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O ENSINO DA MATEMÁTICA EM MEIO A PANDEMIA DO COVID-19.
Resumo
A pandemia COVID-19 mudou a agenda da educação matemática. Essa mudança será analisada observando-se três tendências na educação matemática: o uso da tecnologia digital, a filosofia da educação matemática e a educação matemática crítica. A tecnologia digital tornou-se uma tendência na educação matemática em resposta à chegada de um tipo diferente de artefato à sala de aula de matemática. Ele ganhou destaque quando a pandemia mudou repentinamente as salas de aula online em todo o mundo. Desafios específicos da educação matemática neste contexto devem ser enfrentados. A ligação entre a pandemia COVID-19 e a tecnologia digital na educação também levanta questões epistemológicas destacadas pela filosofia da educação matemática e pela educação matemática crítica. Usando a noção de que a unidade básica de produção de conhecimento ao longo da história é humana com mídia, discuto como os humanos estão conectados ao vírus, como ele revelou a desigualdade social e como isso mudará as agendas dessas três tendências na matemática. Educação. Destaco a necessidade urgente de estudar como a educação matemática acontece online para crianças quando o ambiente doméstico e as desigualdades no acesso às tecnologias digitais assumem papéis tão significativos à medida que as aulas se movem online. Precisamos entender o papel político da agência de artefatos como o lar em coletivos de humanos-com-coisas-da-mídia e, finalmente, precisamos aprender como implementar currículos que abordem as desigualdades sociais. Esta discussão está entrelaçada com exemplos. como revelou a desigualdade social e como mudará as agendas dessas três tendências na educação matemática. Destaco a necessidade urgente de estudar como a educação matemática acontece online para crianças quando o ambiente doméstico e as desigualdades no acesso às tecnologias digitais assumem papéis tão significativos à medida que as aulas se movem online. Precisamos entender o papel político da agência de artefatos como o lar em coletivos de humanos-com-coisas-da-mídia e, finalmente, precisamos aprender como implementar currículos que abordem as desigualdades sociais.
INTRODUÇÃO
A pandemia COVID-19, causada pelo novo coronavírus (SarsCov2), chegou ao Brasil em março de 2020, aprofundando crises já existentes em diversas áreas, e não foi diferente com a educação. Em nome da segurança sanitária e da preservação de vidas, escolas, a exemplo de estabelecimentos de diversas naturezas, foram impedidas de funcionar e a modalidade presencial deu lugar à um conjunto de práticas, em caráter emergencial, que fazem uso das tecnologias digitais de comunicação e informação (TDICs) com o objetivo de viabilizar a continuidade das atividades escolares diante da necessidade do isolamento social. Com isto, grandes desafios já existentes no ensino parecem ter se tornado ainda maiores: Engelbretch, Llinares e Borba (2020) afirmam que “[...] é necessário repensar todo o modelo educacional e remodelá-lo para que seja mais centrado no estudante” (p. 825, tradução nossa), e estas mudanças hão de ser feitas num ambiente que para muitos pode não ser familiar ou acessível, tanto por falta de recursos tecnológicos adequados como dispositivos, softwares, link de internet, quanto por falta de conhecimento sobre estes recursos e ferramentas. Nesse contexto de escolas fechadas e trabalhos remotos, questionamentos sobre ano letivo de 2020 tornaram-se algo recorrente. Instituições privadas, em geral, parecem ter dado uma resposta imediata a esses questionamentos, migrando para a modalidade remota/online de maneira súbita, impressionante e sem precedentes (HODGES, MOORE et al., 2020), disponibilizando atividades para seus estudantes, para que se justificasse a não suspensão do pagamento de mensalidades. 
Nas instituições públicas, por outro lado, tentativas de atividades de ensino e aprendizagem remota passam a esbarrar numa questão fundamental: o caráter universal da educação básica (BRASIL, 1988), o que levou alguns estados e municípios a recorrerem aos mais diversos tipos de práticas, conforme apontam Santana e Salles (2020). De qualquer forma, seja na rede de ensino pública ou na rede de ensino privada, estudantes devem acabar encontrando algum tipo de dificuldade, desde a falta de um contato mais direto com professores e colegas, passando pela dificuldade natural trazida pela transição de modalidade de ensino (presencial para remota), até a impossibilidade de acessar os recursos e atividades, seja pela falta de dispositivos ou de conexão à internet que sejam adequadas a tais demandas. 
Salles e Santana (2020) discutem que 
Essas práticas acabam por desvelar desafios e tensões que os segmentos já vinham enfrentando. A pandemia é amplificadora dessas crises, tornando-as maiores e mais complexas e, ao mesmo tempo, denunciantes. Na área da educação, com o clamor pela apresentação de soluções imediatas para o desenvolvimento das ações educacionais formais em tempos de pandemia, estratégias alternativas foram ocupando espaço nas rotinas pedagógicas das escolas que precisavam acelerar para o século XXI no que diz respeito à infraestrutura física e tecnológica, mas, em sua grande maioria, permanecem nos séculos passados na dimensão pedagógica centrada na transmissão de conteúdo. (SANTANA, SALES, 2020, p. 77).
Entre a escola fechada e as dificuldades enfrentadas pelos estudantes está o professor, que precisa lidar, além das próprias questões, com as dificuldades dos estudantes, cobranças de responsáveis, exigências de equipes diretoras, enquanto buscam adequar-se à nova realidade. Isso pode significar montar uma estrutura mínima em casa (talvez com recursos próprios) e buscar ferramentas e recursos que permitam uma interação (que pareça) adequada, manter contato com estudantes e pais (por vezes fora do horário de trabalho), fatores que apresentam como alguns dos novos desafios que estes profissionais precisam enfrentar, o que pode levá-los a trabalhar muito mais em tempos de ensino remoto, se comparado ao ensino presencial. 
Considerando que ensinar matemática já nos apresenta uma série de desafios quando se trata do ensino presencial, o que acontece com a rotina do docente quando, em caráter emergencial, o planejamento vigente (pensado para o ensino presencial) é desafiado a adequar-se a uma realidade emergencial.
A necessidade de agir diante de um problema é perfeitamente compreensível e por essa razão, “[...] os professores precisaram transpor conteúdos e adaptar suas aulas presenciais para plataformas online com o emprego das Tecnologias Digitais da Informação (TDIC), sem preparação para isso, ou com preparação superficial, também em caráter emergencial.” (RONDINI, PEDRO, DUARTE, 2020, p. 43). Essa transposição de prática pode acabar por tornar o processo mais demorado em comparação com a modalidade presencial, fazendo com que o tempo dedicado às atividades escolares por parte do professor aumente consideravelmente. Mas seria razoável contar com a simples transposição de um modelo que precisa ser inteiramente repensado e remodelado de maneira a centrar-se mais no estudante (ENGELBRECHT, LLINARES, BORBA, 2020) para a modalidade remota, fazendo pequenas adequações na abordagem por meio do uso de recursos adicionais e materiais suplementares (GRAHAM, 2006).
A pandemia do coronavírus (COVID-19) causou uma transformação emergencial do ensino tradicional para o ensino a distância em todos os níveis de ensino, o que é denominado ensino remoto emergencial. Durante a pandemia os professores tiveram que adaptar suas técnicas de ensino típicas para aulas que agora às vezes acontecem online, os professores estão eliminando os padrões de aprendizagem, abandonando os testes de obtenção de respostas e voltando-se para jogos e aplicativos de matemática para complementar o ensino. Eles também estão pedindo apoio aos pais e encontrando maneiras de envolver os alunos nas telas, incluindo aulas sobre como matemática e justiça social se cruzam. Neste encontroonline, os leitores poderão fazer suas perguntas sobre como o COVID-19 afetou o desempenho, a instrução, a avaliação e o envolvimento em matemática.
A aprendizagem baseada em problemas, quando ensinada pessoalmente, é enérgica, envolvente e social. No entanto, o ensino da aprendizagem baseada em problemas na pandemia requer novas abordagens, quer se esteja ensinando de forma síncrona, assíncrona ou talvez até mesmo uma mistura de ambos, para aprender e discutir como o ensino de matemática baseada em problemas ainda pode ser enérgico, envolvente e social, independentemente da configuração de sua classe neste ano letivo.
Em uma situação normal, a educação online cria flexibilidade para aprender e ensinar a qualquer hora e em qualquer lugar. No entanto, a pandemia COVID-19 levou a uma transição de emergência do ensino tradicional para o ensino à distância em todos os níveis de educação, chamado ensino remoto de emergência (BIEDA et al., 2020), o ensino à distância de emergência foi formado em resposta à pandemia, a situação era diferente do método tradicional bem planejado para o aprendizado online, pois era inesperado e sem precedentes para professores, alunos e pais. As escolas particulares também implementaram suas próprias soluções no processo, muitas escolas particulares apoiavam os alunos com aulas ao vivo, independentemente dos níveis de classe.
O objetivo do estudo é compreender a atual situação de ensino à distância de emergência no Brasil e as experiências dos alunos com o ensino à distância durante a pandemia COVID-19. 
A metodologia usada trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram realizadas buscas nas bases eletrônicas Scielo, Lilacs, BVS e MedLine, publicados entre 2011 e 2021. Resultou-se que o ensino à distância de emergência requer circunstâncias diferentes das condições usuais, uma vez que não estávamos preparados em termos de infraestrutura técnica, desenvolvimento profissional e conjunto de habilidades, a falta de preparo das escolas, alunos e seus pais é a principal dificuldade na educação a distância realizada durante a pandemia. 
DESAFIOS DE ENSINAR MATEMÁTICA EM MEIO A PANDEMIA.
Se presencialmente já é difícil dar conta dos problemas e desafios que o processo de ensino aprendizagem apresenta, o ensino remoto acaba, em certa medida, agravando estes problemas (RONDINI, PEDRO, DUARTE, 2020) o que pode acabar deixando estes professores ainda mais aflitos. Assim sendo, replicar as práticas presenciais, além de trabalhoso, pode ser ineficaz e mentalmente desgastante. E quando se trata de avaliações, tudo se complica ainda mais. É bem verdade que, em um momento como este, todos acabam prejudicados e que não seria diferente com os professores que, em tempos normais, já são invisibilizados e desvalorizados. A consequência disso, durante a pandemia, é uma maior demanda acompanhada também de uma cobrança ainda maior, conforme exposto por Santana e Sales (2020, p. 88), “[...] a pandemia da COVID-19 evidencia as fragilidades da educação e, ao mesmo tempo, expõe indicativos de transformação necessária nos modos de ensinar e aprender no século XXI”.
Com a Pandemia COVID-19, surge a necessidade de se ensinar remotamente e isso naturalmente impacta a rotina do professor: se por um lado não há a necessidade de se locomover até a escola, por outro o trabalho deve ser todo feito de um lugar que talvez não ofereça a mesma estrutura e recursos que o local de trabalho. Então, investigar a rotina profissional do professor que ensina matemática durante a pandemia, passa por levantar as condições gerais de trabalho como espaço físico, tempo dedicado ao trabalho, ferramentas e recursos disponíveis, metodologias utilizadas para planejar e executar atividades e como tem organizado conteúdos e avaliações.
Pela primeira vez na história mundial, todos os alunos foram obrigados a fazer todas as suas aulas online e todos os professores foram obrigados a ensinar online. No entanto, a aprendizagem online bem planejada é um processo complexo onde o design e o desenvolvimento instrucionais cuidadosos são necessários para criar um ambiente de aprendizagem eficaz, o ensino remoto de emergência é uma solução de ensino temporária para um problema emergente. 
O objetivo principal nessas circunstâncias não é recriar um ecossistema educacional robusto, mas sim “fornecer acesso temporário à instrução e suporte educacional de uma maneira que seja rápida de configurar e esteja disponível de forma confiável durante uma emergência ou crise” (DANTAS, 2020). Assim, os cursos que são ministrados nesse tipo de situação não devem ser considerados soluções de longo prazo. 
Uma distinção deve ser feita entre esses dois termos como "o grau em que os educadores acreditam em educação a distância hoje em dia terá um papel significativo na prosperidade da educação a distância em um mundo pós COVID" (SILVA, 2021). Além disso, o ensino à distância de emergência nesta situação particular criou uma obrigação para os alunos, enquanto o ensino à distância bem planejado cria um ambiente de aprendizagem flexível e alternativo (SILVA, 2021 ).
A mudança do conceito de aprendizagem online para o ensino à distância de emergência trouxe novos desafios e oportunidades a nível social e tecnológico, que influenciaram a saúde física e mental das crianças. De acordo com a teoria do construtivismo social, a aprendizagem ocorre em um contexto social com as interações dos indivíduos por participação ativa, andaimes e troca de conhecimento (Vygotsky, 1978). 
Embora os ambientes da escola e da sala de aula sejam lugares importantes para os alunos terem experiências sociais, os lares das crianças tornaram-se o novo ambiente educacional sem interações sociais físicas com seus professores e colegas. O isolamento social e a falta de interatividade têm sido considerados uma grande deficiência do ensino remoto de emergência, uma vez que a tecnologia se tornou o único canal das crianças para interagir com professores e colegas (DANTAS, 2020).
Além dos desafios de nível social, pais e filhos foram influenciados também no nível tecnológico. Pais e alunos que estão acostumados com a educação presencial, que não possuem equipamentos tecnológicos, conhecimentos e habilidades, têm dificuldade em acompanhar as aulas ministradas na educação a distância. Em ambientes de aprendizagem virtual, o apoio dos pais tem contribuições significativas para a aprendizagem dos alunos, os desafios que afetam o envolvimento dos pais em ambientes de aprendizagem virtuais incluem a falta de acesso à tecnologia, baixa autoeficácia em relação à tecnologia e falta de interesse pelo uso de tecnologia (BAIRRAL et al., 2019 ).
Com a pandemia COVID-19, as crianças tiveram que se desconectar socialmente de seus colegas e professores. Apoiar as necessidades sociais e emocionais das crianças durante esta situação tornou-se importante. De acordo com os resultados do estudo, constatou-se que algumas escolas levaram isso em consideração e apoiaram as necessidades sociais e emocionais de seus alunos durante a pandemia. 
Embora a literatura sugira que o envolvimento dos pais é um fator importante para a aprendizagem dos alunos, os estudos sobre o envolvimento dos pais na aprendizagem das crianças enfocam principalmente os ambientes escolares tradicionais (SILVA, 2010 ). Considerando a falta de presença física dos professores e o tempo gasto pelos alunos com seus pais durante a aprendizagem virtual, a participação dos pais no processo de aprendizagem é especialmente importante para o desempenho dos alunos (SILVA, 2010 ).
Conexões com isolamento social e falta de interação podem ter efeitos prejudiciais na saúde física e mental das crianças durante a propagação do vírus. Os efeitos negativos incluem impactos psicológicos, como durações mais longas de quarentena, medo de infecção, frustração e tédio, suprimentos inadequados, informações inadequadas, perda financeira e estigma (SILVA, 2020 ). Além desses efeitos psicológicos negativos, o fechamento da escola e o afastamento da escola, os colegas e osprofessores influenciam a saúde das crianças. Isso inclui a falta de interação com colegas, amigos, colegas e professores (FELCHER et al., 2020) A este respeito, as escolas em todos os níveis têm um papel crítico, “não apenas na entrega de materiais educacionais às crianças, mas em oferecer uma oportunidade para os alunos interagirem com os professores e obterem aconselhamento psicológico” (SOARES et al., 2020 , p. 395).
Durante o ensino a distância emergencial, os pais podem ser considerados um dos mais importantes atores da educação a distância, pois são os únicos que acompanham fisicamente os filhos. Uma vez que os lares infantis se tornaram o novo ambiente de aprendizagem durante a pandemia, os pais influenciam a aprendizagem de seus filhos fornecendo tecnologias digitais, ambiente de aprendizagem e aprendendo como apoiar seus filhos. Esta nova situação colocou uma grande carga sobre os cuidadores e pais, embora poucas pesquisas tenham sido conduzidas para entender as opiniões dos pais durante esse tipo de experiência de aprendizagem, as perspectivas e experiências dos pais de ensino remoto de emergência podem influenciar a qualidade e a quantidade do aprendizado online no futuro. 
Quando a pandemia COVID-19 acabar, o sistema educacional não deve se esquecer das experiências que ganhamos durante o ensino à distância de emergência. É provável que surjam circunstâncias semelhantes (desastres) no futuro e espera-se que o fechamento de escolas implemente o ensino à distância de emergência. Assim, é importante agora avaliar nossas experiências para estarmos melhor preparados para as necessidades futuras de realização do ensino a distância de emergência (TOLENTINO et al., 2020 ). Em tal situação emergente, o sistema geralmente não leva em consideração os sentimentos dos alunos e pais. No entanto, todas essas mudanças emergenciais no sistema educacional têm feito com que os pais se preocupem com a educação, a saúde física e mental de seus filhos (SOARES et al., 2020 ). Dada a possibilidade de futuramente se depararem com situações semelhantes, a visão dos pais é importante para orientar e contribuir com o processo.
A interrupção da educação nas escolas tornou a rápida transição para a educação à distância mais importante, tem trazido vários problemas para os pais, como a falta de infraestrutura e habilidades relacionadas à educação dos filhos, nessa situação emergente, a maioria dos alunos precisava da orientação de seus pais. Dada a possibilidade de futuramente se depararem com situações semelhantes, a visão dos pais é importante para orientar e contribuir com o processo. Uma vez que tudo isso é levado em consideração, com a pandemia COVID-19, o ensino à distância se tornou inevitável e a educação à distância pode se tornar uma parte importante de nossas vidas no futuro, para apoiar pais e filhos a usar melhor a tecnologia e a educação à distância e investigar o uso apropriado da tecnologia em casa e nas escolas são necessários estudos de pesquisa empírica. Esses tipos de estudos e educação dos pais mudariam as crenças dos pais em relação à tecnologia e à educação online.
A matemática, muitas vezes considerada uma disciplina estritamente racional, pode desempenhar um importante papel emocional e psicológico em tempos de incerteza, dando aos alunos ferramentas produtivas para combater o medo e a desinformação.
O que está acontecendo é uma catástrofe, mas também é um momento para compartilhar matemática rica e ensinar sobre os conceitos de cálculo - a matemática da mudança. Para os jovens, pode ser uma forma de motivar a aprendizagem da matemática, afirma ZORZAN (2020),
 “Onde ensinar sobre crescimento exponencial pode deixá-los coçando a cabeça na sala de aula, agora podemos mostrar que esses modelos estão sendo usados ​​em hospitais para calcular coisas como: de quantos ventiladores, ou de quantas camas de hospital, eles vão precisar? 
Agora que os alunos ao redor do mundo estão lutando com as realidades da vida durante uma pandemia, há ampla oportunidade para os professores incorporarem os eventos atuais em aulas e fornecerem oportunidades - especialmente para crianças em idade escolar de ensino fundamental e médio para debate e pensamento crítico, eles podem abrir a porta para os alunos experimentarem empatia, autorreflexão e até mesmo crescimento pessoal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se considerarmos uma tendência como um esforço para encontrar respostas para uma determinada questão, o COVID-19 tem impulsionado a agenda da tendência da tecnologia digital na educação matemática. Com a necessidade do isolamento social, tornou-se necessário oferecer educação aos filhos e alunos de graduação em casa. Na maior parte do mundo, o primeiro semestre da educação em 2020 foi suspenso ou ficou online. Muitos estão agora discutindo diferentes tipos de educação híbrida, já que as condições de saúde permitem que alunos e professores voltem às escolas e universidades. Mas embora tenhamos muitas pesquisas sobre a implementação da educação online na educação de graduação.
A tecnologia digital é agora um tema de preocupação (ou pesquisa) para todos. A amplificação da severidade da desigualdade sob a pandemia não pode ser ignorada e a ascensão do escritório em casa, associada à educação em casa, o confinamento e o bloqueio podem ajudar muitos a pensar sobre questões filosóficas relacionadas ao papel do “lugar” no conhecimento / aprendizagem e noções como humanos com a mídia.
Em suma, apesar de no ano de 2020 termos convivido com uma pandemia, o que fez com que professores, alunos e demais profissionais da educação tivessem que fazer suas tarefas de casa e não mais na escola, tais atividades, organizadas pelos docentes com a participação de responsáveis e demais integrantes da comunidade escolar, auxiliaram a mitigar as dificuldades enfrentadas por todos.
Nesse sentido, novas estratégias foram desenvolvidas, especialmente com a utilização de ferramentas tecnológicas, as quais permitem uma maior interação entre aluno e professor e facilitam a elaboração de aulas na modalidade remota. Dia a dia, é possível conferir as superações vividas por toda a rede escolar e a importância do uso dessas tecnologias para o ensino. Muitas dessas ferramentas eram desconhecidas para muitas pessoas no início de pandemia, mas, com o passar do tempo, tornaram-se fortes aliadas para o processo de ensino e aprendizagem remotos.
Sendo assim, para que o professor possa trazer a disciplina que leciona para tal realidade, existe a necessidade deste profissional de ensino valer-se de ferramentas que o auxiliem neste processo árduo. A utilização de quadro e pilot, por exemplo, é uma das técnicas mais utilizadas nas salas de aula. Contudo, as novas tecnologias aparecem como uma alternativa útil para auxiliar alunos e professores no ensino da Matemática.
REFERÊNCIAS 
BAIRRAL, M. A. A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA em ambientes virtuais. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA (ENEM), 10., 2010, Salvador. Anais... Salvador: SBEM-DNE, 2010. p. 1-9.
BIEDA, K., GOING, T., KURSAV, M. Inscrições de envolvimento disciplinar produtivo em salas de aula de matemática aprimoradas com tecnologia. Artigo aceito para a conferência 2020 American Education Research Association, San Francisco, CA. 2020
BRASIL. Lei nº 14.040, de 18 de agosto de 2020. Estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública. Brasília, 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14040.htm. Acesso em: 10 ago. 2021.
BECKMAN, K., BENNETT, S., & LOCKYER. Reprodução e transformação da prática de tecnologia dos alunos: A história de dois casos distintos de alunos do ensino médio.  Revista de Tecnologia Educacional. 2019 
 https://doi.org/10.1111/bjet.12736 Acesso 05/06/2021.
BOZKURT, A. SHARMA, R.C. Ensino remoto de emergência em um momento de crise global devido à pandemia do Corona Vírus.  Revista de Educação a Distância, 2020. https://doi.org/10.5281/zenodo.3778083 Acesso 05/06/2021.
BROOKS, S.K, WEBSTER, R.K, SMITH,L.E, WOODLAND, L., WESSELY, S., GREENBERG, N., & RUBIN, G.J. O impacto psicológico da quarentena e como reduzi-lo: Revisão rápida das evidências. O Lanceta.2020. 
https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30460-8 . Acesso: 06/08/2021.
DANTAS, Sergio. MDC geométrico. Geômetra. Disponível em: https://www.geogebra.org/m/WKGKjJzZ Acesso em: 30 ago. 2021.
FELCHER, C. D. O.; PINTO, A. C. M.; ALVES, R. DA S. Os desafios do uso do QR code encontrados por professores no ensino remoto. Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico (Educitec), v. 6, e151020, 2020.
GRAHAM, C. R. Sistemas de aprendizagem misturados: Definição, tendências atuais e direções futuras. In: BONK, C. J.; GRAHAM, C. R. (Ed.), O manual de aprendizagem combinada: Perspectivas globais, San Francisco: Pfeiffer, 2006, p. 3–21
HODGES, C.; MOORE, S.; LOCKEE, B.; TRUST, T.; BOND, A. A diferença entre ensino remoto de emergência e aprendizagem online. CRÍTICA EDUCAUSE. 27 mar. 2020. Disponível em: https://er.educause.edu/articles/2020/3/the-difference-betweenemergency-remoteteaching-and-online-learning 2020. Acesso em: 08 ago. 2021.
RONDINI, C. A.; PEDRO, K. M.; DUARTE, C. S. Pandemia do covid-19 e o ensino remoto emergencial: mudanças na práxis docente. Interfaces Científicas - Educação, Aracaju, v. 10, n. 1, p. 41-57, set. 2020
SILVA, N. P. N. MDC - Entenda o conceito. Disponível em: https://youtu.be/IpNnMUKhlJs Acesso em: 30 ago. 2021
SANTANA, C. L. S. E; BORGES SALES, K. M. Aula em casa: educação, tecnologias digitais e pandemia covid-19. Interfaces Científicas - Educação, Aracaju, v. 10, n. 1, p. 75-92, set. 2020.
SILVA, Allan Vicente de Macedo; SILVA, Nicolly Peçanha do Nascimento. Ensinando Matemática em tempos de pandemia. Revista Educação Pública, v. 21, nº 16, 4 de maio de 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/16/ Acesso em 21 ago. 2021
SOARES, Lucas de Vasconcelos; COLARES, Maria Lília Imbiriba. Educação e tecnologias em tempos de pandemia no Brasil. Debates em Educação, Maceió, v. 12, nº 28, p. 19-41, ago. 2021. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/10157 Acesso em: 10 set. 2021.
TOLENTINO, Jucileide das Dores Lucas; FERREIRA, Ana Cristina; TORISU, Edmilson Minoru. Autoeficácia matemática e motivação para aprender na formação inicial de pedagogos. Educ. Rev., Belo Horizonte, v. 36, 2020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982020000100265&lng=en&nrm=iso   Acesso em: 11 ago. 2021.
ZORZAN, A. S. L. Ensino-aprendizagem: algumas tendências na Educação Matemática. Rev. Ciências Humanas, Frederico Westphalen, v. 8, nº 10, p. 77-93, jun. 2007. Disponível em: http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech/article/download/303/563 Acesso em: 29 ago. 2020.
O ENSINO DA MATEMÁTICA
 
EM MEIO A PANDEMIA DO COVID
-
19.
 
 
Resumo
 
A pandemia COVID
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19 mudou a agenda da educação matemática.
 
Essa mudança será 
analisada observando
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se três tendências na educação matemática: o uso da tecnologia digital, 
a filosofia da educação matemática e a educação mate
mática crítica.
 
A tecnologia digital tornou
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se uma tendência na educação matemática em resposta à chegada de um tipo diferente de 
artefato à sala de aula de matemática.
 
Ele ganhou destaque quando a pandemia mudou 
repentinamente as salas de aula online em t
odo o mundo.
 
Desafios específicos da educação 
matemática neste contexto devem ser enfrentados.
 
A ligação entre a pandemia COVID
-
19 e a 
tecnologia digital na educação também levanta questões epistemológicas destacadas pela 
filosofia da educação matemática e
 
pela educação matemática crítica.
 
Usando a noção de que 
a unidade básica de produção de conhecimento ao longo da história é
 
humana
 
com mídia, 
discuto como os humanos estão conectados ao vírus, como ele revelou a desigualdade social e 
como isso mudará a
s agendas dessas três tendências na matemática. Educação.
 
Destaco a 
necessidade urgente de estudar como a educação matemática acontece online para crianças 
quando o ambiente doméstico e as desigualdades no acesso às tecnologias digitais assumem 
papéis tão 
significativos à medida que as aulas se movem online.
 
Precisamos entender o papel 
político da agência de artefatos como o lar em coletivos de humanos
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com
-
coisas
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da
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mídia e, 
finalmente, precisamos aprender como implementar currículos que abordem as desigual
dades 
sociais.
 
Esta discussão está entrelaçada com exemplos.
 
como revelou a desigualdade social e 
como mudará as agendas dessas três tendências na educação matemática.
 
Destaco a 
necessidade urgente de estudar como a educação matemática acontece online para
 
crianças 
quando o ambiente doméstico e as desigualdades no acesso às tecnologias digitais assumem 
papéis tão significativos à medida que as aulas se movem online.
 
Precisamos entender o papel 
político da agência de artefatos como o lar em coletivos de huma
nos
-
com
-
coisas
-
da
-
mídia e, 
finalmente, precisamos aprender como implementar currículos que abordem as desigualdades 
sociais.
 
 
INTRODUÇÃO
 
 
A pandemia COVID
-
19, causada pelo novo coronavírus (SarsCov2), 
chegou ao Brasil em março de 2020, aprofundando crises já existentes em 
diversas áreas, e não foi diferente com a
 
educação. Em nome da segurança 
sanitária e da preservação de vidas, escolas, a exemplo de estabelecimentos de 
diversas naturezas, foram impedidas de funcionar e a modalidade presencial deu 
lugar à um conjunto de práticas, em caráter emergencial, que fazem
 
uso das 
tecnologias digitais de comunicação e informação (TDICs) com o objetivo de 
O ENSINO DA MATEMÁTICA EM MEIO A PANDEMIA DO COVID-19. 
 
Resumo 
A pandemia COVID-19 mudou a agenda da educação matemática. Essa mudança será 
analisada observando-se três tendências na educação matemática: o uso da tecnologia digital, 
a filosofia da educação matemática e a educação matemática crítica. A tecnologia digital tornou-
se uma tendência na educação matemática em resposta à chegada de um tipo diferente de 
artefato à sala de aula de matemática. Ele ganhou destaque quando a pandemia mudou 
repentinamente as salas de aula online em todo o mundo. Desafios específicos da educação 
matemática neste contexto devem ser enfrentados. A ligação entre a pandemia COVID-19 e a 
tecnologia digital na educação também levanta questões epistemológicas destacadas pela 
filosofia da educação matemática e pela educação matemática crítica. Usando a noção de que 
a unidade básica de produção de conhecimento ao longo da história é humana com mídia, 
discuto como os humanos estão conectados ao vírus, como ele revelou a desigualdade social e 
como isso mudará as agendas dessas três tendências na matemática. Educação. Destaco a 
necessidade urgente de estudar como a educação matemática acontece online para crianças 
quando o ambiente doméstico e as desigualdades no acesso às tecnologias digitais assumem 
papéis tão significativos à medida que as aulas se movem online. Precisamos entender o papel 
político da agência de artefatos como o lar em coletivos de humanos-com-coisas-da-mídia e, 
finalmente, precisamos aprender como implementar currículos que abordem as desigualdades 
sociais. Esta discussão está entrelaçada com exemplos. como revelou a desigualdade social e 
como mudará as agendas dessas três tendências na educação matemática. Destaco a 
necessidade urgente de estudar como a educação matemática acontece online para crianças 
quando o ambiente doméstico e as desigualdades no acesso às tecnologias digitais assumem 
papéis tão significativos à medida que as aulas se movem online. Precisamos entender o papel 
político da agência de artefatos como o lar em coletivos de humanos-com-coisas-da-mídia e, 
finalmente, precisamos aprender como implementar currículos que abordem as desigualdades 
sociais. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A pandemia COVID-19, causada pelo novo coronavírus (SarsCov2),chegou ao Brasil em março de 2020, aprofundando crises já existentes em 
diversas áreas, e não foi diferente com a educação. Em nome da segurança 
sanitária e da preservação de vidas, escolas, a exemplo de estabelecimentos de 
diversas naturezas, foram impedidas de funcionar e a modalidade presencial deu 
lugar à um conjunto de práticas, em caráter emergencial, que fazem uso das 
tecnologias digitais de comunicação e informação (TDICs) com o objetivo de

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