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Educação em 
Direitos Humanos: 
Igualdade, Equidade e Diversidade
Educação em 
Direitos Humanos: 
Igualdade, Equidade e Diversidade
ONU Mulheres Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=hGKAaVoDlSs
Eleonor Roosevelt
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento que delimita os direitos fundamentais do ser humano. Foi estabelecida em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), à época composta por 58 Estados-membros, entre eles o Brasil.
Marcados pelos horrores ocorridos na Segunda Guerra Mundial e com a intenção de construir um mundo sob novas bases ideológicas, os governantes de diversas nações propuseram a Declaração Universal do Direitos Humanos em 1948.
A finalidade do documento, além de marcar um novo caminho em oposição ao conflito, foi de promover a organização de princípios uniformes sobre a paz e a democracia, bem como o fortalecimento dos Direitos Humanos. 
E o que são os direitos humanos?
Os direitos humanos são normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres humanos. 
Os direitos humanos regem o modo como os seres humanos individualmente vivem em sociedade e entre si, bem como sua relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem em relação a eles.
A lei dos direitos humanos obriga os governos a fazerem algumas coisas e os impedem de fazer outras. 
Os indivíduos também têm responsabilidades: usufruindo dos seus direitos humanos, devem respeitar os direitos dos outros. 
Nenhum governo, grupo ou indivíduo tem o direito de fazer qualquer coisa que viole os direitos de outra pessoa.
Os 30 artigos da Declaração dos Direitos Humanos
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. trata da liberdade e da igualdade, que devem estender-se a todos os seres humanos.
Artigo II
1 – Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2 – Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. (todas as pessoas podem requerer para si os direitos apresentados no documento. Nenhuma discriminação, de qualquer origem, pode ser feita).
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (são apresentados os direitos mais fundamentais: à vida, à liberdade e à segurança pessoal).
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. (diz que ninguém pode ser mantido em regimes de escravidão ou servidão)
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. (diz que ninguém pode ser submetido à tortura, à crueldade ou a qualquer tipo de tratamento degradante).
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. (a personalidade jurídica (ou seja, o reconhecimento legal e jurídico de todos como cidadãos) deve ser reconhecida em todo e qualquer lugar.)
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, à igual proteção da lei. Todos têm direito à igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. (a lei deve ser igual para todos, deve proteger a todos, e o documento da declaração também vale para todos, não importando as diferenças)
Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. (toda pessoa pode recorrer ao sistema de justiça contra as violações da lei que as atingirem).
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. (proíbe as prisões, detenções ou exílios arbitrários, ou seja, que não foram resultados de um processo legal que comprove o ato como determinação de uma sentença judicial ou de algum tipo de medida judicial válida).
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.(todo mundo tem direito a um julgamento oficial, público, imparcial e justo).
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.htm
Educação em Direitos Humanos – 
o papel da escola
“(…) a escola pública é um locus privilegiado pois, por sua própria natureza, tende a promover um espírito mais igualitário, na medida em que os alunos, normalmente separados por barreiras de origem social, aí convivem. 
Na escola pública o diferente tende a ser mais visível e a vivência da igualdade, da tolerância e da solidariedade impõe-se com maior vigor. 
O objetivo maior desta educação na escola é fundamentar o espaço escolar como uma verdadeira esfera pública democrática”.
Cultura de Paz nas Escolas
Educação em Direitos Humanos – 
o papel da escola
Na resolução CNE/CP nº1/2012, que estabelece as diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, destaca-se que está tem como finalidade promover a educação para a mudança e a transformação social, fundamentada nos princípios da dignidade humana, igualdade de direitos, reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades, laicidade do Estado, democracia na educação, transversalidade, vivência, globalidade e sustentabilidade socioambiental
Em nossa sociedade, repleta de desigualdades e contradições, a Educação em Direitos Humanos é primordial para a construção de uma Cultura de Direitos Humanos e para uma Cultura de Paz. 
Nesse sentido, a abordagem em Direitos Humanos, deve relacionar-se à igualdade de direitos, à equidade de ações afirmativas, à valorização das diferenças e diversidades e aos respeito às identidades e interseccionalidades. Reconhecer a coexistência desses elementos é superar a visão tradicional e meritocrática instituída em uma sociedade pautada na desigualdade de condições e oportunidades.
Em 2019, 81% dos estudantes e 90% dos professores souberam de casos de violência em suas escolas estaduais no último ano. 
Ocorrências mais frequentes de violência nas escolas estaduais envolveram bullying, agressão verbal, agressão física e vandalismo.
Entre os estudantes, há mais casos de bullying, citados por 62% deles e, entre os professores, as ocorrências mais frequentes são de agressão verbal, citada por 83% dos docentes. 
"O bullying é o ponto de partida para diversas violências", disse a presidente do sindicato.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-12/violencia-contra-professores-e-alunos-cresce-na-rede-publica-paulista
     
Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que 54% dos professores já sofreram algum tipo de violência nas escolas. 
Em 2017, o percentual era 51% e, em 2014, 44%. 
Entre os estudantes, 37% declararam ter sofrido violência (em 2014 eram 38%, e 2017, 39%). 
CULTURA DE PAZ
precisa mais que ausência de guerra 
exige 
TRANSFORMAÇÃO CULTURAL
O cenário da VIOLÊNCIA não foi gerado por calamidades naturais ou pelo crescimento demográfico, mas por um repertório de valores que reduziram o humano à condição de
 - produtores e consumidores
Se o que estimula a violência tem uma dimensão cultural e estrutural, a resposta não pode ser pontual, mas demanda uma atuação sistêmica, que permita reverter padrões de conduta, tanto de indivíduos como de grupos e órgãos governamentais,tornando-os cooperativos, respeitosos e inclusivos
Violência direta:
É a que mais chama a atenção: atos violentos que ferem, mutilam e matam! Uma pessoa (ou várias) usa a força contra outra(as). 
A mídia destaca a violência ligada a roubos, assassinatos, brigas de família. E esconde tantas outras.. 
A violência direta é a forma mais extrema de agressão. 
Mas não a mais letal..
A violência que não se vê:
Violência institucional modelos de organização e práticas sociais que produzem e perpetuam modos de vida violentos.
Violência cultural:
Construções simbólicas coletivas que: - Consideram como naturais as enormes desigualdades, - Invertem as relações de causa-efeito, - Escondem as contradições sociais, - Aprovam a morte de jovens, negros e mulheres, porque “fizeram algo errado”.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”				 	
“Sonho com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que fomos feitos pra vivermos como irmãos” – 
Nelson Mandela, Nobel da Paz de 1993.
A verdadeira paz não é somente a ausência de tensão, 
é a presença de justiça” – 
Martin Luther King Jr., Nobel da Paz de 1964. 
https://www.youtube.com/watch?v=TwgGGzfrThY&t=119s
https://www.youtube.com/watch?v=m7KNn32-rgQ

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