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RESUMO COMPLETO - História da Política Externa Brasileira - 1945 A 2021

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História da Política Externa Brasileira (1945-atual) 
Legenda: azul – Cervo e Bueno; 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Vargas I 
(1930-1945) 
 
Chanceleres: 
Afrânio de Melo 
Franco; 
Osvaldo Aranha (a 
partir de 1939) 
Estado desenvolvimentista/ Nacional-
desenvolvimentismo 
- Industrialização como chave para o 
desenvolvimento nacional (permanece 
até os anos 1980) 
- industrialização por substituição de 
importações (ISI) 
Equidistância pragmática (G. Moura): 
“barganha nacionalista”, ou seja, 
promoção do livre-comércio com os EUA 
e comércio compensado com a 
Alemanha; se tornou inviável com o início 
da IIGM. 
 
Estratégia brasileira na IIGM: troca de 
apoios; comunhão de valores com EUA, 
RU e ocidentais em defesa da 
democracia liberal e da economia de 
mercado. 
 
Efeitos econômicos da IIGM: 
industrialização, acumulação de créditos 
em moedas não conversíveis, que levou 
à escassez de divisas. Regionalização das 
relações comerciais do Brasil, 
especialmente com EUA e Argentina. 
Diminuição do nível de especialização da 
economia brasileira. 
EU
A 
- governo dos EUA inicialmente manifestou apoio a Washington Luís; 
- Brasil não renovou o contrato da missão naval norte-americana (contenção de despesas) 
1930 
- VII Conferência Internacional Americana (Montevidéu): adesão do Brasil ao pacto Briand-Kellog, que havia 
considerado desnecessária pois seus princípios norteadores já constavam da Constituição; 
1933 
- missão Sousa Costa: EUA aceitaram comércio compensado com a Alemanha; tratamento diferenciado para a 
dívida brasileira; auxílio para instalação do banco central.  “manter influência global sobre o Brasil” (G. Moura) 
Jun/jul 
1937 
- missão Aranha: acordos bilaterais de crédito e cooperação econômica; resultados exíguos. 1939 
- com o fim da equidistância, Vargas condicionou a consolidação do alinhamento aos EUA ao fornecimento de 
material militar  alinhamento negociado 
- para C. e B., o fim da equidistância teria se dado no final da década de 1930, com a Missão Aranha (1939) aos 
EUA e a consequente formalização de acordos de cooperação com os EUA. 
1940 em 
diante 
- colaboração em medidas de defesa com os EUA: Acordo bilateral pela instalação de missões militares americanas 
no Brasil; facilidades para a marinha dos EUA em operações na costa brasileira; autorização para uso de bases 
navais e áreas no NE 
1941 
- resultados da colaboração com os EUA: 
 Financiamento da construção da siderúrgica de Volta Redonda (controlada pela Companhia Siderúrgica 
Nacional, CSN); 
 Reaparelhamento das Forças Armadas  lend and loan lease (acordo de empréstimo e arrendamento) 
 Acordos de Washington (1942): exportação de matéria-prima brasileira à indústria dos EUA; financiamento 
do EXIM Bank à modernização da mina de Itabira e da ferrovia Vitória-Minas (escoamento); 
 Criação da Companhia Vale do Rio Doce 
 Comissão Mista de Defesa Brasil-EUA 
1942 
IIG
M
 - Brasil não aderiu ao Pacto Anti-Komintern; 
- suspensão do pagamento da dívida externa; 
1937 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
- declaração de neutralidade do Brasil 
- declínio nas importações e exportações alemãs; aumento do intercâmbio comercial com EUA e Grã-Bretanha; 
1939 
- Primeira Conferência Pan-Americana (Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas 
Americanas): Brasil defendeu o princípio de “mar continental”, ou seja, a criação de uma zona de segurança de 
300 milhas marítimas nas aguas americanas para resguardar a neutralidade e a tranquilidade; 
- declaração de neutralidade 
1939 
- intermediação dos EUA para que armas compradas da Alemanha chegassem ao Brasil 
- acordo com os EUA para venda exclusiva de minerais estratégicos 
1941 
III Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, no Rio de Janeiro: EUA buscam aprovação conjunta do 
rompimento de relações diplomáticas com o Eixo; oposição de Argentina e Chile. 
1942 
Ruptura de relações com o Eixo e declaração de estado de beligerância contra Itália e Alemanha; entrada na 
guerra. 
FEB (criada em 1943; no campo em 1944-1945): infantaria, artilharia e componente aéreo; enviada ao norte da 
Itália. 
1942 
Adesão à Declaração das Nações Unidas 1943 
Conferências de Bretton Woods: Brasil participa por ter lutado com os Aliados 1944 
Conferência de São Francisco 1945 
Declaração de guerra ao Japão 1945 
Re
gio
na
l 
- prestígio do pan-americanismo 
- mediação: questão de Letícia (Peru x Colômbia) e Guerra do Chaco (Bolívia x Paraguai) 
- visita de Augustin Justo (Arg) 1933 
- tratado Antibélico da Não Agressão e Conciliação: Br + Arg + Chi + Méx + Par + Uru 1933 
- política da boa vizinhança de Roosevelt 
Int
er
no
 - reconhecimento do estado de beligerância do estado de São Paulo por ocasião da Revolução Constitucionalista 1932 
- reforma dos serviços do MRE 1931 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Po
lít
ica
 c
om
er
cia
l 
- esforço governamental para incrementar as exportações nacionais 1930 
- desejo de rever e uniformizar os tratados, com a finalidade de “regularizar” as relações comerciais, com 
preferência por tratados com cláusula de nação mais favorecida 
- até 1933, foram 31 acordos com cláusula incondicional e ilimitada de nação mais favorecidas; todos foram 
denunciados em 1935. 
1931 
- Conferência Internacional do Café: projetou a criação do Bureau Internacional do Café, antecessor da 
Organização Internacional do Café 
- antecedente: reunião de Nova York de 1902 
1931 
Dutra (1946-
1951) 
 
Chanceleres: João 
Neves da Fontoura, 
Samuel de Sousa 
Leão Gracie, Raul 
Fernandes 
Alinhamento sem recompensa (G. 
Moura): o alinhamento se tornou 
objetivo da política exterior. 
Discussões sobre “alinhamento 
automático”; P. R. de Almeida: Brasil 
buscava barganhas para 
desenvolvimento. 
 
Completo alinhamento aos EUA em 
âmbito político e militar 
ON
U 
Membro do CSNU 1946-1947: alinhamento aos EUA, em detrimento de princípios como autodeterminação e não 
intervenções. 
- Presença de tropas estrangeiras no Irã, Líbano, Síria, Grécia e Indonésia: Brasil a favor da retirada das tropas 
dos três primeiros; contra a condenação pela presença das tropas (sobretudo, britânicas) nos dois últimos  
relativização de princípios 
 
1946-
1947 
Contra a admissão da República Popular da China (RPC ou China Continental) na ONU, assim como os EUA. 1949 
EX
ÉR
CI
TO
 Criação do Estado maior das forças armadas; reorganização do Ministério da Guerra; Criação da Escola Superior 
de Guerra (1949). 
Tentativas malsucedidas de Dutra de obter fundos para reequipamento econômico e militar, bem como de 
empréstimos para transportes marítimos e terrestres e para construção de refinaria de petróleo. 
A partir de 
1946 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
UR
SS
 
Reconhecimento do Governo Provisório da Rússia 1917 
Rompimento (queda de Kerenski) 1918 
Estabelecimento de relações diplomáticas com a URSS. 
R. Ricupero: o Brasil instrumentalizou a política terna em função de preocupações político-sociais internas de 
combate ao comunismo. 
1945 
Rompimento de relações diplomáticas com a URSS, após ataques da imprensa soviética ao governo e às FAB em 
razão da cassação do registro do PCB, e das críticas da delegação soviética ao Brasil na ONU. 
1947 
TIA
R 
Conferência Interamericana para Manutenção da Paz e Segurança no Continente, no Rio de Janeiro, em que se 
assinou o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). Visava manutenção da paz e segurança do 
hemisfério. 
O TIAR surgiu de proposta dos EUA para combater a ameaça comunista no continente. 
Determina que um ataque armado contra um Estado americano será considerado ataque contra todos eles, de 
modo que as partes se comprometem a fazer frente aos ataques no exercício da legítima defesa individual ou 
coletiva prevista no art. 51 da Carta da ONU. 
Antecedente: Ata de Chapultepec (“Resoluçãosobre Assistência Recíproca e sobre a Solidariedade Americana”, 
de 1945). 
1947 
M
iss
ão
 A
bb
ink
 
Missão Taub (1941) e Missão Cooke (1942) dos EUA propuseram planos de industrialização para o Brasil, 
fomentando a busca pela cooperação para o desenvolvimento brasileiro. 
Criação da Comissão Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink), cujo objetivo era estudar a 
situação financeira do Brasil para encorajar o fluxo de capital privado e o desenvolvimento. Os EUA não 
examinavam projetos específicos, abstinham-se de declarações e compromissos financeiros, enfatizavam o uso 
de recursos brasileiros e a atração de capital privado. 
Os EUA concentravam sua política externa no Plano Marshall e no plano Colombo, respectivamente para 
reconstrução da Europa e para o fomento ao desenvolvimento e combate ao comunismo na Ásia. Assim, 
direcionavam o Brasil ao BIRD. 
1948 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
OE
A 
Conferência de Bogotá (criação da OEA): alinhamento aos EUA; Brasil se coloca como mediador das relações EUA-
AL; apoia cláusula contra o comunismo na Carta da OEA, que não foi aprovada. 
 Doratioto e Vidigal: OEA e TIAR concretizaram o objetivo dos EUA de consolidar uma frente antissoviética, 
combater o americanismo e organizar a defesa do hemisfério na América Latina. 
1948 
Ec
on
om
ia EUA defendiam liberalismo privatista e livre comércio x Brasil defendia desenvolvimento dos países de economia 
jovem no GATT e na Conferência de Havana. 
1947-
1948 
Solicitação de ajuda econômica para manter as bases do Nordeste usadas pelos EUA durante a IIGM, recusada. 1949 
CE
PA
L 
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, na ONU, criada por resolução do ECOSOC 
(E/RES/106(VI), 1948). 
Defendia que o desenvolvimento da região deveria dar-se por industrialização por substituição de importações e 
industrialização orientada às exportações, com base na teoria da deterioração dos termos de troca. 
Expoentes: Raúl Prebisch e Celso Furtado. Ganha força nos anos 1960-1970. 
EUA não concordaram com sua criação e se abstiveram na votação da resolução. 
 
 
1948 
Ch
ina
 Fecha o consulado em Xangai (RPC) (1952) e abre embaixada em Taipei (República da China), em razão do movimento 
militar comunista contra o governo Nacionalista chefiado por Chiang Kai-Chek. 
1952 
Relações diplomáticas com a República da China até o rompimento em1972; estabelecimento de relações com a 
RPC. 
1972 
EU
A 
Primeira visita de Chefe de Estado brasileiro aos EUA, na esperança de obter empréstimos. 1949 
Criação da CMBEU (Comissão Mista Brasil-EUA), que realizou projetos na área de transportes e energia, em troca 
do fornecimento de minerais estratégicos aos EUA. 
Baseada no “Programa do Ponto IV”, plano de assistência técnica e ajuda econômica a países em desenvolvimento 
anunciado por Truman em 1949. Visava facilitar a elaboração de projetos a serem submetidos ao Banco Mundial 
e EXIM Bank, entre outras instituições financeiras. 
1950/1951 
Memorando da frustração: enviado pelo Chanceler Raul Fernandes ao embaixador dos EUA no RJ, Herschel 
Johnson. Expressava a insatisfação do Brasil com a falta de apoio dos EUA ao desenvolvimento nacional. 
O sentimento se concretizou na recusa do Brasil ao pedido de envio de tropas à Guerra da Coreia (1950-1953). 
1950 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Vargas 2 (1951-
1954) 
 
Chanceleres: João 
Neves da Fontoura 
e Vicente Rao 
Pragmatismo impossível (M. Hirst): no 
cenário do pós-guerra, a América 
Latina foi marginalizada e as prioridades 
dos EUA voltaram-se à reconstrução da 
Europa e a contenção do comunismo. 
 
Crise política: entreguistas x 
nacionalistas 
Crise econômica: aproveitamento do 
petróleo, minerais energéticos e 
entrada de capital estrangeiro 
 
Populismo, nacionalismo e 
antiimperialismo 
Po
lít
ica
 
ca
m
bia
l Instrução nº 70 da SUMOC: taxas múltiplas de câmbio em bolsa de fundos públicos (leilões), mercado de capitais liberalizado para atrair capital estrangeiro. 
Sistema de câmbio visava proteger a indústria interna, promovendo a industrialização por substituição de 
importações. 
 
Anos 1950 
BN
DE
 Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico: (tornou-se BNDES em 1982), visando captação de 
recursos estrangeiros e internos, para complementar os projetos aprovados pela CMBEU. 
 
1952 
EU
A 
Extinção da CMBEU após a eleição de Eisenhower. 
Desentendimentos em decorrência das medidas nacionalistas. 
1952 
OEA: IV Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos (Washington): principal preocupação dos EUA era o 
avanço do comunismo internacional. Brasil (J. N. da Fontoura) defendeu o desenvolvimento econômico como melhor 
meio de defesa do continente. 
Guerra da Coreia: resolução determinou que a preparação militar dos países do continente fosse voltada à defesa 
continental e à repressão de agressividade eventual. 
1951 
Acordos bilaterais dos EUA com vários países do continente, inclusive o Brasil: compromisso dos EUA de 
fornecerem assistência militar; compromisso latino-americano de fornecerem material estratégico, restringir 
relações comerciais com o bloco soviético e se disponibilizar à defesa do mundo livre. 
- países envolvidos: Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Uruguai 
- Argentina e México se opuseram 
- Criação da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico 
1952 
Memorandum com reivindicações para o desenvolvimento brasileiro, anterior à IV Reunião de Consulta. Considerava 
baixo o nível de investimentos de capital privado norte-americano no país, demandando estímulo oficial dos EUA. 
Requisitava a não imposição de restrições aos preços, especialmente do café. Visava investimentos para financiar 
a industrialização. Pleiteava financiamentos. 
1952 
Acordo de assistência militar recíproca EUA-Brasil: 
- EUA: armas, financiamento e treinamento militar em caso de agressão externa 
- Brasil: minerais atômicos (monazita, sais de cério) e terras raras, sem compensações específicas 
- discussão entre nacionalismo e alinhamento no Congresso Nacional 
- o governo Vargas não atendeu à demanda de envio de tropas à Guerra da Coreia feita pelo Secretário-Geral da 
ONU em 1951 
1952 
Revolução Boliviana e intervenção dos EUA na Guatemala: Brasil alinhado aos EUA 
1952 e 
1954 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Visita do secretário de Estado Dean Acheson ao Brasil 
Aprovação de projetos da CMBEU, relativos principalmente a transportes e energia, financiados em grande parte 
pelo Eximbank e BIRD. Como contrapartida, exigia-se a aquisição de produtos dos EUA, e boa parte dos 
empréstimos foram para subsidiárias norte-americanas. 
- CMBEU: Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico (Plano Lafer): implantação de máquinas e equipamentos 
com empréstimos. Aprovado pelo Congresso, mas não foi aplicado integralmente. 
1952 
Acordo para exportação de tório em troca de trigo, sem compensações específicas 1954 
Ec
on
om
ia 
Acordo de colaboração CEPAL+BNDE: criação de um Grupo Misto de Estudos para aprofundar os estudos da 
CMBEU 
1952 
Energia e petróleo: criação da Petrobras e Eletrobras (a última criada em 1954, mas autorizada pelo Congresso 
somente em 1961). 1953 e 
1954 
Medidas nacionalistas: regulamentação da remessa de lucros dos investimentos estrangeiros; criação das estatais. 
RF
A Estabelecimento de relações diplomáticas com a RFA (Alemanha ocidental), e abertura de embaixada em Bonn 1951 
RD
A 
Estabelecimento de relações diplomáticas com a RDA (Alemanha oriental) 1973 
CS
NU
 Voto a favor da inclusão na agenda de item sobre a Tunísia, denotando tentativa de aproximação de outros países 
em desenvolvimento, a fim de estabelecer identidade comum fora da estratégia dos EUA. 
- Brasil era membro não permanente do CSNU 
1952 
Po
lít
ica
 
At
ôm
ica
 Negociação da compra de 3 ultracentrífugas para a separação de urânio 235 de firmasparticulares alemãs, que 
não foram recebidas, mesmo após o fim da ocupação alemã 
1954 
Divergências entre o CNPq e o Itamaraty (Comissão de Energia Atômica), e falta de união de objetivos entre o 
Executivo e as Forças Armadas 
1951-1954 
Café Filho (1954-
1955) 
Chanceler: Raul 
Fernandes 
Continuidade à política externa de 
Vargas 
 
Retorno ao período Dutra 
EU
A 
Acordo de cooperação Brasil-EUA sobre usos civis da energia atômica, firmado no Rio de Janeiro como parte da 
política “Átomos pela Paz” de Eisenhower. 
Programa Conjunto de Cooperação para o Reconhecimento dos Recursos de Urânio no Brasil, para o levantamento 
de províncias uraníferas no Brasil 
- ambos os acordos contaram com a imposição de salvaguardas para garantir a utilização pacífica das pesquisas 
- debate entreguistas x nacionalistas no Brasil 
1955 
Instrução 113 da SUMOC: abertura ao capital estrangeiro  isentou de cobertura cambial procedimentos de 
compra de insumos e máquinas importadas 
1955 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Empréstimo de bancos americanos negociado pelo ministro da Fazenda Eugênio Gudin 1955 
Melhora no comércio com os EUA 1955 
Juscelino 
Kubitschek 
(1956-1961) 
Chanceleres: 
José Carlos de 
Macedo Soares, 
Negrão de Lima, 
Horácio Lafer 
Nacional-desenvolvimentismo: contexto 
interno como elemento determinante 
para o desenvolvimento do país 
 
Vencer o subdesenvolvimento 
Po
lít
ica
 e
co
nô
m
ica
 
Reforma cambial: o câmbio deixou de ser o elemento principal da proteção da indústria nacional. 
Lei dos similares e Lei Tarifária: tarifas ad valorem intensificaram a proteção da indústria 
Políticas de provisão de crédito pelo BNDE estimularam a iniciativa privada 
- Intensificar a substituição de importações 
- Movimento de transnacionalização das grandes corporações estrangeiras que permitiram a participação 
hegemônica do capital estrangeiro 
- Capital privado nacional fornecia insumos e componentes 
- Ampliação do mercado exterior 
Mensagem ao Congresso Nacional (1960): comércio brasileiro deve buscar o aumento das exportações e a atração 
da poupança externa 
- Estabilidade dos preços dos produtos primários  defesa da agroexportação 
A partir de 
1957 
Convocação de uma Conferência Internacional do Café para prevenir os males advindos das flutuações bruscas 
- firmado o Convênio Constitutivo da Organização Internacional do Café 
- criada a Comissão Preparatória da Organização Internacional do Café 
1958 
Pla
no
 d
e 
M
et
as
 
- Colaboração do capital estrangeiro facilitada pelo contexto internacional  coexistência pacífica (1953-1962) 
- Investimentos para industrialização e modernização do país 
- Emissionismo: política monetária expansionista 
- FMI exigiu a adoção de um programa de estabilização financeira para liberar financiamentos adicionais  
rompimento com o FMI em 1959  retorno em 1960 
 
Ec
on
om
ia 
ex
te
rn
a 
Negociação dos primeiros acordos de produtos de base: café, cacau, açúcar, etc. 
Criação das organizações multilaterais setoriais sobre tais produtos 
 
Solicitação de reestruturação das dívidas oficiais bilaterais, criação de um foro de credores (futuro Clube de Paris 
de 1961) 
1956 
GATT e ONU: Reivindicação brasileira da liberalização econômica entre a América Latina e os países europeus 
UR
SS
 
Restabelecimento de relações comerciais; missão comercial enviada a Moscou 1959 
Ás
ia Estabelecimento de relações diplomáticas com a República da Coreia e o Celião 
- apoio de teses relativas ao desenvolvimento econômico em organismos internacionais 
1960 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
EU
A 
Acordo para instalação de base americana de rastreamento de foguetes em Fernando de Noronha 1957 
Acordo de cooperação para usos civis da energia atômica 1957 
Tentativa de barganha nacionalista 
- visitas fracassadas de Nixon (vice) à América Latina (protestos em Lima e Caracas) 
- JK enviou cartas a Eisenhower, defendendo a OPA 
1958 
OP
A 
Operação Pan-Americana 
- proposta de cooperação internacional 
- desenvolvimento e fim da miséria são importantes para evitar a penetração de ideologias “alienígenas” 
antidemocráticas 
- securitização da perspectiva desenvolvimentista 
- atrair a atenção dos EUA à América Latina 
- programa multilateral de desenvolvimento econômico de amplo alcance 
- a cooperação deve ocorrer sob a forma de: auxílio tecnológico e econômico de governo a governo; ações 
coordenadas para lidar com o problema da deterioração dos termos de troca 
Resultados: criação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 1959 (operante a partir de 1960); 
criação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960, pela assinatura do Tratado de 
Montevidéu; “Aliança para o Progresso” de Kennedy (1961-1963); “Comitê das 21 Repúblicas Americanas” para 
estudar pontos de estrangulamento das economias latino-americanas. 
Com a OPA, encerrou-se um ciclo da PEB iniciado por Joaquim Nabuco, de crença no pan-americanismo e sua 
natureza pacífica e solidária. O Brasil vê-se como latino-americano e hemisférico, do Ocidente democrático, aliado 
aos EUA na Guerra Fria. 
1958 
ON
U 
Levante anticomunista na Hungria: Brasil votou contra a intervenção soviética, prestou auxílio aos refugiados 
húngaros pela doação de recursos ao ACNUR e pela recepção de refugiados no país. 
1956 
UNEF I (Força de Emergência das Nações Unidas) no Canal de Suez: primeira operação de paz da ONU a empregar 
o uso da força, autorizado para legítima defesa, e primeira missão para a qual o Brasil enviou tropas (Batalhão 
Suez), que contou com contingentes do exército, que ali permaneceram de 1957 a 1967. 
1956 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Bo
lív
ia 
Acordos de Roboré: transportes, circulação de mercadorias, limites e exploração do petróleo venezuelano. 
- alguns temas eram atualizações de tratados de 1938, isentos de análise congressual  não foram todos 
submetidos ao Congresso  Congresso argumentou pela necessidade de análise  1961: Executivo informou a 
submissão das notas reversais sobre demarcação de limites, tratado ferroviário, extração de petróleo e gás na 
Bolívia (por empresas brasileiras). 
Antecedentes: 
- Tratado de La Paz de Ayacucho (1867): atração da Bolívia ao Brasil para evitar aliança com o Paraguai 
- Tratado de Petrópolis (1903): questão dos limites do Acre 
- tratados sobre vinculação ferroviária e exploração de petróleo (1938) 
- Notas reversais sobre a delimitação da área de exploração da Comissão Mista Brasileiro-Boliviana de Petróleo 
(1952) 
- Carta reversal sobre o petróleo (1953): Brasil enviaria recursos à Comissão  não foi cumprido 
- 1955: Memorandum Paz Estenssoro, enviado ao Brasil: pleiteava a revisão do acordo de 1938; CN e EMFA 
foram contrários 
- 1957: Missão a La Paz para tratar da questão, com poucos resultados 
1958 
M
NA
 
Conferência Afro-asiática de Bandung: Brasil participou como observador. 
A Conferência de Bandung e a Revolução Cubana, bem como o início da descolonização, fizeram emergir o terceiro-
mundismo, o neutralismo e o não alinhamento. 
1955 
17 países africanos tornaram-se independentes – “Ano da África” 1960 
Criação do Movimento dos Não-Alinhados 
- o Brasil nunca foi parte do MNA, sempre foi observador 
1961 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Jânio Quadros 
(1961) 
 
Chanceleres: San 
Tiago Dantas, 
Afonso Arinos 
de Melo Franco, 
Hermes Lima, 
Evandro Lins e 
Silva e 
João Augusto de 
Araújo Castro 
Nova Política Externa Brasileira: não 
alinhamento e anticolonialismo 
 
Política Externa Independente (PEI): 
processo; conjunto de ideias decorrente 
do nacional-desenvolvimentismo, de 
caráter autônomo, pragmático e 
universalista. 
- O Brasil se reconhecia como parte do 
sistema capitalista, mas não 
pertencente a nenhum bloco político-
militar. 
- Rompe com a lógica leste-oeste da 
Guerra Fria, propondoampliação 
geográfica. 
- Desejo de maior participação nas 
decisões internacionais. 
- Ampliação de mercados consumidores 
em prol do interesse nacional do Brasil 
- não intervenção e emancipação de 
territórios não autônomos 
- “Alvorecer do africanismo” (S. 
Saraiva) 
- Formuladores: San Tiago Dantas, 
Afonso Arinos e Araújo Castro 
Le
st
e 
Eu
ro
pe
u 
Missões comerciais ao Leste Europeu (Missão João Dantas) e a Moscou (Missão Paulo Leão de Moura). 
Recebeu missões comerciais da RPC e da URSS. 
1961 
Restabelecimento de relações diplomáticas com Bulgária, Hungria e Romênia, rompidas durante a IIGM. 1961 
Criação de grupos de trabalho sobre os países da região. Para a Polônia, analisaram o oferecimento de fábricas 
completas, máquinas e equipamentos, feito pelo país, em troca de café e outros produtos. 
Para a República Democrática Alemã, analisaram a proposta de fábricas e usinas completas, máquinas e 
equipamentos em troca de café e outros produtos. 
1961 
Áf
ric
a 
Visita de Afonso Arinos e abertura de novas embaixadas (Etiópia, Marrocos, Nigéria, Senegal, Tunísia), bem como 
a elevação da legação de Gana a embaixada. 
Déc. 1960 
ONU: Abstenção na votação sobre a condenação do colonialismo português até 1973. Condenação tardia do 
apartheid sul-africano.  Avanços e recuos (G. Moura) ou Zigue-zague (S. Saraiva) 
- abstenção nas votações sobre as questões angolana e argelina 
Jânio Quadros considerava o posicionamento do Brasil até então uma “equivocada posição”. O Brasil deveria ser o 
elo de ligação entre a África e o Ocidente. 
1961 
Grupo de Trabalho para a África: a presença brasileira no contexto africano deve estar isenta de qualquer 
tendência de intervencionismo ou atitude partidária. 
Acordos culturais, bolsas para estudantes, sistema de consultas com a Organização Internacional do Café. 
1961 
Ar
ge
nt
ina
 
Aproximação com a Argentina. Encontro de Uruguaiana entre Jânio Quadros e Frondizi, que resultou no 
estabelecimento de um mecanismo de consultas recíprocas 
Resultados: acordo cultural, duas declarações (economia e política) e o Convênio de Amizade e Consulta para 
concertação internacional 
Proposta de Jânio Quadros de criação de um bloco neutralista no Cone Sul, rejeitada por Frondizi 
Visita de Mujica a Brasília  acordo e convênio sobre serviços diplomáticos 
Reuniões do Grupo Misto de Cooperação Industrial Brasil-Argentina para intercâmbio de manufaturas 
1961 
Ca
rib
e Cuba: Defesa do direito à soberania 
República Dominicana: ruptura de relações diplomáticas (mas não consulares), resultante da decisão da VI Reunião 
de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas (realizada em São José da Costa 
Rica em 1960) 
1961 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Co
m
ér
cio
 
Renegociação da dívida externa e busca de novos investimentos. 
Missão especial de Roberto Campos à Europa Ocidental: compromissos comerciais a prazo médio; crédito stand-
by; novos créditos para financiar projetos de desenvolvimento econômico 
- crescimento das exportações brasileiras para os países socialistas da Europa 
- aumento das importações vindas dos países socialistas 
Missão João Dantas: acordos de cooperação cultural e científica e acordos comerciais com países socialistas, que 
visavam, em geral, a troca de matérias-primas por produtos industriais. 
Missão comercial de João Goulart (vice) à China 
1961 
EU
A 
III Acordo sobre Produtos Agrícolas: empréstimo dos recursos da venda de um milhão de toneladas de trigo para 
programas de desenvolvimento 
1961 
Aliança para o Progresso: plano de Kennedy. A OEA convocou reunião para analisar a proposta em Montevidéu. 
- EUA prometiam 20 bilhões de dólares para programas de desenvolvimento da América Latina 
- Cuba não subescreveu a Carta de Punta del Este (Che Guevara foi condecorado com a Ordem do Cruzeiro do 
Sul) 
- resposta à aceitação da OPA de JK 
- manter e reforçar a influência dos EUA sobre a América Latina 
- reformista e contrarrevolucionária 
- técnica de intervenção dos EUA nos assuntos dos demais países, visando o isolamento de Cuba 
- combatida tanto pela esquerda quanto pela direita da América Latina  aumento da dependência dos EUA 
1961 
PE
I 
Diretrizes: 
1) Respeito aos compromissos e posição tradicional do Brasil ao mundo livre 
2) Ampliação dos contatos 
3) Redução das tensões internacionais 
4) Expansão do comércio externo brasileiro 
5) Anticolonialismo 
6) Luta contra o subdesenvolvimento econômico 
7) Estreitamento de laços com a Europa 
8) Importância dos interesses do Brasil na África e Ásia 
9) Estreitamento de relações com os Estados africanos 
10) Fidelidade ao sistema interamericano 
11) Continuidade e intensificação da OPA 
12) Apoio à ALALC 
13) Cooperação com as repúblicas da América Latina 
14) Cooperação com os EUA 
15) Apoio à ONU na defesa da paz internacional e da justiça econômica 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
João Goulart 
(1961-1964) 
 
Chanceleres: San 
Tiago Dantas, 
Afonso Arinos de 
Melo Franco, 
Hermes Lima, 
Evandro Lins e 
Silva, João Augusto 
de Araújo Castro 
Política Externa Independente (PEI): 
ruptura com a lógica Leste-Oeste; 
ampliação geográfica, distanciamento de 
compromissos ideológicos, com ênfase 
Norte-Sul. 
 
Continuidade da PEI, especialmente por 
San Tiago Dantas  consideração 
exclusiva dos interesses do Brasil, 
aspirando ao desenvolvimento e à 
emancipação econômica 
- preservação da paz pela coexistência 
e pelo desarmamento geral e 
progressivo 
- não intervenção e autodeterminação 
dos povos 
- ampliação do mercado externo 
brasileiro a todos os países 
- apoio à emancipação de territórios 
não autônomos 
- autoformulação dos planos de 
desenvolvimento econômico e de 
prestação e aceitação de ajuda 
internacional 
- panamericanismo 
UR
SS
 
Restabelecimento das relações rompidas em 1947. 
Restabelecimento pragmático, não ideológico. Temia-se perda de exportações brasileiras para a Europa com a 
criação da CEE (Mercado Comum Europeu). O bloco soviético tinha o maior crescimento comercial no mundo. 
1961 
Criação do Grupo de Coordenação de Comércio com os Países Socialistas da Europa Ocidental (COLESTE). 
Passou a ser denominado Comissão de Comércio com a Europa Ocidental em 1968 (sob a mesma sigla). 
1962 
OE
A 
VIII Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores na OEA, realizada em Punta del Este  suspensão 
da participação de Cuba na OEA. 
Resoluções aprovadas na reunião: 
Pauta Posição do Brasil 
Exclusão da participação no sistema interamericano/ suspensão de Cuba da OEA Abstenção 
Suspensão da venda de armas e material bélico a Cuba Abstenção 
Incompatibilidade entre o comunismo e os princípios do sistema interamericano Favorável 
Suspensão de Cuba da Junta Interamericana de Defesa (JID) Favorável 
Debates na OEA sem resolução Posição do Brasil 
Crise dos Mísseis: bloqueio naval a Cuba Favorável 
Crise dos Mísseis: intervenção em Cuba Contrário 
Brasil mantinha a defesa “intransigente do princípio da não intervenção, por considerar indevida a ingerência de 
qualquer outro estado, seja por qual pretexto for, nos negócios internos”. Não se tratava de simpatia ideológica. 
- San Tiago Dantas propunha a elaboração do estatuto das relações entre Cuba e o hemisfério, sobre o qual a 
OEA se pronunciaria 
- pressão interna no Brasil pela eliminação de Cuba da OEA, orientada por ex-chanceleres  San Tiago respondia 
que o isolamento de Cuba poderia contribuir para aproximá-la cada vez mais da URSS 
1962 
Gu
er
ra
 d
a 
La
go
st
a 
Guerra da Lagosta: contencioso entre Brasil e França sobre a captura ilegal de lagostas em águas territoriais do 
Nordeste brasileiro por navios pesqueiros franceses.  Brasil alegava violação às Convenções de Genebra sobre 
o Direito do Mar (1958) (recursos da plataforma continental)  mobilização da Marinha francesa  mobilização 
da Marinha brasileira  retirada da Françaem 1963 
1961-1963 
EU
A 
Aliança para o Progresso não produzia os resultados esperados. 
Encontro de João Goulart e Kennedy: nacionalização pacífica de empresas deveria ser precedida de negociação 
sobre ajuste de contas, com alongamento dos pagamentos referentes a indenização. 
- Comunicado conjunto para manter as condições de segurança para a atuação do capital privado no Brasil 
- manutenção do princípio da justa compensação com reinvestimentos em outros setores importantes para o 
desenvolvimento econômico do Brasil 
- reclamação sobre a deterioração dos termos de troca 
1962 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Focos de discordância: 
- desapropriação da subsidiária da ITT no Rio Grande do Sul (Brizola)  Emenda Hikenlooper: suspensão da ajuda 
dos EUA em países que realizassem nacionalizações sem indenização imediata, adequada e efetiva 
- alteração da lei de remessa de lucros do Brasil 
- diminuição dos investimentos estrangeiros no país 
1962-1963 
De
se
nv
olv
im
en
to
 
Discurso dos 3D’s de Araújo Castro: na abertura da 18ª AGNU, defendia perspectiva autenticamente brasileira 
das relações internacionais, que não se pautava exclusivamente sobre os interesses das superpotências. Os 
países em desenvolvimento deveriam ter papel central na gestão da ordem internacional. A ONU deveria se 
dedicar a realizar progressos em três áreas fundamentais: desarmamento, desenvolvimento econômico e 
descolonização. 
1963 
Criação da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento): órgão 
intergovernamental permanente, ligado à AGNU. O Brasil pleiteava a revisão do sistema multilateral de comércio 
e a criação de mecanismos para promoção das economias dos países em desenvolvimento.  resultou na 
proposta de criação do Sistema Geral de Preferências (SGP), incorporada ao GATT nos anos 1970. 
1964 
An
go
la Debate na ONU: delegação brasileira chefiada por Afonso Arinos de Melo Franco; defendia o anticolonialismo, mas 
também preservava os laços históricos, culturais e de amizade com Portugal 
- defesa de uma solução pacífica e rápida 
1962 
Ar
ge
nt
ina
 
Encontro de Joao Goulart e Frondizi no Galeão (RJ) 1961 
Viagem de San Tiago Dantas a Buenos Aires  Declaração conjunta reafirmando os princípios da Declaração de 
Uruguaiaana 
- concordância em relação a 11 pontos, referentes a: ordem internacional, salvaguarda da democracia, promoção 
do desenvolvimento 
- Tratado de extradição e convenção sobre assistência gratuita 
1961 
Deposiçao de Frondizi e interrupção da aproximação (iniciada em 1958)  fim do espírito de Uruguaiana 1962 
De
sa
rm
am
en
to
 Comissão de Desarmamento da ONU: Brasil e México foram selecionados para integrá-la; posição de equidistância 
no conflito Leste-Oeste 
Conferência do Desarmamento: declaração contra as explosões atômicas das oito potências “não alinhadas” (Brasil, 
Birmânia, Etiópia, Índia, México, Nigéria, República Árabe Unida e Suécia) 
Brasil propôs desarmamento, inspeção e reconversão econômica. Defendeu que as nações não nuclearizadas 
deveriam ficar imunes aos riscos de natureza nuclear. Se manifestou contrariamente às experiências nucleares 
e a favor das inspeções no processo de desarmamento. Defendeu o desarmamento geral e completo. 
1962 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Castello Branco 
(1964-1967) 
 
Chanceleres: Vasco 
Leitão da Cunha e 
Juracy Magalhães 
Os governos militares foram apoiados 
pelos EUA, e contaram com o 
reconhecimento de quase todos os 
países americanos, exceto o México 
(Doutrina Estrada – não intervenção 
em assuntos domésticos e não 
reconhecimento de governos de facto 
em outros países) (o fez em 1964) e a 
Venezuela (Doutrina Bettancourt – não 
reconhecimento de ditaduras) (o fez 
em 1966). 
Abandono do universalismo da PEI; 
incorporação da doutrina das 
“fronteiras ideológicas”. 
Diplomacia da Segurança Nacional: 
bipolaridade no centro das relações, 
alinhamento aos EUA. Abertura ao 
capital estrangeiro para o 
desenvolvimento e equacionamento da 
dívida externa. “O que é bom para os 
Estados Unidos é bom para o Brasil”. 
Desenvolvimento associado dependente 
Eix
os
 t
eó
ric
os
 
Influência das ideias gestadas na Escola Superior de Guerra (ESG), com destaque para Golbery do Couto e Silva 
como principal teórico. 
Visava transformar o Brasil em potência mundial pela associação aos EUA. 
Teoria dos círculos concêntricos sobre os interesses do Brasil: América Latina  continente americano  
hemisfério ocidental 
Defesa: combate ao comunismo na defesa do Ocidente 
A. Cervo: passo fora da cadência, correção de rumos que não foi mantida posteriormente. Contra a PEI, a política 
neutralista, o nacionalismo prejudicial, a estatização, a ruptura de laços políticos e afetivos com Portugal e o 
Ocidente. 
- Bipolaridade: servia internamente a fortalecer a ideia de inimigo interno e externamente a incorporar o 
ocidentalismo, a interdependência, a segurança coletiva, a aproximação com os EUA, a abertura econômica e o 
anticomunismo. 
- Abertura ao capital estrangeiro: ideia de que, ofertadas as condições de liberdade, o capital internacional fluiria 
espontaneamente 
- Contradição: não promovia ruptura com as tendências universalistas ou adesão prévia à política de qualquer 
grande potência 
- Recolocar o Brasil nas prioridades dos países ocidentais 
- Diplomacia direcionada a atender aos interesses do comércio exterior (Reforma do MRE em 1966) 
- Anacrônica em face do contexto internacional em que os EUA não priorizavam a América Latina 
Apoiadores: Escola Superior de Guerra (ESG) e as ideias de Golbery do Couto e Silva, que defendiam o alinhamento 
aos EUA e suas consequências, e as elites orgânicas brasileiras (Instituto de Pesquisas e estudos Sociais – IPES, 
Instituto Brasileiro de Ação Democrática – IBAD, Ação Democrática Popular – ADEP), associadas à ESG e a órgãos 
estrangeiros da mesma natureza, inclusive norte-americanas, que visavam desestabilizar o governo populista, 
frear as reformas sociais e os projetos nacionalistas e a restabelecer o poder de classe supranacional. 
Críticas: imprensa, Forças Armadas (linha dura), empresariado e classe média 
1964-67 
EU
A 
Recolocados no eixo de prioridades em 1964  consolidados em 1965  nível de excelência em 1966 
14 ajustes com a Agency for International Development: cooperações de pequeno vulto no quadro da Aliança 
para o Progresso 
1964 
Missão do Senador William Fulbright: reescalonamento de dívidas; acordo de garantia de investimentos privados e 
de cooperação para usos civis da energia atômica 
1965 
Reformulação da lei de remessas de lucro, pagamento das indenizações à ITT e AMFORP; concessões a empresas 
norte-americanas, planos de ajustamento econômico e endividamento nos padrões do FMI; ajustes militares; 
acordo aerofotográfico, vinda de especialistas norte-americanos. 
1965 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Cu
ba
 
Rompimento de ralações por “apoiar subversão no Brasil” e por ter descarregado armas na Venezuela.  
fundamento ideológico  questão examinada na IX Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores da 
OEA, que decidiu por sancionar Cuba com base no TIAR pelo descarregamento de armas na Venezuela, 
determinando: suspensão do comércio, do transporte marítimo e a não manutenção de relações diplomáticas e 
consulares 
Restabelecidas em 1986, no governo Sarney. 
Relações com a URSS mantidas. 
1964 
FIP
 
Participação na Força Interamericana de Paz (FIP) que interveio na crise da República Dominicana (1965-1966), 
em apoio à Operação Powerpack dos EUA, criada em apoio ao governo militar que derrubou o presidente 
dominicano Juan Bosch em 1963. Foi comandada por um general brasileiro. 
A questão da República Dominicana foi discutira na X Reunião de Consulta, em que o Brasil obteve o comando da 
FIP 
1965 
M
ult
ila
te
ra
lis
m
o 
Convocação da II Conferência Interamericana Extraordinária,no Rio de Janeiro  princípios que regeriam a 
reforma da Carta da OEA para coordená-la à cooperação econômica e ao desenvolvimento 
1965 
Criação da Conferência de Ministros das Relações Exteriores da Alalc, que daria suporte político às decisões de 
integração econômica 
1965 
Investida em órgãos multilaterais não regionais (UNCTADO, GATT, Conferência do Desarmamento e ONU), para os 
países socialistas e para a África subsaariana 
 
Segurança econômica coletiva na UNCTAD e no GATT: a responsabilidade pelo desenvolvimento dos povos 
atrasados é da comunidade internacional, a ser impulsionado pela reforma do comércio internacional 
- Brasil integrou o “Grupo dos 75”: coordenação das posições do Terceiro Mundo, criado nessa ocasião 
- Apoio à convocação periódica da OEA 
- Combate ao Market disruption: contingenciamento das importações pelos países do Norte, com base na 
“desorganização de mercados” 
- Negou-se a firmar o Acordo para o Comércio de Têxteis negociado no GATT em 1965, pois prejudicava as 
exportações para a Europa e para os EUA 
1964 
De
sa
rm
am
en
to
 
Conferência do Desarmamento: teses brasileiras 
- as grandes potencias deveriam passar dos princípios às decisões concretas de desarmamento 
- criar fundo destinado a captar as poupanças realizadas por tais medidas, a serem destinadas ao desenvolvimento 
1964 
Vie
tn
ã 
O Brasil recusou o pedido dos EUA de envio de tropas em apoio ao governo sul-vietnamita na Guerra do Vietnã. 
Enviou café e medicamentos e instalou embaixada em Saigon. 
1965 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Am
ér
ica
 d
o 
Su
l 
Tentativa de incremento do comércio com a Argentina pelo acordo do trigo 1964 
Criação de Comissão Especial com a Argentina 
Proposta malsucedida de união aduaneira 
1965 
Aproximação ao governo Stroessner no Paraguai. Acirramento de tensões com a Argentina. 
A Argentina criticava a política brasileiro-paraguaia de aproveitamento hidrelétrico no rio Paraná. 
Inauguração da Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai. 
1965 
Ata das Cataratas (ou Ata do Iguaçu): divisão em partes iguais, entre Brasil e Paraguai, da energia elétrica 
produzida entre Salto Grande de Sete Quedas e a Foz do rio Iguaçu, com cláusula de preferência para a aquisição 
da energia não utilizada pelo outro.  base para o Tratado de Itaipu de 1973 
1966 
Venezuela rompeu as relações diplomáticas com o Brasil 1964 
Venezuela retomou relações com o Brasil 1966 
Visita de Juracy Magalhães a sete capitais sul-americanas 1966 
UR
SS
 Visita de Roberto Campos, ministro do planejamento, à URSS, com empresários. 1965 
Assinatura de protocolo sobre fornecimento de maquinaria e equipamentos soviéticos ao Brasil. 1966 
Primeira reunião da Comissão Mista bilateral, criada em 1963 1965 
Eu
ro
pa
 
Reaproximação com o governo Salazar em Portugal, do qual havia se distanciado durante a PEI. 
Acordo de comércio para dar maior dinamismo às relações bilaterais e à complementariedade econômica. 
1966 
A. C. Lessa: melhoria nas relações com a Europa Ocidental. 
Visita de Charles de Gaulle, primeira de um chefe de Estado francês ao país. 
1965 
Visita do presidente da República Federal Alemã, Heinrich Lübke. 1964 
Europa do Leste: passar de relações puramente comerciais a relações econômicas 
- reativar a Coleste 
 
Áf
ric
a 
Condenação do colonialismo e do apartheid, visando ampliar o mercado e atingir o interior do continente 
Visita do presidente do Senegal Léopold Senghor 1964 
Missão comercial à África ocidental: Senegal, Libéria, Gana, Nigéria, Camarões e Costa do Marfim 
- assinatura de alguns acordos para tratamento mais favorável possível 
1965 
Segunda missão comercial à África: África do Sul, Moçambique, Angola, gana, Costa do Marfim e Lisboa 1966 
Co
m
ér
cio
 ↑ exportações (+0,3 bi de dólares ao ano) 
↓ investimentos e empréstimos externos 
↑endividamento externo (+1,3 bi de dólares) 
Brasil exportador de capitais 
 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Costa e Silva 
(1967-1969) 
 
Chanceler: José 
de Magalhães 
Pinto 
Diplomacia da prosperidade: resgate do 
universalismo da PEI; abandono do 
alinhamento aos EUA; autonomia na 
ação internacional; abandono da 
bipolaridade; oposição à 
interdependência militar, política e 
econômica e ao ocidentalismo. 
- Ampliação de mercados: capital 
estrangeiro + capitalismo monopolista 
Estatal 
- Novas parcerias comerciais na Europa 
- Incremento da cooperação com 
países em desenvolvimento 
- poder nacional vinculado ao poder 
emergente dos povos atrasados – não 
plenamente soberano 
 
Contexto da Détente na Guerra Fria 
 
A segurança passou a ser vista como 
produto do desenvolvimento. 
 
Diretrizes: 
- reformulação das bases do comércio 
internacional e ampliação das pautas e 
mercados para exportação brasileira 
- aquisição da ciência e tecnologia 
necessárias à independência econômica 
- aumento dos fluxos financeiros de 
origem mais diversificadas, com 
melhores condições de pagamento ou 
igualdade de tratamento 
 
Áf
ric
a Expansão da rede diplomática: legação no Quênia 1967 
Embaixada na Costa do Marfim 1969 
Aproximação da África independente pelo crescente interesse em fomentar a parceria econômica, comercial, 
política, cultural e histórica 
 
Ín
dia
 Troca de visitas de alto nível 
Acordo de Comércio (primeiro deste tipo entre os dois países, firmado por ocasião da visita da Primeira Ministra 
Indira Ghandi) 
1968 
De
se
nv
olv
im
en
to
 ONU e UNCTAD: Resoluções favoráveis ao desenvolvimento 
- II UNCTAD: “atitude decisivamente reivindicatória” com o Terceiro Mundo; acesso de manufaturados ao Primeiro 
Mundo e novos acordos sobre matérias-primas 
- política nuclear brasileira 
- pressão sobre UNCTAD, CECLA, GATT, OCDE e outros órgãos para expandir as exportações e a cooperação 
econômica, financeira e tecnológica 
1968 
Or
ien
te
 
M
éd
io CSNU e AGNU: defesa de política de paz condicionada ao reconhecimento do Estado de Israel pelos países árabes 
e à retirada israelense dos territórios ocupados pela força 
1967 
Proposta de criação da Loarabe (Grupo de Coordenação do Comércio com os Países Árabes) na ONU 1969 
De
sa
rm
am
en
to
 
O Brasil não assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, que previa a não proliferação nuclear, o 
desarmamento nuclear e a utilização da energia nuclear para fins pacíficos. Em seu bojo, os países nuclearmente 
armados garantiam o direito de assim permanecer, sem prazos concretos para sua desnuclearização. Controlava-
se a disseminação horizontal (do número de países nuclearizados), vedada pelo tratado, e não a vertical (do arsenal 
nuclear) 
Brasil: o TNP era discriminatório, pois congelava o poder mundial. 
Condições para assinatura brasileira: que o tratado não impedisse o acesso à tecnologia nuclear, e que viesse 
acompanhado de medidas efetivas de desarmamento por parte das potências nucleares 
Potências nucleares: EUA, França, Reino Unido, República Popular da China (entrou em 1971 na ONU) e URSS (CSNU) 
1968 
Assinatura do Tratado de Tlatelolco (1967): América Latina como zona livre de armas nucleares  em vigor a 
partir de 1994 para o Brasil 
1967 
Política nuclear brasileira: 
- renúncia às armas nucleares, apoio ao desarmamento nuclear e à não proliferação 
- determinação de utilizar a energia nuclear para acelerar o desenvolvimento gerando tecnologia própria 
 
Acordo nuclear com Israel 1966 
Acordo nuclear com a França 1967 
Acordo nuclear com a Espanha 1968 
Acordo nuclear com a Índia 1968 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Nacional-desenvolvimentismo: diplomacia 
como instrumento para a expansão 
econômica nacional. Política externa 
destinada a suprir a sociedade e o 
Estado de meios para impulsionar o 
desenvolvimento de forma autônoma. 
 
Política exterior atenta ao exclusivo 
interesse nacional, “sensível ao fator 
econômico”, “de conteúdo econômico”, 
“a serviço da prosperidade”. 
Nãocompareceu à reunião da OEA sobre segurança coletiva 1967 
Am
ér
ica
 L
at
ina
 
Reunião do Novo Diálogo (a Aliança para o Progresso): compareceram os 19 Ministros das Relações Exteriores da 
região, que apresentaram a Nixon, por intermédio da CECLA, o Consenso de Viña del Mar, com as reivindicações 
dos latinos por cooperação mais efetiva. 
A diplomacia brasileira mostrava-se cética ante as possibilidades do mercado: inexistência de base física de 
comunicações; disparidade das economias nacionais; autossuficiência do mercado interno para responder à 
expansão econômica. 
1969 
Tratado da Bacia do Prata: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia  desenvolvimento harmônico e 
integração física da Bacia do Prata e suas áreas de influência 
1969 
Divergências com a Argentina sobre o aproveitamento dos rios 1969 
Sequestros de aeronaves brasileiras para Cuba 1969 
EU
A Divergências sobre: limitação à importação de café solúvel; contingenciamento de têxteis; acordo internacional do 
cacau; maior participação do Brasil em fretes bilaterais e na distribuição das quotas de açúcar. 
 
Eu
ro
pa
 
Intensificação das relações com a Europa Ocidental 
RFA: Visita do Ministro das Relações Exteriores Willy Brandt ao Brasil: Acordo Geral de Cooperação  
desenvolvimento tecnológico, pesquisas e cooperação militar para fins pacíficos 
Visita de Magalhães Pinto à RFA 
1968 
Grã-Bretanha: visita da Rainha Elizabeth II 1968 
Acordos com Espanha e Portugal nas áreas comercial e cultural 1969 
Europa Oriental: 5 reuniões da Coleste; aumento do comércio; novo protocolo para fornecimento de máquinas e 
equipamentos à URSS 
1969 
Portugal: mecanismos institucionais 
- encontros anuais dos chanceleres 
1966 
- Dia da Comunidade Luso-Brasileira (22 de abril) 1967 
- Ano da Comunidade Luso-Brasileira 1972 
- Convenção de Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses 1972 
Ja
pã
o Aumento no comércio bilateral de 106 milhões para 2 bilhões de dólares 1967-1979 
Criação da Comissão Mista Bilateral, que se reuniu nos dois anos seguintes, destinada ao incremento do comércio 
e da cooperação 
1967 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Co
m
ér
cio
 
Reunião dos Chefes de Estado da OEA em Montevidéu: criação do Mercado Comum Latino-Americano em 15 anos, 
a partir de 1970 
1967 
Médici (1969-
1974) 
 
Chanceler: Mario 
Gibson Barboza 
Diplomacia do interesse nacional: 
priorização das relações bilaterais como 
as mais convenientes para o 
desenvolvimento 
- pragmatismo em detrimento dos 
princípios 
- abertura de novos mercados 
- aproximação de países fornecedores 
de tecnologia e matérias primas para a 
indústria brasileira 
- reivindicação de espaço de decisão 
- flexibilidade, agilidade, discrição, 
adaptabilidade e relativa indiferenciação 
política 
- autenticidade nacional 
 
Funções da PEB: 
- mudar as regras de convivência 
internacional e a cristalização do poder 
- usar o poder nacional decorrente do 
crescimento a favor dos povos que 
visam o progresso 
- auxiliar a implantação da nova ordem 
econômica internacional 
- manter ativa a solidariedade com os 
povos em desenvolvimento 
- ampliar o universalismo 
 
Posturas: 
No
va
s 
em
ba
ixa
da
s Arábia Saudita 1973 
Kuwait 1975 
Iraque 1972 
Líbia 1974 
Co
op
er
aç
ão
 
Instituição do sistema interministerial coordenado pelo Itamaraty e pelo Ministério do Planejamento para selecionar 
e coordenar projetos de cooperação internacional 
1969 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Estocolmo: intensa atuação brasileira em prol das 
demandas do Terceiro Mundo 
1972 
Brasil como interlocutor entre ricos e pobres. Incremento da cooperação com países em desenvolvimento. 
GATT (defesa do sistema geral de preferências) e AGNU (UNCTAD): maiores concessões e atenção às 
necessidades dos países em desenvolvimento. 
AGNU: defesa da NOEI (Nova Ordem Econômica Internacional)  propostas para promover a industrialização, o 
comércio, etc., dos países em desenvolvimento. 
1974 
XXV AGNU: Segunda década do Desenvolvimento  propõe a substituição da estratégia da estabilidade por uma 
estratégia dinâmica de desenvolvimento 
1970 
Acordo nuclear com o Equador 1970 
EU
A 
Rivalidade emergente: distanciamento e deterioração das relações 
- extensão do Mar Territorial brasileiro para 200 milhas náuticas 
- expulsão de barcos norte-americanos dessas águas 
- restrições norte-americanas às importações de manufaturados brasileiros (bolsas, café solúvel, calçados, 
têxteis) 
- divergências entre as políticas nucleares, de poluição, de defesa do meio ambiente, renovação dos acordos 
sobre café e açúcar, etc. 
1970 
Visita de Médici  frase de Nixon “para onde for o Brasil, vai a América Latina” 
- realimentação do entendimento mútuo por um sistema de consulta de alto nível 
- acordos sobre epsca, produtos agrícolas, cooperação científica, atividades espaciais e pesquisas oceanográficas 
1971 
Acordo para Cooperação sobre os Usos Civis da Energia Atômica: construção de Angra I pela norte-americana 
Westinghouse; não previa transferência de tecnologia de enriquecimento; acordo com salvaguardas. 
1972 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
- diminuir a distancias entre Norte e 
Sul, bem como a dependência 
tecnológica, a separação em zonas de 
influência e a imposição de vontade 
- crítica à lentidão dos foros 
internacionais para assuntos 
econômicos 
 
Doutrina da segurança econômica 
coletiva: paz mundial dependeria do 
confronto material, e não do confronto 
bipolar 
M
ar
 t
er
rit
or
ial
 
Declaração unilateral de extensão do Mar Territorial brasileiro para 200 milhas náuticas 
- outros países da AL já haviam feito o mesmo: Argentina, Chile, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Peru e Uruguai 
- uso exclusivo de petróleo e recursos pesqueiros 
- segurança nacional e apelo nacionalista 
- protestos dos países desenvolvidos com embaixadas no Brasil: EUA, França, RU, RFA e URSS 
- países latino-americanos celebraram 
- EUA defendiam liberdade dos mares 
- Convenção de Genebra de 1958 sobre Mar Territorial e Zona Contígua: não fazia referência à largura do mar 
territorial 
- Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (1982, em vigor desde 1994): delimitação de 12 milhas 
náuticas, mas EUA não são parte 
1970 
Brasil e América Latina derrubaram proposta de limitação do mar territorial a 12 milhas marítimas na ONU, que 
deu origem à convocação da Conferência para o Direito do Mar de 1974 
1972 
Adesão ao Tratado de Não Armamento Nuclear do Fundo do Mar, criado na ONU sob iniciativa dos EUA e da URSS 1970 
ON
U 
Defesa do desarmamento – teses e princípios: 
- os ganhos decorrentes deveriam ser canalizados ao desenvolvimento 
- conversão da segurança política em econômica 
- não aquisição de territórios pela força 
- não intervenção 
- autodeterminação 
Os últimos 3 foram invocados na XV Reunião de Consulta dos chanceleres dos Países Membros do TIAR, ocorrida 
em 1974 
1971 
Or
ien
te
 M
éd
io Manutenção da equidistância diante do conflito árabe-israelense 
- visita a Israel e Egito, reiterando apoio à paz  ampliar relações diplomáticas 
- Convênios de comércio e cooperação técnica 
1973 
Visita do chanceler do Egito 1972 
Visitas dos chanceleres de Israel e Arábia Saudita 1973 
Ás
ia Objetivos: ampliar o comércio pela exportação de produtos primários e manufaturados 
- apoio à permanência das duas Chinas e das duas Coreias na ONU 
1973 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Eu
ro
pa
 
Acordo com a Comunidade Econômica Europeia, que havia estabelecido acordo de preferências para a África 
(Youndé) e para a Ásia (Lomé)  maior parceiro do Brasil, absorvendo 30% das exportações 
1973 
Dinamismo na cooperação bilateral: visitas de alto nível e acordos com diversos países, como: 
- Portugal: Convenção de Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses 
- Alemanha:Ajuste Nuclear ao acordo de 1969; convênios espaciais, de ciências básicas, matemática e computação 
e treinamento militar 
- Espanha: Acordo Básico de Cooperação Técnica 
- França: Convênio Nuclear 
- Suécia, Dinamarca e Noruega: Transporte Marítimo 
- acordos para evitar bitributação 
- Alemanha: mais amplo e complexo programa de cooperação bilateral; segundo maior investidor no Brasil em 
1972 
1970-1973 
Visita do presidente da Coleste às sete capitais do Leste Europeu 
- reunião das Comissões Mistas 
- créditos para exportações brasileiras 
- estabelecimento de uma espécie de comércio de compensação 
Organização de vários escritórios do Leste no Rio de Janeiro 
1972 
Estabelecimento de relações diplomáticas com a RDA 1973 
Am
ér
ica
 L
at
ina
 
Busca da cooperação nos órgãos regionais, em associação aos EUA  Criação da CECON (Comissão Especial de 
Consulta e Negociação) para implementar o Consenso de Viña del Mar  nova política dos EUA provocou recuo 
latinoamericano 
 
Óbice à criação do Mercado Comum e proposta de reforço da Alalc para expandir a exportação de manufaturados 
Apoio à institucionalização da Assembleia Geral da OEA como órgão de cooperação para substituir a Conferência 
Interamericana Quinquenal 
1970 
Reivindicação de preferência para produtos industrializados brasileiros no Comitê Executivo da Alalc 1971 
Reforço de iniciativas bilaterais e da diplomacia pessoal para incrementar o comércio e a cooperação, debatidos 
no seio das comissões mistas 
- projetos de ligação rodoviária e ferroviária 
- construção de pontes 
- ampliação dos meios de transporte e comunicações 
- créditos a exportações dos países vizinhos 
 
Paraguai: hidrelétrica de Itaipu 1973 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Bolívia: compra de gás e complementação industrial  Ata de Cooperação 1973 
Colômbia: estudos para a binacional do carvão 1973 
Uruguai: projetos de desenvolvimento das bacias da lagoa Mirim e do rio Jaraguão 
Ar
ge
nt
ina
 
Deterioração das relações da segunda metade dos anos 1960 até o final dos anos 1970 
- Aproveitamento hídrico do Prata: Argentina reivindicava direito de consulta sobre os projetos de Itaipu, pois 
incluía a construção do projeto Corpus Christi, na fronteira com o Paraguai; o Brasil não reconheceu a pretensão 
argentina. 
- Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (CNUMAH) de Estocolmo (1972): Argentina queria discutir 
a disputa nessa ocasião, mas foi rejeitada  a questão foi levada à AGNU 
- Solução: 1979  Acordo Tripartite Itaipu-Corpus (Acordo de Cooperação Técnico-Operativa entre Argentina, 
Brasil e Paraguai) 
1960-1970 
Áf
ric
a 
Périplo Africano de Gibson Barboza: visita a 9 países da África, sem colônias portuguesas. Esforço de auxiliar no 
projeto nacional-desenvolvimentista pelo suprimento de petróleo. 
- aumento das exportações de manufaturados brasileiros e instalação de empresas brasileiras no continente 
- Atlântico Sul vital para a segurança do Brasil 
Ziguezague: política externa brasileira para a África no início da década de 1970 
Até 1973 o Brasil manteve apoio ao colonialismo português na ONU: proximidade política; perder acesso ao 
mercado europeu; lobby português no Brasil; “lusotropicalismo”; Guerra Fria. 
Apartheid: reticência na condenação ao regime sul-africano 
- África do Sul era o maior parceiro comercial do Brasil na África 
- não intervenção 
A mudança na posição brasileira surgiu por pressões crescentes de países árabes e africanos e pela Revolução 
dos Cravos, que pôs fim ao Estado Novo em Portugal. 
1972 
Ja
pã
o Acordo Básico de Cooperação Técnica, estabelecido após a troca de visitas entre os chanceleres 
- objetivos: captação de recursos, equipamentos e tecnologias para acelerar o desenvolvimento 
1970 
Geisel (1974-
1979) 
 
Pragmatismo responsável e ecumênico: 
relacionamento sem restrições 
ideológicas com ênfase na promoção 
comercial e na abertura de novos 
mercados. 
- aproximação com o Terceiro Mundo 
Ch
ina
 
Estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China: 
- relações com a República da China (Taiwan) em 1952  rompimento em 1974 
1974 Voto contra a Resolução A/RES/2758(XXVI) que reconheceu a RPC como única representante legítima da China 
na ONU. Os EUA também votaram dessa forma. Após o rompimento com Taiwan, o Brasil abriu escritório de 
representação comercial em Taipei. 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Chanceler: 
Azeredo da 
Silveira 
- resgate da PEI 
- expansão pragmática do universalismo 
e aprofundamento do nacional-
desenvolvimentismo 
- atuação diplomática pragmática, 
dentro de parâmetros éticos e com 
uma perspectiva ecumênica 
- Estado articulador do processo 
produtivo 
 
 
Primeiro acordo comercial com a República da China 1978 
Áf
ric
a 
Primeiro país a reconhecer a independência de Angola, realizada pelo Movimento Popular de Libertação Angolana 
(MPLA), de orientação socialista, apoiado pela URSS e por Cuba 
1975 
Independências africanas: Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com as quais o Brasil 
estabeleceu relações no mesmo ano  Brasil oferecia mediação para apoiar a independência negociada, recebida 
friamente por ambas as partes 
- Guiné Bissau: independência em 1973, cujo reconhecimento foi objeto de pressão do Brasil sobre Portugal em 
1974 
1975 
Missão de Azeredo da Silveira pela África Negra: 
- incremento da cooperação na modalidade Sul-Sul para o desenvolvimento mútuo 
- soberania, autodeterminação e independência econômica 
- repulsa ao colonialismo e à discriminação racial, com apoio À independência da Namíbia e ao governo de maioria 
negra do Zimbábue 
1974 
Or
ien
te
 M
éd
io 
XXX AGNU: 
- Voto a favor da participação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) se tornar observadora da 
ONU  povo palestino tem direito à autodeterminação e soberania; retirada das tropas israelenses 
- proposta de partilha da região 
- Voto a favor da resolução que reconheceu o sionismo como forma de racismo, posteriormente revogada em 
1991, com voto afirmativo do Brasil 
1974 
1975 
Apoio à criação da OPEP, visando ampliação dos negócios e da cooperação 
Acordos com o Kuwait 1975 
Acordos com a Líbia 1978 
Primeiro choque do petróleo: déficit da balança comercial brasileira; governo buscou a ampliação da matriz 
energética brasileira (80% do petróleo era importado)  busca pela ampliação da matriz energética  
Iniciativas: acordo nuclear com a RFA (1975) e Proálcool (1975) 
1973 
Eu
ro
pa
 
Primeiras visitas oficiais de um presidente brasileiro à França, ao Reino Unido e ao Japão 1976 
Primeira visita de presidente brasileiro à RFA 1978 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Acordo nuclear com a RFA e protocolo complementar: construção de oito reatores para geração de eletricidade; 
indústria teuto-brasileira no Brasil para fabricação de componentes e combustível para os reatores. O acordo 
previa transferência de tecnologia sensível para o enriquecimento de urânio e a instalação de plantas industriais 
 construção de Angra II iniciada em 1981, em operação a partir de 2021 
- EUA protestaram 
1975 
Visita de Azeredo da Silveira à Grã-Bretanha, França e Itália, com as quais firmou acordos e instrumentos de 
cooperação, bem como memorandos de entendimento para consultas de alto nível 
1975 
EU
A 
Memorando de entendimento relativo a Consultas sobre Assuntos de Interesse Mútuo entre Brasil e EUA: assinado 
por Kissinger e Azeredo da Silveira  criação de mecanismo bilateral de consultas políticas sobre toda a gama 
de assuntos de política exterior 
1976 
Governo Jimmy Carter (1977-1981): condicionou a concessão de ajuda militar ao exame de relatório sobre direitos 
humanos no Brasil 
- visita ao Brasil em 1978 
1976-1977 
Denúncia do acordo de 1952 pelo Brasil, alegando ingerência em assuntos internos 
Brasil devolveu relatório sobre direitos humanos que condicionavaa ajuda militar, e denunciou todos os acordos 
nessa área 
1977 
Nova Lei de Comércio dos EUA contrária à política econômica internacional do Brasil  restrições às importações 
dos PEDs  “congelamento das estruturas internacionais do poder econômico” 
1974 
Ampliação do déficit econômico brasileiro 1974 
Suspensão do fornecimento de uranio para a usina de Angra, acordado em 1972 1974 
Am
ér
ica
 d
o 
Su
l 
Tratado de Cooperação Amazônica (TCA): assinado por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e 
Venezuela 
- promover o desenvolvimento integral da região e o bem-estar de suas populações, bem como reforçar a 
soberania dos países sobre seus territórios amazônicos 
- Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) criada em 1991, com sede em Brasília (é a única 
organização internacional governamental com sede no Brasil) 
1978 
Cooperação com países sul-americanos: estratégia realista que visava dar legitimidade à liderança brasileira 
- cooperação tecnológica com a Bolívia 
- revisão dos acordos de administração das águas compartilhadas na fronteira com o Uruguai 
- devolução dos troféus tomados ao Paraguai na Guerra da Tríplice Aliança 
- observador permanente do Pacto Andino (1969) 
 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Intensa atuação em diversos níveis 
- órgãos multilaterais regionais, especialmente no SELA (Sistema Econômico Latino-Americano, criado em 1975), 
na OEA, na ALALCA 
- uso da diplomacia pessoal 
- no campo bilateral: reforço dos programas em andamento e ampliação da cooperação 
 
Acordos de desenvolvimento com o Uruguai 
1974 
1975 
1977 
1978 
Acordos com o Paraguai, complementares ao de Itaipu 
1974 
1975 
1978 
Tratados com a Bolívia 
1974 
1977 
Todos os acordos acima visavam reforçar a recusa brasileira à proposta argentina de cooperação nuclear, aos 
quais se adicionam os projetos de cooperação implementados pelo Brasil com recursos do PNUD 
1975 
M
ult
ila
te
ra
li
sm
o 
Proposta do Acordo Geral entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para modificar as regras do GATT, 
sob o princípio da segurança econômica coletiva 
- Exposta por Azeredo da Silveira na VII Sessão Especial da AGNU 
- reiterada na XXX AGNU 
- sustentada até 1976 na UNCTAD e na Conferência de Paris sobre Cooperação Econômica Internacional 
1975 
Se
gu
ra
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a 
Política de exportação de material bélico  eliminar a dependência e fomentar a segurança 1974 
Acordo Nuclear com a RFA  transferência e absorção progressiva de tecnologia nuclear 1975 
Denúncia do Acordo Militar com os EUA (1952) e demais acordos decorrentes, que mantinham o vínculo entre os 
dois países desde a IIGM, criando dependência obsoleta e prejudicial ao desenvolvimento tecnológico brasileiro 
1977 
Programa nuclear paralelo que conjugava projetos integrados de pesquisa implementados pelo Exército, Marinha 
e Aeronáutica 
1979 
Ja
pã
o Visita do primeiro ministro japonês 1975 
Visita de Geisel para concretizar vendas, captar investimentos e financiamentos 1976 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
En
er
gia
 
Medidas de controle da crise energética: 
- redução das importações de supérfluos 
- aumento do crédito e dos incentivos e incentivos à exportação 
- incentivo às pesquisas sobre novas fontes de energia 
- produção interna de petróleo e autorização para a Petrobrás firmar contratos de serviço com cláusula de risco, 
sem quebra do monopólio 
1975 
João Figueiredo 
(1979-1985) 
 
Chanceler: 
Ramiro Saraiva 
Guerreiro 
Diplomacia do universalismo, boa 
convivência internacional, soberania e 
dignidade nacionais 
Gu
er
ra
 F
ria
 - rebipolarização da Guerra Fria 
- Brasil negou-se a aderir às sanções impostas à URSS em 1979 em decorrência da invasão do Afeganistão 
- recusou contribuir à intervenção no Suriname após o golpe militar de 1980 
- crítica ao intervencionismo estadunidense na América Central 
- denúncia da invasão de Granada pelos EUA (1983) 
- solidariedade ao grupo de Contadora por uma solução negociada dos conflitos na América Central 
 
EU
A 
Avanços e recuos  Divergências: 
Metas econômicas: 
- Brasil esperava o fim do protecionismo às suas indústrias, recursos financeiros e projetos de cooperação, apoio 
político na negociação da dívida e acordos sobre commodities 
- EUA realizavam ameaças de retaliações às exportações brasileiras, concessões momentâneas por meio de 
favores comerciais e concessões estratégicas no mercado de informática 
 
Visita de Reagan  criação de grupos de trabalho, com assessorias de alto nível, cujos relatórios foram 
apresentados em 1984  esterilidade operativa pela imposição de condição de proibição de exportações a países 
antiamericanos 
1982 
Ca
na
dá
 
Troca de visitas entre Tudeau e Figueireado  acordo comercial e memorando de entendimentos para consultas 
de alto nível 
1981-1982 
Ar
ge
nt
ina
 
Acordo Tripartite Itaipu-Corpus (Br+Arg+Par) 1979 
Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear 1980 
Guerra das Malvinas: Brasil manteve-se oficialmente neutro.  neutralidade imperfeita/neutralidade não 
equidistante  favorável à Argentina, na prática (apoio desde a ocupação britânica em 1833) 
EUA recusaram a invocação do TIAR a favor da Argentina 
Ruptura das relações diplomáticas entre Argentina e Reino Unido  Brasil representou o país até 1990 
Apoio à resolução do CSNU sobre: cessação das hostilidades, retirada das tropas argentinas e negociação  
ressalva: direito argentino sobre as ilhas  neutralidade favorável 
1982 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Am
ér
ica
 
Ce
nt
ra
l Assistência econômica e militar ao Suriname 1983 
Posições sobre a crise em confronto direto com os EUA, recusando envolvimento com outros países latino-
americanos liderados pelo México 
1984 
Áf
ric
a 
Visitas a: Argélia, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Nigéria e Senegal  primeira visita oficial de mandatário brasileiro à 
África 
1983 
Primeira operação tripartite de cooperação Sul-Sul  exploração do carvão de Moçambique com fundos da 
OPEP 
1984 
Visita de Saraiva Guerreiro ao cinturão combativo da África austral: Tanzânia, Zâmbia, Moçambique, Zimbábue e 
Angola  alinhamento à OUA sobre: apoio à independência do Zimbábue e do Saara Ocidental; condenação do 
apartheid e intervenções sul-africanas; imposição de sanções comerciais, culturais, artísticas e desportivas à 
África do Sul (1985); condecoração do bispo Desdmond Tutu (1987) 
1980 
Or
ien
te
 M
éd
io Fortalecimento de relações com países produtores de petróleo e clientes de equipamentos bélicos, como Irã e 
Iraque 
 
Apoio à criação do Estado da Palestina e à retirada israelense 
Aviões líbios retidos no Brasil durante escala técnica para a Nicarágua, com carregamento clandestino de armas 1983 
Ás
ia 
Acordo de cooperação em ciência e tecnologia com o Japão 1984 
Ch
ina
 
Primeira visita oficial de um presidente brasileiro à China  acordos de cooperação comercial, científica, 
tecnológica e nuclear 
1984 
Convênio sobre transportes marítimos 1979 
Segunda reunião da Comissão Mista, Acordo de Cooperação Científica e Técnica, expansão do comércio 
bilateral 
1982 
Visita do PM chinês  novas modalidades de cooperação. Memorando de entendimento para consultas de 
alto nível, acordo cultural, intercambio de comércio e serviços 
1985 
Paquistão: acordo comercial 1982 
Missão aos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático: Malásia, Cingapura, Indonésia, Filipinas, Tailândia 
Dí
vid
a 
ex
te
rn
a O Itamaraty não participou das negociações da dívida externa, conduzidas pelos economistas da Fazenda, do 
Planejamento e do Banco Central 
 
Fundação do Consenso de Cartagena: foro de concertação para solucionar a questão da dívida externa da América 
Latina 
1984 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Consenso de Cartagena: Reunião de cúpula de 8Chefes de Estado latino-americanos em Cancun, com proposta 
de tratamento político que equacionasse o pagamento da dívida com o crescimento econômico da América Latina. 
1987 
Negociações conduzidas por Delfim Neto: submissão Às exigências dos credores, representados pelo FMI  
recessão, contração da demanda pela baixa dos salários reais e criação de excedentes exportáveis 
1979-1985 
M
ult
ila
te
ra
lis
m
o 
V UNCTAD, Manila: desenvolvimento, contra salvaguardas internacionais, contra o protecionismo e propôs código 
de transferência de tecnologia 
1979 
XI Assembleia Geral Especial da ONU: “Negociações Globais” como nova fórmula de diálogo Norte-Sul 1980 
Conferência Norte-Sul, Cancun: postura quase-revolucionária a partir de uma avaliação da dependência do Terceiro 
Mundo 
1981 
XXXVII AGNU: primeira vez que um Chefe de Estado brasileiro abre a sessão. Figueiredo denunciou a transferência 
do conflito Leste-Oeste ao Terceiro Mundo pelas grandes potencias. Criticou as estruturas de poder, a 
desigualdade, que inviabilizavam o crescimento das nações em desenvolvimento. Propôs a correção da ordem global 
por negociações Norte-Sul, liberalização do comércio, expansão dos fluxos financeiros internacionais e nova política 
de juros. 
1982 
VI UNCTAD, Belgrado: malogro das iniciativas anteriores, retraimento do Norte e defesa da cooperação Norte-Sul 1983 
Reunião do Grupo dos 77, Rio de Janeiro: fracasso das negociações Norte-Sul; defesa da cooperação Sul-Sul 1983 
GATT: Brasil foi “graduado” e perdeu preferencias comerciais na CEE e nos EUA. A CEE apresentava reclamações 
contra o protecionismo do mercado brasileiro para produtos industriais, e o Brasil retribuía protestando contra o 
protecionismo em relação aos manufaturados brasileiros 
1981 
Candidatura à Secretaria-Geral da OEA 1984 
José Sarney 
(1985-1990) 
 
Chanceleres: 
Olavo Setúbal e 
Abreu Sodré 
Renovação de credenciais 
Multilateralismo normativo 
Di
re
ito
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hu
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an
os
 
Convenção contra a Tortura 1985 
Prevalência dos DH no art. 4º da CF/88 1988 
Começo do processo de ratificação dos pactos de Direitos Humanos da ONU de 1966 1992 
Gr
up
o 
do
 R
io Grupo de Contadora: Colômbia, México, Panamá e Venezuela  solução negociada para as crises políticas centro-
americanas (Revolução Sandinista na Nicarágua e guerras civis em El Salvador e na Guatemala), marcadas pela 
intervenção dos EUA 
1983 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Argentina, Brasil, Peru e Uruguai formam o Grupo de Apoio a Contadora 1985 
Fusão dos grupos de Contadora e de Apoio  Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política (Grupo 
dos Oito ou Grupo do Rio) 
1986 
Ar
ge
nt
ina
 
Aproximação bilateral  Declaração de Iguaçu  convergência econômica 1985 
Fase integracionista: 
Negociações técnicas encerradas, indicando as condições para a integração: fomento do crescimento econômico, 
do comércio bilateral dinâmico e não especializado, ampla concorrência cultural, gradualismo e flexibilidade dos 
mecanismos de integração, preferencias comerciais bilaterais nas áreas agrícola e industrial, realismo das 
propostas, aperfeiçoamento da infraestrutura, adaptação do arcabouço jurídico de ambos os países 
 
Ata para Integração Brasileiro-Argentina, com 12 protocolos anexos 
Comissão de Execução do Programa de Integração Brasileiro-Argentina, que compreendia 12 áreas 
 gradualismo, flexibilidade e equilíbrio 
- acompanhamento do presidente do Uruguai, que vinculou o país ao programa por meio de acordos bilaterais com 
os demais 
1986 
EU
A 
Abertura de investigação contra o Brasil por causa da Lei de Informática (1984), que determinava a reserva de 
mercado a produtos nacionais 
- ameaças com retaliações  Brasil concordou em abrir diálogo, sem negociação sobre a lei (ato de soberania 
nacional) 
- projeto de lei que estabelecia o regime de direito autoral para programas de computador (software) (1986)  
aprovado em 1987  governo brasileiro impôs restrições à importação de programas com similar nacional 
1985 
Imposição de tarifas a produtos brasileiros de exportação, como retaliação pela ausência de proteção de patentes 
para produtos e processos farmacêuticos no Brasil 
1987 
Rodada Uruguai do GATT: divergências sobre a inclusão de novos temas, como investimentos, propriedade 
intelectual e serviços 
1986-1994 
ZO
PA
CA
S 
Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, proposta pelo Brasil, foi criada pela Res. 41/11 da AGNU 
- Contraponto à proposta dos EUA de criação da Organização do Tratado do Atlântico (OTAS) (Br + Arg + África 
do Sul), que não obteve apoio brasileiro 
- EUA votaram contra a criação da ZOPACAS 
- África do Sul deveria pôr fim ao apartheid e outorgar a independência da Namíbia 
1986 
UR
SS
 Primeiro presidente a visitar oficialmente a URSS  acordos comerciais de cooperação científico-tecnológica 1988 
Visita do Chanceler a Moscou:: memorando de entendimento para consultas de alto nível sobre política 
internacional; Comunicado Conjunto sobre desarmamento, conflitos na América Central e na África, e sobre a 
inserção das jovens nações lusas à nova ordem internacional 
1985 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
Defesa da retirada das tropas soviéticas do Afeganistão 
Ch
ina
 
Acordos para a construção conjunta de satélites de monitoramento de recursos terrestres, no bojo do 
programa CBERS (“China-Brazil Earth Resources Satellites”) 
1986 
Criação de uma empresa binacional para o comércio 1987 
Visita à China  acordos de cooperação igualitária nas áreas de tecnologia espacial e informática 1988 
ON
U 
XL AGNU: abertura da sessão com discurso sem efeito nos países centrais em razão das discordâncias sobre o 
comércio, o tratamento da dívida, o crescimento econômico, a independência tecnológica, etc. 
1985 
Volta ao CSNU como membro não permanente após quase 20 anos. Durante a ausência, deu-se preferência à 
atuação no ECOSOC 
1988 
Ja
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Visita do príncipe herdeiro em razão do 80º aniversário da imigração japonesa para o Brasil 1988 
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Reunião do Grupo dos 77, Nova Délhi: otimismo sobre o novo Sistema Global de Preferências Comerciais 1985 
Reunião do GATT, Punta del Este: considerações sobre a fraca atuação do órgão, incapaz de corrigir as 
distorções do comércio internacional. Posição brasileira contrária à inclusão dos serviços nas regulamentações 
sobre o comércio de bens, como almejavam os EUA. 
- Brasil e Índia lideraram a oposição e obtiveram vitória temporária, pois se decidiu que as negociações seriam 
realizadas fora do GATT e as novas regras seriam incorporadas a ele 4 anos depois 
1986 
Reunião do Grupo dos 77, Nova Iorque: países centrais transferem ao Terceiro Mundo o ônus de seus 
reajustes internos. Reafirmou a vitória em Punta Del Este pela regulamentação de serviços no GATT. 
1986 
VII UNCTAD, Genebra: desequilíbrios fiscais, monetários, financeiros e comerciais que levaram ao retrocesso no 
Hemisfério Sul na década de 1980 
1987 
Dí
vid
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ex
te
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a 
Plano Cruzado: recomposição parcial do poder aquisitivo social, estímulos ao consumo, redução dos excedentes 
da balança comercial e possível esgotamento das reservas cambiais 
1986 
Moratória e suspensão do pagamento da dívida com o FMI 
- retomada dos pagamentos em 1988 
- condicionamento do fim da moratória a acordo prévio com os credores, antes de passar pelo FMI, e à 
entrada de recursos novos 
1987 
Plano Brady dos EUA para equacionar os pagamentos, cujas negociações foram concluídas apenas em 1994 1989 
 
Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano 
CE
E 
Prejuízos com a ampliação da CEE, pois os novos membros estenderam a convenção de Lomé (sobre preferencias 
especiais dos integrantes), afetando as exportações agrícolas e de manufaturados 
- Negociações sobre o intercâmbio comercial e sobre cooperação, especialmente no setor de telecomunicações 
e pequenas empresas