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Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Capítulo 2. Princípios Orçamentários 2.18. Questões de concursos 1. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) Questão bem-elaborada. É exatamente assim que deve ocorrer. O excesso de arrecadação, quando ocorrer, pode ser utilizado de duas formas para atender ao princípio do equilíbrio orçamentário: 1. Utiliza-se para a abertura de créditos adicionais durante a execução do orçamento, ou seja, no mesmo exercício financeiro que ocorreu o excesso. Quando ocorre excesso de arrecadação, a receita arrecadada supera as despesas fixadas. 2. O excesso de arrecadação ocorrido em um exercício, em tese, aumenta o superávit financeiro. Nesta situação, o superávit financeiro será utilizado no exercício financeiro subsequente como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais. Gabarito: Certo. 2. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) O princípio da especificação ou especialização impõe a classificação e designação das rubricas orçamentárias que devem constar na LOA. Essa regra, opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação, bem como o início de programas ou projetos não incluídos na LOA e a realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI, da CF). Esse princípio está consagrado no § 1 o do art. 15 da Lei n o 4.320/1964, a seguir transcrito: Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. § 1 o . entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Pública para consecução dos seus fins. A Constituição Federal estabelece de forma explicita que é vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). Porém, não há na Constituição Federal de forma EXPLICITA, ou seja, expressamente vedando ou autorizando a especificação ou especialização das rubricas orçamentárias. Na realidade, o princípio da especialização está consagrado na doutrina e de forma implícita tanto na CF/1988 quanto na Lei n o 4.320/1964. Gabarito: Certo. 3. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos O princípio da não afetação ou não vinculação da receita orçamentária de impostos não pode ser vinculada a órgãos ou fundos, ressalvados os casos permitidos pela própria Constituição Federal. O princípio da não afetação de receitas determina que na sua arrecadação, as receitas oriundas dos impostos não sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a fim de que estejam livres para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as prioridades públicas. Previsão do princípio na CF/1988: Art. 67. São vedados: (...) a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2 o , 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8 o , bem como o disposto no § 4 o deste artigo (art. 167, inciso IV). As ressalvas a esse princípio, previstas na própria CF, são: Receitas de impostos que podem ser vinculadas, conforme a CF: Fundo de participação dos municípios – FPM (art. 159, inciso I, b). Fundo de participação dos estados - FPE (art. 159, inciso I, a). Recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde (art. 198, § 2 o , incisos I, II e III). Recursos destinados para a manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental – Fundef (art. 212, parágrafos 1 o , 2 o e 3 o ); Recursos destinados às atividades da administração tributária, (art. 37, XXII, da CF – EC n o 42/2003) Recursos destinados à prestação de garantia às operações de crédito por antecipação da receita – ARO, previsto no § 8 o do art. 165, da CF – art. 167, IV. Recursos destinados à prestação de contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta ( art. 167, § 4 o , CF). Receita de tributos (impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria etc.) que podem ser vinculadas, conforme a legislação: Recursos destinados a programa de apoio à inclusão e promoção social, extensivos somente a Estados e ao Distrito Federal — até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 204, parágrafo único, EC n o 42/2003). Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Recursos destinados ao fundo estadual de fomento à cultura, para o financiamento de programas e projetos culturais, extensivos somente a estados e o Distrito Federal — até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 216, § 6 o , CF – EC n o 42/2003). Recursos destinados à seguridade social – contribuições sociais, art. 195, I, a, e II da CF. Gabarito: Certo. 4. (Cespe – MPU – Técnico de Controle Interno – 2010) Pegadinha básica do Cespe! As exceções em matéria orçamentária, ou seja, de previsão de receitas e fixação da despesa que a CF/1988 autoriza suas inclusões na LOA são: 1. Autorização para abertura de créditos suplementares. 2. Contratação de operações de crédito — qualquer tipo de operação, incluindo: Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; 3. Contratação de operações de crédito por antecipação de receita, nos termos da lei. Denomina-se tal operação de ARO (Antecipação de Receita Orçamentária). Observe a regra constitucional (art. 165, § 8 o ): “A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei”. Conclusão: A autorização para contratação de operações de crédito, não necessariamente deverá ser de antecipação da receita orçamentária. Gabarito: Errado. 5. (Cespe – MPU – Analista de Orçamento – 2010) O princípio da exclusividade está consagrado no § 8 o , do art. 165, da Constituição Federal, da seguinte forma: A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Pela regra constitucional pode-se verificar que a lei orçamentária deve tratar, em princípio, de receitas e despesas. A Lei n o 4.320/1964 também consagra esse princípio e estabelece exceções ao prevê que: A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do art. 43. Abaixo citaremos as matérias que podem ser inseridas na LOA e que não afetam o princípio da exclusividade: ► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; ► contratação de qualquer operação de crédito;► contratação de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO. Cuidado: Crédito adicional é o gênero e suas espécies são: suplementar, especial e extraordinário. A CF/1988 autoriza que seja incluída na LOA (autorização legislativa) somente a abertura da espécie de crédito adicional, o SUPLEMENTAR. Com este princípio evita-se as “caudas orçamentárias”, ou seja, a inclusão e aprovação de matéria estranha ao orçamento. Gabarito: Certo. 6. (Cespe – MPU – Analista de Orçamento – 2010) O princípio da não afetação de receitas determina que na sua arrecadação, as oriundas dos impostos não sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a fim de que estejam livres para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as prioridades públicas. Previsão do princípio na CF/1988: Art. 67. São vedados: (...) IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2 o , 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8 o , bem como o disposto no § 4 o deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 42, de 19.12.2003) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art167iv Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Analisando o texto acima pode-se verificar que a CF de 1988, restringiu a aplicação do princípio da não afetação ou não vinculação da receita aos impostos, observadas as ressalvas indicadas na Constituição. Porém, existe uma “pegadinha” no comando da questão! Na realidade, o comando da questão se refere ao princípio do equilíbrio orçamentário. A Lei Orçamentária Anual deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista contábil, entre os totais de receita e despesa. Assim, na LOA o montante das receitas deve ser igual ao das despesas. Gabarito: Errado. 7. (Cespe – MPU – Analista de Orçamento – 2010) O princípio do orçamento bruto indica que as receitas e despesas devem ser demonstradas na LOA pelos seus valores totais, isto é, sem deduções ou compensações. Exemplo: Suponha-se que um estado da Federação arrecade, em média anual, R$ 2 milhões de IPVA e transfere, em média, R$ 1 milhão aos municípios. Na sua proposta orçamentária deve ser apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos municípios. Da seguinte forma: Receitas IPVA 2.000.000,00 Despesas Transferências de IPVA aos municípios 1.000.000,00 Forma incorreta: Receitas IPVA 2.000.000,00 ( - ) Transferências aos municípios (1.000.000,00) Total 1.000.000,00 Da forma apresentada com as deduções, na totalização das receitas haveria 1 milhão a menos. O princípio do orçamento bruto está previsto na parte final do art. 6 o da Lei n o 4.320/1964. Esse artigo consagra dois princípios, a primeira parte se refere ao princípio da universalidade, e a segunda, o do orçamento bruto. O art. 6 o estabelece que todas as receitas e despesa constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Gabarito: Certo. 8. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos O principio do equilíbrio até mesmo na aprovação da lei orçamentária e em cada exercício financeiro almeja-se que o montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período. Para que não haja desequilíbrio acentuado nos gastos públicos. Uma das finalidades da adoção deste princípio é a tentativa de limitar os gastos públicos sem previsão de receitas, com a finalidade de se impedir o endividamento estatal. Uma proposta de lei orçamentária que apresenta entre as receitas de capital a rubrica, “operações de crédito”, significa que as receitas a serem arrecadadas dos tributos e da atividade estatal não serão suficientes para cobrir todas as despesas fixadas. Dessa forma, a doutrina entende que a proposta orçamentária é deficitária. A CF/1988 adotou uma postura bastante rígida quanto a este tema. Propôs o equilíbrio entre operações de crédito e as despesas de capital. O art. 167, inciso III, veda a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital. Qual a mensagem transmitida com esse dispositivo? Claramente a de que o endividamento só pode ser admitido para a realização de investimento ou abatimento da dívida. Ou seja, deve-se evitar tomar dinheiro emprestado para gastar com despesa corrente, porém, pode pegar emprestado para cobrir despesa de capital (o déficit nesta situação é permitido). Esta é uma regra constitucional lógica e de grande importância para as finanças públicas do país, denomina-se Regra de Ouro, reforçada na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, art. 12, § 2 o ). “O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.” Essa Regra também significa, por outro lado, que a receita corrente deve cobrir as despesas correntes (não pode haver déficit corrente). A Regra de Ouro vem sendo adequadamente cumprida nos últimos orçamentos da União. Gabarito: Certo 9. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) O constituinte originário permitiu proibiu a inclusão na LOA de matérias estranhas ao orçamento e permitiu a inclusão de abertura de créditos suplementares, bem como operações de crédito, inclusive por antecipação da receita. A inclusão de tais matérias agiliza a execução do orçamento pelo Poder Executivo. Abaixo, citamos as matérias que podem ser inseridas na LOA e que não afetam o princípio da exclusividade: ► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; ► contratação de qualquer operação de crédito; Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos ► contratação de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO. Gabarito: Errado. 10. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) Legalmente, conforme previsto na Lei n o 4.320/1964, o orçamento no Brasil obedece ao princípio da anualidade, também denominado de periodicidade. Estabelece que o orçamento deva ter vigência limitada no tempo, um ano. Está explícito no art. 34 da Lei n o 4.320/1964, onde prevê que exercício financeiro deva coincidir com o ano civil. O período de um ano para a LOA também está previsto na Constituição Federal, em especial, onde se menciona o termo “anual”, (art. 166, § 3 o , art. 165, §§ 5 o e 8 o c/c, o art. 167, inciso I). Gabarito: Certo. 11. (Cespe – MPU – Analista de Contábil/Perito – 2010) Realmente, o patrimônio não é objeto de estudo exclusivo da contabilidade, outras ciências também são objeto da contabilidade, a exemplo da administração, economia, engenharia etc. Todas essas ciências observam a contabilidade, considerando tanto os aspectos quantitativos quanto os qualitativos. Gabarito: Errado. 12. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010) O princípio da discriminação ou especialização impõe a classificação e designação dos itens que devem constar na LOA. Essa regra, opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação, e ainda ao início de programas ou projetos não incluídos na LOA e à realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos orçamentáriosou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI da CF). Esse princípio também está consagrado no § 1 o , do art. 15, da Lei n o 4.320/1964, a seguir transcrito: Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. § 1 o . entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Pública para consecução dos seus fins. A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao estabelecer que é vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). O que são valores globais? São valores incluídos na LOA sem especificação, ou seja, recursos sem destinação específica. Atenção: Na Lei Orçamentária Anual poderá conter determinada quantidade de recursos não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica. Essa regra constitui exceção ao princípio da especificação. Os recursos (dotação orçamentária) sem destinação específica, excepcionados pela CF, serão utilizados para abertura de créditos adicionais, destinados à realização de determinados gastos. Exceções ao princípio da especificação: A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-Lei n o 200/67 e no artigo 5 o , inciso III da LRF. Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei n o 4.320/1964. Estas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem ser inseridas na LOA. O princípio da especialização abrange tanto os aspectos qualitativo quanto os quantitativos dos créditos orçamentários, vedando, assim, a concessão de créditos ilimitados. Conclusão: O princípio da discriminação ou especialização NÃO trata da inserção de dotações globais na lei orçamentária, mas sim de sua vedação, “em tese”. Gabarito: Errado. 13. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010) Perfeito! Questão bastante simples, sem “pegadinha”. É exatamente assim que está previsto na CF/1988. Esta lei maior permite abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito na própria LOA. São excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade. Gabarito: Certo. 14. (Cespe – MPU – Analista de Controle Interno – 2010) Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Pegadinha! Realmente existem dois tipos de controle do planejamento: execução e avaliação do orçamento. Porém, o controle externo é da competência do Poder Legislativo. Assim, o controle externo no Brasil pertence ao Legislativo. Observe a regra constitucional: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: O controle interno do Poder Executivo é exercido pela Controladoria-Geral da União – CGU. Nos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, cada um possui seu próprio controle interno. Pelo menos legalmente era para existir. Para fins de concurso, existe. Observe a obrigatoriedade na CF/1988: Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Gabarito: Errado. 15. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) Não se esqueça: O princípio da exclusividade está consagrado na Constituição Federal – CF/1988. Conforme o regramento constitucional, tal princípio (EXCLUSIVIDADE), a Lei Orçamentária Anual deve tratar, em tese, sobre a arrecadação de receitas (receitas previstas) e a execução de despesas (despesas fixadas). Porém, a própria CF/1988 estabeleceu três exceções. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos ► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; ► contratação de qualquer operação de crédito (“Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros”); ► contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO. Atenção: Só a Constituição Federal pode estabelecer outras exceções; caso ocorra, deve ser por Emenda. Gabarito: Errado. 16. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) O orçamento público se concretiza através da LOA. Conforme a metodologia orçamentária atualmente utilizada no Brasil — orçamento- programa —, os instrumentos de planejamento da Administração Pública devem estar integrados entre si. Assim, a LOA, a LDO e o PPA devem ser colocados em prática de forma coordenada e integrada. A LDO é o instrumento que liga a LOA ao PPA. Já a LOA materializa o planejamento (PPA), ou seja, representa a execução ano a ano do PPA. É importante mencionar que os instrumentos de planejamento da Administração Pública são: PPA, LDO, LOA e os Planos e Programas Nacionais e Regionais. Gabarito: Certo. 17. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) Questão bastante sutil. Cada ente da Federação (União, estados/DF e municípios) possui seu próprio instrumento de planejamento. Assim, o município “X”, por exemplo, terá seu PPA, LDO e LOA, aprovado pelo Legislativo local – Câmara de Vereadores. Mas, onde está o erro da questão? O comando da questão possui duas inconsistências: 1. Conforme o princípio da autonomia federativa, os entes federados são autônomos, não confundindo com a autonomia financeira e orçamentária dos órgãos e Poderes de cada ente. Exemplo: O Ministério Público da União possui autonomia financeira e orçamentária, porém, não possui autonomia de ente federado. Este pode emitir seus próprios instrumentos de planejamento, elaborado pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos 2. Tendo em vista que compete à União estabelecer Normas Gerais de Direito Financeiro, os entes federados não têm AMPLA liberdade para elaborar seus orçamentos; devem seguir as regras da Lei n o 4.320/1964, bem como o modelo da União estabelecido pela CF/1988, especialmente quanto à matéria e forma. Gabarito: Errado. 18. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) Perfeito! O princípio da exclusividade objetiva evitar a ocorrência das denominadas caudas orçamentárias. O que são “caudas orçamentárias”? Seria a inclusão de outras matérias na LOA. Essa situação era muito comum no passado, antes da CF/1988. Aproveitava-se a lei orçamentária para aumentar tributos, conceder reajustes etc. A atual regraconstitucional não mais permite tais práticas do passado. Autoriza apenas a abertura de crédito adicional suplementar, e a contratação, operação de crédito, ainda que por Antecipação de Receita Orçamentária. Gabarito: Certo. 19. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) O princípio da UNIDADE informa que todas as receitas e despesas da Administração Pública (dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social) devem constar em apenas um “documento”, ou seja, numa única lei orçamentária dentro de cada ente da Federação. Quanto às receitas, este princípio correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa da União, posto que as disponibilidades de caixa da União devem ser acolhidas em um único caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 164, § 3 o , da CF). Previsão legal do princípio: Art. 2 o da Lei n o 4.320/1964: “A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade.” Modernamente, o princípio da unidade vem sendo denominado de princípio da totalidade, posto que a totalidade dos órgãos está inserida na mesma lei de orçamento e, ainda, com fundamento na consolidação, pela União, dos orçamentos dos diversos órgãos e Poderes de modo a permita ao governo e à sociedade, uma visão de conjunto das finanças públicas. A existência dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) nada tem a ver com exceção ao princípio orçamentário da unidade. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos De maneira geral, não há exceções em relação ao princípio da unidade. Gabarito: Errado. 20. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) Realmente, o ciclo orçamentário inicia-se com o planejamento das ações de governo, ou seja, antes da execução orçamentária. O ciclo ou processo orçamentário pode ser definido como uma série de procedimentos, contínuos, dinâmicos e flexíveis, por meio dos quais se elabora, aprova, executa, controla e avalia a execução orçamentária. O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final (prestação de contas e avaliação de desvios em relação ao planejado). O ciclo orçamentário desenvolve-se basicamente nas sete etapas seguintes: elaboração e revisão do PPA; elaboração e revisão de outros planos; elaboração do projeto da LDO; elaboração do projeto de lei da LOA; apreciação, aprovação, sanção e publicação da LOA; execução; controle e avaliação. Conforme se observa, o ciclo orçamentário ultrapassa um exercício financeiro, não se confundindo com este. O exercício financeiro no Brasil coincide com o ano civil, 1/1 a 31/12. Gabarito: Certo. 21. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) O controle ou a avaliação da execução orçamentária podem ser realizados pelos seguintes órgãos: ▪ Congresso Nacional. ▪ Tribunal de Contas da União – TCU. ▪ Controladoria geral da União – CGU. Observe as regras constitucionais: Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; (...) III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Assim, quaisquer dos órgãos/Poder acima citados podem, durante a realização de auditorias ou fiscalizações, verificar o controle da execução orçamentária. Gabarito: Errado. 22. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) Perfeito! Questão simples, dispensa até mesmo “esforço de memória”. O exercício financeiro no Brasil é legal, assim estabelece a Lei n o 4.320/1964: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. Gabarito: Certo. 23. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) O princípio que prevê a inclusão de todas as receitas e despesas na Lei Orçamentária Anual é o da UNIVERSALIDADE. O princípio da unidade indica que só existe uma lei orçamentária, ou seja, um único orçamento para atender a todos os órgãos e poderes. Gabarito: Errado. 24. (Cespe – MPU – Técnico de Orçamento – 2010) O princípio mencionado no comando da questão refere-se ao da isonomia. O art. 5 o da CF/1988 estabelece: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Exceções constitucionais: a própria Constituição, para garantir direitos fundamentais, prevê algumas formas de tratamento diferenciado, mas essas garantias não ferem o princípio da isonomia. Portanto, o princípio acima mencionado nada tem a ver com os princípios orçamentários. Gabarito: Errado. 25. (Cespe – DPU – Contador – 2010) O § 1 o , do art. 1 o , da Resolução CFC/1993 estabelece que a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Determina no seu § 2 o do art. 1 o que na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. O que isso significa? Exemplo: Um contrato realizado pela entidade pode apresentar juridicamente a forma de arrendamento. Porém, analisando o fato, este evidencia, na prática, uma operação de compra e venda mediante financiamento. Assim, diante do conflito jurídico (forma do contrato) e da realidade do fato (essência), no qual representa um financiamento, a contabilidade registra este. Vamos analisar cada opção: a) O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO. Errado. b) Perfeito! Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. Certo. c) A tempestividade obriga que os registros das variações qualitativas e quantitativas sejam realizados no momento em que ocorrerem, MESMO na hipótese de existir incerteza. Errado. d) Os princípios da atualização monetária e do registro pelo valor original SÃO compatíveis entre si. O valor original deve ser a base de cálculo para fins de atualização monetária. Errado. e) Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência da contabilidade, consoante o entendimento predominante da classe contábil. Errado. Gabarito: Letra b. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos 26. (Cespe – Sefaz-ES – Consultor do Executivo – Ciências Contábeis – 2010) O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade, e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dospatrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. Analisando o texto acima e comparando com o comando da questão pode-se concluir que o registro contábil da operação descrita NÃO está de acordo com o princípio da entidade. O valor da compra do imóvel residencial deveria ter sido contabilizado como empréstimo a Pedro, porque o dinheiro pertencia à empresa e o imóvel fora adquirido para fins residenciais. Gabarito: Errado. 27. (Cespe – Sefaz-ES – Consultor do Executivo – Ciências Contábeis – 2010) A entidade e a continuidade estão entre os princípios fundamentais de Contabilidade estabelecidos pela Resolução/CFC/93, porém, não existe o princípio da objetividade. Pegadinha!! Gabarito: Errado. 28. (Cespe – Sefaz-ES – Consultor do Executivo – Ciências Contábeis – 2010) O princípio da atualização monetária estabelece que os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. São resultantes da adoção do princípio da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: 1. A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo. 2. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do patrimônio líquido. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos 3. A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. Gabarito: Errado. 29. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) Questão muito fácil. Cópia quase literal do art. 2 o da Lei n o 4.320/1964. Mudaram apenas duas palavras. Será falta de criatividade! Observe: Lei n o 4.320/1964: Art. 2 o . A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Gabarito: Certo. 30. (Cespe – AGU – Contador – 2010) Em princípio, a CF/1988 veda a vinculação da receita de IMPOSTOS a determinados gastos de órgão, fundo, despesa específica etc., exceto determinadas vinculações previstas na própria Constituição Federal, a exemplo da repartição do produto da arrecadação dos impostos (FPM, FPE etc.). Observe o texto da CF/1988: Art. 67. São vedados: (...) a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2 o , 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8 o , bem como o disposto no § 4 o deste artigo (art. 167, inciso IV). Também, não é verdade o que se afirma no comando da questão, a vinculação de receita a determinados gastos não tem a função de equilibrar o balanço financeiro. Gabarito: Errado. 31. (Cespe – AGU – Contador – 2010) Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Cada Poder, órgão, Ministério Público, Tribunal de Contas etc. tem competência para elaborar sua proposta orçamentária e enviá-la ao Executivo – MPOG/SOF, para fins de consolidação e posterior encaminhamento ao Congresso Nacional. Da mesma forma, depois de aprovado o orçamento, cada Poder, órgão etc. executa sua dotação orçamentária aprovada pelo Legislativo. Cada Poder — Executivo, Legislativo, Judiciário, mais o Ministério Público e Tribunais de Contas — executa seus orçamentos de forma autônoma. Já os Ministérios do Executivo não o executam com autonomia, posto que o Chefe do Executivo pode realizar “cortes”, limitação de despesa, remanejamento etc. Conclusão: A competência de elaboração do orçamento anual NÃO é atribuída privativamente ao Poder Executivo. Todos os Poderes, Ministério Público, TCU etc. elaboram suas propostas orçamentárias. Conforme a CF, competência PRIVATIVA é para o Executivo ENVIAR a proposta orçamentária ao CN. Gabarito: Errado. Em um imóvel de propriedade de Pedro, está instalada, em uma cidade do interior, uma pequena loja de material elétrico, da qual são donos Pedro e seu primo Miguel. Necessitando comprar, na capital, materiais para venda na loja, Pedro sacou R$ 5.000,00 da conta bancária da empresa. Efetuada a viagem e as compras, sobraram R$ 1.500,00, que foram utilizados para realizar pequenos reparos no apartamento localizado no piso superior do imóvel da loja. 32. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) De acordo com o princípio da confrontação da despesa (princípio da competência), o contador da loja deveria proceder da seguinte forma: Registrar R$ 3.500,00 gastos na viagem como despesa do estabelecimento e R$ 1.500,00 como empréstimo a Pedro. Só assim o método das partidas dobradas (para todo débito deve haver igual crédito em uma ou mais contas) será atendido. Cabe observar que ao realizar gastos de R$ 1.500,00 com reparos no apartamento de Pedro o contador “feriu” o princípio da entidade, haja vista que deixou de segregar o patrimônio da entidade com os do sócio. Gabarito: Errado. 33. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Perfeito! Conforme comentado na resolução da questão anterior, ao registrar os R$ 1.500,00 como despesa da empresa o contador “feriu” o princípio da entidade, haja vista que deixou de segregar o patrimônio da entidade com os do sócio. O princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. Assim, o patrimônio dos sócios não pode ser confundido com o da empresa. A retirada de recursos por um sócio-administrador para realizar despesas particulares, que não estejam conforme o objeto da empresa, deve ser registrada como empréstimo ao respectivo sócio. Gabarito: Certo. 34. (Cespe – Aneel – Analista Administrativo – 2010) Todo o valor retirado deve ser registrado: R$ 3.500,00 como despesa daentidade e R$ 1.500,00 a título de empréstimo ao sócio Pedro. Gabarito: Errado. 35. (Esaf – CGU – AFC – 2008) a) O princípio da especificação ou especialização, também denominado discriminação da despesa, estabelece que a classificação e a designação dos gastos públicos devem constar na LOA no mínimo por elementos, sendo este (elementos), o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Pública para consecução dos seus fins (art. 15, § 1 o , Lei n o 4.320/1964). Portanto, essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação. Esse princípio foi consagrado na Constituição Federal, a qual veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). O que são os valores orçamentários globais? São valores incluídos na LOA sem especificação, ou seja, recursos sem destinação específica. Em princípio, na LOA não deve conter despesas não discriminadas, ou seja, para toda dotação orçamentária deve Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos haver a destinação ou finalidade do gasto com desdobramento por elementos, bem como ter seu valor fixado. Porém, essa regra admite exceções, a exemplo da reserva de contingência e dos investimentos em regime de execução especial, observe: Exceções ao princípio da especificação: A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-Lei n o 200/1967 e no art. 5 o , inciso III da LRF. Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei n o 4.320/1964 (investimento destinado a gastos especiais, a exemplo das despesas com serviços de inteligência e diplomacia). Essas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem ser inseridas na LOA sem desdobramento e sem destinação específica. Conclusão: O princípio da especificação não tem a função de estabelecer que a Lei Orçamentária Anual deva especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. O demonstrativo da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado deve ser evidenciado no Anexo de Metas Fiscais da LDO. Errado. b) O princípio da unidade ou totalidade estabelece que o orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada UNIDADE DA FEDERAÇÃO deve existir um só orçamento para um exercício financeiro. Errado. c) “Em tese”, o princípio da não vinculação de receitas, que comporta exceções, é extensivo aos IMPOSTOS. Portanto a vinculação de taxas a fundos legalmente constituídos é compatível com o princípio da não afetação, definido na Constituição Federal. Observe a regra constitucional acerca do princípio da não afetação da receita: Art. 67. São vedados: (...) a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2 o , 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8 o , bem como o disposto no § 4 o deste artigo” (art. 167, inciso IV). Errado. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos d) O princípio da exclusividade veda a inclusão na LOA de matéria não orçamentária. Em princípio, a lei orçamentária deve tratar apenas de previsão de receitas e fixação de despesas. Essa regra tem o condão de evitar as denominadas “caudas orçamentárias”, situação comum antes da CF/1988, ou seja, tratavam-se de matérias sem relação de pertinência com o orçamento, a exemplo da criação de tributos. Assim, na LOA não pode conter autorização para aumento da alíquota de contribuição social, mesmo respeitando-se o prazo de vigência previsto na Constituição. As únicas matérias que podem ser tratadas na LOA como exceções ao princípio da exclusividade são: ► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; ► contratação de qualquer operação de crédito; ► contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO. Certo. e) O princípio orçamentário do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o total das receitas seja igual ao total das despesas. Errado. 75 36. (Cespe – TCU – ACE – 2007) Essa questão está diretamente relacionada ao princípio da não afetação ou não vinculação da receita. Tal princípio possui regramento constitucional estabelecendo que a receita orçamentária de impostos não pode ser vinculada a órgãos ou fundos, ressalvados os casos permitidos pela própria Constituição Federal. O princípio da não afetação de receitas determina que, na sua arrecadação, as oriundas dos impostos não sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a fim de que estejam livres para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as prioridades públicas. O parágrafo único, do art. 8 o , da LRF regulamentando a regra constitucional do art. 167 da CF estabeleceu que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Portanto, os recursos legalmente vinculados à finalidade específica deverão ser utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que em exercício financeiro diverso daquele em que efetivamente ocorreu o ingresso. Gabarito: Errado. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos 37. (Cespe – TCE-ES – Auditor – 2012) O texto original da CF/1988 mencionava impostos, porém, emendas posteriores autorizaram a vinculação de receitas de TRIBUTOS. Observe: Vinculação de receita de tributos (impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria etc.): Recursos destinados a programa de apoio a inclusão e promoção social, extensivos somente a estados e ao Distrito Federal — até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 204, parágrafo único – EC n o 42/2003). Atenção: Esta regra é uma faculdade dos estados. Até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: a) despesas com pessoal e encargos sociais; b) serviço da dívida; c) qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. Recursos destinados ao fundo estadual de fomento à cultura, para o financiamento de programas e projetos culturais, extensivos somente a estados e ao Distrito Federal — até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida (art. 216, § 6 o , CF – EC n o 42/2003). Recursos destinados à seguridade social — contribuições sociais. Art.195, I, a, e II da CF. O gabarito oficial apresentado foi Certo, porém entendo que esta questão deveria ser Errada. 38. (Cespe – MMA – Analista Ambiental – 2008) O princípio da DISCRIMINAÇÃO impõe a classificação e designação dos itens da despesa que devem constar na LOA. Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem discriminação. Veda-se, ainda, o início de programas ou projetos não incluídos na LOA e a realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI, da CF). Esse princípio também está consagrado no § 1 o , do art. 15, da Lei n o 4.320/1964, a seguir transcrito: Art. 15. Na Lei de Orçamentoa discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. § 1 o . entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Pública para consecução dos seus fins. A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao vedar a concessão ou a utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Valores globais são aqueles incluídos na LOA sem especificação, ou seja, recursos sem destinação específica. Atenção: Na Lei Orçamentária Anual poderá conter determinada quantidade de recursos não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica. Essa regra constitui exceção ao princípio da especificação. Os recursos (dotação orçamentária) sem destinação específica, excepcionados pela CF, serão utilizados para abertura de créditos adicionais, destinados à realização de determinados gastos. Poderíamos considerar como exceções ao princípio da especificação: A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-lei n o 200/1967 e no art. 5 o , inciso III da LRF. Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da Lei n o 4.320/1964. Essas duas exceções são exemplos de dotações globais que podem ser inseridas na LOA. O princípio da discriminação ou especialização abrange tanto os aspectos qualitativos quanto os quantitativos dos créditos orçamentários, vedando, assim, a concessão de créditos ilimitados. Conclusão: Cotejando o comando da questão com o que dissertamos acerca do princípio da discriminação pode-se perceber que a apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação das deduções previamente efetuadas a título de restituições, nada tem a ver com o princípio da discriminação, mas sim com o do orçamento bruto. Gabarito: Errado. 39. (Cespe – TCU – ACE – 2007) O princípio do orçamento bruto estabelece que as receitas e despesas devem ser demonstradas na LOA pelos seus valores totais, isto é, sem deduções ou compensações. Gabarito: Errado. 40. (Cespe – TCU – ACE – 2007) O princípio do equilíbrio orçamentário é doutrinário, ou seja, reconhecido pelos estudiosos do Direito Financeiro (contadores, economistas e juristas). Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos No Brasil não existe nenhuma norma legal que determine o equilíbrio entre receitas e despesas no planejamento orçamentário, ou seja, na previsão de receitas e na fixação das despesas. Entretanto, a doutrina reconhece que o Executivo deve encaminhar a proposta orçamentária ao Legislativo em equilíbrio (total das receitas igual ao total das despesas). Porém, esse equilíbrio é apenas didático, posto que o Legislativo pode alterar a proposta inicial e aprovar a LOA em desequilíbrio (receita prevista maior do que as despesas fixadas ou de forma diversa). Certamente na execução orçamentária de qualquer ente da Federação dificilmente ocorrerá equilíbrio, haja vista que a demanda por investimentos é relevante e geralmente as receitas são insuficientes. Gabarito: Errado. 41. (Esaf – RFB – Analista Tributário – 2009) Princípio do equilíbrio: a Lei Orçamentária Anual deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista contábil, entre os valores de receita e de despesa. Assim, na LOA o total das receitas deve ser igual ao das despesas. Isso não significa que ao final da gestão (exercício financeiro) os valores serão iguais — aliás, essa possibilidade é quase improvável. No final do exercício financeiro, as igualdades entre os valores ativo e passivo são evidenciadas nos demonstrativos contábeis. Princípio da unidade: esse princípio informa que todas as receitas e despesas da Administração Pública (dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social) devem estar contidas em apenas um “documento”, ou seja, numa lei orçamentária. Assim, cada ente da Federação (União, estados/DF e municípios) deve elaborar e aprovar uma única lei orçamentária. Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa da União, posto que as disponibilidades de caixa da União devem ser acolhidas em um único caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 164, § 3 o , da CF). Assim, conforme o comando da questão, os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade são respeitados quando todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das receitas estimadas e cada ente da Federação apresenta um único orçamento no exercício. Gabarito: Letra e. 42. (FCC – TRF-11 a Região – Analista Judiciário Administrativo – 2012) O princípio constitucional da não afetação das receitas encontra-se regrado da seguinte forma: Art. 167. São vedados: Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos (...) IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2 o , 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8 o , bem como o disposto no § 4 o deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n o 42, de 19/12/2003) De acordo com esta regra, ressalvadas as exceções constitucionais, a Administração Pública NÃO poderá vincular receitas públicas a determinadas despesas, órgãos ou fundos. Esta regra é imperativa aos entes federados (União, estados/DF e municípios). Gabarito: Letra a. 43. (FCC – TRF-11 a Região – Analista Judiciário Administrativo – 2012) Em regra, a LOA deve especificar, detalhar, pormenorizar onde os recursos públicos serão aplicados. Esta regra é denominada pela doutrina de princípio da discriminação da despesa. Assim, o comando da questão trata especificamente do princípio orçamentário da discriminação da despesa. Gabarito: Letra c. 44. (FCC – TRT-6 a Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012) Em regra, a lei de orçamento deve tratar de receitas e despesas, salvo exceções previstas na própria CF/1988. O § 8 o , do art. 165, da CF/1988 estabelece: “A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.” É importante observar as exceções: 1. Autorização para abertura de créditos suplementares. 2. Contratação de qualquer tipo de operações de crédito. 3. Contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1 Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos A lei acima referida é a 4.320/1964. Isto porque toda e qualquer contratação de operação de crédito, bem como a abertura de crédito suplementar, deve obedecer às regras legais. Atualmente, a LRF também trata da contratação de operação de crédito. Conclusão: Conforme mencionado no comando da questão, o princípio orçamentário da exclusividade foi desrespeitado, porque a Lei Orçamentária do referido município tratou de matéria estranha ao orçamento.Gabarito: Letra a. 45. (FCC – TRE-CE – Analista Judiciário Contabilidade – 2012) Em uma rápida leitura no texto do comando da questão, observa-se que se trata do princípio orçamentário da OPORTUNIDADE. Veja a sua essência: Art. 6 o . O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Resolução CFC n o 1.282/2010) Para o setor público, o princípio da oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público. A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma (Apêndice II à Resolução CFC n o 750/1993). É importante destacar que, para atender ao princípio da oportunidade, a contabilidade não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes da execução orçamentária, devendo registrar tempestivamente todos os fatos que promovam alteração no patrimônio. Essa situação é verificada em fatos que não decorrem de previsão e execução do orçamento, como, por exemplo, um incêndio ou outra catástrofe qualquer. Gabarito: Letra b. 46. (FCC – TRF-1 a Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012) O princípio orçamentário da UNIDADE informa que todas as receitas e despesas da Administração Pública dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social devem estar contidas em apenas um só “documento”, denominado lei orçamentária. Assim, cada ente da Federação (União, estados/DF e municípios), Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos dentro de sua autonomia constitucional, deve elaborar e aprovar uma única lei orçamentária. Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa da União, posto que as disponibilidades de caixa da União devem ser acolhidas em um único caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 164, § 3 o , da CF). Gabarito: Letra a. 47. (FCC – TRF-2 a Região – Analista Judiciário – Contabilidade – 2012) Na LOA deve-se especificar detalhadamente as dotações orçamentárias. Assim, a regra é não haver dotações globais, sem especificação. Desse modo, percebe-se que o comando da questão refere-se ao princípio orçamentário da ESPECIFICAÇÃO. A observação deste princípio possibilita a inibição de autorizações genéricas que deem ao Executivo demasiada flexibilidade e arbítrio na programação da despesa. Esse princípio impõe a classificação e a designação dos itens que devem constar na LOA. Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ou seja, créditos ilimitados e sem discriminação e, ainda, ao início de programas ou projetos não incluídos na LOA e à realização de despesas ou assunção de obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, incisos I, II e VI da CF). Esse princípio também está consagrado no § 1 o , do art. 15, da Lei n o 4.320/1964, a seguir transcrito: Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. § 1 o . entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Pública para consecução dos seus fins. A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao estabelecer que é vedada a concessão ou a utilização de créditos ilimitados (art. 167, inciso VII). Gabarito: Letra a. 48. (FCC – TRF-5 a Região – Técnico Judiciário Administrativo – 2012) O princípio orçamentário que permite autorização na LOA para a abertura de créditos adicionais suplementares é o da EXCLUSIVIDADE. Este princípio limita o conteúdo da lei orçamentária, restringindo o legislador, impedindo que se incluam na LOA normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido, especial. Porém, a CF/1988 estabelece exceções a este princípio. Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Abaixo, citaremos as matérias que podem ser inseridas (autorizadas) na LOA e que não afetam o princípio da exclusividade: ► autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; ► contratação de qualquer operação de crédito; ► contratação de operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO. Gabarito: Letra e. 49. (FCC – MPEPE – Analista MINI. – Ciências Contábeis – 2012) a) A afirmação desta opção não se refere ao princípio da clareza, mas sim ao da universalidade. De acordo com o princípio da clareza, o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completo. O seu entendimento, sempre que possível, deve ser acessível à sociedade e não só aos técnicos que o elaboram. Embora diga respeito ao caráter formal, esse princípio tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficaz e eficiente de políticas públicas. Errado. b) A afirmação desta opção não refere-se ao princípio da exclusividade, mas sim o da publicidade. Errado. c) O comando desta opção está relacionado com o princípio do orçamento bruto. Errado. d) A afirmação desta opção diz respeito ao princípio orçamentário da não afetação/vinculação de receitas a órgãos, fundos, tipos de despesas etc. Errado. e) Perfeito! Trata-se de um princípio orçamentário clássico, de caráter formal, conhecido também como princípio da discriminação, segundo o qual a receita e a despesa públicas devem constar do orçamento com um razoável nível de especificação ou detalhamento. Certo. Gabarito: Letra e.