartamento de 
Pedro o contador “feriu” o princípio da entidade, haja vista que deixou de segregar o 
patrimônio da entidade com os do sócio. 
 
Gabarito: Errado. 
 
33. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
Perfeito! Conforme comentado na resolução da questão anterior, ao registrar os R$ 
1.500,00 como despesa da empresa o contador “feriu” o princípio da entidade, haja vista 
que deixou de segregar o patrimônio da entidade com os do sócio. 
 
O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e 
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a 
uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza 
ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o 
patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição. 
 
O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE. A soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de 
natureza econômico-contábil. 
 
Assim, o patrimônio dos sócios não pode ser confundido com o da empresa. A retirada 
de recursos por um sócio-administrador para realizar despesas particulares, que não 
estejam conforme o objeto da empresa, deve ser registrada como empréstimo ao 
respectivo sócio. 
 
Gabarito: Certo. 
 
34. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) 
 
Todo o valor retirado deve ser registrado: R$ 3.500,00 como despesa daentidade e R$ 
1.500,00 a título de empréstimo ao sócio Pedro. 
 
Gabarito: Errado. 
 
35. (Esaf – CGU – AFC – 2008) 
 
a) O princípio da especificação ou especialização, também denominado discriminação 
da despesa, estabelece que a classificação e a designação dos gastos públicos devem 
constar na LOA no mínimo por elementos, sendo este (elementos), o desdobramento da 
despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a 
Administração Pública para consecução dos seus fins (art. 15, § 1
o
, Lei n
o
 4.320/1964). 
 
Portanto, essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, 
ilimitados e sem discriminação. 
 
Esse princípio foi consagrado na Constituição Federal, a qual veda a concessão ou 
utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). 
 
O que são os valores orçamentários globais? São valores incluídos na LOA sem 
especificação, ou seja, recursos sem destinação específica. Em princípio, na LOA não 
deve conter despesas não discriminadas, ou seja, para toda dotação orçamentária deve 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
haver a destinação ou finalidade do gasto com desdobramento por elementos, bem como 
ter seu valor fixado. 
 
Porém, essa regra admite exceções, a exemplo da reserva de contingência e dos 
investimentos em regime de execução especial, observe: 
 
Exceções ao princípio da especificação: 
A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-Lei n
o
 200/1967 e no art. 5
o
, 
inciso III da LRF. 
Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei n
o
 
4.320/1964 (investimento destinado a gastos especiais, a exemplo das despesas com 
serviços de inteligência e diplomacia). 
 
Essas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem ser inseridas na LOA 
sem desdobramento e sem destinação específica. 
 
Conclusão: O princípio da especificação não tem a função de estabelecer que a Lei 
Orçamentária Anual deva especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias 
de caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. O 
demonstrativo da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado 
deve ser evidenciado no Anexo de Metas Fiscais da LDO. Errado. 
 
b) O princípio da unidade ou totalidade estabelece que o orçamento deve ser uno, ou 
seja, no âmbito de cada UNIDADE DA FEDERAÇÃO deve existir um só orçamento 
para um exercício financeiro. Errado. 
 
c) “Em tese”, o princípio da não vinculação de receitas, que comporta exceções, é 
extensivo aos IMPOSTOS. Portanto a vinculação de taxas a fundos legalmente 
constituídos é compatível com o princípio da não afetação, definido na Constituição 
Federal. 
 
Observe a regra constitucional acerca do princípio da não afetação da receita: 
Art. 67. São vedados: 
(...) 
a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2
o
, 212 e 37, 
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8
o
, bem como o disposto 
no § 4
o
 deste artigo” (art. 167, inciso IV). 
 
Errado. 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
d) O princípio da exclusividade veda a inclusão na LOA de matéria não orçamentária. 
Em princípio, a lei orçamentária deve tratar apenas de previsão de receitas e fixação de 
despesas. Essa regra tem o condão de evitar as denominadas “caudas orçamentárias”, 
situação comum antes da CF/1988, ou seja, tratavam-se de matérias sem relação de 
pertinência com o orçamento, a exemplo da criação de tributos. 
 
Assim, na LOA não pode conter autorização para aumento da alíquota de contribuição 
social, mesmo respeitando-se o prazo de vigência previsto na Constituição. 
 
As únicas matérias que podem ser tratadas na LOA como exceções ao princípio da 
exclusividade são: 
► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; 
► contratação de qualquer operação de crédito; 
► contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – 
ARO. 
 
Certo. 
 
e) O princípio orçamentário do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o 
total das receitas seja igual ao total das despesas. Errado. 
75 
36. (Cespe – TCU – ACE – 2007) 
 
Essa questão está diretamente relacionada ao princípio da não afetação ou não 
vinculação da receita. 
 
Tal princípio possui regramento constitucional estabelecendo que a receita orçamentária 
de impostos não pode ser vinculada a órgãos ou fundos, ressalvados os casos 
permitidos pela própria Constituição Federal. 
 
O princípio da não afetação de receitas determina que, na sua arrecadação, as oriundas 
dos impostos não sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a fim de que 
estejam livres para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as 
prioridades públicas. 
 
O parágrafo único, do art. 8
o
, da LRF regulamentando a regra constitucional do art. 167 
da CF estabeleceu que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão 
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Portanto, os recursos legalmente vinculados à finalidade específica deverão ser 
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que em 
exercício financeiro diverso daquele em que efetivamente ocorreu o ingresso. 
 
Gabarito: Errado. 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
37. (Cespe – TCE-ES – Auditor – 2012) 
 
O texto original da CF/1988 mencionava impostos, porém, emendas posteriores 
autorizaram a vinculação de receitas de TRIBUTOS. 
 
Observe: 
 
Vinculação de receita de tributos (impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições 
de melhoria etc.): 
 
Recursos destinados a programa de apoio a inclusão e promoção social, extensivos 
somente a estados e ao Distrito Federal — até cinco décimos por cento de sua receita 
tributária líquida (art. 204, parágrafo único – EC n
o
 42/2003). Atenção: Esta regra é 
uma faculdade dos estados. Até cinco décimos por cento de sua receita tributária 
líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: a) despesas com pessoal 
e encargos sociais; b) serviço da dívida; c) qualquer outra despesa corrente não 
vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
Recursos destinados ao fundo estadual de fomento à cultura, para o financiamento de 
programas e projetos culturais, extensivos somente a estados e ao Distrito Federal — 
até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 216, § 6
o
, CF – EC 
n
o
 42/2003). 
Recursos destinados à seguridade social — contribuições sociais. Art.195, I, a, e II da 
CF. 
O gabarito oficial apresentado foi Certo, porém entendo que esta questão deveria ser 
Errada. 
 
38. (Cespe – MMA – Analista Ambiental – 2008) 
 
O princípio da DISCRIMINAÇÃO impõe a classificação e designação dos itens da 
despesa que devem constar na LOA. 
 
Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem 
discriminação. Veda-se, ainda, o início de programas ou projetos não incluídos na LOA 
e a realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI, da CF). 
 
Esse princípio também está consagrado no § 1
o
, do art. 15, da Lei n
o
 4.320/1964, a 
seguir transcrito: 
Art. 15. Na Lei de Orçamentoa discriminação da despesa far-se-á no 
mínimo por elementos. 
§ 1
o
. entende-se por elementos o desdobramento da despesa com 
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a 
Administração Pública para consecução dos seus fins. 
 
A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao vedar a concessão ou a 
utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
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 Série Provas e Concursos 
 
 
Valores globais são aqueles incluídos na LOA sem especificação, ou seja, recursos sem 
destinação específica. 
 
Atenção: Na Lei Orçamentária Anual poderá conter determinada quantidade de 
recursos não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, 
programa ou categoria econômica. Essa regra constitui exceção ao princípio da 
especificação. 
 
Os recursos (dotação orçamentária) sem destinação específica, excepcionados pela CF, 
serão utilizados para abertura de créditos adicionais, destinados à realização de 
determinados gastos. 
 
Poderíamos considerar como exceções ao princípio da especificação: 
A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-lei n
o
 200/1967 e no art. 5
o
, 
inciso III da LRF. 
Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei n
o
 
4.320/1964. 
 
Essas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem ser inseridas na 
LOA. 
 
O princípio da discriminação ou especialização abrange tanto os aspectos qualitativos 
quanto os quantitativos dos créditos orçamentários, vedando, assim, a concessão de 
créditos ilimitados. 
 
Conclusão: Cotejando o comando da questão com o que dissertamos acerca do 
princípio da discriminação pode-se perceber que a apuração e a divulgação dos dados da 
arrecadação líquida, sem a indicação das deduções previamente efetuadas a título de 
restituições, nada tem a ver com o princípio da discriminação, mas sim com o do 
orçamento bruto. 
 
Gabarito: Errado. 
 
39. (Cespe – TCU – ACE – 2007) 
 
O princípio do orçamento bruto estabelece que as receitas e despesas devem ser 
demonstradas na LOA pelos seus valores totais, isto é, sem deduções ou compensações. 
 
Gabarito: Errado. 
 
40. (Cespe – TCU – ACE – 2007) 
 
O princípio do equilíbrio orçamentário é doutrinário, ou seja, reconhecido pelos 
estudiosos do Direito Financeiro (contadores, economistas e juristas). 
 
Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição 
 Deusvaldo Carvalho 
 
 Série Provas e Concursos 
 
No Brasil não existe nenhuma norma legal que determine o equilíbrio entre receitas e 
despesas no planejamento orçamentário, ou seja, na previsão de receitas e na fixação 
das despesas. 
 
Entretanto, a doutrina reconhece que o Executivo deve encaminhar a proposta 
orçamentária ao Legislativo em equilíbrio (total das receitas igual ao total das despesas). 
Porém, esse equilíbrio é apenas didático, posto que o Legislativo pode alterar a proposta 
inicial e aprovar a LOA em desequilíbrio (receita prevista maior do que as despesas 
fixadas ou de forma diversa). 
 
Certamente na execução orçamentária de qualquer ente da Federação dificilmente 
ocorrerá equilíbrio, haja vista que a demanda por investimentos é relevante e geralmente 
as receitas são insuficientes. 
 
Gabarito: Errado. 
 
41. (Esaf – RFB – Analista Tributário – 2009) 
 
Princípio do equilíbrio: a Lei Orçamentária Anual deverá manter o equilíbrio, do 
ponto de vista contábil, entre os valores de receita e de despesa. Assim, na LOA o total 
das receitas deve ser igual ao das despesas. Isso não significa que ao final da gestão 
(exercício financeiro) os valores serão iguais — aliás, essa possibilidade é quase 
improvável. No final do exercício financeiro, as igualdades entre os valores ativo e 
passivo são evidenciadas nos demonstrativos contábeis. 
 
Princípio da unidade: esse princípio informa que todas as receitas e despesas da 
Administração Pública (dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social) devem estar contidas em apenas um “documento”, ou seja, numa lei 
orçamentária. Assim, cada ente da Federação (União, estados/DF e municípios) deve 
elaborar e aprovar uma única lei orçamentária. 
 
Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa da União, 
posto que as disponibilidades de caixa da União devem ser acolhidas em um único 
caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 164, § 3
o
, da CF). 
 
Assim, conforme o comando da questão, os princípios orçamentários do equilíbrio e da 
unidade são respeitados quando todas as despesas autorizadas no exercício não 
ultrapassam o valor das receitas estimadas e cada ente da Federação apresenta um único 
orçamento no exercício. 
 
Gabarito: Letra e. 
 
42. (FCC – TRF-11
a
 Região – Analista Judiciário Administrativo – 2012) 
 
O princípio constitucional da não afetação das receitas encontra-se regrado da seguinte 
forma: 
Art. 167. São vedados: 
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(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2
o
, 212 e 37, 
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8
o
, bem como o disposto 
no § 4
o
 deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n
o
 42, 
de 19/12/2003) 
 
De acordo com esta regra, ressalvadas as exceções constitucionais, a Administração 
Pública NÃO poderá vincular receitas públicas a determinadas despesas, órgãos ou 
fundos. Esta regra é imperativa aos entes federados (União, estados/DF e municípios). 
 
Gabarito: Letra a. 
 
43. (FCC – TRF-11
a
 Região – Analista Judiciário Administrativo – 2012) 
 
Em regra, a LOA deve especificar, detalhar, pormenorizar onde os recursos públicos 
serão aplicados. Esta regra é denominada pela doutrina de princípio da discriminação da 
despesa. 
 
Assim, o comando da questão trata especificamente do princípio orçamentário da 
discriminação da despesa. 
 
Gabarito: Letra c. 
 
44. (FCC – TRT-6
a
 Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012) 
 
Em regra, a lei de orçamento deve tratar de receitas e despesas, salvo exceções previstas 
na própria CF/1988. 
 
O § 8
o
, do art. 165, da CF/1988 estabelece: “A Lei Orçamentária Anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na 
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.” 
 
É importante observar as exceções: 
 
1. Autorização para abertura de créditos suplementares. 
2. Contratação de qualquer tipo de operações de crédito. 
3. Contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – 
ARO. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
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A lei acima referida é a 4.320/1964. Isto porque toda e qualquer contratação de 
operação de crédito, bem como a abertura de crédito suplementar, deve obedecer às 
regras legais. Atualmente, a LRF também trata da contratação de operação de crédito. 
 
Conclusão: Conforme mencionado no comando da questão, o princípio orçamentário 
da exclusividade foi desrespeitado, porque a Lei Orçamentária do referido município 
tratou de matéria estranha ao orçamento.Gabarito: Letra a. 
 
45. (FCC – TRE-CE – Analista Judiciário Contabilidade – 2012) 
 
Em uma rápida leitura no texto do comando da questão, observa-se que se trata do 
princípio orçamentário da OPORTUNIDADE. Veja a sua essência: 
 
Art. 6
o
. O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para 
produzir informações íntegras e tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e 
na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua 
relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a 
oportunidade e a confiabilidade da informação. (Resolução CFC n
o
 
1.282/2010) 
 
Para o setor público, o princípio da oportunidade é base indispensável à integridade e à 
fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o 
patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade 
aplicadas ao Setor Público. A integridade e a fidedignidade dizem respeito à 
necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente 
do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo 
atendimento da essência sobre a forma (Apêndice II à Resolução CFC n
o
 750/1993). 
 
É importante destacar que, para atender ao princípio da oportunidade, a contabilidade 
não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária, 
devendo registrar tempestivamente todos os fatos que promovam alteração no 
patrimônio. Essa situação é verificada em fatos que não decorrem de previsão e 
execução do orçamento, como, por exemplo, um incêndio ou outra catástrofe qualquer. 
 
Gabarito: Letra b. 
 
46. (FCC – TRF-1
a
 Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012) 
 
O princípio orçamentário da UNIDADE informa que todas as receitas e despesas da 
Administração Pública dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social devem estar contidas em apenas um só “documento”, denominado lei 
orçamentária. Assim, cada ente da Federação (União, estados/DF e municípios), 
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dentro de sua autonomia constitucional, deve elaborar e aprovar uma única lei 
orçamentária. 
 
Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa da União, 
posto que as disponibilidades de caixa da União devem ser acolhidas em um único 
caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 164, § 3
o
, da CF). 
 
Gabarito: Letra a. 
 
47. (FCC – TRF-2
a
 Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012) 
 
Na LOA deve-se especificar detalhadamente as dotações orçamentárias. Assim, a regra 
é não haver dotações globais, sem especificação. Desse modo, percebe-se que o 
comando da questão refere-se ao princípio orçamentário da ESPECIFICAÇÃO. A 
observação deste princípio possibilita a inibição de autorizações genéricas que deem ao 
Executivo demasiada flexibilidade e arbítrio na programação da despesa. Esse princípio 
impõe a classificação e a designação dos itens que devem constar na LOA. 
 
Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ou seja, créditos 
ilimitados e sem discriminação e, ainda, ao início de programas ou projetos não 
incluídos na LOA e à realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os 
créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI da CF). 
 
Esse princípio também está consagrado no § 1
o
, do art. 15, da Lei n
o
 4.320/1964, a 
seguir transcrito: 
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no 
mínimo por elementos. 
§ 1
o
. entende-se por elementos o desdobramento da despesa com 
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a 
Administração Pública para consecução dos seus fins. 
 
A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao estabelecer que é 
vedada a concessão ou a utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). 
 
Gabarito: Letra a. 
 
48. (FCC – TRF-5
a
 Região – Técnico Judiciário Administrativo – 2012) 
 
O princípio orçamentário que permite autorização na LOA para a abertura de créditos 
adicionais suplementares é o da EXCLUSIVIDADE. Este princípio limita o conteúdo 
da lei orçamentária, restringindo o legislador, impedindo que se incluam na LOA 
normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um 
processo legislativo mais rápido, especial. 
 
Porém, a CF/1988 estabelece exceções a este princípio. 
 
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 Deusvaldo Carvalho 
 
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Abaixo, citaremos as matérias que podem ser inseridas (autorizadas) na LOA e que não 
afetam o princípio da exclusividade: 
 
► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; 
► contratação de qualquer operação de crédito; 
► contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – 
ARO. 
 
Gabarito: Letra e. 
 
49. (FCC – MPEPE – Analista MINI. – Ciências Contábeis – 2012) 
 
a) A afirmação desta opção não se refere ao princípio da clareza, mas sim ao da 
universalidade. De acordo com o princípio da clareza, o orçamento deve ser expresso de 
forma clara, ordenada e completo. O seu entendimento, sempre que possível, deve ser 
acessível à sociedade e não só aos técnicos que o elaboram. 
 
Embora diga respeito ao caráter formal, esse princípio tem grande importância para 
tornar o orçamento um instrumento eficaz e eficiente de políticas públicas. Errado. 
 
b) A afirmação desta opção não refere-se ao princípio da exclusividade, mas sim o da 
publicidade. Errado. 
 
c) O comando desta opção está relacionado com o princípio do orçamento bruto. 
Errado. 
 
d) A afirmação desta opção diz respeito ao princípio orçamentário da não 
afetação/vinculação de receitas a órgãos, fundos, tipos de despesas etc. Errado. 
 
e) Perfeito! Trata-se de um princípio orçamentário clássico, de caráter formal, 
conhecido também como princípio da discriminação, segundo o qual a receita e a 
despesa públicas devem constar do orçamento com um razoável nível de especificação 
ou detalhamento. Certo. 
 
Gabarito: Letra e.

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