Ordem Diptera

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Ordem Diptera 
 
 Di= duas; Ptera= asa 
 Moscas, mosquitos, varejeiras, 
pernilongos, borrachudos e mutucas 
 
 
 
Subordem Brachycera 
Família Tabanidae 
 
 Principais características:  
 Chamados vulgarmente de 
mutucas ou moscas do cavalo 
 Dípteros grandes  
 O mecanismo principal para 
achar os hospedeiros é a visão - 
olhos grandes 
 O CO2 eliminado pelo 
hospedeiro atua como uma fonte de 
atração para algumas espécies 
 Os olhos são coloridos e 
usados para atrair o sexo oposto. A 
coloração varia entre as espécies, 
sendo unicoloridos ou 
horizontalmente coloridos, manchados 
e com faixas em zigue-zague 
 Os olhos são holópticos 
(juntos) nos machos e dicópticos 
(separados) nas fêmeas 
 
 
 
 
 As antenas contêm três 
segmentos (escapo, pedicelo e 
flagelo); e o flagelo tem anelações 
projetadas para a frente 
 
 
 Há mais de 3 mil espécies 
conhecidas de tabanídeos, os 
principais gêneros são: Chrysops, 
Tabanus e Haematopota 
 Cabeça semiesférica ou 
semilunar 
 Machos desprovidos de 
mandíbulas e não hematófagos 
 Presença de mandíbulas nas 
fêmeas para cortar a pele 
 
 
 Ciclo biológico:  
 É completo, holometabólico: 
ovo – larva – pupa - imago 
(adultos) - 4 meses (quentes) 
 Após o repasto, as fêmeas 
põem lotes de centenas de ovos 
 Ovos: alongados, têm 
coloração branca cremosa ou 
acinzentada. Variam de 200 a 1 mil 
ovos. Ambiente úmido (pântanos, 
troncos podres). Incubação varia de 
10 dias a 8 meses, dependendo da 
temperatura e da espécie de 
Tabanidae 
 Larvas: caem na água (se 
enterram no fundo). São predadoras 
e alimentam-se de pequenos 
invertebrados, insetos ou tabanídeos 
menores. Passam por até oito 
estágios larvares 
 Pupa: parecidas com a 
crisálida (pupário) das borboletas - 
locais menos encharcados, próximos à 
superfície do lodo 
 Nutrição: Os machos nutrem-
se de néctar e seiva de plantas. As 
fêmeas também sobrevivem com 
esses alimentos, porém precisam de 
sangue para a maturação dos ovos 
 Sua picada é profunda e 
dolorosa 
 
 Importância em Medicina 
Veterinária: 
 Picadas insistentes e irritantes  
 Ação espoliadora: necessitam 
de repasto sanguíneo para maturação 
dos ovos; Fazem telmofagia (rasgam 
a pele até alcançar o vaso sanguíneo, 
com extravasamento de sangue) - 
infectam-se por um agente presente 
tanto no sangue como na pele 
 Sem especificidade de 
hospedeiro 
 Fazem alimentação 
interrompida – o que aumenta a 
chance de transmissão de 
microrganismos 
 Podem voar até 20 km  
 Esse díptero transmite várias 
doenças de modo mecânico (por meio 
da picada), como anaplasmose, 
anemia infecciosa equina, estomatite 
vesicular, encefalite, leucose bovina, 
peste suína e tripanossomíase 
 
 
 
 Controle: 
 Eliminar o hábitat de criação 
de larvas (como terrenos mal 
drenados) 
 O controle químico deve ser 
feito com inseticida de contato com 
efeito residual nos estábulos e nos 
animais 
 Manter os animais afastados 
de zonas de bosques nas horas mais 
quentes do dia, pois é próximo a 
esses locais que elas se reproduzem 
 Fitas escuras adesivas 
colocadas nos estábulos funcionam 
como armadilhas para capturar esses 
insetos 
 Telar portas e janelas 
 
 
Família Muscidae 
 
 arista: estrutura na antena 
 palpo: apenas 1 segmento 
 sutura ptilinea 
 
 Gênero: Musca 
 Espécie: Musca domestica 
 Características morfológicas: 
Tamanho: 5 a 8 mm de 
comprimento; Tórax: 4 faixas negras 
longitudinais; Abdômen: amarelado 
com faixa/mancha negra longitudinal 
até o 4 o segmento; Asas: Não 
manchadas, 4º nervura forma um 
“cotovelo” 
 
 
 
 Larva vermiforme e 
esbranquiçada 
 Extremidade anterior, mais 
fina - ganchos (para capturar 
alimentos) 
 Extremidade posterior, 
estigmas respiratórios 
 
 
 
 
 Importância em Medicina 
Veterinária: 
 Alimentação da larva nos 
substratos 
 Regurgitamento de agentes 
patogênicos após armazenamento 
temporário no proventrículo e 
deposição em forma de gotas de 
vômito enquanto se alimenta; 
 Dispersão dos patógenos com 
auxílio das patas e labelas. 
 Ou seja, podem contaminar a 
água e o alimento, que muitas vezes 
são consumidos pelo homem. 
 IMPORTÂNCIA: Pode veicular 
patógenos 
 Vírus e bactérias: Mais de 
100 espécies 
 Protozoários: cistos de 
Entamoeba histolytica; Giardia; 
Toxoplasma; Trichomonas; etc. 
 Ovos de helmintos 
 Forético de D. hominis 
(Berne) 
 
 Gênero: Stomoxys 
 Espécie: Stomoxys calcitrans 
 
 Características morfológicas: 
 Aparelho bucal com palpos 
curtos 
 Lembra a mosca doméstica, 
porém tem uma probóscida afilada 
escura usada para picar a pele e 
sugar o sangue 
 Tem quatro listras 
longitudinais no tórax, similares às 
da Musca 
 Antena com arista pectinada 
(cerdas apenas de um lado) 
 Larvas com dois estigmas que 
contêm três aberturas em forma de 
“S” na L3 
 
 
 
 
 
 Stomoxys calcitrans: 
 Utiliza matéria orgânica para 
oviposição: cama de frango, restos de 
cama, fezes de animais misturados 
com urina, ração, silagem, palha da 
cana 
 Vários repastos por dia 5 a 
7 vezes por dia (pela manha e à 
tarde); preferência: orelha e boletos, 
tempo: 3 a 4 minutos - têm hábito 
diurno e localizam o hospedeiro por 
meio do gás carbônico expelido pela 
respiração 
 Após o repasto, tanto macho 
quanto fêmea ficam lentos enquanto 
digerem o repasto sanguíneo - 
repousam em pilares do estábulo, 
cocho, arame, etc; 
 Maior predileção por eqüinos e 
bovinos. Surtos, acomete outros 
animais como cães, porcos, etc. 
 Picada DOLOROSA!!!!!!; 
Cabeça voltada para cima durante 
repasto 
 Principais fontes orgânicas em 
fermentação utilizadas para 
oviposição: Cama de frango, Restos 
de cama, fezes de animais 
misturados com urina, ração, Palha 
da cana e Poças de vinhaça (usina 
canavieira) 
 Adultos podem ser visualizados 
em repouso sob arames de cerca 
 Hábitos: picam as partes 
inferiores (patas e abdômen) dos 
animais; 
 Animais parasitados ficam 
marchando; 
 Geralmente utilizam cabeça, 
patas e cauda - espantar a mosca!!! 
 Animais entram em águas 
para não serem atacadas pela mosca 
 Animais à pasto ficam em 
movimento juntando-se 
(agrupandose) uns aos outros para 
dificultar a ação da mosca próximos 
a cerca. H. irritans e Tabanidae 
também! 
 Rebanho leiteiro a redução 
pode ser de 20 a 60% 
 Transmissores de: vírus da 
diarreia bovina, Trypanosoma vivax e 
T. evansi, Anaplasma. Forético de D. 
hominis. 
 Responsável por aumentar 
mastite (lesões) no rebanho (S. 
aureus). 
 Nos cães estas moscas 
provocam aquelas lesões típicas nas 
pontas das orelhas com a presença 
de crostas acumuladas de sangue, que 
pode favorecer o estabelecimento de 
miíases e a formação de oto-
hematoma 
 
 
 
 
 
 Gênero: Haematobia 
 Espécie: Haematobia irritans 
 
 Características morfológicas: 
 Tamanho de ± 6 mm 
 Arista pectinada 
 Aparelho bucal com palpos 
longos, quase do tamanho da 
probóscida, e dilatados na 
extremidade 
 “ASA DELTA” 
 
 
 
 
 
 
 Mosca-dos-chifres” 
 Alimenta-se o tempo todo, 
causando anemia no bovino 
 Em 30 dias, podem ocorrer perdas 
de até 40 kg de peso - 500 moscas 
 Também é veiculadora de ovos de 
D. hominis 
 Prefere parasitar animais mais 
escuros