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O Estilo Mãe Girafa de Ser

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1
SUMÁRIO
• Porque Mãe girafa?.............................................................................................03
• Introdução .............................................................................................................04
• Os que é CNV? Comunicação Não Violenta ...........................................06
• Os 4 passos para a prática da CNV – O caminho da conexão 
autêntica..................................................................................................................09
• Educando sem Castigos ou Recompensas ..............................................16
• Ensinando Pelo Exemplo .................................................................................18
• Sobre a Autora ....................................................................................................20
2
3
Porque a CNV é a idioma das girafas.
Marshall Rosenberg, psicólogo americano e fundador da CNV, usou a
metáfora da girafa para demonstrar como as intenções, palavras e ações
contribuem para que nossas vidas sejam maravilhosa ou para transformá-la
em um verdadeiro caos.
A girafa é um mamífero terrestre que tem o coração 43 vezes maior que o
do ser humano.
O seu coração tem que levar o sangue pelo pescoço acima, até o cérebro e
com um coração assim tão grande, a ideia é de que as “girafas” ouvem a si
mesmas e aos outros com o coração, sem fazerem julgamentos de valor,
apenas observando, com empatia e uma presença afetuosa.
O pescoço representa a visão, a capacidade de ver claramente o cerne
daquilo que está acontecendo.
Além disso as girafas se alimentam de acácia, uma planta com muitos
espinhos, assim podemos aprender com as girafas como atravessar os
“espinhos” das relações e encontrar o prazer e a harmonia que nos
sustentam e dão sentido à nossa vida.
Talvez você esteja se perguntando, por que Mãe Girafa?
Mãe Girafa
INTRODUÇÃO
Caminho da Conexão Autêntica entre pais e filhos
4
5
Era uma vez crianças que....
o Não queriam tomar banho;
o Não queriam ir à escola;
o Chegou da escola emburrado e não quis conversar;
o Ficou rebelde depois da chegada do irmão;
o Se recusa a dormir sozinho no seu quarto;
Do outro lado da mesma história existem pais e mães amorosos, bravos,
impacientes, compreensivos, frustrados e até mesmo se sentindo culpados
por não saber se estão fazendo a coisa certa. Esses pais vivem dizendo....
“ Meu Deus, onde eu estou errando? ”
A problema é que estamos o tempo todo tentando ajudar dando opiniões ou
simplesmente mandando que ele faça isso ou aquilo, pois somos seus pais e
sabemos o que é bom pra ele. Raramente, paramos para acolher de forma
afetuosa o nosso filho, ou simplesmente oferecer uma escuta ativa com a
intensão de apenas confortá-lo.
Temos a sensação de que temos as melhores respostas, e mesmo que não as
tenhamos, nos sentimos pressionados por nós mesmo a falar algo que possa
ajudar, no entanto, tudo o que conseguimos fazer é enxergar a nós mesmos e
acreditamos que para o outro também vai funcionar.
Com isso, não criamos empatia com o que outro está sentindo e, portanto,
perdemos a oportunidade de simplesmente ouvir e acolher esta criança.
Neste ebook, eu quero trazer uma forma de se comunicar que está
embasada nos princípios da Comunicação Não Violenta, desenvolvida por
Marshall Rosenberg, e que é uma forma de nos entregarmos de coração para
a vida que flui dentro de cada um de nós
“ Em algum lugar existe um espaço entre o certo e o
errado, nos encontramos lá
NOS ENCONTRAMOS LÁ “
Rumi – Poeta Sufi
O que é CNV?
Comunicação não Violenta
6
7
A Comunicação Não Violenta (CNV), é uma maneira de usarmos a linguagem
de uma forma que possamos valorizar o ser humano que está por trás
daquelas palavras, sejam elas verbais ou não verbais.
É uma forma de comunicação que nos permite criar empatia por nós mesmos
e pelo outro. É uma forma de eliminar completamente o julgamento e
entendermos qual a necessidade não atendida daquela pessoa que a fez agir,
sentir ou pensar de determinada maneira.
É darmos ao outro o maior presente que podemos dar a alguém, a nossa
presença ativa.
É agir com compaixão, que é um sentimento inato do ser humano.
É valorizar a vida que se manifesta dentro de cada um de nós.
O objetivo da CNV é proporcionar uma conexão autêntica, amorosa e
compassiva, seja na relação consigo mesmo e nas relações interpessoais.
No que diz respeito a educação dos nossos filhos, a CNV vem com o objetivo
de educarmos sem a necessidade de punições ou recompensas e sim através
de uma relação respeitosa, gentil que ouve sentimentos e necessidades e a
partir desse ponto, encontrar formas de satisfá-las respeitando a humanidade
de cada um dos envolvidos.
Talvez você esteja pensando “recompensas? Isso para mim não é violência. ”
E eu te digo: Sim, a recompensa também é uma forma de violência. Uma vez
que as usamos com o intuito de fazer a criança agir da forma que queremos
ou achamos que é melhor para ela e, uma vez que negligenciamos sua
capacidade de escolha e, portanto, a sua individualidade, sim, nós estamos
agindo com “violência”.
Para sairmos do mundo das ideias e explicar melhor o que é CNV, vou citar
alguns exemplos:
A criança cai do balanço e você diz: “Não foi nada, está tudo bem. Já vai
passar!
Nesta situação, talvez a única coisa que a criança estivesse
precisando era de acolhimento e um pouco de empatia.
Em uma nova abordagem você poderia dizer:
“ Filho (a) você se machucou e eu sei que isso dói, também
já passei por isso. Posso fazer alguma coisa para te ajudar a se
sentir melhor agora?”
8
Nesta nova abordagem, você se conectou com a criança quando diz que
entende que aquilo dói e a deixou segura para escolher como ela gostaria de
ser ajudada. Talvez apenas um abraço acolhedor já seria o suficiente para
sanar aquela dor, que desta vez não foi negligenciada por você.
Vamos a outro exemplo:
A criança chega chorando porque um amigo a excluiu da brincadeira, e você
diz:
“Para com isso, isso é bobagem, logo vocês voltam a brincar. ”
Nesta situação, um pouco de compreensão sobre o que realmente aconteceu,
acolhimento do sentimento e buscar novas formas para a criança se sentir
melhor, seria um bom começo.
Não devemos menosprezar os sentimentos das crianças. Para nós adultos
pode até parecer bobagem, porém para a criança, esta é uma situação de
muito sofrimento.
Uma nova abordagem poderia ser mais ou menos assim:
Filho (a) o que aconteceu? (deixe a criança falar) depois pergunte: E como
você está se sentindo com isso que aconteceu? (deixe a criança expor seus
sentimentos), depois pergunte: Tem alguma coisa que você gostaria de
fazer e que vai te ajudar a se sentir melhor? Ou, tem alguma coisa que
podemos fazer juntos que fará você se sentir melhor agora?
Observe que desta forma, você ouviu o que a criança tinha a dizer sobre o
que aconteceu, sem nenhum julgamento, você a acolheu quando deu
importância para o que ela estava sentindo, e por fim, você lhe deu a
autonomia para resolver aquele problema a sua própria maneira, ou se
colocou disponível para ajudá-la no que fosse preciso, porém da forma que
ela gostaria que fosse.
Comunicação Não Violenta (CNV) é quando deixamos de ouvir
Pensamentos e Julgamentos e passamos a ouvir Sentimentos
e Necessidades.
Os 4 Passos para a Prática 
da CNV.
O caminho da conexão autêntica 
9
10
O caminho da conexão autêntica, onde nos comunicamos através do coração,
não precisa ser um caminho de mão dupla. A outra pessoa pode não estar
acostumada com esta forma de se comunicar, porém mantendo nossa
comunicação dentro dos princípios da CNV, motivados a somente dar e
receber com compaixão, acabaremos por criar esta conexão empática uns
com os outros.
Para colocarmos em prática este desejo de nos conectarmos e nos
entregarmos de coração, concentramos nossa atenção em quatro
componentes que compõe a comunicação não violenta:
1 – Observação
2 – Sentimento
3 – Necessidade
4 –Pedido
Vamos agora nos aprofundar um pouco em cada um desses componentes.
1 – Observar sem Avaliar
A observação é um elemento muito importante da CNV, e nos pede que
criemos a habilidade de observar sem emitir nenhum tipo de julgamento.
Quando avaliamos uma situação, nós olhamos através de nossos filtros, e
normalmente o que vemos, está baseado em nossas experiências do passado.
Com esta atitude, o máximo que podemos fazer é darmos uma avaliação
cheia de julgamentos, e isso não quer dizer que o que observamos ou
avaliamos seja certo ou errado, porém é apenas a nossa avaliação baseada
naquilo que acreditamos com base em nossas crenças e valores.
A CNV propõe que acabemos com este jogo de quem está certo e de quem
está errado, e nos apeguemos apenas aos fatos, à aquilo que é observável.
Vou dar um exemplo para que fique um pouco mais compreensível.
11
Você está na fila do caixa de um supermercado e vê uma criança no chão
chorando. A mulher que estava acompanhando a criança se abaixa e fala
algo no ouvido da criança. Imediatamente a criança olha para a mulher,
se levanta e sai andando normalmente.
Ao chegar em casa, você comenta o que aconteceu com seu marido, e seu
diálogo pode ter sido mais ou menos assim:
Opção 1: Amor, você não vai acreditar no absurdo que eu vi no
supermercado. Tinha uma criança fazendo a maior birra no corredor, e a mãe
simplesmente se agachou e falou alguma coisa no ouvido dela que fez a
menina parar na hora. Você tinha que ver a cara de assustada que a criança
olhou para a mãe. Deus me livre, tenho até medo de imaginar o que aquela
mulher falou para a filha. Deve ser uma terrorista.
Opção 2: Amor, eu estava na fila do mercado e vi uma menina se jogando no
chão fazendo birra, a mulher que estava com ela se abaixou e na maior calma
falou alguma coisa no ouvido dela que a fez parar na hora. Ela foi o máximo!
Agora observe, nas duas opções, seja na forma mais crítica ou na forma mais
benevolente, houve avaliação. Observe novamente a conversa abaixo e veja
em negrito onde se encontram estas avaliações/julgamentos.
Opção 1: Amor, você não vai acreditar no absurdo que eu vi no
supermercado. Tinha uma criança fazendo a maior birra no corredor, e a
mãe simplesmente se agachou e falou alguma coisa no ouvido dela, que fez
a menina parar na hora. Você tinha que ver a cara de assustada que a criança
olhou para a mãe Deus me livre, tenho até medo de imaginar o que aquela
mulher falou para a filha. Deve ser uma terrorista.
Você não vai acreditar: Ele pode acreditar no que você está dizendo ou não,
você não tem como saber.
Absurdo: Isso é um julgamento, uma outra pessoa poderia ter visto
a mesma cena e achar o máximo, como na opção 2.
Maior birra: existem vários motivos para uma criança estar no chão chorando
que não necessariamente caracteriza uma reação de birra.
12
Mãe: em que momento você viu a menina chamar a mulher de mãe ou a
mulher chamar a menina de filha?
Cara de assustada: como você pode afirmar que aquela era realmente uma
cara de assustada?
Uma terrorista: Isso são rótulos que vem dos nossos julgamentos.
Opção 2: Amor, eu estava na fila do mercado e vi uma menina se jogando no
chão fazendo birra, a mulher que estava com ela se abaixou e na maior
calma falou alguma coisa no ouvido dela que a fez parar na hora. Ela foi o
máximo!
Maior calma: Como você pode afirmar que aquela pessoa estava realmente
calma? Se disser pelas atitudes dela, mesmo assim pode se enganar a não ser
que pergunte a ela.
Ela foi o máximo! Você achou o máximo, porém em outro contexto a pessoa
pode achar um absurdo como na opção 2.
Ok, agora como você contaria esta história fazendo apenas uma observação
eliminando a avaliação?
Veja:
Amor, eu estava na fila do caixa do supermercado e vi uma criança no chão
chorando. A mulher que estava acompanhando a criança se abaixou e falou
algo no ouvido dela. Imediatamente a criança olhou para a mulher, se
levantou e saiu andando normalmente.
Ou seja, você apenas narrou o que aconteceu de fato, sem nenhum tipo de
julgamento ou avaliação.
Esta atitude é de extrema importância e fundamental para a CNV, pois
quando colocamos nossas avaliações, as chances da outra pessoa receber o
que estamos falando como uma crítica é muito grande, e sendo assim, não
estabelecemos a conexão de que gostaríamos.
13
2- Sentimento
Expressar o que sentimos parece uma tarefa fácil até você tentar coloca-la em
prática. Nos acostumamos a não expor os nossos sentimentos, pois
acreditamos que nos tornamos vulneráveis quando nos expomos desta
maneira.
De fato, o inverso é verdadeiro, quando estamos querendo criar uma conexão
genuína com o outro. Quando expomos nossas vulnerabilidades a empatia
vem de forma rápida e natural, afinal, somos humanos e enquanto estamos
nesta posição, nos sentiremos vulneráveis em uma situação ou outra.
O importante é nos atentarmos para não confundir sentimento com
pensamento:
“Eu sou mesmo um burro”. Isso é o que você pensa sobre si mesmo, porém
o sentimento talvez seja de frustração por não conseguir executar
determinada tarefa.
Não devemos confundir o que sentimos com o que achamos que o outro
reage ou se comporta a nosso respeito:
Me sinto ignorado por você! Isso é o que você pensa que o outro está
fazendo quando não tem a atenção que gostaria, porém, o sentimento pode
ser de tristeza por se sentir não compreendido pelo outro.
Entrar em contato com nossos sentimentos é tão importante quanto
compreender o sentimento do outro.
Quando você diz: “a mamãe fica muito triste quando você deixa o seu
quarto desarrumado. ”
Você está colocando a responsabilidade por seus sentimentos na criança, e
caso a criança aceite o que você falou, ela vai arrumar o quarto,
mas não porque ela se sente feliz ao ver seu próprio quarto arrumado,
e sim por culpa, pois pensa que te faz ser uma pessoa triste.
14
De verdade, ao nos conectarmos pelo coração, não queremos que ninguém
faça nada por nós que não seja porque ela quer e sente alegria em fazer.
Eliminamos qualquer receber que venha da culpa, da vergonha, coerção ou
medo.
3- Necessidades
Todo ato de violência vem de uma necessidade nossa, ou do outro, que não
está sendo atendida.
Voltando ao exemplo anterior:
Quando você diz: “a mamãe fica muito triste quando você deixa o seu
quarto desarrumado. ”
Talvez, uma necessidade sua por organização não esteja sendo atendida, e de
uma forma inapropriada, você tenta, através da manipulação emocional,
atender a sua necessidade.
A criança também tem seus sentimentos e necessidades, e continuando neste
mesmo exemplo, esta criança pode ter a necessidade de mais tempo para
brincar com os amigos e arrumar o quarto para ela não faz sentido, uma vez
que ela gosta de ver seus brinquedos a sua disposição quando ela quiser
brincar.
Para estabelecer uma conexão que fala com o coração e que ouve
sentimentos e necessidades, é preciso agir de uma forma onde as
necessidades de ambos possam ser atendidas.
Neste momento entramos no quarto e último componente da CNV o pedido.
15
4 – Pedido
Para que possamos ter as nossas necessidades atendidas, é preciso expressar
de forma clara o que queremos.
O pedido deve ser feito no positivo, e devemos falar de forma clara o que
queremos no lugar daquilo que não queremos e, portanto, não está
satisfazendo nossa necessidade.
Na hora de fazer um pedido, depois de ter passado pelos passos
anteriores, é importante estar atendo para as seguintes questões:
o O pedido deve ser um pedido e não uma ordem.
o Sendo o pedido um pedido, ter a consciência de que outro pode dizer
não. E, estando em sintonia com a conexão através do coração, onde não
desejamos que ninguém faça nada por nós que não seja bom para esta
pessoa também, aceitamos o não de forma natural e encontramos outras
formas de satisfazer nossas necessidades.
Vamos continuar então no mesmo exemplo: “a mamãe fica muito triste
quando você deixa o seu quarto desarrumado. ”
Agora vamos reformularestá frase usando todos os componentes da CNV.
Filho, quando você deixa seus brinquedos espalhados pelo quarto
(Observação) eu me sinto triste (sentimento) porque eu tenho uma
necessidade de manter a casa organizada (necessidade) então o que você
pode fazer para manter o seu quarto organizado após ter terminado de
brincar? (Pedido buscando atender a necessidade de ambos)
De acordo com Marshall Rosenberg, estes quatro componentes, colocados
em prática, tem eliminado conflitos em países de guerra. Agora, imagine o
que estes mesmos componentes podem fazer por você e por sua
família?
Educando sem Castigos ou 
Recompensas
O caminho do educar amoroso
16
17
Muitas pessoas pensam que recompensar as crianças ou qualquer outra
pessoa por algum comportamento que tiveram, é algo positivo e que não
existe problema algum em agir dessa maneira. Entretanto, o ato de
recompensar ou fazer barganhas do tipo: “se você arrumar o seu quarto
vamos tomar um sorvete mais tarde”, é tão violento quanto um castigo ou
qualquer outro tipo de punição.
Uma vez que usamos a recompensa como uma forma de conseguirmos ter as
nossas necessidades atendidas, não estamos levando em consideração as
necessidades do outro e não vamos estabelecer uma conexão autêntica.
Com esta atitude, também perpetuamos uma mensagem de que se deve
receber recompensas por algo “bom” que fizemos e que somos punidos se
não o fizermos.
Sabemos que o mundo não tem a mesma benevolência conosco, e nem
sempre seremos recompensados por algo que fizermos.
Se viemos de uma cultura onde nossos pais sempre nos recompensavam de
alguma forma por algo “maravilhoso” que fizemos, tendemos a nos tornar
adultos frustrados, infelizes, e com a sensação que não somos reconhecidos
pelo que fazemos. Nos tornamos dependentes da aceitação e aprovação do
outro, e com isso, há uma baixa significativa em nossa autoestima e muitas
vezes chegamos até em estados de depressão profunda.
Agora eu te pergunto: Este é o filho que você quer ver atuando no
mundo?
Existem outras formas de dizer ao seu filho o quanto feliz e orgulhoso você
está, sem necessariamente dar coisas materiais.
Na maioria das vezes, dizer a ele o quanto você o ama, independente das
suas ações, e o quanto você está feliz por ele ter conquistado algo, ou
simplesmente dar um abraço ou um pulo de alegria, batendo as
suas mãos com as dele no ar e dizendo “yeeees”, é muito mais valioso
e construtivo do que um sorvete ou um novo jogo para o
“Playstation”.
Ensinado pelo Exemplo
“Você é a pessoa que quer ver o seu filho se 
tornar? ”
18
19
Mais intensamente, no período entre 0 a 7 anos, nossos filhos aprendem por
modelagem, ou seja, ele observa aquilo que acontece a sua volta, e imita.
Em Neurociência chamamos de neurônios espelho. Os neurônios espelho são
um grupo de células que foram descobertas pela equipe do
neurobiólogo Giacomo Rizzolatti, e que parecem estar relacionadas com
os comportamentos empáticos, sociais e os imitativos. Sua Missão é refletir
a atividade que nós estamos observando.
Aqui proponho um exercício:
Em um momento em que seu filho estiver brincando, fique observando por
15 minutos o que ele faz e conte quantas vezes, dentro deste período ele vai
olhar para você.
Sei que nós pais, adoramos a máxima: “Faça o que eu falo, não faça o que
eu faço. ” Sobre isso penso que não preciso falar muito, pois acredito que já
tenhas tido alguma prova de que isso realmente não funciona.
Portanto, pare e reflita. Como você deseja ver o seu filho daqui a 10, 20, 30
anos? Que tipo de valores você gostaria de ver seu filho expressando?
Agora se pergunte:
Eu estou sendo esta pessoa quando ele olha pra mim?
Kelly Moraes
Assim como você, sou uma “Mãe Girafa” em construção. Meu propósito é
contribuir para que os pais expandam a sua consciência para a sua missão
enquanto pais, que é educar os seus filhos baseado no amor, no respeito e na
liberdade. Baseado na consciência de que seus filhos, antes de serem filhos, são
seres humanos, que estão sendo preparados para atuar no mundo, livres para
expressar os seus talentos e habilidades inatas com segurança, autoconfiança,
auto responsabilidade e amor.
Desta forma, estaremos plantando as sementes que irão germinar em um futuro
próximo, e sendo assim, podemos ter a real esperança de que pode existir um
mundo melhor e que estamos fazendo a nossa parte aqui e agora, através da
dadiva que nos foi concedida que é sermos pais e mães.
Minhas Formações:
• KidCoach – Formada no Método KidCoaching pela Rio Coaching por Marcia Belmiro
• EFT - Emotional Freedom Techniques Practitioner, certificada pela AHP -
AlternativeHealthcare Professionals.
• Matrix Reimprinting EFT Practitioner, certificada pela AHP - Alternative Healthcare 
Professionals.
• Personal & Professional Coach, certificada pela SBC - Sociedade Brasileira de Coach
• Practitioner em Programação Neurolinguística - certificada pela Onda consultoria 
e Treinamentos
Para conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho acesse minhas redes sociais:
Site: www.kellymoraes.com.br
Facebook: www.facebook.com/kidcoach.kellymoraes
20
Minha Gratidão a 
Marshall Rosenberg 
por desenvolver a 
CNV.
http://www.kellymoraes.com.br/
http://www.facebook.com/kidcoach.kellymoraes