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● O aparelho ECG • A montagem é padrão • Tem 4 pás (punho e perna) e 6 peras(aperta ela e posiciona no tórax do paciente) • Registra 12 derivações • Par amarela = braço esquerdo (punho); Verde = Tornozelo esquerdo; Vermelho= Punho direito ; Preto = Tornozelo direito - A par preta é um eletrodo nulo/isolante (não capta atividade elétrica). - Coloca-se na parte mais DISTAL possível. • Os fios devem ser colocados em suas respectivas pás e peras do tórax, para que as derivações sejam geradas de forma padronizada. • As derivações dos membros são chamadas de derivações do plano frontal ou PERIFÉRICAS, D1, D2, D3, derivações periféricas bipolares; e aVR, aVL e aVF, derivações periféricas unipolares. • As peras geram as derivações PRECORDIAIS, do tórax, são chamadas de V, v1 a v6. • Há a posição certa para cada pera/ventosa, para que haja padronização na leitura do ECG: 1. V1 é posicionada no 4o espaço intercostal, na linha paraesternal direita; 2. Na mesma posição, mas na linha paraesternal esquerda, posiciona-se v2 (4o espaço intercostal); 3. Entre a linha média clavicular e o 5o espaço intercostal coloca-se a v4; 4. Entre v2 e v4 coloca-se a v3; 5. A V6 é coloca entre a linha média axilar e na mesma posição horizontal do v4; 6. Entre v4 e v6 coloca-se a v5. Obs: Em alguns casos pode-se precisar de mais derivações (Derivações Acessórias), como a v3r, v4r para observar ventrículo direito. Muda-se a posição do eletrodo v1. Pode-se também ter outras derivações acessórias, a v7 e v8, para observar a parede posterior do ventrículo esquerdo. • As derivações acessórias não estão presentes no ECG comum. • Para se realizar o ECG, o paciente deve estar em decúbito dorsal, sem nenhum metal ou eletrônico no corpo, não pode ficar encostado na parte metálica da maca. • Coloca-se gel condutor em todos os eletrodos, para que a captação cardíaca seja melhor, amplifica a atividade elétrica cardíaca. - Quando coloca-se muito gel pode gerar um artefato, em que os complexos QRS ficam muito amplificados. As derivações • O ECG funciona como um galvanômetro – instrumento que mede pequenas intensidades de corrente – que recolhe, a partir de dois eletrodos dispostos em determinados pontos do corpo, as diferenças de potencial aí existentes decorrentes da atividade elétrica cardíaca. (Teoria do dipolo). → Teoria do Dipolo: polo negativo e polo positivo - Conectar os dois polos num sistema: energia armazenada passa a circular entre um polo e outro - Derivação bipolar com as pás dos eletrodos nos membros. A energia elétrica circula, gerando registro gráfico da atividade: • Chama-se de derivação a linha de base que une esses dois eletrodos (Captam ângulos diferentes da atividade elétrica do coração). → Derivação Bipolar: • D1, D2 e D3 são derivações BIPOLARES. • Derivação bipolar(Polo – e +) é aquela onde o registro se faz através de dois eletrodos situados à mesma distância do coração (ex : DI, DII e DIII). D1: braço esquerdo (+) braço direito (-). - Explora a superfície lateral e do coração. É uma deflexão positiva. D2: braço direito (-) perna esquerda (+) - Explora a superfície lateral esquerda. É uma deflexão positiva. D3: braço esquerdo (-) perna esquerda (+) - Explora a mesma superfície das anteriores. É bipolar e positiva. Resultante Vetorial: Triângulo de Einthoven • As seis derivações periféricas são obtidas a partir de três eletrodos colocados nos MMS direito e esquerdo e no MI esquerdo, formando o triângulo de Einthoven. • A atividade elétrica do coração "caminha" para o lado esquerdo, para a ponta do VE, uma vez que sua massa é maior. - Caso puxe para o lado direito, há uma patologia do VD. • Quando a atividade elétrica do coração aproxima do eletrodo positivo, no membro, o ECG capta como ondas positivas, ondas para cima. • Caso a atividade elétrica do coração se afaste do eletrodo positivo o ECG capta as ondas como negativas, para baixo. - Ex: Em DI o lado positivo é o braço esquerdo, se o vetor resultante se aproxima dele a onda será +. Se essa força elétrica se aproxima do braço direito (-) a onda é negativa. P + = Resultante dos átrios se aproxima do braço esquerdo QRS: Resultante se aproxima do lado esquerdo = R predominantemente +. Obs: Caso o complexo QRS seja predominantemente negativo, é sinal de que o VD está com massa maior, como sobrecarga de VD. → Derivação unipolar: Traçado obtido se deve praticamente às variações de potencial recolhidas por um eletrodo dito “explorador”. O outro fica relativamente muito mais distante do coração (eletrodo “indiferente”). Ex : V1 a V6 e aVR, aVL, aVF. • As derivações aVR, aVL e aVF são denominadas derivações unipolares aumentadas dos membros, medem o potencial “amplificado” de cada vértice do triângulo de Einthoven em relação ao eletrodo indiferente/neutro (MI direito). V1 a V6; aVR (right) = Localização do eletrodo no MSD, sendo este positivo. Explora o átrio direito. A captação da atividade produz ondas negativas aVL (left) = Localização do eletrodo no MSE. O eletrodo deste membro é positivo. Explora a superfície lateral esquerda e produz deflexões positivas. aVF (foot-perna esquerda) = Localização do eletrodo no MIE, sendo o eletrodo positivo. Explora a superfície lateral esquerda, mas também a parede inferior. Produz deflexões positivas. • Em situações normais, a atividade elétrica não se aproxima de aVR, já que está do lado direito, suas ondas são negativas. - O resultante de aVR vai para o átrio esquerdo (foge) = então sera negativa (QRS predominantemente - ). • Em aVL a atividade elétrica se aproxima, já que está na esquerda, suas ondas são positivas, as ondas do QRS são predominantemente positivas, acima da linha de base. • Em aVF (perna esquerda), a atividade elétrica também se aproxima, essa derivação é também positiva. → Derivações Precordiais • As derivações precordiais v1 a v6 não precisam ser amplificadas, já que estão próximas ao coração. • A maior parte da atividade elétrica em v1 “foge” dele, suas ondas são, predominantemente, negativas; • O v2 está um pouco mais à esquerda do que v1, mas ainda está à direita em relação à ponta de VE, é uma derivação também negativa, mas mais positiva do que v1; • v5 e v6 são derivações positivas, já que estão "de frente" para a ponta de VE; • De v2 a v6 o QRS vai deixando de ser negativo e se positivando, a onda que vai aumentando é a onda R (vai ficando positiva). Em V1 ela é bem pequena, e vai aumentando de tamanho à medida que vai para a esquerda. OBS: Se o vetor resultante é perpendicular no exame vai aparecer uma linha isoelétrica (QRS perpendicular=90°) Resumindo • Plano Frontal e Plano Horizontal: para o registro do ECG padrão usamos 12 derivações; seis derivações cobrem o plano frontal ou vertical (aVR, aVL, aVF, DI, DII e DIII) e seis cobrem o plano horizontal ou precordial (V1 a V6), numa tentativa de registrar a atividade elétrica cardíaca por vários ângulos diferentes. • Eventualmente, são utilizadas derivações precordiais adicionais para uma melhor visualização da parede posterior do coração (V7 e V8) e do ventrículo direito (V3R e V4R). Triângulo de Einthoven • As seis derivações periféricas são obtidas a partir de três eletrodos colocados nos braços direito e esquerdo e na perna esquerda, formando o Triângulo de Einthoven. • Cada lado do triângulo formado pelos três eletrodos representa uma derivação bipolar (DI, DII e DIII), usando- se diferentes pares de eletrodos para cada derivação. A ponta da seta referente a cada derivação vira-se para o pólo positivo e a cauda para o pólo negativo. • Deslocando as três derivações bipolares para o centro do triângulo, encontramos a intersecção das linhas de projeção, que corresponde, aproximadamente, à localização do nó AV. • Juntando os vetores das derivações bipolares e unipolares temos: Rosa dos Ventos → Cada parte tem 30o: • As retas de verde são as partes voltadas para o polo + • Os ângulos acima de D1 são negativos. • Os ângulos abaixo de D1 são positivos • aVL ser negativo aqui não tem nada a ver com aVL (derivação) ser positivo • Eixo elétriconormal (Parte Amarela): entre -30o e +90o = Porque a maior parte da atividade elétrica está nessa parte - Se cair na parte “cinza” (+90 a +180) é considerado desvio de eixo para direita = Sobrecarga de VD, bloqueio de ramo direito - Se cai na parte “rosa” (-30 a -90) é Desvio de eixo a esquerda. - Se cai na parte azul (-90 a -180) é desvio extremo de eixo (pode ter sido desviado para a esquerda ou para direita).