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História da Política Externa Brasileira (1945-atual) Legenda: azul – Cervo e Bueno; Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Vargas I (1930-1945) Chanceleres: Afrânio de Melo Franco; Osvaldo Aranha (a partir de 1939) Estado desenvolvimentista/ Nacional- desenvolvimentismo - Industrialização como chave para o desenvolvimento nacional (permanece até os anos 1980) - industrialização por substituição de importações (ISI) Equidistância pragmática (G. Moura): “barganha nacionalista”, ou seja, promoção do livre-comércio com os EUA e comércio compensado com a Alemanha; se tornou inviável com o início da IIGM. Estratégia brasileira na IIGM: troca de apoios; comunhão de valores com EUA, RU e ocidentais em defesa da democracia liberal e da economia de mercado. Efeitos econômicos da IIGM: industrialização, acumulação de créditos em moedas não conversíveis, que levou à escassez de divisas. Regionalização das relações comerciais do Brasil, especialmente com EUA e Argentina. Diminuição do nível de especialização da economia brasileira. EU A - governo dos EUA inicialmente manifestou apoio a Washington Luís; - Brasil não renovou o contrato da missão naval norte-americana (contenção de despesas) 1930 - VII Conferência Internacional Americana (Montevidéu): adesão do Brasil ao pacto Briand-Kellog, que havia considerado desnecessária pois seus princípios norteadores já constavam da Constituição; 1933 - missão Sousa Costa: EUA aceitaram comércio compensado com a Alemanha; tratamento diferenciado para a dívida brasileira; auxílio para instalação do banco central. “manter influência global sobre o Brasil” (G. Moura) Jun/jul 1937 - missão Aranha: acordos bilaterais de crédito e cooperação econômica; resultados exíguos. 1939 - com o fim da equidistância, Vargas condicionou a consolidação do alinhamento aos EUA ao fornecimento de material militar alinhamento negociado - para C. e B., o fim da equidistância teria se dado no final da década de 1930, com a Missão Aranha (1939) aos EUA e a consequente formalização de acordos de cooperação com os EUA. 1940 em diante - colaboração em medidas de defesa com os EUA: Acordo bilateral pela instalação de missões militares americanas no Brasil; facilidades para a marinha dos EUA em operações na costa brasileira; autorização para uso de bases navais e áreas no NE 1941 - resultados da colaboração com os EUA: Financiamento da construção da siderúrgica de Volta Redonda (controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional, CSN); Reaparelhamento das Forças Armadas lend and loan lease (acordo de empréstimo e arrendamento) Acordos de Washington (1942): exportação de matéria-prima brasileira à indústria dos EUA; financiamento do EXIM Bank à modernização da mina de Itabira e da ferrovia Vitória-Minas (escoamento); Criação da Companhia Vale do Rio Doce Comissão Mista de Defesa Brasil-EUA 1942 IIG M - Brasil não aderiu ao Pacto Anti-Komintern; - suspensão do pagamento da dívida externa; 1937 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano - declaração de neutralidade do Brasil - declínio nas importações e exportações alemãs; aumento do intercâmbio comercial com EUA e Grã-Bretanha; 1939 - Primeira Conferência Pan-Americana (Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas): Brasil defendeu o princípio de “mar continental”, ou seja, a criação de uma zona de segurança de 300 milhas marítimas nas aguas americanas para resguardar a neutralidade e a tranquilidade; - declaração de neutralidade 1939 - intermediação dos EUA para que armas compradas da Alemanha chegassem ao Brasil - acordo com os EUA para venda exclusiva de minerais estratégicos 1941 III Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, no Rio de Janeiro: EUA buscam aprovação conjunta do rompimento de relações diplomáticas com o Eixo; oposição de Argentina e Chile. 1942 Ruptura de relações com o Eixo e declaração de estado de beligerância contra Itália e Alemanha; entrada na guerra. FEB (criada em 1943; no campo em 1944-1945): infantaria, artilharia e componente aéreo; enviada ao norte da Itália. 1942 Adesão à Declaração das Nações Unidas 1943 Conferências de Bretton Woods: Brasil participa por ter lutado com os Aliados 1944 Conferência de São Francisco 1945 Declaração de guerra ao Japão 1945 Re gio na l - prestígio do pan-americanismo - mediação: questão de Letícia (Peru x Colômbia) e Guerra do Chaco (Bolívia x Paraguai) - visita de Augustin Justo (Arg) 1933 - tratado Antibélico da Não Agressão e Conciliação: Br + Arg + Chi + Méx + Par + Uru 1933 - política da boa vizinhança de Roosevelt Int er no - reconhecimento do estado de beligerância do estado de São Paulo por ocasião da Revolução Constitucionalista 1932 - reforma dos serviços do MRE 1931 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Po lít ica c om er cia l - esforço governamental para incrementar as exportações nacionais 1930 - desejo de rever e uniformizar os tratados, com a finalidade de “regularizar” as relações comerciais, com preferência por tratados com cláusula de nação mais favorecida - até 1933, foram 31 acordos com cláusula incondicional e ilimitada de nação mais favorecidas; todos foram denunciados em 1935. 1931 - Conferência Internacional do Café: projetou a criação do Bureau Internacional do Café, antecessor da Organização Internacional do Café - antecedente: reunião de Nova York de 1902 1931 Dutra (1946- 1951) Chanceleres: João Neves da Fontoura, Samuel de Sousa Leão Gracie, Raul Fernandes Alinhamento sem recompensa (G. Moura): o alinhamento se tornou objetivo da política exterior. Discussões sobre “alinhamento automático”; P. R. de Almeida: Brasil buscava barganhas para desenvolvimento. Completo alinhamento aos EUA em âmbito político e militar ON U Membro do CSNU 1946-1947: alinhamento aos EUA, em detrimento de princípios como autodeterminação e não intervenções. - Presença de tropas estrangeiras no Irã, Líbano, Síria, Grécia e Indonésia: Brasil a favor da retirada das tropas dos três primeiros; contra a condenação pela presença das tropas (sobretudo, britânicas) nos dois últimos relativização de princípios 1946- 1947 Contra a admissão da República Popular da China (RPC ou China Continental) na ONU, assim como os EUA. 1949 EX ÉR CI TO Criação do Estado maior das forças armadas; reorganização do Ministério da Guerra; Criação da Escola Superior de Guerra (1949). Tentativas malsucedidas de Dutra de obter fundos para reequipamento econômico e militar, bem como de empréstimos para transportes marítimos e terrestres e para construção de refinaria de petróleo. A partir de 1946 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano UR SS Reconhecimento do Governo Provisório da Rússia 1917 Rompimento (queda de Kerenski) 1918 Estabelecimento de relações diplomáticas com a URSS. R. Ricupero: o Brasil instrumentalizou a política terna em função de preocupações político-sociais internas de combate ao comunismo. 1945 Rompimento de relações diplomáticas com a URSS, após ataques da imprensa soviética ao governo e às FAB em razão da cassação do registro do PCB, e das críticas da delegação soviética ao Brasil na ONU. 1947 TIA R Conferência Interamericana para Manutenção da Paz e Segurança no Continente, no Rio de Janeiro, em que se assinou o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). Visava manutenção da paz e segurança do hemisfério. O TIAR surgiu de proposta dos EUA para combater a ameaça comunista no continente. Determina que um ataque armado contra um Estado americano será considerado ataque contra todos eles, de modo que as partes se comprometem a fazer frente aos ataques no exercício da legítima defesa individual ou coletiva prevista no art. 51 da Carta da ONU. Antecedente: Ata de Chapultepec (“Resoluçãosobre Assistência Recíproca e sobre a Solidariedade Americana”, de 1945). 1947 M iss ão A bb ink Missão Taub (1941) e Missão Cooke (1942) dos EUA propuseram planos de industrialização para o Brasil, fomentando a busca pela cooperação para o desenvolvimento brasileiro. Criação da Comissão Brasileiro-Americana de Estudos Econômicos (Missão Abbink), cujo objetivo era estudar a situação financeira do Brasil para encorajar o fluxo de capital privado e o desenvolvimento. Os EUA não examinavam projetos específicos, abstinham-se de declarações e compromissos financeiros, enfatizavam o uso de recursos brasileiros e a atração de capital privado. Os EUA concentravam sua política externa no Plano Marshall e no plano Colombo, respectivamente para reconstrução da Europa e para o fomento ao desenvolvimento e combate ao comunismo na Ásia. Assim, direcionavam o Brasil ao BIRD. 1948 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano OE A Conferência de Bogotá (criação da OEA): alinhamento aos EUA; Brasil se coloca como mediador das relações EUA- AL; apoia cláusula contra o comunismo na Carta da OEA, que não foi aprovada. Doratioto e Vidigal: OEA e TIAR concretizaram o objetivo dos EUA de consolidar uma frente antissoviética, combater o americanismo e organizar a defesa do hemisfério na América Latina. 1948 Ec on om ia EUA defendiam liberalismo privatista e livre comércio x Brasil defendia desenvolvimento dos países de economia jovem no GATT e na Conferência de Havana. 1947- 1948 Solicitação de ajuda econômica para manter as bases do Nordeste usadas pelos EUA durante a IIGM, recusada. 1949 CE PA L Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, na ONU, criada por resolução do ECOSOC (E/RES/106(VI), 1948). Defendia que o desenvolvimento da região deveria dar-se por industrialização por substituição de importações e industrialização orientada às exportações, com base na teoria da deterioração dos termos de troca. Expoentes: Raúl Prebisch e Celso Furtado. Ganha força nos anos 1960-1970. EUA não concordaram com sua criação e se abstiveram na votação da resolução. 1948 Ch ina Fecha o consulado em Xangai (RPC) (1952) e abre embaixada em Taipei (República da China), em razão do movimento militar comunista contra o governo Nacionalista chefiado por Chiang Kai-Chek. 1952 Relações diplomáticas com a República da China até o rompimento em1972; estabelecimento de relações com a RPC. 1972 EU A Primeira visita de Chefe de Estado brasileiro aos EUA, na esperança de obter empréstimos. 1949 Criação da CMBEU (Comissão Mista Brasil-EUA), que realizou projetos na área de transportes e energia, em troca do fornecimento de minerais estratégicos aos EUA. Baseada no “Programa do Ponto IV”, plano de assistência técnica e ajuda econômica a países em desenvolvimento anunciado por Truman em 1949. Visava facilitar a elaboração de projetos a serem submetidos ao Banco Mundial e EXIM Bank, entre outras instituições financeiras. 1950/1951 Memorando da frustração: enviado pelo Chanceler Raul Fernandes ao embaixador dos EUA no RJ, Herschel Johnson. Expressava a insatisfação do Brasil com a falta de apoio dos EUA ao desenvolvimento nacional. O sentimento se concretizou na recusa do Brasil ao pedido de envio de tropas à Guerra da Coreia (1950-1953). 1950 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Vargas 2 (1951- 1954) Chanceleres: João Neves da Fontoura e Vicente Rao Pragmatismo impossível (M. Hirst): no cenário do pós-guerra, a América Latina foi marginalizada e as prioridades dos EUA voltaram-se à reconstrução da Europa e a contenção do comunismo. Crise política: entreguistas x nacionalistas Crise econômica: aproveitamento do petróleo, minerais energéticos e entrada de capital estrangeiro Populismo, nacionalismo e antiimperialismo Po lít ica ca m bia l Instrução nº 70 da SUMOC: taxas múltiplas de câmbio em bolsa de fundos públicos (leilões), mercado de capitais liberalizado para atrair capital estrangeiro. Sistema de câmbio visava proteger a indústria interna, promovendo a industrialização por substituição de importações. Anos 1950 BN DE Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico: (tornou-se BNDES em 1982), visando captação de recursos estrangeiros e internos, para complementar os projetos aprovados pela CMBEU. 1952 EU A Extinção da CMBEU após a eleição de Eisenhower. Desentendimentos em decorrência das medidas nacionalistas. 1952 OEA: IV Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos (Washington): principal preocupação dos EUA era o avanço do comunismo internacional. Brasil (J. N. da Fontoura) defendeu o desenvolvimento econômico como melhor meio de defesa do continente. Guerra da Coreia: resolução determinou que a preparação militar dos países do continente fosse voltada à defesa continental e à repressão de agressividade eventual. 1951 Acordos bilaterais dos EUA com vários países do continente, inclusive o Brasil: compromisso dos EUA de fornecerem assistência militar; compromisso latino-americano de fornecerem material estratégico, restringir relações comerciais com o bloco soviético e se disponibilizar à defesa do mundo livre. - países envolvidos: Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Uruguai - Argentina e México se opuseram - Criação da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico 1952 Memorandum com reivindicações para o desenvolvimento brasileiro, anterior à IV Reunião de Consulta. Considerava baixo o nível de investimentos de capital privado norte-americano no país, demandando estímulo oficial dos EUA. Requisitava a não imposição de restrições aos preços, especialmente do café. Visava investimentos para financiar a industrialização. Pleiteava financiamentos. 1952 Acordo de assistência militar recíproca EUA-Brasil: - EUA: armas, financiamento e treinamento militar em caso de agressão externa - Brasil: minerais atômicos (monazita, sais de cério) e terras raras, sem compensações específicas - discussão entre nacionalismo e alinhamento no Congresso Nacional - o governo Vargas não atendeu à demanda de envio de tropas à Guerra da Coreia feita pelo Secretário-Geral da ONU em 1951 1952 Revolução Boliviana e intervenção dos EUA na Guatemala: Brasil alinhado aos EUA 1952 e 1954 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Visita do secretário de Estado Dean Acheson ao Brasil Aprovação de projetos da CMBEU, relativos principalmente a transportes e energia, financiados em grande parte pelo Eximbank e BIRD. Como contrapartida, exigia-se a aquisição de produtos dos EUA, e boa parte dos empréstimos foram para subsidiárias norte-americanas. - CMBEU: Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico (Plano Lafer): implantação de máquinas e equipamentos com empréstimos. Aprovado pelo Congresso, mas não foi aplicado integralmente. 1952 Acordo para exportação de tório em troca de trigo, sem compensações específicas 1954 Ec on om ia Acordo de colaboração CEPAL+BNDE: criação de um Grupo Misto de Estudos para aprofundar os estudos da CMBEU 1952 Energia e petróleo: criação da Petrobras e Eletrobras (a última criada em 1954, mas autorizada pelo Congresso somente em 1961). 1953 e 1954 Medidas nacionalistas: regulamentação da remessa de lucros dos investimentos estrangeiros; criação das estatais. RF A Estabelecimento de relações diplomáticas com a RFA (Alemanha ocidental), e abertura de embaixada em Bonn 1951 RD A Estabelecimento de relações diplomáticas com a RDA (Alemanha oriental) 1973 CS NU Voto a favor da inclusão na agenda de item sobre a Tunísia, denotando tentativa de aproximação de outros países em desenvolvimento, a fim de estabelecer identidade comum fora da estratégia dos EUA. - Brasil era membro não permanente do CSNU 1952 Po lít ica At ôm ica Negociação da compra de 3 ultracentrífugas para a separação de urânio 235 de firmasparticulares alemãs, que não foram recebidas, mesmo após o fim da ocupação alemã 1954 Divergências entre o CNPq e o Itamaraty (Comissão de Energia Atômica), e falta de união de objetivos entre o Executivo e as Forças Armadas 1951-1954 Café Filho (1954- 1955) Chanceler: Raul Fernandes Continuidade à política externa de Vargas Retorno ao período Dutra EU A Acordo de cooperação Brasil-EUA sobre usos civis da energia atômica, firmado no Rio de Janeiro como parte da política “Átomos pela Paz” de Eisenhower. Programa Conjunto de Cooperação para o Reconhecimento dos Recursos de Urânio no Brasil, para o levantamento de províncias uraníferas no Brasil - ambos os acordos contaram com a imposição de salvaguardas para garantir a utilização pacífica das pesquisas - debate entreguistas x nacionalistas no Brasil 1955 Instrução 113 da SUMOC: abertura ao capital estrangeiro isentou de cobertura cambial procedimentos de compra de insumos e máquinas importadas 1955 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Empréstimo de bancos americanos negociado pelo ministro da Fazenda Eugênio Gudin 1955 Melhora no comércio com os EUA 1955 Juscelino Kubitschek (1956-1961) Chanceleres: José Carlos de Macedo Soares, Negrão de Lima, Horácio Lafer Nacional-desenvolvimentismo: contexto interno como elemento determinante para o desenvolvimento do país Vencer o subdesenvolvimento Po lít ica e co nô m ica Reforma cambial: o câmbio deixou de ser o elemento principal da proteção da indústria nacional. Lei dos similares e Lei Tarifária: tarifas ad valorem intensificaram a proteção da indústria Políticas de provisão de crédito pelo BNDE estimularam a iniciativa privada - Intensificar a substituição de importações - Movimento de transnacionalização das grandes corporações estrangeiras que permitiram a participação hegemônica do capital estrangeiro - Capital privado nacional fornecia insumos e componentes - Ampliação do mercado exterior Mensagem ao Congresso Nacional (1960): comércio brasileiro deve buscar o aumento das exportações e a atração da poupança externa - Estabilidade dos preços dos produtos primários defesa da agroexportação A partir de 1957 Convocação de uma Conferência Internacional do Café para prevenir os males advindos das flutuações bruscas - firmado o Convênio Constitutivo da Organização Internacional do Café - criada a Comissão Preparatória da Organização Internacional do Café 1958 Pla no d e M et as - Colaboração do capital estrangeiro facilitada pelo contexto internacional coexistência pacífica (1953-1962) - Investimentos para industrialização e modernização do país - Emissionismo: política monetária expansionista - FMI exigiu a adoção de um programa de estabilização financeira para liberar financiamentos adicionais rompimento com o FMI em 1959 retorno em 1960 Ec on om ia ex te rn a Negociação dos primeiros acordos de produtos de base: café, cacau, açúcar, etc. Criação das organizações multilaterais setoriais sobre tais produtos Solicitação de reestruturação das dívidas oficiais bilaterais, criação de um foro de credores (futuro Clube de Paris de 1961) 1956 GATT e ONU: Reivindicação brasileira da liberalização econômica entre a América Latina e os países europeus UR SS Restabelecimento de relações comerciais; missão comercial enviada a Moscou 1959 Ás ia Estabelecimento de relações diplomáticas com a República da Coreia e o Celião - apoio de teses relativas ao desenvolvimento econômico em organismos internacionais 1960 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano EU A Acordo para instalação de base americana de rastreamento de foguetes em Fernando de Noronha 1957 Acordo de cooperação para usos civis da energia atômica 1957 Tentativa de barganha nacionalista - visitas fracassadas de Nixon (vice) à América Latina (protestos em Lima e Caracas) - JK enviou cartas a Eisenhower, defendendo a OPA 1958 OP A Operação Pan-Americana - proposta de cooperação internacional - desenvolvimento e fim da miséria são importantes para evitar a penetração de ideologias “alienígenas” antidemocráticas - securitização da perspectiva desenvolvimentista - atrair a atenção dos EUA à América Latina - programa multilateral de desenvolvimento econômico de amplo alcance - a cooperação deve ocorrer sob a forma de: auxílio tecnológico e econômico de governo a governo; ações coordenadas para lidar com o problema da deterioração dos termos de troca Resultados: criação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 1959 (operante a partir de 1960); criação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960, pela assinatura do Tratado de Montevidéu; “Aliança para o Progresso” de Kennedy (1961-1963); “Comitê das 21 Repúblicas Americanas” para estudar pontos de estrangulamento das economias latino-americanas. Com a OPA, encerrou-se um ciclo da PEB iniciado por Joaquim Nabuco, de crença no pan-americanismo e sua natureza pacífica e solidária. O Brasil vê-se como latino-americano e hemisférico, do Ocidente democrático, aliado aos EUA na Guerra Fria. 1958 ON U Levante anticomunista na Hungria: Brasil votou contra a intervenção soviética, prestou auxílio aos refugiados húngaros pela doação de recursos ao ACNUR e pela recepção de refugiados no país. 1956 UNEF I (Força de Emergência das Nações Unidas) no Canal de Suez: primeira operação de paz da ONU a empregar o uso da força, autorizado para legítima defesa, e primeira missão para a qual o Brasil enviou tropas (Batalhão Suez), que contou com contingentes do exército, que ali permaneceram de 1957 a 1967. 1956 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Bo lív ia Acordos de Roboré: transportes, circulação de mercadorias, limites e exploração do petróleo venezuelano. - alguns temas eram atualizações de tratados de 1938, isentos de análise congressual não foram todos submetidos ao Congresso Congresso argumentou pela necessidade de análise 1961: Executivo informou a submissão das notas reversais sobre demarcação de limites, tratado ferroviário, extração de petróleo e gás na Bolívia (por empresas brasileiras). Antecedentes: - Tratado de La Paz de Ayacucho (1867): atração da Bolívia ao Brasil para evitar aliança com o Paraguai - Tratado de Petrópolis (1903): questão dos limites do Acre - tratados sobre vinculação ferroviária e exploração de petróleo (1938) - Notas reversais sobre a delimitação da área de exploração da Comissão Mista Brasileiro-Boliviana de Petróleo (1952) - Carta reversal sobre o petróleo (1953): Brasil enviaria recursos à Comissão não foi cumprido - 1955: Memorandum Paz Estenssoro, enviado ao Brasil: pleiteava a revisão do acordo de 1938; CN e EMFA foram contrários - 1957: Missão a La Paz para tratar da questão, com poucos resultados 1958 M NA Conferência Afro-asiática de Bandung: Brasil participou como observador. A Conferência de Bandung e a Revolução Cubana, bem como o início da descolonização, fizeram emergir o terceiro- mundismo, o neutralismo e o não alinhamento. 1955 17 países africanos tornaram-se independentes – “Ano da África” 1960 Criação do Movimento dos Não-Alinhados - o Brasil nunca foi parte do MNA, sempre foi observador 1961 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Jânio Quadros (1961) Chanceleres: San Tiago Dantas, Afonso Arinos de Melo Franco, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva e João Augusto de Araújo Castro Nova Política Externa Brasileira: não alinhamento e anticolonialismo Política Externa Independente (PEI): processo; conjunto de ideias decorrente do nacional-desenvolvimentismo, de caráter autônomo, pragmático e universalista. - O Brasil se reconhecia como parte do sistema capitalista, mas não pertencente a nenhum bloco político- militar. - Rompe com a lógica leste-oeste da Guerra Fria, propondoampliação geográfica. - Desejo de maior participação nas decisões internacionais. - Ampliação de mercados consumidores em prol do interesse nacional do Brasil - não intervenção e emancipação de territórios não autônomos - “Alvorecer do africanismo” (S. Saraiva) - Formuladores: San Tiago Dantas, Afonso Arinos e Araújo Castro Le st e Eu ro pe u Missões comerciais ao Leste Europeu (Missão João Dantas) e a Moscou (Missão Paulo Leão de Moura). Recebeu missões comerciais da RPC e da URSS. 1961 Restabelecimento de relações diplomáticas com Bulgária, Hungria e Romênia, rompidas durante a IIGM. 1961 Criação de grupos de trabalho sobre os países da região. Para a Polônia, analisaram o oferecimento de fábricas completas, máquinas e equipamentos, feito pelo país, em troca de café e outros produtos. Para a República Democrática Alemã, analisaram a proposta de fábricas e usinas completas, máquinas e equipamentos em troca de café e outros produtos. 1961 Áf ric a Visita de Afonso Arinos e abertura de novas embaixadas (Etiópia, Marrocos, Nigéria, Senegal, Tunísia), bem como a elevação da legação de Gana a embaixada. Déc. 1960 ONU: Abstenção na votação sobre a condenação do colonialismo português até 1973. Condenação tardia do apartheid sul-africano. Avanços e recuos (G. Moura) ou Zigue-zague (S. Saraiva) - abstenção nas votações sobre as questões angolana e argelina Jânio Quadros considerava o posicionamento do Brasil até então uma “equivocada posição”. O Brasil deveria ser o elo de ligação entre a África e o Ocidente. 1961 Grupo de Trabalho para a África: a presença brasileira no contexto africano deve estar isenta de qualquer tendência de intervencionismo ou atitude partidária. Acordos culturais, bolsas para estudantes, sistema de consultas com a Organização Internacional do Café. 1961 Ar ge nt ina Aproximação com a Argentina. Encontro de Uruguaiana entre Jânio Quadros e Frondizi, que resultou no estabelecimento de um mecanismo de consultas recíprocas Resultados: acordo cultural, duas declarações (economia e política) e o Convênio de Amizade e Consulta para concertação internacional Proposta de Jânio Quadros de criação de um bloco neutralista no Cone Sul, rejeitada por Frondizi Visita de Mujica a Brasília acordo e convênio sobre serviços diplomáticos Reuniões do Grupo Misto de Cooperação Industrial Brasil-Argentina para intercâmbio de manufaturas 1961 Ca rib e Cuba: Defesa do direito à soberania República Dominicana: ruptura de relações diplomáticas (mas não consulares), resultante da decisão da VI Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas (realizada em São José da Costa Rica em 1960) 1961 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Co m ér cio Renegociação da dívida externa e busca de novos investimentos. Missão especial de Roberto Campos à Europa Ocidental: compromissos comerciais a prazo médio; crédito stand- by; novos créditos para financiar projetos de desenvolvimento econômico - crescimento das exportações brasileiras para os países socialistas da Europa - aumento das importações vindas dos países socialistas Missão João Dantas: acordos de cooperação cultural e científica e acordos comerciais com países socialistas, que visavam, em geral, a troca de matérias-primas por produtos industriais. Missão comercial de João Goulart (vice) à China 1961 EU A III Acordo sobre Produtos Agrícolas: empréstimo dos recursos da venda de um milhão de toneladas de trigo para programas de desenvolvimento 1961 Aliança para o Progresso: plano de Kennedy. A OEA convocou reunião para analisar a proposta em Montevidéu. - EUA prometiam 20 bilhões de dólares para programas de desenvolvimento da América Latina - Cuba não subescreveu a Carta de Punta del Este (Che Guevara foi condecorado com a Ordem do Cruzeiro do Sul) - resposta à aceitação da OPA de JK - manter e reforçar a influência dos EUA sobre a América Latina - reformista e contrarrevolucionária - técnica de intervenção dos EUA nos assuntos dos demais países, visando o isolamento de Cuba - combatida tanto pela esquerda quanto pela direita da América Latina aumento da dependência dos EUA 1961 PE I Diretrizes: 1) Respeito aos compromissos e posição tradicional do Brasil ao mundo livre 2) Ampliação dos contatos 3) Redução das tensões internacionais 4) Expansão do comércio externo brasileiro 5) Anticolonialismo 6) Luta contra o subdesenvolvimento econômico 7) Estreitamento de laços com a Europa 8) Importância dos interesses do Brasil na África e Ásia 9) Estreitamento de relações com os Estados africanos 10) Fidelidade ao sistema interamericano 11) Continuidade e intensificação da OPA 12) Apoio à ALALC 13) Cooperação com as repúblicas da América Latina 14) Cooperação com os EUA 15) Apoio à ONU na defesa da paz internacional e da justiça econômica Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano João Goulart (1961-1964) Chanceleres: San Tiago Dantas, Afonso Arinos de Melo Franco, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, João Augusto de Araújo Castro Política Externa Independente (PEI): ruptura com a lógica Leste-Oeste; ampliação geográfica, distanciamento de compromissos ideológicos, com ênfase Norte-Sul. Continuidade da PEI, especialmente por San Tiago Dantas consideração exclusiva dos interesses do Brasil, aspirando ao desenvolvimento e à emancipação econômica - preservação da paz pela coexistência e pelo desarmamento geral e progressivo - não intervenção e autodeterminação dos povos - ampliação do mercado externo brasileiro a todos os países - apoio à emancipação de territórios não autônomos - autoformulação dos planos de desenvolvimento econômico e de prestação e aceitação de ajuda internacional - panamericanismo UR SS Restabelecimento das relações rompidas em 1947. Restabelecimento pragmático, não ideológico. Temia-se perda de exportações brasileiras para a Europa com a criação da CEE (Mercado Comum Europeu). O bloco soviético tinha o maior crescimento comercial no mundo. 1961 Criação do Grupo de Coordenação de Comércio com os Países Socialistas da Europa Ocidental (COLESTE). Passou a ser denominado Comissão de Comércio com a Europa Ocidental em 1968 (sob a mesma sigla). 1962 OE A VIII Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores na OEA, realizada em Punta del Este suspensão da participação de Cuba na OEA. Resoluções aprovadas na reunião: Pauta Posição do Brasil Exclusão da participação no sistema interamericano/ suspensão de Cuba da OEA Abstenção Suspensão da venda de armas e material bélico a Cuba Abstenção Incompatibilidade entre o comunismo e os princípios do sistema interamericano Favorável Suspensão de Cuba da Junta Interamericana de Defesa (JID) Favorável Debates na OEA sem resolução Posição do Brasil Crise dos Mísseis: bloqueio naval a Cuba Favorável Crise dos Mísseis: intervenção em Cuba Contrário Brasil mantinha a defesa “intransigente do princípio da não intervenção, por considerar indevida a ingerência de qualquer outro estado, seja por qual pretexto for, nos negócios internos”. Não se tratava de simpatia ideológica. - San Tiago Dantas propunha a elaboração do estatuto das relações entre Cuba e o hemisfério, sobre o qual a OEA se pronunciaria - pressão interna no Brasil pela eliminação de Cuba da OEA, orientada por ex-chanceleres San Tiago respondia que o isolamento de Cuba poderia contribuir para aproximá-la cada vez mais da URSS 1962 Gu er ra d a La go st a Guerra da Lagosta: contencioso entre Brasil e França sobre a captura ilegal de lagostas em águas territoriais do Nordeste brasileiro por navios pesqueiros franceses. Brasil alegava violação às Convenções de Genebra sobre o Direito do Mar (1958) (recursos da plataforma continental) mobilização da Marinha francesa mobilização da Marinha brasileira retirada da Françaem 1963 1961-1963 EU A Aliança para o Progresso não produzia os resultados esperados. Encontro de João Goulart e Kennedy: nacionalização pacífica de empresas deveria ser precedida de negociação sobre ajuste de contas, com alongamento dos pagamentos referentes a indenização. - Comunicado conjunto para manter as condições de segurança para a atuação do capital privado no Brasil - manutenção do princípio da justa compensação com reinvestimentos em outros setores importantes para o desenvolvimento econômico do Brasil - reclamação sobre a deterioração dos termos de troca 1962 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Focos de discordância: - desapropriação da subsidiária da ITT no Rio Grande do Sul (Brizola) Emenda Hikenlooper: suspensão da ajuda dos EUA em países que realizassem nacionalizações sem indenização imediata, adequada e efetiva - alteração da lei de remessa de lucros do Brasil - diminuição dos investimentos estrangeiros no país 1962-1963 De se nv olv im en to Discurso dos 3D’s de Araújo Castro: na abertura da 18ª AGNU, defendia perspectiva autenticamente brasileira das relações internacionais, que não se pautava exclusivamente sobre os interesses das superpotências. Os países em desenvolvimento deveriam ter papel central na gestão da ordem internacional. A ONU deveria se dedicar a realizar progressos em três áreas fundamentais: desarmamento, desenvolvimento econômico e descolonização. 1963 Criação da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento): órgão intergovernamental permanente, ligado à AGNU. O Brasil pleiteava a revisão do sistema multilateral de comércio e a criação de mecanismos para promoção das economias dos países em desenvolvimento. resultou na proposta de criação do Sistema Geral de Preferências (SGP), incorporada ao GATT nos anos 1970. 1964 An go la Debate na ONU: delegação brasileira chefiada por Afonso Arinos de Melo Franco; defendia o anticolonialismo, mas também preservava os laços históricos, culturais e de amizade com Portugal - defesa de uma solução pacífica e rápida 1962 Ar ge nt ina Encontro de Joao Goulart e Frondizi no Galeão (RJ) 1961 Viagem de San Tiago Dantas a Buenos Aires Declaração conjunta reafirmando os princípios da Declaração de Uruguaiaana - concordância em relação a 11 pontos, referentes a: ordem internacional, salvaguarda da democracia, promoção do desenvolvimento - Tratado de extradição e convenção sobre assistência gratuita 1961 Deposiçao de Frondizi e interrupção da aproximação (iniciada em 1958) fim do espírito de Uruguaiana 1962 De sa rm am en to Comissão de Desarmamento da ONU: Brasil e México foram selecionados para integrá-la; posição de equidistância no conflito Leste-Oeste Conferência do Desarmamento: declaração contra as explosões atômicas das oito potências “não alinhadas” (Brasil, Birmânia, Etiópia, Índia, México, Nigéria, República Árabe Unida e Suécia) Brasil propôs desarmamento, inspeção e reconversão econômica. Defendeu que as nações não nuclearizadas deveriam ficar imunes aos riscos de natureza nuclear. Se manifestou contrariamente às experiências nucleares e a favor das inspeções no processo de desarmamento. Defendeu o desarmamento geral e completo. 1962 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Castello Branco (1964-1967) Chanceleres: Vasco Leitão da Cunha e Juracy Magalhães Os governos militares foram apoiados pelos EUA, e contaram com o reconhecimento de quase todos os países americanos, exceto o México (Doutrina Estrada – não intervenção em assuntos domésticos e não reconhecimento de governos de facto em outros países) (o fez em 1964) e a Venezuela (Doutrina Bettancourt – não reconhecimento de ditaduras) (o fez em 1966). Abandono do universalismo da PEI; incorporação da doutrina das “fronteiras ideológicas”. Diplomacia da Segurança Nacional: bipolaridade no centro das relações, alinhamento aos EUA. Abertura ao capital estrangeiro para o desenvolvimento e equacionamento da dívida externa. “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Desenvolvimento associado dependente Eix os t eó ric os Influência das ideias gestadas na Escola Superior de Guerra (ESG), com destaque para Golbery do Couto e Silva como principal teórico. Visava transformar o Brasil em potência mundial pela associação aos EUA. Teoria dos círculos concêntricos sobre os interesses do Brasil: América Latina continente americano hemisfério ocidental Defesa: combate ao comunismo na defesa do Ocidente A. Cervo: passo fora da cadência, correção de rumos que não foi mantida posteriormente. Contra a PEI, a política neutralista, o nacionalismo prejudicial, a estatização, a ruptura de laços políticos e afetivos com Portugal e o Ocidente. - Bipolaridade: servia internamente a fortalecer a ideia de inimigo interno e externamente a incorporar o ocidentalismo, a interdependência, a segurança coletiva, a aproximação com os EUA, a abertura econômica e o anticomunismo. - Abertura ao capital estrangeiro: ideia de que, ofertadas as condições de liberdade, o capital internacional fluiria espontaneamente - Contradição: não promovia ruptura com as tendências universalistas ou adesão prévia à política de qualquer grande potência - Recolocar o Brasil nas prioridades dos países ocidentais - Diplomacia direcionada a atender aos interesses do comércio exterior (Reforma do MRE em 1966) - Anacrônica em face do contexto internacional em que os EUA não priorizavam a América Latina Apoiadores: Escola Superior de Guerra (ESG) e as ideias de Golbery do Couto e Silva, que defendiam o alinhamento aos EUA e suas consequências, e as elites orgânicas brasileiras (Instituto de Pesquisas e estudos Sociais – IPES, Instituto Brasileiro de Ação Democrática – IBAD, Ação Democrática Popular – ADEP), associadas à ESG e a órgãos estrangeiros da mesma natureza, inclusive norte-americanas, que visavam desestabilizar o governo populista, frear as reformas sociais e os projetos nacionalistas e a restabelecer o poder de classe supranacional. Críticas: imprensa, Forças Armadas (linha dura), empresariado e classe média 1964-67 EU A Recolocados no eixo de prioridades em 1964 consolidados em 1965 nível de excelência em 1966 14 ajustes com a Agency for International Development: cooperações de pequeno vulto no quadro da Aliança para o Progresso 1964 Missão do Senador William Fulbright: reescalonamento de dívidas; acordo de garantia de investimentos privados e de cooperação para usos civis da energia atômica 1965 Reformulação da lei de remessas de lucro, pagamento das indenizações à ITT e AMFORP; concessões a empresas norte-americanas, planos de ajustamento econômico e endividamento nos padrões do FMI; ajustes militares; acordo aerofotográfico, vinda de especialistas norte-americanos. 1965 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Cu ba Rompimento de ralações por “apoiar subversão no Brasil” e por ter descarregado armas na Venezuela. fundamento ideológico questão examinada na IX Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores da OEA, que decidiu por sancionar Cuba com base no TIAR pelo descarregamento de armas na Venezuela, determinando: suspensão do comércio, do transporte marítimo e a não manutenção de relações diplomáticas e consulares Restabelecidas em 1986, no governo Sarney. Relações com a URSS mantidas. 1964 FIP Participação na Força Interamericana de Paz (FIP) que interveio na crise da República Dominicana (1965-1966), em apoio à Operação Powerpack dos EUA, criada em apoio ao governo militar que derrubou o presidente dominicano Juan Bosch em 1963. Foi comandada por um general brasileiro. A questão da República Dominicana foi discutira na X Reunião de Consulta, em que o Brasil obteve o comando da FIP 1965 M ult ila te ra lis m o Convocação da II Conferência Interamericana Extraordinária,no Rio de Janeiro princípios que regeriam a reforma da Carta da OEA para coordená-la à cooperação econômica e ao desenvolvimento 1965 Criação da Conferência de Ministros das Relações Exteriores da Alalc, que daria suporte político às decisões de integração econômica 1965 Investida em órgãos multilaterais não regionais (UNCTADO, GATT, Conferência do Desarmamento e ONU), para os países socialistas e para a África subsaariana Segurança econômica coletiva na UNCTAD e no GATT: a responsabilidade pelo desenvolvimento dos povos atrasados é da comunidade internacional, a ser impulsionado pela reforma do comércio internacional - Brasil integrou o “Grupo dos 75”: coordenação das posições do Terceiro Mundo, criado nessa ocasião - Apoio à convocação periódica da OEA - Combate ao Market disruption: contingenciamento das importações pelos países do Norte, com base na “desorganização de mercados” - Negou-se a firmar o Acordo para o Comércio de Têxteis negociado no GATT em 1965, pois prejudicava as exportações para a Europa e para os EUA 1964 De sa rm am en to Conferência do Desarmamento: teses brasileiras - as grandes potencias deveriam passar dos princípios às decisões concretas de desarmamento - criar fundo destinado a captar as poupanças realizadas por tais medidas, a serem destinadas ao desenvolvimento 1964 Vie tn ã O Brasil recusou o pedido dos EUA de envio de tropas em apoio ao governo sul-vietnamita na Guerra do Vietnã. Enviou café e medicamentos e instalou embaixada em Saigon. 1965 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Am ér ica d o Su l Tentativa de incremento do comércio com a Argentina pelo acordo do trigo 1964 Criação de Comissão Especial com a Argentina Proposta malsucedida de união aduaneira 1965 Aproximação ao governo Stroessner no Paraguai. Acirramento de tensões com a Argentina. A Argentina criticava a política brasileiro-paraguaia de aproveitamento hidrelétrico no rio Paraná. Inauguração da Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai. 1965 Ata das Cataratas (ou Ata do Iguaçu): divisão em partes iguais, entre Brasil e Paraguai, da energia elétrica produzida entre Salto Grande de Sete Quedas e a Foz do rio Iguaçu, com cláusula de preferência para a aquisição da energia não utilizada pelo outro. base para o Tratado de Itaipu de 1973 1966 Venezuela rompeu as relações diplomáticas com o Brasil 1964 Venezuela retomou relações com o Brasil 1966 Visita de Juracy Magalhães a sete capitais sul-americanas 1966 UR SS Visita de Roberto Campos, ministro do planejamento, à URSS, com empresários. 1965 Assinatura de protocolo sobre fornecimento de maquinaria e equipamentos soviéticos ao Brasil. 1966 Primeira reunião da Comissão Mista bilateral, criada em 1963 1965 Eu ro pa Reaproximação com o governo Salazar em Portugal, do qual havia se distanciado durante a PEI. Acordo de comércio para dar maior dinamismo às relações bilaterais e à complementariedade econômica. 1966 A. C. Lessa: melhoria nas relações com a Europa Ocidental. Visita de Charles de Gaulle, primeira de um chefe de Estado francês ao país. 1965 Visita do presidente da República Federal Alemã, Heinrich Lübke. 1964 Europa do Leste: passar de relações puramente comerciais a relações econômicas - reativar a Coleste Áf ric a Condenação do colonialismo e do apartheid, visando ampliar o mercado e atingir o interior do continente Visita do presidente do Senegal Léopold Senghor 1964 Missão comercial à África ocidental: Senegal, Libéria, Gana, Nigéria, Camarões e Costa do Marfim - assinatura de alguns acordos para tratamento mais favorável possível 1965 Segunda missão comercial à África: África do Sul, Moçambique, Angola, gana, Costa do Marfim e Lisboa 1966 Co m ér cio ↑ exportações (+0,3 bi de dólares ao ano) ↓ investimentos e empréstimos externos ↑endividamento externo (+1,3 bi de dólares) Brasil exportador de capitais Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Costa e Silva (1967-1969) Chanceler: José de Magalhães Pinto Diplomacia da prosperidade: resgate do universalismo da PEI; abandono do alinhamento aos EUA; autonomia na ação internacional; abandono da bipolaridade; oposição à interdependência militar, política e econômica e ao ocidentalismo. - Ampliação de mercados: capital estrangeiro + capitalismo monopolista Estatal - Novas parcerias comerciais na Europa - Incremento da cooperação com países em desenvolvimento - poder nacional vinculado ao poder emergente dos povos atrasados – não plenamente soberano Contexto da Détente na Guerra Fria A segurança passou a ser vista como produto do desenvolvimento. Diretrizes: - reformulação das bases do comércio internacional e ampliação das pautas e mercados para exportação brasileira - aquisição da ciência e tecnologia necessárias à independência econômica - aumento dos fluxos financeiros de origem mais diversificadas, com melhores condições de pagamento ou igualdade de tratamento Áf ric a Expansão da rede diplomática: legação no Quênia 1967 Embaixada na Costa do Marfim 1969 Aproximação da África independente pelo crescente interesse em fomentar a parceria econômica, comercial, política, cultural e histórica Ín dia Troca de visitas de alto nível Acordo de Comércio (primeiro deste tipo entre os dois países, firmado por ocasião da visita da Primeira Ministra Indira Ghandi) 1968 De se nv olv im en to ONU e UNCTAD: Resoluções favoráveis ao desenvolvimento - II UNCTAD: “atitude decisivamente reivindicatória” com o Terceiro Mundo; acesso de manufaturados ao Primeiro Mundo e novos acordos sobre matérias-primas - política nuclear brasileira - pressão sobre UNCTAD, CECLA, GATT, OCDE e outros órgãos para expandir as exportações e a cooperação econômica, financeira e tecnológica 1968 Or ien te M éd io CSNU e AGNU: defesa de política de paz condicionada ao reconhecimento do Estado de Israel pelos países árabes e à retirada israelense dos territórios ocupados pela força 1967 Proposta de criação da Loarabe (Grupo de Coordenação do Comércio com os Países Árabes) na ONU 1969 De sa rm am en to O Brasil não assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, que previa a não proliferação nuclear, o desarmamento nuclear e a utilização da energia nuclear para fins pacíficos. Em seu bojo, os países nuclearmente armados garantiam o direito de assim permanecer, sem prazos concretos para sua desnuclearização. Controlava- se a disseminação horizontal (do número de países nuclearizados), vedada pelo tratado, e não a vertical (do arsenal nuclear) Brasil: o TNP era discriminatório, pois congelava o poder mundial. Condições para assinatura brasileira: que o tratado não impedisse o acesso à tecnologia nuclear, e que viesse acompanhado de medidas efetivas de desarmamento por parte das potências nucleares Potências nucleares: EUA, França, Reino Unido, República Popular da China (entrou em 1971 na ONU) e URSS (CSNU) 1968 Assinatura do Tratado de Tlatelolco (1967): América Latina como zona livre de armas nucleares em vigor a partir de 1994 para o Brasil 1967 Política nuclear brasileira: - renúncia às armas nucleares, apoio ao desarmamento nuclear e à não proliferação - determinação de utilizar a energia nuclear para acelerar o desenvolvimento gerando tecnologia própria Acordo nuclear com Israel 1966 Acordo nuclear com a França 1967 Acordo nuclear com a Espanha 1968 Acordo nuclear com a Índia 1968 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Nacional-desenvolvimentismo: diplomacia como instrumento para a expansão econômica nacional. Política externa destinada a suprir a sociedade e o Estado de meios para impulsionar o desenvolvimento de forma autônoma. Política exterior atenta ao exclusivo interesse nacional, “sensível ao fator econômico”, “de conteúdo econômico”, “a serviço da prosperidade”. Nãocompareceu à reunião da OEA sobre segurança coletiva 1967 Am ér ica L at ina Reunião do Novo Diálogo (a Aliança para o Progresso): compareceram os 19 Ministros das Relações Exteriores da região, que apresentaram a Nixon, por intermédio da CECLA, o Consenso de Viña del Mar, com as reivindicações dos latinos por cooperação mais efetiva. A diplomacia brasileira mostrava-se cética ante as possibilidades do mercado: inexistência de base física de comunicações; disparidade das economias nacionais; autossuficiência do mercado interno para responder à expansão econômica. 1969 Tratado da Bacia do Prata: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia desenvolvimento harmônico e integração física da Bacia do Prata e suas áreas de influência 1969 Divergências com a Argentina sobre o aproveitamento dos rios 1969 Sequestros de aeronaves brasileiras para Cuba 1969 EU A Divergências sobre: limitação à importação de café solúvel; contingenciamento de têxteis; acordo internacional do cacau; maior participação do Brasil em fretes bilaterais e na distribuição das quotas de açúcar. Eu ro pa Intensificação das relações com a Europa Ocidental RFA: Visita do Ministro das Relações Exteriores Willy Brandt ao Brasil: Acordo Geral de Cooperação desenvolvimento tecnológico, pesquisas e cooperação militar para fins pacíficos Visita de Magalhães Pinto à RFA 1968 Grã-Bretanha: visita da Rainha Elizabeth II 1968 Acordos com Espanha e Portugal nas áreas comercial e cultural 1969 Europa Oriental: 5 reuniões da Coleste; aumento do comércio; novo protocolo para fornecimento de máquinas e equipamentos à URSS 1969 Portugal: mecanismos institucionais - encontros anuais dos chanceleres 1966 - Dia da Comunidade Luso-Brasileira (22 de abril) 1967 - Ano da Comunidade Luso-Brasileira 1972 - Convenção de Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses 1972 Ja pã o Aumento no comércio bilateral de 106 milhões para 2 bilhões de dólares 1967-1979 Criação da Comissão Mista Bilateral, que se reuniu nos dois anos seguintes, destinada ao incremento do comércio e da cooperação 1967 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Co m ér cio Reunião dos Chefes de Estado da OEA em Montevidéu: criação do Mercado Comum Latino-Americano em 15 anos, a partir de 1970 1967 Médici (1969- 1974) Chanceler: Mario Gibson Barboza Diplomacia do interesse nacional: priorização das relações bilaterais como as mais convenientes para o desenvolvimento - pragmatismo em detrimento dos princípios - abertura de novos mercados - aproximação de países fornecedores de tecnologia e matérias primas para a indústria brasileira - reivindicação de espaço de decisão - flexibilidade, agilidade, discrição, adaptabilidade e relativa indiferenciação política - autenticidade nacional Funções da PEB: - mudar as regras de convivência internacional e a cristalização do poder - usar o poder nacional decorrente do crescimento a favor dos povos que visam o progresso - auxiliar a implantação da nova ordem econômica internacional - manter ativa a solidariedade com os povos em desenvolvimento - ampliar o universalismo Posturas: No va s em ba ixa da s Arábia Saudita 1973 Kuwait 1975 Iraque 1972 Líbia 1974 Co op er aç ão Instituição do sistema interministerial coordenado pelo Itamaraty e pelo Ministério do Planejamento para selecionar e coordenar projetos de cooperação internacional 1969 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Estocolmo: intensa atuação brasileira em prol das demandas do Terceiro Mundo 1972 Brasil como interlocutor entre ricos e pobres. Incremento da cooperação com países em desenvolvimento. GATT (defesa do sistema geral de preferências) e AGNU (UNCTAD): maiores concessões e atenção às necessidades dos países em desenvolvimento. AGNU: defesa da NOEI (Nova Ordem Econômica Internacional) propostas para promover a industrialização, o comércio, etc., dos países em desenvolvimento. 1974 XXV AGNU: Segunda década do Desenvolvimento propõe a substituição da estratégia da estabilidade por uma estratégia dinâmica de desenvolvimento 1970 Acordo nuclear com o Equador 1970 EU A Rivalidade emergente: distanciamento e deterioração das relações - extensão do Mar Territorial brasileiro para 200 milhas náuticas - expulsão de barcos norte-americanos dessas águas - restrições norte-americanas às importações de manufaturados brasileiros (bolsas, café solúvel, calçados, têxteis) - divergências entre as políticas nucleares, de poluição, de defesa do meio ambiente, renovação dos acordos sobre café e açúcar, etc. 1970 Visita de Médici frase de Nixon “para onde for o Brasil, vai a América Latina” - realimentação do entendimento mútuo por um sistema de consulta de alto nível - acordos sobre epsca, produtos agrícolas, cooperação científica, atividades espaciais e pesquisas oceanográficas 1971 Acordo para Cooperação sobre os Usos Civis da Energia Atômica: construção de Angra I pela norte-americana Westinghouse; não previa transferência de tecnologia de enriquecimento; acordo com salvaguardas. 1972 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano - diminuir a distancias entre Norte e Sul, bem como a dependência tecnológica, a separação em zonas de influência e a imposição de vontade - crítica à lentidão dos foros internacionais para assuntos econômicos Doutrina da segurança econômica coletiva: paz mundial dependeria do confronto material, e não do confronto bipolar M ar t er rit or ial Declaração unilateral de extensão do Mar Territorial brasileiro para 200 milhas náuticas - outros países da AL já haviam feito o mesmo: Argentina, Chile, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Peru e Uruguai - uso exclusivo de petróleo e recursos pesqueiros - segurança nacional e apelo nacionalista - protestos dos países desenvolvidos com embaixadas no Brasil: EUA, França, RU, RFA e URSS - países latino-americanos celebraram - EUA defendiam liberdade dos mares - Convenção de Genebra de 1958 sobre Mar Territorial e Zona Contígua: não fazia referência à largura do mar territorial - Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (1982, em vigor desde 1994): delimitação de 12 milhas náuticas, mas EUA não são parte 1970 Brasil e América Latina derrubaram proposta de limitação do mar territorial a 12 milhas marítimas na ONU, que deu origem à convocação da Conferência para o Direito do Mar de 1974 1972 Adesão ao Tratado de Não Armamento Nuclear do Fundo do Mar, criado na ONU sob iniciativa dos EUA e da URSS 1970 ON U Defesa do desarmamento – teses e princípios: - os ganhos decorrentes deveriam ser canalizados ao desenvolvimento - conversão da segurança política em econômica - não aquisição de territórios pela força - não intervenção - autodeterminação Os últimos 3 foram invocados na XV Reunião de Consulta dos chanceleres dos Países Membros do TIAR, ocorrida em 1974 1971 Or ien te M éd io Manutenção da equidistância diante do conflito árabe-israelense - visita a Israel e Egito, reiterando apoio à paz ampliar relações diplomáticas - Convênios de comércio e cooperação técnica 1973 Visita do chanceler do Egito 1972 Visitas dos chanceleres de Israel e Arábia Saudita 1973 Ás ia Objetivos: ampliar o comércio pela exportação de produtos primários e manufaturados - apoio à permanência das duas Chinas e das duas Coreias na ONU 1973 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Eu ro pa Acordo com a Comunidade Econômica Europeia, que havia estabelecido acordo de preferências para a África (Youndé) e para a Ásia (Lomé) maior parceiro do Brasil, absorvendo 30% das exportações 1973 Dinamismo na cooperação bilateral: visitas de alto nível e acordos com diversos países, como: - Portugal: Convenção de Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses - Alemanha:Ajuste Nuclear ao acordo de 1969; convênios espaciais, de ciências básicas, matemática e computação e treinamento militar - Espanha: Acordo Básico de Cooperação Técnica - França: Convênio Nuclear - Suécia, Dinamarca e Noruega: Transporte Marítimo - acordos para evitar bitributação - Alemanha: mais amplo e complexo programa de cooperação bilateral; segundo maior investidor no Brasil em 1972 1970-1973 Visita do presidente da Coleste às sete capitais do Leste Europeu - reunião das Comissões Mistas - créditos para exportações brasileiras - estabelecimento de uma espécie de comércio de compensação Organização de vários escritórios do Leste no Rio de Janeiro 1972 Estabelecimento de relações diplomáticas com a RDA 1973 Am ér ica L at ina Busca da cooperação nos órgãos regionais, em associação aos EUA Criação da CECON (Comissão Especial de Consulta e Negociação) para implementar o Consenso de Viña del Mar nova política dos EUA provocou recuo latinoamericano Óbice à criação do Mercado Comum e proposta de reforço da Alalc para expandir a exportação de manufaturados Apoio à institucionalização da Assembleia Geral da OEA como órgão de cooperação para substituir a Conferência Interamericana Quinquenal 1970 Reivindicação de preferência para produtos industrializados brasileiros no Comitê Executivo da Alalc 1971 Reforço de iniciativas bilaterais e da diplomacia pessoal para incrementar o comércio e a cooperação, debatidos no seio das comissões mistas - projetos de ligação rodoviária e ferroviária - construção de pontes - ampliação dos meios de transporte e comunicações - créditos a exportações dos países vizinhos Paraguai: hidrelétrica de Itaipu 1973 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Bolívia: compra de gás e complementação industrial Ata de Cooperação 1973 Colômbia: estudos para a binacional do carvão 1973 Uruguai: projetos de desenvolvimento das bacias da lagoa Mirim e do rio Jaraguão Ar ge nt ina Deterioração das relações da segunda metade dos anos 1960 até o final dos anos 1970 - Aproveitamento hídrico do Prata: Argentina reivindicava direito de consulta sobre os projetos de Itaipu, pois incluía a construção do projeto Corpus Christi, na fronteira com o Paraguai; o Brasil não reconheceu a pretensão argentina. - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (CNUMAH) de Estocolmo (1972): Argentina queria discutir a disputa nessa ocasião, mas foi rejeitada a questão foi levada à AGNU - Solução: 1979 Acordo Tripartite Itaipu-Corpus (Acordo de Cooperação Técnico-Operativa entre Argentina, Brasil e Paraguai) 1960-1970 Áf ric a Périplo Africano de Gibson Barboza: visita a 9 países da África, sem colônias portuguesas. Esforço de auxiliar no projeto nacional-desenvolvimentista pelo suprimento de petróleo. - aumento das exportações de manufaturados brasileiros e instalação de empresas brasileiras no continente - Atlântico Sul vital para a segurança do Brasil Ziguezague: política externa brasileira para a África no início da década de 1970 Até 1973 o Brasil manteve apoio ao colonialismo português na ONU: proximidade política; perder acesso ao mercado europeu; lobby português no Brasil; “lusotropicalismo”; Guerra Fria. Apartheid: reticência na condenação ao regime sul-africano - África do Sul era o maior parceiro comercial do Brasil na África - não intervenção A mudança na posição brasileira surgiu por pressões crescentes de países árabes e africanos e pela Revolução dos Cravos, que pôs fim ao Estado Novo em Portugal. 1972 Ja pã o Acordo Básico de Cooperação Técnica, estabelecido após a troca de visitas entre os chanceleres - objetivos: captação de recursos, equipamentos e tecnologias para acelerar o desenvolvimento 1970 Geisel (1974- 1979) Pragmatismo responsável e ecumênico: relacionamento sem restrições ideológicas com ênfase na promoção comercial e na abertura de novos mercados. - aproximação com o Terceiro Mundo Ch ina Estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China: - relações com a República da China (Taiwan) em 1952 rompimento em 1974 1974 Voto contra a Resolução A/RES/2758(XXVI) que reconheceu a RPC como única representante legítima da China na ONU. Os EUA também votaram dessa forma. Após o rompimento com Taiwan, o Brasil abriu escritório de representação comercial em Taipei. Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Chanceler: Azeredo da Silveira - resgate da PEI - expansão pragmática do universalismo e aprofundamento do nacional- desenvolvimentismo - atuação diplomática pragmática, dentro de parâmetros éticos e com uma perspectiva ecumênica - Estado articulador do processo produtivo Primeiro acordo comercial com a República da China 1978 Áf ric a Primeiro país a reconhecer a independência de Angola, realizada pelo Movimento Popular de Libertação Angolana (MPLA), de orientação socialista, apoiado pela URSS e por Cuba 1975 Independências africanas: Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com as quais o Brasil estabeleceu relações no mesmo ano Brasil oferecia mediação para apoiar a independência negociada, recebida friamente por ambas as partes - Guiné Bissau: independência em 1973, cujo reconhecimento foi objeto de pressão do Brasil sobre Portugal em 1974 1975 Missão de Azeredo da Silveira pela África Negra: - incremento da cooperação na modalidade Sul-Sul para o desenvolvimento mútuo - soberania, autodeterminação e independência econômica - repulsa ao colonialismo e à discriminação racial, com apoio À independência da Namíbia e ao governo de maioria negra do Zimbábue 1974 Or ien te M éd io XXX AGNU: - Voto a favor da participação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) se tornar observadora da ONU povo palestino tem direito à autodeterminação e soberania; retirada das tropas israelenses - proposta de partilha da região - Voto a favor da resolução que reconheceu o sionismo como forma de racismo, posteriormente revogada em 1991, com voto afirmativo do Brasil 1974 1975 Apoio à criação da OPEP, visando ampliação dos negócios e da cooperação Acordos com o Kuwait 1975 Acordos com a Líbia 1978 Primeiro choque do petróleo: déficit da balança comercial brasileira; governo buscou a ampliação da matriz energética brasileira (80% do petróleo era importado) busca pela ampliação da matriz energética Iniciativas: acordo nuclear com a RFA (1975) e Proálcool (1975) 1973 Eu ro pa Primeiras visitas oficiais de um presidente brasileiro à França, ao Reino Unido e ao Japão 1976 Primeira visita de presidente brasileiro à RFA 1978 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Acordo nuclear com a RFA e protocolo complementar: construção de oito reatores para geração de eletricidade; indústria teuto-brasileira no Brasil para fabricação de componentes e combustível para os reatores. O acordo previa transferência de tecnologia sensível para o enriquecimento de urânio e a instalação de plantas industriais construção de Angra II iniciada em 1981, em operação a partir de 2021 - EUA protestaram 1975 Visita de Azeredo da Silveira à Grã-Bretanha, França e Itália, com as quais firmou acordos e instrumentos de cooperação, bem como memorandos de entendimento para consultas de alto nível 1975 EU A Memorando de entendimento relativo a Consultas sobre Assuntos de Interesse Mútuo entre Brasil e EUA: assinado por Kissinger e Azeredo da Silveira criação de mecanismo bilateral de consultas políticas sobre toda a gama de assuntos de política exterior 1976 Governo Jimmy Carter (1977-1981): condicionou a concessão de ajuda militar ao exame de relatório sobre direitos humanos no Brasil - visita ao Brasil em 1978 1976-1977 Denúncia do acordo de 1952 pelo Brasil, alegando ingerência em assuntos internos Brasil devolveu relatório sobre direitos humanos que condicionavaa ajuda militar, e denunciou todos os acordos nessa área 1977 Nova Lei de Comércio dos EUA contrária à política econômica internacional do Brasil restrições às importações dos PEDs “congelamento das estruturas internacionais do poder econômico” 1974 Ampliação do déficit econômico brasileiro 1974 Suspensão do fornecimento de uranio para a usina de Angra, acordado em 1972 1974 Am ér ica d o Su l Tratado de Cooperação Amazônica (TCA): assinado por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela - promover o desenvolvimento integral da região e o bem-estar de suas populações, bem como reforçar a soberania dos países sobre seus territórios amazônicos - Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) criada em 1991, com sede em Brasília (é a única organização internacional governamental com sede no Brasil) 1978 Cooperação com países sul-americanos: estratégia realista que visava dar legitimidade à liderança brasileira - cooperação tecnológica com a Bolívia - revisão dos acordos de administração das águas compartilhadas na fronteira com o Uruguai - devolução dos troféus tomados ao Paraguai na Guerra da Tríplice Aliança - observador permanente do Pacto Andino (1969) Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Intensa atuação em diversos níveis - órgãos multilaterais regionais, especialmente no SELA (Sistema Econômico Latino-Americano, criado em 1975), na OEA, na ALALCA - uso da diplomacia pessoal - no campo bilateral: reforço dos programas em andamento e ampliação da cooperação Acordos de desenvolvimento com o Uruguai 1974 1975 1977 1978 Acordos com o Paraguai, complementares ao de Itaipu 1974 1975 1978 Tratados com a Bolívia 1974 1977 Todos os acordos acima visavam reforçar a recusa brasileira à proposta argentina de cooperação nuclear, aos quais se adicionam os projetos de cooperação implementados pelo Brasil com recursos do PNUD 1975 M ult ila te ra li sm o Proposta do Acordo Geral entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para modificar as regras do GATT, sob o princípio da segurança econômica coletiva - Exposta por Azeredo da Silveira na VII Sessão Especial da AGNU - reiterada na XXX AGNU - sustentada até 1976 na UNCTAD e na Conferência de Paris sobre Cooperação Econômica Internacional 1975 Se gu ra nç a Política de exportação de material bélico eliminar a dependência e fomentar a segurança 1974 Acordo Nuclear com a RFA transferência e absorção progressiva de tecnologia nuclear 1975 Denúncia do Acordo Militar com os EUA (1952) e demais acordos decorrentes, que mantinham o vínculo entre os dois países desde a IIGM, criando dependência obsoleta e prejudicial ao desenvolvimento tecnológico brasileiro 1977 Programa nuclear paralelo que conjugava projetos integrados de pesquisa implementados pelo Exército, Marinha e Aeronáutica 1979 Ja pã o Visita do primeiro ministro japonês 1975 Visita de Geisel para concretizar vendas, captar investimentos e financiamentos 1976 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano En er gia Medidas de controle da crise energética: - redução das importações de supérfluos - aumento do crédito e dos incentivos e incentivos à exportação - incentivo às pesquisas sobre novas fontes de energia - produção interna de petróleo e autorização para a Petrobrás firmar contratos de serviço com cláusula de risco, sem quebra do monopólio 1975 João Figueiredo (1979-1985) Chanceler: Ramiro Saraiva Guerreiro Diplomacia do universalismo, boa convivência internacional, soberania e dignidade nacionais Gu er ra F ria - rebipolarização da Guerra Fria - Brasil negou-se a aderir às sanções impostas à URSS em 1979 em decorrência da invasão do Afeganistão - recusou contribuir à intervenção no Suriname após o golpe militar de 1980 - crítica ao intervencionismo estadunidense na América Central - denúncia da invasão de Granada pelos EUA (1983) - solidariedade ao grupo de Contadora por uma solução negociada dos conflitos na América Central EU A Avanços e recuos Divergências: Metas econômicas: - Brasil esperava o fim do protecionismo às suas indústrias, recursos financeiros e projetos de cooperação, apoio político na negociação da dívida e acordos sobre commodities - EUA realizavam ameaças de retaliações às exportações brasileiras, concessões momentâneas por meio de favores comerciais e concessões estratégicas no mercado de informática Visita de Reagan criação de grupos de trabalho, com assessorias de alto nível, cujos relatórios foram apresentados em 1984 esterilidade operativa pela imposição de condição de proibição de exportações a países antiamericanos 1982 Ca na dá Troca de visitas entre Tudeau e Figueireado acordo comercial e memorando de entendimentos para consultas de alto nível 1981-1982 Ar ge nt ina Acordo Tripartite Itaipu-Corpus (Br+Arg+Par) 1979 Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear 1980 Guerra das Malvinas: Brasil manteve-se oficialmente neutro. neutralidade imperfeita/neutralidade não equidistante favorável à Argentina, na prática (apoio desde a ocupação britânica em 1833) EUA recusaram a invocação do TIAR a favor da Argentina Ruptura das relações diplomáticas entre Argentina e Reino Unido Brasil representou o país até 1990 Apoio à resolução do CSNU sobre: cessação das hostilidades, retirada das tropas argentinas e negociação ressalva: direito argentino sobre as ilhas neutralidade favorável 1982 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Am ér ica Ce nt ra l Assistência econômica e militar ao Suriname 1983 Posições sobre a crise em confronto direto com os EUA, recusando envolvimento com outros países latino- americanos liderados pelo México 1984 Áf ric a Visitas a: Argélia, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Nigéria e Senegal primeira visita oficial de mandatário brasileiro à África 1983 Primeira operação tripartite de cooperação Sul-Sul exploração do carvão de Moçambique com fundos da OPEP 1984 Visita de Saraiva Guerreiro ao cinturão combativo da África austral: Tanzânia, Zâmbia, Moçambique, Zimbábue e Angola alinhamento à OUA sobre: apoio à independência do Zimbábue e do Saara Ocidental; condenação do apartheid e intervenções sul-africanas; imposição de sanções comerciais, culturais, artísticas e desportivas à África do Sul (1985); condecoração do bispo Desdmond Tutu (1987) 1980 Or ien te M éd io Fortalecimento de relações com países produtores de petróleo e clientes de equipamentos bélicos, como Irã e Iraque Apoio à criação do Estado da Palestina e à retirada israelense Aviões líbios retidos no Brasil durante escala técnica para a Nicarágua, com carregamento clandestino de armas 1983 Ás ia Acordo de cooperação em ciência e tecnologia com o Japão 1984 Ch ina Primeira visita oficial de um presidente brasileiro à China acordos de cooperação comercial, científica, tecnológica e nuclear 1984 Convênio sobre transportes marítimos 1979 Segunda reunião da Comissão Mista, Acordo de Cooperação Científica e Técnica, expansão do comércio bilateral 1982 Visita do PM chinês novas modalidades de cooperação. Memorando de entendimento para consultas de alto nível, acordo cultural, intercambio de comércio e serviços 1985 Paquistão: acordo comercial 1982 Missão aos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático: Malásia, Cingapura, Indonésia, Filipinas, Tailândia Dí vid a ex te rn a O Itamaraty não participou das negociações da dívida externa, conduzidas pelos economistas da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central Fundação do Consenso de Cartagena: foro de concertação para solucionar a questão da dívida externa da América Latina 1984 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Consenso de Cartagena: Reunião de cúpula de 8Chefes de Estado latino-americanos em Cancun, com proposta de tratamento político que equacionasse o pagamento da dívida com o crescimento econômico da América Latina. 1987 Negociações conduzidas por Delfim Neto: submissão Às exigências dos credores, representados pelo FMI recessão, contração da demanda pela baixa dos salários reais e criação de excedentes exportáveis 1979-1985 M ult ila te ra lis m o V UNCTAD, Manila: desenvolvimento, contra salvaguardas internacionais, contra o protecionismo e propôs código de transferência de tecnologia 1979 XI Assembleia Geral Especial da ONU: “Negociações Globais” como nova fórmula de diálogo Norte-Sul 1980 Conferência Norte-Sul, Cancun: postura quase-revolucionária a partir de uma avaliação da dependência do Terceiro Mundo 1981 XXXVII AGNU: primeira vez que um Chefe de Estado brasileiro abre a sessão. Figueiredo denunciou a transferência do conflito Leste-Oeste ao Terceiro Mundo pelas grandes potencias. Criticou as estruturas de poder, a desigualdade, que inviabilizavam o crescimento das nações em desenvolvimento. Propôs a correção da ordem global por negociações Norte-Sul, liberalização do comércio, expansão dos fluxos financeiros internacionais e nova política de juros. 1982 VI UNCTAD, Belgrado: malogro das iniciativas anteriores, retraimento do Norte e defesa da cooperação Norte-Sul 1983 Reunião do Grupo dos 77, Rio de Janeiro: fracasso das negociações Norte-Sul; defesa da cooperação Sul-Sul 1983 GATT: Brasil foi “graduado” e perdeu preferencias comerciais na CEE e nos EUA. A CEE apresentava reclamações contra o protecionismo do mercado brasileiro para produtos industriais, e o Brasil retribuía protestando contra o protecionismo em relação aos manufaturados brasileiros 1981 Candidatura à Secretaria-Geral da OEA 1984 José Sarney (1985-1990) Chanceleres: Olavo Setúbal e Abreu Sodré Renovação de credenciais Multilateralismo normativo Di re ito s hu m an os Convenção contra a Tortura 1985 Prevalência dos DH no art. 4º da CF/88 1988 Começo do processo de ratificação dos pactos de Direitos Humanos da ONU de 1966 1992 Gr up o do R io Grupo de Contadora: Colômbia, México, Panamá e Venezuela solução negociada para as crises políticas centro- americanas (Revolução Sandinista na Nicarágua e guerras civis em El Salvador e na Guatemala), marcadas pela intervenção dos EUA 1983 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Argentina, Brasil, Peru e Uruguai formam o Grupo de Apoio a Contadora 1985 Fusão dos grupos de Contadora e de Apoio Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política (Grupo dos Oito ou Grupo do Rio) 1986 Ar ge nt ina Aproximação bilateral Declaração de Iguaçu convergência econômica 1985 Fase integracionista: Negociações técnicas encerradas, indicando as condições para a integração: fomento do crescimento econômico, do comércio bilateral dinâmico e não especializado, ampla concorrência cultural, gradualismo e flexibilidade dos mecanismos de integração, preferencias comerciais bilaterais nas áreas agrícola e industrial, realismo das propostas, aperfeiçoamento da infraestrutura, adaptação do arcabouço jurídico de ambos os países Ata para Integração Brasileiro-Argentina, com 12 protocolos anexos Comissão de Execução do Programa de Integração Brasileiro-Argentina, que compreendia 12 áreas gradualismo, flexibilidade e equilíbrio - acompanhamento do presidente do Uruguai, que vinculou o país ao programa por meio de acordos bilaterais com os demais 1986 EU A Abertura de investigação contra o Brasil por causa da Lei de Informática (1984), que determinava a reserva de mercado a produtos nacionais - ameaças com retaliações Brasil concordou em abrir diálogo, sem negociação sobre a lei (ato de soberania nacional) - projeto de lei que estabelecia o regime de direito autoral para programas de computador (software) (1986) aprovado em 1987 governo brasileiro impôs restrições à importação de programas com similar nacional 1985 Imposição de tarifas a produtos brasileiros de exportação, como retaliação pela ausência de proteção de patentes para produtos e processos farmacêuticos no Brasil 1987 Rodada Uruguai do GATT: divergências sobre a inclusão de novos temas, como investimentos, propriedade intelectual e serviços 1986-1994 ZO PA CA S Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, proposta pelo Brasil, foi criada pela Res. 41/11 da AGNU - Contraponto à proposta dos EUA de criação da Organização do Tratado do Atlântico (OTAS) (Br + Arg + África do Sul), que não obteve apoio brasileiro - EUA votaram contra a criação da ZOPACAS - África do Sul deveria pôr fim ao apartheid e outorgar a independência da Namíbia 1986 UR SS Primeiro presidente a visitar oficialmente a URSS acordos comerciais de cooperação científico-tecnológica 1988 Visita do Chanceler a Moscou:: memorando de entendimento para consultas de alto nível sobre política internacional; Comunicado Conjunto sobre desarmamento, conflitos na América Central e na África, e sobre a inserção das jovens nações lusas à nova ordem internacional 1985 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Defesa da retirada das tropas soviéticas do Afeganistão Ch ina Acordos para a construção conjunta de satélites de monitoramento de recursos terrestres, no bojo do programa CBERS (“China-Brazil Earth Resources Satellites”) 1986 Criação de uma empresa binacional para o comércio 1987 Visita à China acordos de cooperação igualitária nas áreas de tecnologia espacial e informática 1988 ON U XL AGNU: abertura da sessão com discurso sem efeito nos países centrais em razão das discordâncias sobre o comércio, o tratamento da dívida, o crescimento econômico, a independência tecnológica, etc. 1985 Volta ao CSNU como membro não permanente após quase 20 anos. Durante a ausência, deu-se preferência à atuação no ECOSOC 1988 Ja pã o Visita do príncipe herdeiro em razão do 80º aniversário da imigração japonesa para o Brasil 1988 M ult ila te ra lis m o Reunião do Grupo dos 77, Nova Délhi: otimismo sobre o novo Sistema Global de Preferências Comerciais 1985 Reunião do GATT, Punta del Este: considerações sobre a fraca atuação do órgão, incapaz de corrigir as distorções do comércio internacional. Posição brasileira contrária à inclusão dos serviços nas regulamentações sobre o comércio de bens, como almejavam os EUA. - Brasil e Índia lideraram a oposição e obtiveram vitória temporária, pois se decidiu que as negociações seriam realizadas fora do GATT e as novas regras seriam incorporadas a ele 4 anos depois 1986 Reunião do Grupo dos 77, Nova Iorque: países centrais transferem ao Terceiro Mundo o ônus de seus reajustes internos. Reafirmou a vitória em Punta Del Este pela regulamentação de serviços no GATT. 1986 VII UNCTAD, Genebra: desequilíbrios fiscais, monetários, financeiros e comerciais que levaram ao retrocesso no Hemisfério Sul na década de 1980 1987 Dí vid a ex te rn a Plano Cruzado: recomposição parcial do poder aquisitivo social, estímulos ao consumo, redução dos excedentes da balança comercial e possível esgotamento das reservas cambiais 1986 Moratória e suspensão do pagamento da dívida com o FMI - retomada dos pagamentos em 1988 - condicionamento do fim da moratória a acordo prévio com os credores, antes de passar pelo FMI, e à entrada de recursos novos 1987 Plano Brady dos EUA para equacionar os pagamentos, cujas negociações foram concluídas apenas em 1994 1989 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano CE E Prejuízos com a ampliação da CEE, pois os novos membros estenderam a convenção de Lomé (sobre preferencias especiais dos integrantes), afetando as exportações agrícolas e de manufaturados - Negociações sobre o intercâmbio comercial e sobre cooperação, especialmente no setor de telecomunicações e pequenas empresas