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Trabalho: Açúcar da cicatrização da pele

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Açúcar da cicatrização da pele.
Kauan Balbino Pionorio.
Luís Felipe Coutinho Ferreira. 
Introdução:
 Segundo o Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, Michaelis, se entende como ciência: “1) Conhecimento sistematizado como campo de estudo. 2) Conjunto de conhecimento humanos considerados no seu todo, segundo sua natureza. 3) Sistema racional usado pelo ser humano para se relacionar com a natureza a fim de obter resultados favoráveis”.
 O filósofo Aristóteles define a ciência como o “conhecimento das causas pelas causas. É o conhecimento demonstrativo” A ciência é composta por três componentes: observação, experimentação e as leis. Objetiva a união entre o conhecimento teórico, a prática e a técnica. Não se utiliza um ponto de vista formado sem comprovação, mas da validação após a aplicação do método científico. A definição das ciências (no plural) estão relacionadas à maneira de realização do ideal de cientificidade de acordo com os fatos investigados e os métodos praticados.
 Nesse capítulo do ebook, é a demonstração do conhecimento humano de diferentes aspectos sociais e culturais que utiliza o açúcar na cicatrização de machucados na pele. Existe uma relação no sistema racional da metodologia utilizada que obtém resultados favoráveis e compatíveis com o esperado, através da observação, experimentação e as possíveis respostas para a determinação das leis, como dito antes.
Contextualização histórica:
 O machucado pode ser considerado como uma complicação biológica, que tende a regressão espontânea e cicatrização dentro de um prazo mais ou menos pré-estabelecido, com algumas variações individuais. Porém podem surgir complicações que retardam (atrasam) a cicatrização, como a infecção, que prolonga o período de recuperação do paciente, aumentando os custos do tratamento. O cuidado com as feridas infectadas é conhecido desde a antiguidade, como é relatado no papiro cirúrgico de Edwin Smith, datado de 1700 A.C.
 O uso constante de antibióticos, tem aumentado o número de cepas resistentes (variedades de uma mesma “espécie” de vírus que existe graças a uma pequena diferença de genes entre essas), sendo necessário a pesquisa de novos antibióticos elevando o seu custo, o que torna proibitivo seu uso rotineiramente. Por estas e outras razões, métodos primitivos de tratamento local das feridas, tem sido analisados e aplicados com bases científicas atualizadas, afim de tornar mais econômico e eficiente esse tratamento.
Material e Método:
 Inicialmente, faz-se a limpeza do machucado com soro fisiológico ou água corrente e a seguir cubra a superfície com uma camada de açúcar cristal até cobrir totalmente a ferida. O local é bloqueado com gaze. Atenção! Todo o material utilizado no curativo é esterilizado, com exceção do açúcar.
 Há várias pesquisas que faz a devida recomendação de trocar o curativo a cada 8 horas por vários dias, até que haja diminuição das secreções e aparecimento de tecido de granulação. Depois, fazemos a cada 12 horas e finalmente, uma vez ao dia até a cicatrização total do machucado.
(Disponível em: https://plasticaplexus.com.br/cirurgia-plastica/cicatrizacao/)
 Os pacientes que recebem alta sem a cicatrização plena da ferida, são orientados para que façam os curativos no seu domicílio. A limpeza deverá ser feita com água fervida e em seguida cobrir a lesão com açúcar e a colocação de gaze esterilizado e esparadrapo. Aqueles que não possui esses recursos, são orientados a usar tiras de pano branco bem lavadas e passadas a ferro quente.
Conclusão:
 O uso do açúcar nas feridas pode parecer a princípio um remédio, medicamento ou até mesmo uma cura, porém não é. Os demais cuidados com as feridas deverão ser tomados quando necessários. Há muitas pesquisas que tentam explicar o efeito do açúcar sobre feridas. Experiências em laboratório evidenciam que é um antimicrobiano que faz o efeito de impedir o crescimento de bactérias. Parece que tem a mesma ação na superfície das feridas infectadas. Acredita-se que esta ação, seja através do efeito da solução do açúcar sobre as bactérias. Além disso, este efeito reduz o edema dos tecidos da ferida (inchaço causado pelo excesso de líquidos nos tecidos do corpo), provavelmente melhorando a circulação local e o metabolismo celular.
 Acredita-se também, que fornece nutrientes para as células superficiais da cicatriz através da hidrólise (reação de decomposição ou alteração de uma substância pela água) da sacarose. 
 Em resumo, os prováveis efeitos do açúcar sobre a ferida são: 1) Eliminar as bactérias que contaminam as feridas e consequentemente o odor. 2) Reduzir o edema e melhorar a circulação local. 3) Nutrir as células superficiais da cicatriz. 4) Favorecer o crescimento do tecido de granulação, preenchendo as falhas da ferida. 5) Favorecer o crescimento de tecido epitelial que cobrirá a ferida.
 Pode ser utilizado em doentes graves e em diabéticos sem complicações por ser uma substância inodora (não exala nem possui cheiro), indolor e não irritante. Pela experiência de pesquisas e de outros autores, há uma redução na utilização dos antibióticos tanto em quantidade como no tempo de uso. A redução dos custos do tratamento e do tempo de internação, são benéficos para o doente e para a sociedade em geral. Além disso, o fato de poder ser utilizado em domicílio pelo próprio doente permite que o mesmo retorne mais rapidamente ao seu meio social. Acreditamos e julgamos ser necessário, uma pesquisa mais ampla dos vários aspectos de seu uso para esclarecer alguns mecanismos de sua ação e torná-lo mais difundido na equipe de saúde. Antes de qualquer método de curativo, consulte primeiro o médico.
REFERÊNCIAS:
 Haddad M.C. e Colaboradoras - Uso do Açúcar nas Feridas Infectadas - Rev. Bras. Enf.; RS.36: 152 - 163, 1983. Disponível em < https://www.scielo.br/pdf/reben/v36n2/v36n2a04.pdf > (Acesso em 5 de Dezembro de 2020).
 KNUSTSON, R. A. et alii. Use of sugar and povidone-iodine to enhance wound healing: five years experience. Southem. Med. J., 74 (11): 1329-35, novo 1981.
 RAHAL, F., et alii. O açúcar no tratamento local das infecções das feridas operatórias e dos abcessos intracavitários. Rev. Paul. Med., 94 (5·6): 132·3, nov-dec. 1979.
 HADDAD, M.C.L.; BRUSCHI, L.C.; MARTINS, E.A.P. Influência do açúcar no processo de cicatrização de incisões cirúrgicas infectadas. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 1, p. 57-65, janeiro 2000. Disponível em < https://www.scielo.br/pdf/rlae/v8n1/12435.pdf > (Acesso em: 8 de Dezembro de 2020).
 Wiggins, Clara. O desconhecido poder cicatrizante do açúcar. BBC News. Disponível em < https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-44035503 > (Acesso em 9 de Dezembro de2020).
 Smith, Edwin. The Edwin Smith papyrus: A clinical reappraisal of the oldest known document on spinal injuries. DOI: 10.1007/s00586-010-1523-6. Disponível em < https://www.researchgate.net/publication/45584183_The_Edwin_Smith_papyrus_A_clinical_reappraisal_of_the_oldest_known_document_on_spinal_injuries > e < https://www.nature.com/articles/sc198815.pdf?origin=ppub> (Acessado em 10 de Dezembro).